Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 34
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Hey meus esbeltos, como vocês estão?
Sei que dei uma sumidinha, mas era exatamente isso o que eu queria falar pra vocês, mas eu tinha esquecido, he.
Sumi pq meus tios decidiram fazer uma viagem de última hora para Minas e Rio e acabei indo junto... Então foi por isso, desculpa :x
Maas, acabei de chegar e tenho comigo um capítulo fresquinho da Mayday :D
Enjoy



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Capítulo 32 - May Parker (Mayday)

– Acha que fui muito grossa? – Pergunto a Erika enquanto seguimos para a sala de jantar. Eldred nos disse que hoje é uma data importante para os asgardianos, hoje é o aniversário do nascimento de Asgard. Ou seja, pela primeira vez em três dias, iremos enfim conhecer todos os deuses numa ceia requintada.

Nunca pensei que me sentiria mal por ter sido grossa com alguém. Ainda mais se esse alguém fosse alto, loiro e arrastasse um arco como uma mulher arrasta sua bolsa para qualquer canto do planeta.

Maldito Luke Barton!

Erika sorri e me puxa para me dar um abraço de lado. Devido a falta de prática, eu quase caio do meu salto com seu puxão exageradamente forte.

– Um pouco, mas você é assim, Mayday. Além do mais, Luke também não é nada... Delicado.

Aceno com a cabeça.

– Talvez você esteja certa. Mas por que estou sentindo tanto remorso? Eu torturo Howard verbalmente desde sempre e nunca senti um pingo sequer de pena.

Minha pergunta faz Erika reprimir um sorriso em seus lábios.

– Talvez porque você não goste de Howard do jeito que gosta do Luke.

Eu a fuzilo com os olhos.

– Erika!

Ela ri.

– Qual o problema de gostar dele?! – Me questiona no bom humor. – Não é feio demonstrar afeto de vez em quando. Nem seduzir.

Minha boca se abre, demonstrando minha indignação.

– Eu sei ser afetuosa e gentil quando eu quero! – Rebato sua afirmação. – E eu também sei seduzir um homem!

Erika arqueia as sobrancelhas (agora) brancas.

– É mesmo?

– Óbvio que sim!

– Então prove.

Nossa discussão fica muda enquanto trocamos olhares raivosos e desafiadores.

– Muito bem, mas você terá que fazer o mesmo com James.

É a vez de Erika me olhar com indignação.

– E por que exatamente eu faria isso? – Ela me pergunta.

Eu sorrio.

– Pra provar que você não é tão cabeça dura – eu a desafio. – E que também gosta dele. Ou vai admitir que um baiacu sabe seduzir melhor que você?

Minha amiga bufa enraivecida e logo estende a mão.

– Você vai quebrar a cara, Mayday.

Eu a pego.

– Veremos, baiacu.

Logo depois nós duas começamos a andar em silêncio, ambas focadas com os novos objetivos. Automaticamente eu mudo minha postura, jogando meus ombros para trás e meu busto para frente, como mamãe me ensinou há tempos atrás quando, não sei raios por que, ela me colocou num curso de modelos infantis.

“Lembre-se, May, o essencial de uma mulher não é apenas sua beleza, mas sua postura e seu olhar. Com olhos expressivos e uma postura confiante, qualquer homem cairá aos seus pés.”

Sim, minha mãe exagerou num conselho para uma menina de apenas sete anos, porém, ele é de extrema utilidade agora que estou dez anos mais velha e... Experiente.

De soslaio, posso ver os passos decididos da minha rival, seus olhos azuis brilham como nunca com sua determinação. Seu nariz está empinado, demonstrando a confiança que está dentro de si. Seu vestido longo e prateado voa enquanto ela anda, os cabelos brancos, presos num coque no alto da cabeça, brilham com as pequenas pedras que o enfeitam.

Esfrego meus lábios novamente uns nos outros para espalhar o batom escuro ao mesmo tempo em que observo meu vestido tomara que caia vermelho. Ele é bem mais sensual comparado ao de Erika, entretanto, seria bem difícil bater ela em relação à beleza. Não que eu me ache feia, ok, não sou a garota mais bonita do planeta, mas como comparar a minha beleza terráquea com a beleza asgardiana da minha colega?

“As aranhas não são as criaturas mais bonitas, mas tem o seu charme.” Lembro-me da vez em que Howard disse isso durante nossa aula de biologia quando estávamos estudando sobre os aracnídeos. Só me disse isso porque eu estava quase tendo um colapso nervoso em observar as criaturinhas feiosas de perto.

Quantos olhos...

Seja charmosa, Mayday, tenha a graça de uma aranha enquanto esta tece sua teia.

Assim que as portas do salão se abrem, eu ergo meu queixo e entro desfilando no lugar. Howard, Thomas, Eldred e todos os outros homens nos encaram boquiabertos enquanto nos acomodamos em nossos lugares. Olho discretamente para os lados em busca dos nossos alvos, não obtendo sucesso quando termino.

Onde estão Luke e James?

Assim que acabo de me questionar a porta de onde viemos novamente se abre, revelando as figuras de um Luke e um James elegantíssimos ao lado de uma mulher loira e tão bonita quanto qualquer uma de nós. Seu vestido é de um tom tão verde quanto seus olhos, é justo também, permitindo que todos nós possamos ver suas curvas perfeitas.

Ótimo, como eu vou poder competir com isso?

Tenho vontade de cruzar os braços e fazer uma cara feia, ou de até mesmo dar um soco em Luke e na loira, mas a voz da minha mãe volta a martelar na minha cabeça.

“Isso não são modos de uma dama!”

Solto um bufo baixo, odeio ser uma ‘dama’.

– Desculpem-nos pelo atraso – a loira oxigenada pede formalmente enquanto avança para a mesa com James e Luke colados em seu corpo. – Mas demoramos um tempo para nos arrumar.

– Vejo que tem novas companhias, Encantor. – Um dos deuses defronte a mim, o barbudo com uma cabeleira tão vermelha quanto a maçã encravada na boca do enorme leitão que devora sem parar, diz.

A mulher Encantor sorri, mostrando seus dentes brancos e impecáveis. Suas mãos arrumam os cabelos de James e ajeitam a lapela do paletó de Luke.

– São apenas meus acompanhantes de hoje, Hermod. – Encantor responde, sentando-se entre James e Luke, que acomoda-se ao meu lado e James ao lado de Erika.

Assim que os olhos do meu alvo pousam em mim, percebo sua boca se abrir.

– May?! – Ele exclama num tom baixo. – O-o que houve com você?

Eu lanço-lhe um olhar sedutor, do mesmo jeito que vi minha mãe fazer em um de seus muitos ensaios fotográficos.

– Algo me diz que você gosta do que vê.

Luke engole seco e tenta disfarçar, mas percebo que seus olhos observam o meu decote.

– É uma bela visão. – Ele brinca num tom nervoso.

Eu sorrio.

– Acho que deveria limpar o canto da boca. – Faço um gesto com as mãos, tocando a minha própria. – Você está babando. – Falo baixo.

Mais que depressa Luke passa a manga no lugar indicado, fazendo-me rir ainda mais.

[x]

O jantar foi divertido até certo momento. Os deuses eram muito mais engraçados do que pensávamos (exceto Lady Sif, aquela mulher é um guarda inglês disfarçado). Alguns nos contaram histórias sobre suas grandes aventuras pelos Nove Reinos, outros não paravam de brindar a glória asgardiana e suas vitórias. E nós seis apenas escutamos seus relatos, fascinados com tantas proezas e impressionados com os mais diversos atos de heroísmo.

E durante uma hora e meia Luke Barton não tirou os olhos de mim. Mesmo com Encantor ao seu lado, ele sempre acabava me jogando algum tipo de atenção, observando meus movimentos como um gavião observa sua presa.

Mas ele não foi o único. Thomas também me encarou por um tempo respeitável ao longo da nossa ceia. Seus olhos esverdeados me estudavam com interesse em certos momentos em que Luke se distraía quando algum dos deuses o chamava para fazê-lo tomar alguns drinques do Hidromel ou contar uma piada.

Embora eu estivesse sendo o centro das atenções, algo dentro de mim me dizia para parar de agir daquela maneira, que algo não estava certo.

Essa não é você Mayday. Pare de tentar agir como alguém que é totalmente seu oposto.

– Desse jeito terei que buscar mais gelo em Jotunheim! – O deus mais loiro ao lado de Lady Sif exclama quando percebe que o pote onde deveria conter a água congelada está vazio.

– O que é Jotunheim? – Howard, como sempre em busca do conhecimento, pergunta.

– Jotunheim é a terra dos Gigantes de Gelo. – Eldred esclarece enquanto dá um longo gole no Hidromel. – Um dos Noves Reinos que fazem parte da ramificação de Yggdrasil, a Árvore da Vida.

– Lugar onde só há malucos como Loki. – Um moreno musculoso com aparência de mau completa a informação, fazendo todos os outros rirem, exceto Lady Sif e Encantor.

– Estão dizendo que Loki é um Gigante de Gelo? – Erika questiona a mesa repleta por deuses. – Como ele pode ser então um asgardiano?

– É uma longa história. – Encantor lhe responde com um tom impaciente. – Uma que não vale a pena ser contada.

Depois disso o assunto passou a ser sobre coxas de perus defumadas e a função de uma estátua dentro duma fonte.

Assim que a comida acabou, os deuses começaram a se levantar para dançar entre si. Uma música animada e contagiante toma conta do lugar enquanto nós nos divertimos como nunca.

–Conseguiu alguma coisa com o Luke? – Erika me pergunta enquanto nós duas observamos os asgardianos dançarem felizes da vida.

Suspiro. Eu nunca vou ganhar a aposta desse jeito.

– Não, ele não para de me olhar, mas também não larga daquela loira nojenta.

– É, o James também... Não sei nem como me aproximar e... – De repente, os olhos de Erika brilham como nunca. Isso só pode significar uma coisa.

Que ela tem um plano.

– Não vou perder essa aposta, Mayday, vou chamar a atenção do James de um jeito ou de outro. – E logo se levanta, caminhando em direção a Eldred, que conversa descontraidamente com Lady Sif.

Assim que Erika chega, Eldred sorri para ela e a estuda da cabeça aos pés com seus olhos vorazes, como se quisesse roubar Erika só pra si. Minha amiga sussurra algo em seu ouvido e Eldred assente com a cabeça, pegando-lhe a mão e a arrastando para se juntar aos outros deuses, que dançam sem parar.

Logo que os dois começam a ficar cada vez mais juntos, percebo os olhos de James começarem a notar o que está acontecendo. Ele não tira seu olhar cético dos dois, como se não acreditasse no que vê, e quando Eldred desliza uma das mãos um pouco mais para baixo da cintura de Erika... Pronto, foi o suficiente para fazê-lo se esquecer da loira oxigenada e ir se intrometer no meio dos dois.

Luke e Encantor observam a cena com certo divertimento, mas em nenhum momento ele volta a olhar para mim.

“Mas que droga de aposta sem sentido foi essa, Mayday? Qual o seu problema?”

Rapidamente saio da sala e me dirijo para o “bar” dos deuses, onde vejo Howard e Thomas competirem entre si quem aguenta beber mais Hidromel, e, obviamente, Thomas já está ganhando no quinto copo enquanto Howard mal acabou o terceiro.

– Desista, Stark!– Thomas berra, batendo o quinto copo na mesa. – Essa já ta no papo!

Os deuses que assistem o torneio berram incentivos aos dois e fazem até mesmo apostas entre si.

– Cale a boca, Banner. – Howard rebate, enquanto pega dois copos cheios da bebida dourada. – E observe como se faz. – E vira o Hidromel todo na cara. Thomas e os outros deuses continuam a rir como completos bêbados enquanto eu os deixo para tomar um pouco de ar na sacada.

– Essa definitivamente não é a minha noite. – Eu digo ao nada ao mesmo tempo em que fecho meus olhos e respiro fundo.

O ar em Asgard é diferente do da Terra, além de ser um pouco mais denso, ele tem cheiro, um cheiro sutil, mas que não passa despercebido. Não sei ao certo explicar, mas é como estar cheirando as páginas de um livro antigo.

Observo os muros de Asgard, mesmo com a distância, eles continuam grandes e majestosos. Fico me perguntando como alguém pode simplesmente botar para baixo uma construção com a aparência tão indestrutível.

Quem teria tal façanha?

De repente, ouço passos de alguém entrando na sacada e quando me viro para ver quem é, dou de cara com Luke Barton.

– O que está fazendo aqui? – Pergunto-lhe secamente enquanto desvio meus olhos de volta para os muros.

Posso sentir ele se aproximar de mim devagar e logo entra no meu campo de visão, ficando ao meu lado para também observar a paisagem.

– Eu precisava de um tempo sozinho depois do que aconteceu lá dentro. – Ele me responde, deixando-me confusa.

– Como assim...? – E quando me viro para encarar seu rosto, noto que um de seus olhos está arroxeado enquanto ele não para de mexer o maxilar vermelho. – O que houve com você?! Aconteceu uma guerra lá dentro?

Luke sorri, mas rapidamente desfaz o riso dos lábios, como se o machucasse.

– Agradeça ao James e seu ciúme maior que a astúcia – Luke revira os olhos. – O imbecil acabou dando um soco num dos deuses ao invés de dar no Eldred, e ninguém mais lá dentro está sóbrio, então, pode-se dizer que isso deu início a uma guerra. Uma guerra que eu não consegui sair a tempo... E também não quis. – E mostra um dos punhos fechados pra mim. – Não fujo de uma luta quando já estou no meio, especialmente quando tenho a chance de socar o Rogers e o Eldred ao mesmo tempo.

Nós dois rimos.

– Você não gosta mesmo do coitado.

Luke dá de ombros.

– Não confio em ninguém, fui treinado pra isso.

Pouso meus olhos nos seus.

– Não confia em mim também?

Minha pergunta faz Luke desviar os olhos e coçar a nuca de um modo desconfortável.

– Eu não ando confiando nem na minha própria sombra...

Sua resposta me faz morder os lábios e meus olhos acumularem algumas lágrimas.

Luke não confia em mim... Será que ele ao menos gosta de mim como uma amiga? Não acho, pois amigos confiam um no outro.

Eu tento, mas não sou forte o bastante para conter uma lágrima rolar pela minha bochecha. E nem discreta o bastante para esconder a minha mágoa de Luke.

– Mayday? – Ele me chama, se aproximando de mim para tentar me envolver em seus braços, porém, eu o afasto com um empurrão.

– Fica longe de mim! – Berro.

Luke parece confuso.

– O que foi que eu fiz?

– Você é um idiota, Luke Barton. – E saio do lugar deixando-o sozinho com a confusão dentro de si.

E ao invés de seduzi-lo, eu o afastei.

Parabéns Mayday, mais um troféu de fracasso total para a sua prateleira.


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Notas finais do capítulo

É isso belos, em breve um capítulo da Erika procês. Espero que tenham gostado e não deixem de comentar ;)
Ah, mil obrigadas a todos que comentaram e recomendaram até agora (sigam o exemplo deles? *-*) vocês são demais :*
Spiderkisses.