Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 18
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi meus lindos! Como vocês estão?

Seguinte, estou na minha semana de provas, então os capítulos vão demorar um pouco mais para saírem do que o normal, ok?

E sobre os reviews, só poderei respondê-los depois que essas duas semanas passarem :/

O que não quer dizer que eu não leia! Por favor, hein, não deixem de mandar reviews por causa disso!

Boa leitura



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Capítulo 16 - Thomas Banner


Minha mãe está morta.

Além de Barton, que não sabe quem é a própria mãe, eu sou o mais azarado de todos. Nunca terei a chance de falar com ela, de abraçá-la, ou de até mesmo poder dizer que eu a amo.

Essa chance morreu quando eu nasci. E é isso o que mais dói, o fato de eu ter matado a minha própria mãe.

– Banner, quer se concentrar? – Barton me pergunta impaciente. – Assim os novatos não vão aprender nunca.

Percebo o que Barton quis dizer com “assim os novatos não vão aprender nunca” quando observo que já havia feito a escalada na parede de pedras com obstáculos sem instruir Erika, May e Howard de como a fazer sem se machucarem.

– Ah, desculpe-me. – peço enquanto pulo de volta para o chão.

– Está tudo bem, Banner? – James indaga, olhando-me com cautela.

Respiro fundo.

– Está sim, estou apenas com muita coisa na cabeça...

– Quer dar uma pausa?

Penso por alguns instantes, estamos treinando a mais de cinco horas, uma pausa não faria mal a ninguém.

– Seria ótimo, obrigado. – e me afasto do resto do grupo para ficar um pouco sozinho com os meus pensamentos.

Alguns que me vissem agora pensariam que eu sou algum tipo de masoquista, mas não é bem assim. Sei que deveria afastar os pensamentos venenosos da cabeça, que não deveria deixar essas ervas daninhas tentarem dominar a minha mente, entretanto, essas imagens ruins são a prova de que tive pelo menos alguns segundos de um relacionamento mãe e filho. De que já fui alguém normal.

De que não fui um monstro por uma vida inteira.

– Parece que alguém está tendo um conflito interno. – May me surpreende me encarando com um sorriso no rosto há alguns metros de mim.

Esboço-lhe um sorriso torto.

– Apenas tendo uma semana difícil...

– Já tive muitas dessa semanas. – ela vem ao meu encontro e senta ao meu lado.

Observo os movimentos de May, ela anda rebolando o quadril de uma forma diferente das outras garotas, como se tivesse um gingado próprio. O vento que há no ambiente joga seus cabelos ruivos para trás, dando um destaque ao rosto claro com os grandes olhos castanhos.

– No que está pensando? – ela me pergunta.

Dou de ombros.

– Não vale a pena compartilhar.

Ficamos em silêncio por alguns instantes.

– É sobre os seus pais, não? – May indaga.

Encosto minha cabeça contra a parede.

– Muito óbvio?

Foi a vez de May dar de ombros.

– Também estou pensando no meu pai desde que descobri quem ele realmente é.

Sorrio.

– Lembro-me bem do seu choque. – viro minha cabeça para encará-la. – Ainda está com nojo?

May morde os lábios, reprimindo um sorriso.

– Acho que um dia vou superar.

– Vou adorar ver você soltar teia pela...

– Thomas! – ela me repreende enquanto me dá um soco no ombro.

Faço uma careta falsa de dor.

– Você adora me agredir, não?

May ergue ambas as mãos ao alto.

– Não gostei da última vez.

Suspiro.

– Você ficou com medo?

Ela demora a responder.

– No começo fiquei assustada...

Abaixo minha cabeça, mas May me faz olhar em seus olhos.

– Mas não fiquei com medo.

Desvio meu rosto para um Rogers e uma Erika brigando por motivos dos quais não posso escutar de onde estou.

– Você é a única.

– Estou interrompendo alguma coisa? – Barton questiona, surgindo do além.

– De onde você veio?

– Estou em todos os lugares, Banner. – Luke me responde, estreitando os olhos para mim. – Ouço tudo e vejo tudo... Cuidado.

Bufo.

– Volta pro ninho, homem passarinho.

Luke me devolve com um sorriso sarcástico.

– A hora do recreio acabou Banner. – e, de repente, ele pega May pelo braço e a ergue rapidamente do chão, ajeitando o corpo magro da garota em seus braços. – E agora é a sua vez de escalar.

[x]

– Tem certeza de que não posso deixar essa lição pra uma outra hora? – May me pergunta pela centésima vez enquanto olha o paredão com receio.

Dou uns tapinhas tranquilizantes em suas costas.

– Negativo, só falta você para concluirmos a tarefa da escalada. Além do mais, não é tão difícil quanto parece.

– Além do mais, ruiva. – Luke prende uma corda no colete de May. – Não deixaremos você cair de cara.

– Puxa, agora que tenho essa corda fico realmente aliviada. – ela responde num tom irônico. – Muito obrigada, Luke.

Howard, James e eu prendemos o riso enquanto Erika apenas observa May com um olhar crítico.

Barton apenas fica vermelho e deixa May sozinha frente a frente com o paredão.

– Boa sorte. – desejo-lhe.

May reprime um sorriso enquanto observa a grande parede. Ela é composta por três fases. A primeira é composta por pedras e fendas, algo bem simples de se enfrentar. A segunda já é um pouco mais difícil, ainda são as pedras, um pouco mais lisas e estão cobertas de musgo e materiais escorregadios. Até que dá pra passar com um pouco de esforço. O grande problema é a última fase, a terceira parte, que é uma parede de tijolos. Ninguém jamais conseguiu escalar até o fim do paredão por causa dessa maldita parte.

May se alonga um pouco e respira fundo antes de começar a escalar a primeira parte. Ela é rápida, seus movimentos são quase perfeitos, cometendo um erro ali ou aqui, mas May consegue sair da primeira fase rápido até demais para uma novata.

A segunda fase já a retarda um pouco, ela escorrega várias vezes e chega quase a cair, mas Luke a segurou fortemente pela corda de segurança.

Quando ela chega ao final da segunda parte, May olha para baixo, ela está numa altura bem alta e não preciso estar perto para saber que ela está com medo.

– Qual o problema, ruiva? – Luke grita para ela. – Tem medo de altura?

May mostra a língua em resposta.

– Posso descer agora?

– Negativo, Srta. Parker. – Nick Fury responde, entrando na Sala de Treinamento acompanhando da sua dama de companhia, Maria Hill. – Vá até o final.

– Você está doido?! – May berrou do alto. – Não tem como eu escalar isso.

– May tem razão, Fury. – digo. – Ninguém jamais conseguiu concluir a escalada.

– Não diga bobagens, Agente Banner. – Nick bufa. – Uma pessoa completou o percurso inteiro do paredão.

James cruza os braços sobre o peito enquanto finca a testa.

– Quem?

Fury aponta para May.

– O pai dela. – e eleva a voz. – Vamos lá, May, não é difícil!

– E o que você quer que eu faça?! – May grita de volta, encostando seu corpo ainda mais contra as pedras. – Não tem como eu me apoiar nessa droga!

– Você não precisa de apoio algum, apenas escale!

– Como?!

– Apenas tente fixar a mão na parede!

Mesmo estando longe, posso ver os olhos de May se arregalarem.

– Por acaso você bebeu?! Não tem como fazer isso!

– Apenas tente! – Nick a incentiva. – Se algo acontecer, Barton a está segurando com a corda de segurança, certo Barton?

Luke dá um puxão na corda em resposta.

May demora pelo menos cinco minutos antes de soltar a mão das pedras e pousa-las sobre os tijolos. Logo depois a outra e quando tenta colocar um dos pés para subir, May acaba escorregando e batendo o corpo contra uma das pedras.

– Eu não consigo! – ela grita.

– Consegue sim, Mayday! – Howard e Erika começam a gritar. – Vamos! Não desista!

– Vai ruiva! – Luke entra na torcida.

E então todos nós começamos a gritar palavras de incentivo a May, que aos poucos, vai tentando escalar as paredes de tijolos novamente. Uma mão, depois outra e logo o primeiro pé, dando-lhe um impulso para subir a parede sem se apoiar em qualquer fresta que não fosse a própria parte lisa dos tijolos.

– Ela conseguiu. – James fala baixo, impressionado.

Olho para Fury, ele não pareceu surpreso, mas mesmo assim seus lábios esboçam um leve sorriso.

Assim que May vai confiando mais em seu tato, ela começa a subir cada vez mais rápido, até pegar a bandeira no topo do paredão com um enorme sorriso no rosto.

– Isso! – Erika e Howard acenam para May enquanto Luke mostra o polegar como um sinal de aprovação.

– Só uma pergunta! – May berra para nós devido a distancia significativa entre a gente. – Como eu desço daqui?!

– Salte! – Nick responde.

– Mas eu vou acabar quebrando alguma coisa!

– Você ainda vai teimar comigo, Srta. Parker?

May se cala e logo depois se prepara pra saltar.

– Eu já falei que eu tenho pavor de altura?! – ela questiona Fury.

– Temos que enfrentar nossos medos, especialmente agora que querem encarar Asgard.

Depois de muito encarar o chão com aflição, ela pula.

Seu corpo gira no ar como se acompanhasse sua resistência, até que chega a uma distância em que vira seus membros contra o solo e amortece a queda com as pernas e fixando ambas as mãos no chão, lembrando uma perfeita... Aranha.

– Foi tão ruim? – Luke pergunta num tom brincalhão.

May sorri.

– Foi... Demais! – seus olhos brilham enquanto ela se empolga. – Qual a próxima tarefa?

Olho para James e Luke.

– Hora de ensinar vocês a atirar em alguém.



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