Sakura Haruno:

Tudo começou quando eu tinha 7
anos de idade, eu e me minha mãe iriamos para a França visitar alguns parentes.
E naquele navio de viagem, foi a primeira vez que vi os piratas, a embarcação
ilegal aparecera do nada, como se surgisse das ondas, as velas eram negras e cheias de rasgos, mostrando o quão velhas eram, e mais aterrorizante foi a bandeira preta com um caveira desenhada,com o movimento do vento, parecia que a caveira ria diabolicamente para mim e suas orbitas vazias, pareciam olhar a minha alma amedrontada...

Tudo aconteceu muito rápido e em
poucos minutos, os piratas passavam de passageiro em passageiro roubando dinheiro e joias, as vezes batiam em alguns dessas inocentes pessoas e depois riam, aqueles homens eram uns demônios! Eu me sentia assustada e minha mãe me escondia atras de si, como se tentasse me esconder debaixo de sua saia.

Juro que senti meu coração se
aliviar ao ver os piratas saindo de nosso navio e voltando para o deles. Minha
mãe me pegou no colo e ao nosso redor as pessoas começavam a conversar,
temerosas e algumas até gritavam, apavoradas.

                —Mamãe...—Sussurrei
me agarrando a ela, assustada.

                —Sakura.—Disse
ela com a voz tremula e me apertou mais contra si e eu sentia a fragância de
cereja que vinha dela.—Saiba que a mamãe te ama, tá? Vou estar sempre com
você...

                Eu abri
a boca para responder, mas senti um forte impacto, como se algo me lançasse no
mar. A agua salgada estava fria e eu subi a superficie chamando por minha mãe,
e então eu vi o que estava acontecendo. O nosso navio recebia fortes e
ensurdecedores tiros de canhão, a embarcação estava sendo destruida como se
fosse feita de papel e já começava a pegar fogo. Lagrima corriam por minha
face, e até hoje não sei o porque, mas desmaiei em alto mar...

*                *               *

                Eu
acordei lentamente e meus olhinhos demoraram para se acostumar com a
velocidade, olhei ao meu redor e me vi em um quarto, o lugar era bonito e muito
bem decorado, eu me levantei e caminhei até a janela próxima e vi a imensidão
do mar e o forte sol que iluminava tudo, tudo estava em paz. Eu estou em um
navio? Eu me sentia feliz e sai correndo pela porta esperando encontrar a minha
querida mamãe, mas acabei trombando violentamente em alguém e caí para trás.

                —Ai...—Murmurei
e olhei ao meu redor e vendo vários e vários homens com roupas identicas, todos
olhando para mim, mas nada de minha mãe.

                —Está
tudo bem pequena?—Perguntou uma voz masculina se agaixando para ficar da minha
altura.

                Olhei
para o homem a minha frente, ele parecia ter uns 17 anos, era alto e seus
cabelos negros teimavam em ficar em seu rosto, mas ele sempre os afastava com a
mão. Seus olhos negros me fitavam com carinho, ele sem duvida era um rapaz
muito bonito.

                —Onde
está minha mãe?—Perguntei e sorriso da face do moço desapareceu.

                —Ela...
Bem a sua mãe... Nós não a achamos.—Respondeu ele e senti meus olhos marejarem
e antes que eu pudesse chorar ele disse:—Qual é o seu nome?

                —...
Sakura.—MurmureI e o rapaz voltou a sorrir:

                —Sou
Itachi Uchiha, o capitão desse navio.

Enfim,
resumindo, o meu navio foi atacado e destruido pelos piratas e por sorte,
Itachi, capital de um navio imperial de Suna me achou boiando em um pedaço de
madeira em alto mar, fui a única sobrevivente... Passei cerca de uma semana no
navio de Itachi e a cada momento o rapaz me ensianava algo novo em relação a
navegação ou as estrelas e com o passar dos dias fui nutrindo um sentimento por
ele. Sei que tinha apesar sete anos e ele era bem mais velho, mas Itachi foi
meu primeiro amor e quando chegamos ao vilarejo de Konoha, onde minha famillia
me esperava eu disse chorosa para Itcahi:

                —Itachi-kun,
vem morar comigo... Prometo que vamos nos divertir bastante! Vou fazer você
ficar bem feliz!

                O
Uchiha sorriu e acariciou minha cabeça,mas negou:

                —Tenho
um irmãozinho pequeno para cuidar, não posso ficar com você, Sakura-chan.

                —Então...
Me promete uma coisa? Promete que um dia vai vir aqui e vai me levar para eu me
casar com você?—Perguntei corando violentamente.

Para minha surpresa, Itachi não
riu de mim ou me ignorou, ele sorriu carinhosamente e disse:

                —E
então viveremos felizes para sempre.—Disse antes de me dar um beijo na bochecha
e desaparacer no mar novamente, como o seu belo navio de volta para Suna.

                A
partir desse dia, continuei morando em Konoha com o meu pai, Shin Haruno e meu
irmão gêmeo: Akira Haruno. Depois da morte de nossa mãe, meu irmão decidiu se
tornar um cavaleiro imperial, para se vingar dos piratas. Eu e Akira faziamos
tudo juntos, e eu até fiz aula de luta de espadas com ele e assim me tornei a única
mulher da vila de Konoha a lutar. Konoha é um vilarejo bem pequeno e eu nunca
tive nenhuma amiga, pois todas as garotas me odeiam por eu lutar e gostar de ler
sobre fatos históricos e descobertas das navegações. Enquanto todos os homens
daqui caiam aos meu pés por eu ser diferente, causando ciumes em meu irmão.

Eu sempre me
esquivava das propostas de casamentos alegando já estar noiva, noiva de Itachi
Uchiha. Há seis meses Akira havia entrado para o exército para realizra o seu
sonho e confesso que esses seis meses foram os mais longos da minha vida! E
aqui estou eu, com meus 17 anos olhando para o mar rezando para que meu noivo volte
logo. Todos os dias eu faço isso, venho para a praia com meus melhore vestidos
e espero até o anoitecer que ele voltasse para mim como se fosse em um conto de
fadas, mas hoje era diferente, eu queria realmente que ele voltasse hoje, pois
hoje cedo ouvi meu pai falar com meu irmão, coisas sobre casamento com um tal
de Lord de Suna... Ai, estremeço só de pensar!

Será que ele
não entende que eu já tenho um noivo?!Suspirei e olhei mais uma vez para o
horizonte esperando vê-lo, mas nada aconteceu e eu sussurrei.

—Não se
preocupe Itachi, naõ irei cerder. Viveremos felizes para sempre quando você
voltar.