Everybody Loves The Marauders III escrita por N_blackie


Capítulo 9
Episode VIII




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Episode VIII

“O Real Anuário”

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do dia: Riddle me This, Riddle me That (Adivinhe isso, Adivinhe Aquilo)

Ouvindo: Emmeline

“Eu tinha certeza absoluta que os dois iam ficar!” Emme narrou entusiasmada, e abaixou a voz quando passamos por James. “E não rolou na-da!”

“Acho que Lily está bem resoluta na decisão dela.” Respondi. Emme parou diante do próprio armário.

“Talvez. Mas eles ainda vão voltar, você vai ver. Mas diga, porque está com cara de velório? Não gostou da festa?”

“Não! Eu gostei, é só que... Dorcas está bem distante.”

“Ora, fofura, você também. Já deu o namoro de vocês, né, desculpa a sinceridade.”

Não consegui segurar um sorriso fraco, e dei de ombros. Talvez Emme tivesse razão, mas não iria ser fácil me separar de Dorcas. Não depois de tudo, pelo menos. Chacoalhei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos desconfortáveis da minha mente, e entramos na sala de História. Hamilton ainda não tinha chegado, então segui Emme até as mesas do fundo, e Hilary deu um salto.

“Aquela doida lançou um anuário, acredita? Um anuário!”

Por algum motivo, Hilary não parecia nem um pouco incomodada com a notícia, só entusiasmada, e pedi seu celular pra dar uma olhada. Era um impressionante trabalho de photoshop, sendo generoso, com letras garrafais. “O Real Anuário de Stovington High”.

Bonjour, queridos! Bom, com o ano letivo recomeçando, achei justo e necessário que fosse feito um anuário lindo pra vocês. Mas claro, aqui é SF, então não podemos evitar fazer alguns, digamos, ajustes ao anuário tradicional. E aqui não se perdoa ninguém, então alunos, alunas, professores, professoras, staff e etc, se preparem!

O Real Anuário de Stovington High está chegando!

“Ela vai arranjar um problema gigantesco com esse anuário.” Declarei, me sentindo um criminoso só de ter lido aquela ameaça em forma de post. “E não estou falando de detenção, estou falando tipo aquele filme da Angelina Jolie que vocês me fizeram assistir em que ela tem que trocar de peruca o filme todo pra fugir da polícia!”

“Será que nem assim podemos descobrir quem é ela?” Emme parecia apreensiva também, e fiquei um pouco aliviado de ela ter saído da redoma de fascinação por essa SF. Pressionei os lábios, e procurei por Sirius. Ele tinha prometido que iria tentar entrar no sistema de descobrir o IP dessa garota, e até agora nada. Fora da sala, vi ele e Summer atracados de novo. Inferno de garota, larga dele!

“Sirius tinha prometido-“

“Vish, amor, pode esquecer esse barco.” Fergie se aproximou, e fez uma careta maliciosa pros dois. “Summer o pegou de jeito. Eu lembro quando ela e Twister namoravam, era a mesma coisa.”

“Tem menino que gosta, né, fazer o que.” Hilary suspirou, e lembrei por um segundo que ela e Sirius já estiveram, hm, atracados também. “Espero que ele seja feliz com ela.”

“Como?” Interrompi, e pus as mãos na cintura. “Calma aí, eles nem namoram direito, ninguém vai ser feliz com ninguém!”

“Remie, Remie...” Emme esfregou o meu ombro. “Esses dois só vão se largar se, sei lá, Summer for uma assassina em massa ou algo do tipo.”

“Ou se ela for a tal da blogueira, né.” Hilary riu, e eu também. Não conseguia imaginar Summer com carga cerebral pra ser a SF. Apesar de tudo, SF era inteligente, e muito sagaz, além de discreta pra caramba. Não que eu estivesse começando a admirar essa desgraçada. Só que tenho que ser generoso pelo menos com o intelecto dela.

Hamilton chegou, e notei que ele estava pálido por trás do rosto normalmente rosado. Peter veio em seguida, segurando o celular como se fosse uma bomba relógio.

“Ela foi pra cima dos professores, Remus!” Ele tropeçou e quase caiu em cima da gente, erguendo o celular no meu nariz.

“Eu já vi, Pete.”

“Já?” Ele pareceu sentido, e olhou a tela com curiosidade. “A sua internet é rápida assim? Porque a minha demorou tipo, cinco minutos, pra atualizar o perfil.”

“Perfil?” Emme quase me atropelou pra chegar em Pete, e passou os olhos chocada pela tela. “Remie, essa página é nova. Ai, meu Deus.”

Um burburinho agitado começou a passar pela sala toda, e James explodiu pra dentro, e foi direto pra mesa do professor conversar com ele. Hamilton e ele trocaram algumas palavras, e James agradeceu com um gesto da cabeça e saiu correndo por onde entrou.

“O que diz essa bosta?” Voltei-me agressivo para Emme, que me entregou para ler.

NOME: Bines, Sandra.

FUNÇÃO: Professora de Física

Belos olhos verdes, cabelos castanhos. Vai parecer que estou descrevendo uma modelo de fotografia, mas é só nossa querida professora de física. Tudo bem, ela foi rejeitada nas melhores universidades? Foi. MAS, pensem pelo lado positivo: ela e ROGER BLACK, isso mesmo, já estiveram juntos. Só que não terminou bem, viu. De acordo com minhas fontes, ela descobriu (isso mesmo, des-co-briu!) que estava, vamos colocar assim, na reserva, quando pegou o pai do nosso amor coletivo num ARMÁRIO com a sra-futura-donna-Black.

Eu sei, também fiquei PASMA. Bom, não é de se espantar que o choque tenha acabado com a vida amorosa da nossa querida, e que ela more num apartamento minúsculo cheeeeeio de gatos. Eu também ficaria assim. Ou melhor, não ficaria não. Tem coisa mais patética que se deixar abater porque o canalha do seu ex não conseguiu se controlar e pegou uma nerd do colégio? Ou, pera, seria ela a nerd? Freud explica essa confusão toda.

Pois bem, minha recomendação é, primeiro, não tocar no nome ROGER BLACK perto dela. Segundo, não ofendam seus gatinhos. E terceiro, e importantíssimo: Não façam que nem ela, meninas! O mar está cheio de peixes, se um não fisgou sua isca, joga de novo que tem bofe pra todo mundo!

Avisinho: estou abrindo uma nova sessão no blog! Perguntem para mim, que eu vou dar os melhores conselhos possíveis para suas vidinhas sem graça.

Xoxo!

SF

Agora creio que podemos dizer que deu merda. Cientificamente falando.

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Encontrar a Srta. Bines

Ouvindo: Arcade Fire – Wake Up

Derrapei diante do laboratório de física, e vi que a professora não estava lá. Desde que vira o perfil dela no anuário estava querendo encontra-la, e precisava urgentemente que uma luz me fosse dada, ou iria acabar perdendo a oportunidade de falar com ela.

“Professora?” Bati na porta da sala dos professores, e não obtive resposta. Discretamente, entreabri a passagem, e vi que só o Treinador estava sentado lá, comendo um sanduíche enorme. Ao me ver, ele pousou a comida e cruzou os braços. “O que você quer, Potter?”

“Estou procurando a Srta. Bines, Treinador. Sabe onde ela foi?”

“Ah, acho que terminou com o namorado, ou gripada.” Ele deu de ombros (mostrando que, apesar de ser o meu Treinador e não poder dizer isso na cara dele, é uma pedra mesmo). “Disse que ia assoar o nariz.”

Ótimo, outra desculpa. Sorri amarelo e corri na direção da sala dela. Passei pela sala de história, onde eu deveria estar, e avisei Hamilton do que estava acontecendo. Ele parecia bem preocupado com a situação toda, e por um segundo fiquei curioso, porque é como diz a minha mãe: “Se você não tem nada pra esconder, porque está tenso?”

Sirius e Summer (vou começar a chama-los assim), pararam de se agarrar e me olharam. “Ei, que foi? Não vem pra História?”

“Não, emergência,” Avisei enquanto corria de costas, “depois eu explico, tem a ver com SF.”

“O que ela fez?” Sirius franziu a testa.

“Sem tempo de explicar, até!” Virei o corpo antes que atropelasse alguém, e voltei a correr. Subi as escadas, e vi que o laboratório de química, que estava geralmente fechado desde um incêndio que Sirius produziu ano retrasado, tinha as luzes acessas. Me aproximei, e bati na porta amarelada.

“Quem é?” A voz anasalada da professora respondeu, e aproveitei pra entreabrir a porta.

“Professora, sou eu, James.”

“Oh, James.” Ela estava de costas, fingindo que mexia nuns béqueres. O teto tinha uma mancha amarela e marrom enorme em cima de uma das bancadas, e sorri para ela. Sirius tinha se superado nessa, mesmo. Me aproximei e fechei a porta atrás de mim. “Pode entrar, sim. Não deveria estar em sala?”

“Eu li o artigo,” Limpei a garganta, e vi que ela estava com os olhos inchados e vermelhos. O cabelo estava puxado num coque, como sempre, mas a maquiagem estava borrada. Sorri para os arranhões que os gatos dela fizeram nos pulsos descobertos dela. “sinto muito por ter sido exposta assim. Essa garota não respeita ninguém.”

“Não entendo c-como ela poderia ter descoberto tudo isso. São informações pessoais... Acho que terei de sair de Stovington, James.”

“Não!” Insisti, e ela me encarou chorosa. Era raro ver a professora Bines perder a calma. Eu sempre a admirara por ser uma cientista séria. “Não pode nos deixar. Você é ótima.”

“Essa moça pode ser qualquer um de vocês, James. Que respeito vão ter por mim agora? Especialmente porque já fui aluna aqui. Roger e eu... Ah, meu deus, como Sirius deve estar se sentindo...”

“Ele ainda não sabe do artigo.”

“Vá ajuda-lo, ele vai precisar. Donna era uma garota legal, eu nunca desejei mal a ela. O que aconteceu no passado fica no passado, ninguém deveria querer desenterrar. Oh, James.” Ela enterrou o rosto nas mãos, e hesitei um pouco antes de pôr a mão em seu ombro. Ela me lembrava a minha mãe, e chorando assim me cortava o coração.

“O secretário vai fazer alguma coisa, com certeza.” Assegurei, sem ter muita certeza que Spencer teria presença de espírito de fazer isso. Ela assentiu, e imaginei que também não levava muita fé na fúria dele.

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Existe algum sobre fofoca?

Ouvindo: Hamilton

“Bom dia, pessoal, antes de começar quero dar um aviso.” O professor de história baixou o giz e o livro, e pressenti uma confusão das boas que poderia vir. “Hoje pela manhã recebi uma notícia perturbadora. Ao que parece, um de vocês vem fazendo postagens frequentes em um blog que se pretende de fofoca, e essas postagens têm ofendido não apenas a alunos, mas ao staff do colégio.”

Os poucos focos de conversa que ainda existiam na sala acabaram, e só sobrou o clima de tensão. Remus olhou sério para mim, e fiquei sem entender o que tinha acontecido pra engatilhar essa conversa toda. Não era possível que do nada os professores tivessem descoberto o blog da SF e decidido que era ruim.

“Chegou ao conhecimento da diretoria o dito ‘anuário’ lançado hoje por esse blog, e quero que saibam que todos os nossos esforços vão se concentrar em encontrar o responsável por ele. Não posso garantir nada diretamente, mas faço questão de dizer que aqueles que forem considerados os donos do blog estarão na minha lista para serem expulsos do colégio.”

Uma exclamação coletiva passou pela sala, e me estiquei para cutucar Pete, que parecia ter sido obrigado a sentar numa arma de choque. “Que aconteceu?

A resposta dele foi praticamente jogar o celular no meu colo. Estava aberto no último post da SF, e quando li, só consegui pensar na minha vingança.

Porque agora a coisa tinha ficado pessoal.

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Sirius ficou bravo agora

Ouvindo: O bater dos dedos dele no teclado

“Vocês deviam ter me contado sobre o post.” Sirius estava aninhado que nem uma águia na minha cadeira, batendo num ritmo frenético no meu teclado. Na tela eu só via um fundo negro, com as letras brancas balançando de um lado para o outro, me deixando tenso e desconfiado sem motivo nenhum. Afinal, não era eu quem estava sendo hackeado por Sirius. Mas meu estômago ainda estava reclamando, então enfiei uma das mars bars que estava segurando pra dentro, vendo se o açúcar não ajudaria a me acalmar.

“Como a gente teria conseguido, se estava com Summer o tempo todo?” James reclamou, ainda raivoso. Quando chegamos em casa, ele narrou a epopeia que foi achar a professora, e ainda a reação dela.

“Desculpinha...” Summer sorriu amarelo por detrás do computador dela, e mandou um beijo para Sirius no ar. Revirei os olhos e sorri de volta, sem emoção.

“Não consegue quebrar o IP dela?” Marlene sugeriu, e percebi que estava mais irritada que eu com a presença de Summer. Sirius balançou a cabeça, digitando compulsivamente. Até Remus ergueu a cabeça do DS pra observa-lo trabalhando.

“Alguma coisa está me bloqueando, é como se ela estivesse tentando me hackear de volta...”

“Minhas amigas italianas estão te mandando beijinhos e boa sorte, fofo.” Summer estava digitando também, e fez uma expressão indignada que com certeza ela copiou da última “Barbie Indignação”. Remus suspirou, cansado, e continuou jogando.

“Ela tweetou sobre você, Sirius.” James olhou o próprio notebook (recém chegado de Nova York, hem) e vi a tela do twitter dele aberta. “Sirius, pare de tentar me atacar e continue sendo só sexy, ela disse.”

“Cretina...” Sirius estava martelando o meu teclado, e sua respiração me lembrava a época em que a rinite dele era mais séria.

“Sirius, saiu o seu perfil.” James disse logo em seguida, e achei que Sirius ia jogar o meu computador pra cima. Tentei pegar o celular, mas minha mão tinha suado e derretido o chocolate, então estava uma melequeira gigantesca e não consegui por as mãos em nada.

“Leia.” Ele mandou, e até Summer parou de conversar pra ouvir.

“Nome: Sirius Black. Função: Químico lindo, sexy, e charmoso.” James franziu a testa, e segurei o riso. “Não me peça pra repetir essa parte.”

Depois do arraso que foi o meu post de hoje de manhã, quero falar de Sirius Black. Apesar de estar, insistentemente, querendo descobrir quem eu sou, ainda não posso falar tão mal dele quanto ele teoricamente mereceria. Porque? Porque ele é lindo. Aqueles olhinhos cinzentos, parecendo nuvens num céu de outono, aqueles cabelos que são uma graça... Ah, é de suspirar, certo, gente?

É uma pena que não goste de mim, Sirius. Poderíamos ser incrivelmente poderosos, tanto que você nem imagina. Espero que agora que sabe que encontrou alguém que consegue bloquear os seus ataques, se dedique a me encontrar não para me deter, mas porque nós merecemos estar juntos. Você é o Batman da minha Mulher-Gata, miau!

“Ela usou a minha fantasia pra te provocar!” Marlene rosnou, e Summer olhou surpresa para ela. Fiquei subitamente tenso.

“Helôu, querida, meu namorado não precisa de mulher gata nenhuma. Sirius, não discuta com ela, não vai te fazer bem, fofo.”

“Ow, amor, eu não quero nada com o seu namorado, ok? Mas o meu amigo precisa de ajuda, já percebeu?”

Sirius não parecia prestar o mínimo de atenção na briga que estava acontecendo. Frustrado, descansou os dedos da digitação desenfreada e apoiou a cabeça no braço. As duas garotas pularam do meu sofá e se aproximaram, querendo consolá-lo de um jeito ou de outro.

“Acho melhor a gente fazer outra coisa...” James sugeriu.

“Se quiser, podemos ir até a sua casa, fofo.” Summer acariciou os cabelos de Sirius, e ele balançou a cabeça, cansado.

“Eu vou pegá-la.”

“Vamos comer em algum lugar. Que tal um pouco de porcaria? Sempre anima.” Marlene interrompeu.

“Gente...” Remus chamou, e olhei para ele. Tinha deixado o DS de lado, e parecia chateado.

“Se eu puder encontrar a fonte dos posts... Geograficamente...” Sirius desviou das duas, e puxou o celular pra fazer anotações do que estava pensando.

“Não tenha tanta pressa.”

“Sirius, vamos pra casa, fofo.”

“Gente...”

“Não tá vendo que ele não tem pique pra se agarrar com você, Summer?”

“Não perguntei pra você, Marlene!”

“Gente...”

“AAAAAH, PAREM POR FAVOR!” Gritei, e todos olharam pra mim. “Estão na minha casa, então eu decido o que fazer. Summer, vai pra casa. Marlene, você também. Sirius e James vão ficar juntos um tempo, ler uns quadrinhos e tal. E, por Deus, Remus, o que foi?”

“Recebi uma mensagem, desculpa.” Ele deu de ombros, e me arrependi de ter sido grosso com ele, “Dorcas terminou comigo.”


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