Jolly Roger escrita por Luangel


Capítulo 12
Ressaca


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês meus leitores? Bem, acho que dessa vez eu postei a tempo, né? Bem, sei q o cap ñ ficou grande, mas realmente gostei de escrevê-lo, prometo que o próximo capítulo reserva grandes surpresas *risada do mal* Ah, fiz uma one-shot sobre o casal InoxSai, se chama INSPIRAÇÃO, quem quiser vai lá dar uma olhadinha... Boa leitura!^^



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                —Quero que salvem aquela criança no mar, e preparem os canhões meus amigos, vamos fazer um pouco de justiça, em nome desse sangue inocente derramado...

Sakura Haruno:

                Na manhã seguinte , quando eu fui ao regimento com minhas duas novas companheiras, eu tinha a impressão de que a minha cabeça explodiria a qualquer momento.  Hinata parecia tão abatida quanto eu, a morena estava pálida e tinha círculos escuros em torno dos perolados olhos e um ar muito cansado.

                Ino por outro lado, estava ótima apesar de ter bebido três vezes mais do que eu e a Hyuuga. E a loira não tinha nenhuma piedade conosco.

                —Se não conseguem nem beber como mulheres, como esperavam passar por homens? E ainda por cima, soldados!—A Yamanaka exclamou irritada quando eu parei para vomitar pela segunda vez a beira da estrada.

                Enxagüei a minha boca com água do cantil e gemi. Meu estomago estava ainda pior que minha cabeça, se possível... Era como estar a bordo de uma minúscula canoa no meio de um oceano revolto. Seria preferível morrer para escapar dessa dor e da náusea. Durante o treinamento, Sasuke também não se apiedou de meu estado ao ver a péssima situação em que eu estava.

                —Um bom soldado nunca bebe mais do que pode suportar. Nunca a ponto de não poder lutar na manhã seguinte. —O moreno comentou com um tom seco.

                Resolvi ignorá-lo, nem tentei me justificar, não tinha energia para isso... Pelo menos, o conde pensava estar lidando com um homem. A embriaguez no sexo masculino era tolerável, desde que não se tornasse um hábito e que não causasse problemas, mas em uma mulher... A embriaguez era imperdoável! Ele certamente ficaria desgostoso se soubesse.

                Mais uma razão para que o mosqueteiro nunca saber que eu não sou Akira. Naquela manhã, era especialmente difícil manter a farsa. Não conseguia me concentrar na lição, e também não tinha força para saltar ou investir contra Sasuke. O máximo que eu conseguia fazer era permanecer em pé, me defendendo dos golpes da melhor maneira possível.

                Mesmo assim, meu braço parecia ser feito de borracha e minha cabeça latejava a cada impacto da espada do moreno contra a minha. O ruído era insuportável! Depois de alguns minutos, o conde jogou a espada no chão num gesto irritado.

                —Saia daqui! Está perdendo o seu tempo e me fazendo perder o meu.

                —Sasuke!—Gritou uma grave voz ao longe, e o mosqueteiro se virou, vendo Jiraiya caminhando tranquilamente em nossa direção.

                Ao estaremos próximo o bastante, eu e Sasuke tocamos os nossos chapeis e nos inclinamos para frente, mostrando respeito ao nosso superior, enquanto o mesmo assentiu, não mostrando o seu sorriso brincalhão de sempre.

                —Sim?—Indagou o moreno e o homem a nossa frente suspirou e disse:

                —Acho que é um assunto delicado, mas que você deve saber... Bem, mandamos tropas para Konoha e essa manhã eu recebi uma carta do capitão que está no comando da operação.

                O homem tirou de dentro do paletó uma carta e entregou a Sasuke. Dei um passo para frente, tentando ter informações com mais clareza, curiosa e preocupada com o que Jiraiya diria a seguir:

                —Encontramos o corpo de Itachi Uchiha no litoral da vila.

                Aquilo me acertou como um golpe no estômago, e me segurei para manter minha pose de seriedade. Sabia que as chances do moreno sobreviver com aqueles ferimentos era mínima, mas... Uma centelha de esperança ainda vivia em mim, mas agora se dissipou por completo.

                Já o conde também não parecia melhor do que eu, sua postura de repente se tornou rígida e seu rosto parecia ter sido esculpido em gelo, uma mascara de frieza que escondia mais coisas do que eu pensava, afinal... O que ele tem a ver com Itachi? Um silêncio desconfortável se estendeu e Jiraiya pareceu estar desconfortável com o silencio do moreno.

                —E?—Indagou Sasuke frio, como se aquele assunto pouco lhe importasse, o que deixou o nosso superior surpreso e sem saber o que dizer:

                —Bem, achei que você gostaria de saber, afinal, Itachi Uchiha é seu irmão...

                —Sinto capitão, mas eu não sou mais irmão dele... Pode fazer o que quiser com o corpo daquele homem, pouco me importa. —Respondeu indiferente e deu as costas para um capitão desconfortável e surpreso com a frieza de seu subordinado.

                A indignação borbulhava em meu estomago, e o choque da surpresa ainda me perturbava. Segui o Uchiha e me amaldiçoei por ser tão burra, os dois eram extremamente parecidos, certamente eram irmãos e como... Como Sasuke pode ser tão cruel se tratando do próprio irmão?!

                —Sasuke!—Gritei e o moreno parou e me olhou de soslaio, e seus olhos cor de ônix mostravam claramente um aviso: “Não se aproxime, seu tolo!”. —Você... Itachi... Como você pode fazer isso?—Perguntei tentando encontrar as palavras certas, mas o mosqueteiro pareceu entender o que eu quis dizer, já que estreitou seu olhar sobre mim. — Quer dizer, vocês são irmãos! Por mais que não fossem próximos, o mínimo que você deve fazer é dar um funeral digno a...

                —Funeral digno?!—Repetiu Sasuke, suas palavras eram ácidas. —Um cachorro tem mais dignidade do que aquele homem!

                —Como ousa disser isso?!—Retruquei me aproximando do conde. —Itachi era o homem mais honrado que já conheci! Era bondoso e defendia os que precisavam da justiça... Sou muito grato a ele, já que o mesmo homem que você julga como menos digno que um cachorro, salvou a vida de Sakura. Se não fosse por ele... Ela não teria passado dos sete anos de idade.

                — Ele era um bom homem antes de se tornar um daqueles demônios do mar! Nunca fale no nome daquele maldito PA

ra mim, ouviu Akira?!Você sabe muito bem que eu odeio piratas!—Gritou e eu fiquei sem fala, Itachi... Pirata?... Várias memórias invadiram a minha mente e eu realmente não sabia no que acreditar.

                Um silêncio desconfortável se estendeu entre nós e eu me abaixei no chão te terra, tentando conter a ânsia de vomitar ali mesmo, na área de treinamento. E desconfortável com aquele silêncio, me vi obrigada a puxar qualquer outro assunto:

                —Percebo que não bebeu ontem a noite.

                O moreno sorriu com sarcasmo e retrucou:

                —Você estragou minha noite. Depois da confusão que provocou na taverna, ninguém mais conseguiu beber.

                —Sorte sua. Beber é horrível. —Falei fazendo uma careta.

                —Sim, beber em excesso é mesmo terrível. Normalmente, a pessoa fica lenta e indisposta no dia seguinte. —Concordou o mosqueteiro.

                Então, se não havia bebido, porque ele não foi me ajudar na noite anterior? Por que se limitara a assistir á luta sem erguer um dedo em minha defesa? Onde está o um por todos e todos por um?!

                —Sei que percebeu que eu precisava de ajuda ontem á noite. Por que não me socorreu?—Perguntei.

                —Mosqueteiros não desperdiçam tempo e energia brigando em tavernas. Nenhum mosqueteiro deve cometer a tolice de começar um confronto se não tiver preparado para se defender. Sozinho. Akira, nem sempre estarei por perto para tirá-lo das confusões idiotas em que se mete. E mesmo que eu esteja presente, talvez eu simplesmente não queira te ajudar. É bom que aprenda essa lição desde já, quando sua tolice poderá render mais do que uma surra sem conseqüências. Em outras circunstancias, sua inconseqüência poderia levá-lo á morte!—A voz de Sasuke estava séria e calma, fazendo eu me sentir como uma criançinha levada que desobedecera ao pai e que agora leva a um belo sermão.  

                Segurei-me para não revirar os olhos, mas retruquei:

                —Quer dizer que nunca vai defender uma mulher que está sofrendo um abuso na sua frente?

O conde tombou a cabeça para o lado e esboçou um sorriso cínico, como se não acreditasse no que eu dizia.

                —A “mulher indefesa” a quem se refere não é uma simples jovenzinha inocente. É uma criada na taverna, uma mulher vulgar e sem moral alguma. Porque eu deveria defendê-la?

                Respirei fundo para conter a náusea, tanto da embriaguez, tanto das palavras do moreno. Com que facilidade ele a decretara indigna de sua proteção?! Os mosqueteiros não deviam proteger os fracos e impedir a injustiça, sem levar em conta se a vitima era uma rainha ou uma meretriz de taverna?

                —Era uma mulher, e só por isso já merecia sua proteção. —Retruquei, fria.

                —Uma mulher que trabalha numa taverna. O que mais ela pode esperar se não esse tipo de tratamento?—Falou de forma simples, como se falasse “olha, o céu é azul”

                Agora eu começava a ficar furiosa com as palavras do moreno!

                —Mulheres precisam comer, como os homens. Ou acha que ela devia morrer de fome nas ruas? Você a ajudaria, ou a consideraria igualmente indigna de sua proteção? Sua honra é tão minguada e mesquinha que só se digna a proteger virgens ricas?—Indaguei, sabendo que estava brincando com fogo, mas pouco me importava...

                —Há outras maneiras de ganhar o pão sem se deitar com todos os soldados do regimento. Além do mais, ela não teria sofrido nenhum grande dano nas mãos daquele homem. Henri é um bastardo brutal, mas a teria pago muito bem. A mulher não teria do que reclamar.

                —Você acredita que um punhado de moedas seria recompensa para aquele tipo de abuso humilhante?!Você é mesmo um tolo sem sentimentos! Não é capaz de se colocar no lugar daquela pobre mulher e imaginar o que ela sentiu?

                O mosqueteiro recolheu a espada do chão e falou:

                —Não gosto de ser chamado de tolo...

                —Se não é tolo, deve ser um bastardo vil que tira proveito de prostitutas famintas e desprotegidas. O que prefere?—Perguntei com escárnio.

                Ele se moveu e antes que eu pudesse fazer algo, a ponta da lâmina de Sasuke pressionava perigosamente em um de meus seios.

                —Você está muito tagarela hoje, Akira. E isso não foi uma coisa muito sensata a se dizer...

                Eu não tinha nem energia para me defender, nem tentei pegar a minha espada, mas também não me acovardei perante aquele arrogante conde.

                —Talvez não, mas foi honesto.

                —Está querendo me desafiar?—Indagou o moreno, seus olhos faiscavam.

                —Ah, saia daqui!—Exclamei irritada!

                Porque os homens sempre se ofendiam ao menor insulto e queriam sempre reagir pela força? Não se podia discordar de um homem sem pôr seu pescoço em risco? Eu já estou perdendo a paciência com essas tolices do sexo oposto!

                —Lutaremos amanhã, se quiser, mas um homem justo e corajoso esperaria até eu poder me defender.

                —Agora me acusa de covardia? Outra vez?!—Exclamou o mosqueteiro, irado.

                —Se a carapuça serve... —Murmurei.

                —Não sou covarde! Maldito seja, amanhã será açoitado até pedir clemência! E, para que não se esqueça de que me deve uma retratação, terá agora uma dose de seu próprio remédio!—Com um rápido movimento da espada, ele rasgou ao meio a minha camisa.

                Horrorizada, eu senti o tecido que continha meus seios, começar a se esgarçar. Se continuasse cedendo, teria o peito, e meu segredo, expostos aos olhos do mundo! Tudo o que havia conquistado se perderia em um segundo. Eu estaria arruinada.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews? Recomendações? Enfim, o que vocês acham que vai acontecer, hein? Bem, até o próximo cap!
:*



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