Jolly Roger escrita por Luangel


Capítulo 35
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Está tudo bem com vocês? ^-^ Bem, a titia aqui está viva, atrasada mas viva! o/ Venho desejar um feliz Natal atrasado, e um ótimo ano novo. Espero q gostem...



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“Preciso.
De.
Você.”

Sasuke Uchiha:
O pescador amarrou a corda em meu peito, mas fiz questão de me soltar e amarrar a mesma em volta de Sakura, me explicando ao homem:
—Salve Sakura primeiro, ela é minha esposa.
Depois de Sakura ser resgatada, eu me deixei ser içado sem mais nenhum protesto. Meu corpo tremia incontrolavelmente e eu devia estar azul de frio, pois um homem no convés logo me envolveu em um cobertor e disse:
—Desça até cabine, a sua esposa está lá. Tire essas roupas molhadas antes que acabe se congelando.
Eu desci as escadas com passos trôpegos, meus pés estavam dormentes e pesados, o que não me dava equilíbrio para andar dignamente, e tive de descer me segurando as paredes.
Ao chegar na cabine, me despi o mais rápido que pude, mesmo com os meus movimentos entrecortados pelo tremor do frio. Encontrei a rosada tremendo em um canto escuro, envolta no cobertor, os lábios roxos tremiam com os dentes. Eu me sentei ao seu lado, a tomando em meus braços, usando o segundo cobertor para nos aquecermos.
—Assim vamos nos aquecer mais depressa.—Falei com a voz rouca e até agora eu estou na duvida se ela assentiu para mim ou se foi apenas o tremor tomando o seu corpo novamente.
O navio escalou uma onda, nos lembrando de que ainda tínhamos estômago. Quase desejei estar na água novamente, afinal lá, eu poderia morrer em paz e dignamente.
—Deite-se, assim você vai se sentir melhor.—Disse a mulher, sua voz saindo rasgada.
Ficamos deitados na cabine, sentindo o balançar das ondas embaixo de nós, o que não era nada animador, assim como o cheiro fétido daquele lugar, que ouso dizer, era ainda pior que a primeira cabine em que ficamos. Havia na atmosfera, uma mistura de peixe podre, miséria e suor. Felizmente eu não tinha mais nada em meu estomago para ser vomitado, mas meu corpo ainda penava por causa dos espasmos. O meu corpo começou a coçar e arder, como se eu estivesse me deitando em cima de uma cama de espinhos, a única coisa boa era que o frio começara a desaparecer de meu corpo, já que eu já conseguia sentir os meus pés e dedos das mãos. Durante as longas horas de travessia, minha esposa se manteve perto de mim, aquecendo-se, chegando até a cochilar e eu fiquei ali, zelando o seu sono, observando em êxtase silencioso, a cor voltar ao seu rosto angelical.
De súbito, a porta da cabina foi aberta, deixando que o Sol escaldante entrasse no ambiente, nos beijando carinhosamente. Era estranha a sensação de ter a luz do Sol em minha pele depois de quase morrer de frio, era como se eu nunca tivesse sentido aquilo, foi realmente estranho. Acredito que Sakura se sentiu assim também já que a rosada se moveu em meu peito como um gato manhoso antes de acordar e olhar para o pescador que abrira a porta.
—Já chegamos a Kazemaru?—Sussurrou e o homem de olhos simpáticos respondeu:
—Não, minha senhora. Mas a capitã do navio deseja vê-los agora, antes que chegamos ao nosso destino.
Logo o homem nos deixou a sós, para que vestíssemos as nossas roupas já secas. Ficamos de costas um para o outro, tentando dar privacidade, mas foi um pouco difícil de me concentrar ao ver de soslaio as costas tentadoras de minha mulher.
—Por que será que quer nos ver?—Perguntou ela por fim, se vestindo.
—Apenas indo lá para saber.—Respondi fechando a minha jaqueta, que antes eu gostava tanto e que agora, aprece ser feita de um saco de batatas, de tão ruim que está.
—Pronto?—Perguntou me olhando enquanto colocava o chapéu sobre a cabeça, sem se importar em deixar seu longo cabelo solto a mostra, afinal, todos ali sabiam de seu sexo.
Sair para o convés foi como atravessar para outro mundo, tudo ali era frenético e quente, bem diferente da cabine em que estivemos, onde tudo era frio e inerte.

Sakura Haruno:
O mesmo pescador simpático que nos chamara acabou por nos guiar até a cabine de seu superior. Hesitei ao entrar, mesmo sem saber exatamente o por que. A minha vida virara um caos nos últimos dias e tudo o que eu conseguia fazer agora era ficar alerta a tudo, desconfiada de toda sombra e detalhe que antes não fazia a diferente. Olhei para Sasuke depois que o marinheiro foi embora, e ele leu todo meu caos em meus olhos, segurou a minha mão, como se quisesse dividir fardos, dividir forças e assentiu. Com a mão trêmula, bati na porta e a mesma abriu ao peso de minha mão, mostrando que já estava aberta para a nossa visita. Entrei lentamente, acompanhada do moreno, observando o cômodo. Ali, as ondas não pareciam ter efeito, nem os gritos e canções dos marinheiros podiam ser ouvidas dali.
Na verdade, nem parecia estar dentro de um navio, ali a cabine era requintada e elegante, com quadros, espelhos e moveis caros, a única coisa que nos lembrava de onde estávamos eram os vidros que mostravam o mar azul lá fora. No centro da cabine havia uma mesa de madeira no estilo barroco e de costas para nós, olhando a vidraça que citei, estava o dono da embarcação.
—Bom dia...—Comecei hesitante, mais hesitante do que gostaria de admitir, quase deixando o medo presente em minha voz.—Soube que você gostaria de nos ver.
Em resposta, a pessoa se levantou da cadeira teatralmente, usando um grandioso chapéu que não nos deixava ver o seu rosto, assim como uma capa que escondia o seu corpo de baixa estatura.
—Para que tanta frieza, minha amiga? Faz tanto tempo que não nos vemos...—Gracejou uma voz conhecida, que me deixou perplexa.
—Sim, sou eu.—Disse por fim, tirando o chapéu, libertando o seu longo cabelo escuro como a noite, os deixando ornar sua face branca como seus olhos.
—Hinata!—Gritei avançando para abraçá-la e ficamos ali, rindo como idiotas durante alguns minutos, até que a voz de Sasuke se fez presente, nos lembrando de que não estávamos sozinhas:
—Fico feliz que você tenha se recuperado tão rapidamente.
—Aquela senhora fez milagres!—Exclamou movendo o pulso que antes estava quebrado, para fortificar o seu argumento.
—Mas... como você está aqui?—Perguntei sem entender como ela arranjara um navio daquele do nada.
Hinata riu e disse tirando a capa que usava a pouco:
—Digamos que o meu primo me devia uma por eu tê-lo livrado de ser um mosqueteiro. Agora estamos quites!




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Notas finais do capítulo

E aí? ;-)? Mereço reviews ;-D? Recomendações :3? Ou Tomates T.T? Bem, o que vocês acham q vai rolar?
:*



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