Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oiee povón que eu amo, como vocês estão?

Aqui está mais um capítulo da Mayday para vocês =D, obrigada Homem Aranha que estou assistindo nesse momento + meu guia, vocês me inspiraram (não, eu não to bem mentalmente hoje, apenas ignorem minha fala com objetos inanimados)

Boa leitura *-*



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Capítulo 14 - May Parker (Mayday)




A verdade nem sempre é algo fácil de lidar.




Mas no meu caso, ela é quase impossível. Acreditar numa só palavra que foi trocada há segundos atrás é como defender a existência do Papai Noel ou do Coelho da Páscoa.


Estamos ainda todos sentados em torno da mesa. O holograma é apagado enquanto Nick Fury e Maria Hill nos deixam para atenderem à um chamado no setor de alguma coisa que não me lembro agora. Estamos sozinhos na sala dos Vingadores.

Ninguém, exceto Erika, mexeu um músculo. Howard, James, Thomas, Luke e eu continuamos refletindo sobre todas as informações que nos foram apresentadas.

Aparentemente, segundo todas essas imagens 3D com direito a efeitos especiais, meu pai nas horas vagas lutava pelas ruas de Nova York contra bandidos perigosamente armados e escalava paredes por diversão... Ah, e ele também usava um colã.

– Isso é inacreditável. – sussurro, mas não baixo o bastante para não atrair a atenção dos outros.

– O quê? – Howard pergunta. – O fato dos nossos pais serem super-heróis?

– Não acredito que meu pai usava um colã.

James, Thomas e Luke soltam um riso com o meu comentário enquanto Howard apenas arqueia as sobrancelhas para mim.

– O quê?! – eu indago. – Só está me olhando assim porque o seu pai usava uma armadura e não uma roupa de bailarina.

– Mayday, quer parar de pensar nisso? – Howard me repreende. – Temos coisas mais importantes para nos preocupar.

– E o que é, prodígio? – Luke o questiona.

– Não sei, que tal pensarmos em onde eles possam estar ao invés de discutirmos sobre esses assuntos imbecis?

James e Thomas trocam um olhar rápido enquanto eu encaro Howl um tanto pasma.

– Ele está certo. – Thomas diz por fim. – Temos que encontrá--los.

– Mas... – James começa. – Quem garante que eles não estejam mortos? Quero dizer, se já estão sumidos há tanto tempo...

Mordo meus lábios, James tem razão. Eles estão sumidos há dezoito anos, quem sabe onde poderiam estar agora?

Foi então que a conversa que tivemos previamente com Nick e Maria Hill me veio à cabeça.

– Mas nós sabemos onde eles estão. – digo aos quatro garotos, prendendo a atenção de todos. – Asgard.

Howard bufa.

– E você realmente acreditou naquele papo do Fury sobre “Terra dos deuses”?

– E por que não acreditar? – Luke rebate. – Depois de tudo o que vimos, você ainda está disposto a achar alguma lógica na sua vida?

Howl nada diz, apenas desvia os olhos para a porta que dava para a área dos trajes dos nossos pais.

– Eu não sou o único.

Sei a quem ele se refere. Erika. Ela ainda está trancada naquela sala, provavelmente perdida em pensamentos e quase tão confusa quanto todos nós. Mas eu não a culpo, deve ter sido um choque e tanto descobrir que Donald Blake, o homem que cuidou dela por toda a vida e a quem ela sempre chamou de pai, não era dono de tal título, mas sim um outro alguém, um homem que assim como todos nós, ela nunca viu em toda a vida.

– Eu vou falar com ela. – e me levanto enquanto sigo em direção à porta.

– Quer ajuda? – Howl me pergunta, também já se levantando.

Faço um sinal para que ele se sente de novo.

– Isso será um papo de garota. Acho que não vá se interessar.

Ele assente.

– De fato.

Sorrio.

– Enquanto eu converso com ela vocês podem... Ter assuntos masculinos ou algo do tipo. – faço uma careta sem saber o que dizer.

Luke dá um soco no ombro de Thomas, que devolve o gesto com um olhar raivoso.

– Qual o seu problema, Barton?

– Estou iniciando uma discussão masculina.

Rio com a idiotice de Luke e Thomas discutindo entre si enquanto entro na sala dos uniformes. Tudo está escuro, apenas a iluminação das cúpulas dos trajes é que ilumina o caminho. Olho para os lados a procura da minha amiga.

– Erika? – eu a chamo, ouvindo logo em seguida o eco da minha voz pela sala seguido de um choro baixo. Sigo o som quase imperceptível, este vem de um espaço entre duas cápsulas com os uniformes do pai de James, o Capitão América e uma armadura do Homem de Ferro, o pai de Howard. – Erika? – repito seu nome de novo.

Uma sombra se move com o meu chamado e logo reconheço o formato do corpo de Erika encolhido contra a parede, como se ela fosse apenas uma garotinha assustada.

– Ei. – eu vou ao seu encontro e me sento no chão ao seu lado. – Vai ficar tudo bem.

Erika funga enquanto limpa as lágrimas dos olhos azuis, eles estão vermelhos e irritados devido à choradeira.

– Você não entende, Mayday. Isso não pode ser verdade. – ela volta a chorar.

Eu a abraço de lado.

– Sei que isso deve ser difícil pra você, porém também está sendo para todos nós.

– Vocês não receberam uma notícia que diz que tudo o que eu vivi agora é uma mentira!

– Isso não é verdade...

– Ah, não?! – Erika diz irada, vincando a testa enquanto olha para mim com raiva. – Imagine a sua mãe, a pessoa que criou você, te deu carinho, apoio e tudo o que você precisou durante todos esses anos. – ela dá uma pausa, posso ver seus olhos se perderem na escuridão da sala. – E você o ama e sabe que ele é seu pai. – minha amiga já não fala mais comigo. – Mas então, alguém vem com um vídeo idiota e lhe fala que aquela pessoa que te protegeu e te amou por todos esses anos não é o seu pai verdadeiro, mas sim um estranho que você nem ao menos sabe o primeiro nome, que o abandonou sem dar a mínima.

Não tento interrompê-la, pois tenho minhas próprias reflexões internas. Posso não ter essa mesma sensação de traição que Erika tem, mas sei como é se sentir abandonada.

Minha mãe é a mais jovem entre Virgínia Potts e Jane Foster e ao mesmo tempo foi a que se tornou mãe com menos idade. Ser uma mãe solteira com apenas 20 anos de idade não foi nada fácil para ela, e eu notei isso ao longo do meu crescimento.

Sempre estressada e muitas vezes sem saber o que fazer, eu a via chorar na cama antes de dormir, chamando por meu pai para que ele viesse ao seu auxílio.

Mas este nunca deu sequer um sinal de vida.

Isso me deixou com raiva. Assim como ela, eu também me sentia abandonada, afinal, não é nada fácil crescer sem pai, sem uma figura masculina que lhe transmitisse confiança e proteção quando se sentia fraca para continuar a seguir em frente.

– Erika... Talvez você ache que a sua situação é única e que você esteja sozinha. – eu olho em seus olhos, tentando transmitir-lhe confiança. – Mas você não está.

Ela nada diz, apenas me encara, esperando que eu continue.

– Todos aqui estamos juntos nisso... Luke, James, Thomas, Howard, eu e você. Cada um de nós tem agora que acreditar em uma realidade totalmente inversa da nossa. Vamos nos sentir confusos, vamos querer lutar para que tudo volte ao normal e fazer o máximo para restaurarmos nossa zona de conforto. – respiro fundo. – Mas temos que nos lembrar de que queríamos a verdade... E esse é o preço.

– Em que eu devo acreditar, May? – Erika indaga.

Dou de ombros.

– Depois de tudo o que vimos e passamos, acha mesmo que conseguiria voltar para a velha rotina de sempre? – nos encaramos com olhares questionadores. – Porque, sinceramente, eu até que gostei dessa nova realidade. Mesmo sabendo que meu pai usa um colã apertado para combater o crime... Acho que enfim achei o meu lugar. Beeeeem longe daquele colégio e da Sra. Hamel.

Erika ri.

– Ela te odeia.

–Sei disso. – e ficamos em silêncio por alguns segundos. – Ainda não comprou a ideia do seu pai ser um deus nórdico e fortão, não é?

Ela sacode a cabeça em resposta, mantendo um sorriso nos lábios.

– Vai demorar.

– Vai dar uma chance?

– Verei o que posso fazer.

Esboço-lhe meu melhor sorriso.

– Não sei você, mas eu cansei de ficar nessa sala escura. Além do mais, da última vez que deixei os meninos sozinhos, eles tinham começado uma guerra. Howard pode estar precisando da nossa ajuda.

Erika e eu nos levantamos do chão e seguimos para a porta. Assim que saímos, nos deparamos com os quatro conversando calmamente na mesa.

Coisa estranha.

– Então vocês não se mataram? – questiono surpresa. Howard, James, Luke e Thomas olham para mim e para Erika com um sorriso no rosto.

– Para falar a verdade, estamos treinando nosso lado mais diplomático. – James responde. – Apenas trocando algumas ideias sobre nossos pais.

Acomodo-me em uma das cadeiras, Erika toma o lugar ao meu lado.

– E o que resolveram com a diplomacia?

Howard sorri.

– Que vamos achá-los.



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Notas finais do capítulo

É isso meus esbeltos, espero que tenham gostado e não deixem de comentar, por favor, vai me deixar muito feliz ^.^

Beijoss e até a próxima