Minecraft. O Ninho De Creepers escrita por Hermes JR


Capítulo 3
O Esqueleto


Notas iniciais do capítulo

"A dor fazia com que cada vez mais seu corpo pedisse um descanso, mas ele sabia que não podia parar."



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Steve demorou para raciocinar o que estava acontecendo, sua mente ainda estava presa no sonho que tivera. Ele sempre sonhava com os acontecimentos do seu passado, mas fazia muito tempo que ele não sonhava com John e com Peter.

Foi quando percebeu a gravidade do problema, sua casa havia sido descoberta pelos monstros, tinha de agir rápido, ou logo estaria na mira daquelas terríveis criaturas. Ele se levantou e pegou somente o mais importante, pegou algumas maçãs que tinha, uma jarra de água, sua espada de madeira e a estaca que seu pai lhe dera anos atrás antes de morrer. Juntou tudo em sua bolsa de couro e se preparou para partir. Antes de ir embora, deu uma última olhada na casa, pois sabia que sempre que tentava se mudar, corria um grande risco, e aquela poderia ser a última casa de sua vida.

O buraco em frente a sua casa era extremamente grande, e a parede frontal havia sido completamente destruída, e ele já tinha uma ideia de quem teria feito todo aquele estrago, um Creeper. O mesmo bicho que causara a morte de seus pais, o mesmo bicho que destruíra a sua aldeia, e o mesmo bicho que o atormentara toda a vida. Ninguém sabia sobre a origem deles, alguns diziam que eles vieram do espaço, outros diziam que era seres pré-históricos que agora estavam voltando, porém, eram apenas boatos. Outro fato que ninguém sabia sobre os Creepers era a estranha habilidade que possuiam, eles inchavam e depois explodiam, causando uma séria destruição. Na opinião de Steve era meio que uma burrice, pois mesmo que eles conseguissem matar a vítima, morreriam também. E não era apenas os Creepers, e sim todos os outros monstros que surgiram tinham origem desconhecida. Mas o fato que mais intrigava todo mundo era que todos eles surgiram na mesma época, sem alguma explicação lógica, e desde então, tem passado a atacar as pessoas, causando sérios acidentes e muitas mortes.

Não havia como pular o buraco, teria de descer e escalar pelo outro lado. Foi quando um barulho o chamou a atenção. A madeira da casa começou a ranger, então uma parte do teto desabou bem na frente dele. A estrutura da casa havia sido comprometida pela explosão, estava prestes a cair. Sem pensar duas vezes, a primeira reação de Steve foi pular para fora da casa. Nesse instante, madeira e pedra se espalharam pelo chão e alguns fragmentos atingiram Steve. Ele se levantou lentamente, estava dolorido por causa da queda. Tentou escalar o buraco, mas escorregou, não tinha como escalar naquela terra lisa. Como saíria dali? Uma ideia passou por sua cabeça, mas não tinha certeza se era uma ideia muito boa. Usaria a espada como suporte para chegar ao topo, porém, corria o risco de ela quebrar. Infelizmente, não tinha outra saida, e caso ficasse por ali, seria encontrado por monstros e provavelmente morto.

Ele respirou profundamente e pegou a espada, tinha que depositar toda sua confiança em uma espada de madeira, e caso ela quebrasse, estaria perdido. Steve a fincou na parede de terra e pisou nela para subir, depois, segurou com a mão em uma raiz que estava por lá e com a outra, retirou a espada do seu antigo lugar e a prendeu mais em cima. De repente, a raiz na qual estava apoiado arrebentou e com um rápido movimento, ele se segurou com as duas mãos na espada. Essa fora por pouco. Mas seu momento de glória não durara muito, a espada começara a rachar com o peso de Steve, ele iria cair e ficar preso no buraco novamente. Com uma mão na espada e a outra livre, ele conseguiu escalar rapidamente e se manter em pé em cima da escada, mas bem nessa hora ela se partiu ao meio. Em um ato de desespero ele se jogou para cima e ficou pendurado na borda do buraco. Sua mão suada estava fazendo com que ele escorregasse, mas tinha que aguentar, se caisse estava tudo perdido. Steve usou toda a sua força para se levantar e sair doburaco, e com muito esforço, conseguiu. Com a respiração pesada e os braços doendo, aquilo era um sinal de que seu dia não seria fácil.

Depois de alguns minutos descansando, Steve teve que sair e ir caminhando a procura de um local seguro.

Minutos depois, cansado e faminto Steve se sentou a sombra de uma árvore, pegou uma maçã e lembrou daquele dia em que encontrara com John e Peter.

Steve lembrava da expressão assustada de Peter quando entrou na pequena sala que ele e John estavam.

–Que bichos Peter? -Perguntou John mantendo a calma.

–Não sei também, eles são verdes e estão destruindo as plantações! -Disse Peter quase sem fôlego.

Nesse instante, Steve não sabia quem ficara mais assustado, se fora ele ou John. Ele por saber do que se tratava a situação, e o medo de não escapar vivo novamente deu um nó em sua garganta. Já John por saber que suas plantações estavam sendo destruídas.

–Steve, já já cuidaremos da sua história, mas antes nos acompanhe para checar a situação. -Disse John se levantando.

Porém, Steve não se moveu, o medo tomara conta do seu corpo novamente e a lembrança de seus pais agora fazia com que ele quisesse chorar.

Steve teve seus pensamentos intenrropidos por algo que se moveu atrás de uma moita. Steve foi dar uma olhada, e sem fazer muito barulho, se moveu rapidamente até a moita. De repente, uma flecha passou bem perto de sua cabeça e por sorte não o atingiu. Um esqueleto surgiu de trás da moita e atirou outra flecha em Steve, dessa vez antingindo o seu ombro, derrubando-o no chão bruscamente. Os esqueletos eram monstros que surgiram na mesma época que os Creepers, porém, eles sempre andavam armados com arcos e flechas, e como já estavam mortos, derrotá-los era praticamente impossível, e principalmente agora que Steve não tinha nenhum recurso para ataque ou defesa. Steve tirou a flecha presa em seu ombro e o ferimento começou a sangrar loucamente. Percebendo a encrenca em que se metera , Steve chutou as pernas do esqueleto, fazendo-o cair, e aproveitando a oportunidade, se levantou e fugiu. O seu ombro começou a doer como nunca na vida, mas não podia parar agora, ou estaria perdido, e ignorando a dor, continuou correndo.

Steve precisava atrair o esqueleto para a luz do Sol, pois alguns monstros não resistiam a ela, porém, sempre iam nela para perseguir a vítima, o que Steve também considerava uma burrice. Ele tinha de sair de perto das árvores pois elas faziam soombra, precisava ir para um terreno mais aberto. Uma flecha passou bem ao lado de sua cabeça, e quase o atingiu, tinha de agir mais rápido. Steve estava com a roupa suja de sangue por causa do ferimento que não parava de sangrar. A dor fazia com que cada vez mais seu corpo pedisse um descanso, mas ele sabia que não podia parar. Foi quando uma flecha atingiu suas costas e ele capotou no chão. Virando-se para trás, viu o esqueleto a poucos metros de distância colocando mais uma flecha no arco. Era a última que ele possuia, Steve viu uma pequena chance de escapar vivo, mas agora os dois ferimentos faziam todo o seu corpo doer. Rapidamente, ele fo rastejanto para a luz do Sol e escutou os ossos do esqueleto estralando atrás dele. Estava quase lá, a luz estva muito próxima. Steve suava muito, por causa do nervosismo e do cansaço, e os cortes ardiam muito também. Quase lá, a flecha passou e atingiu sua perna, mas ele não parou, o esqueleto não o matara, o que queria dizer que iria segui-lo e ir para a luz. Todo sujo, cansado, sangrando e suado, Steve se virou para observar o esqueleto queimar, e teve uma grande surpresa, ele não estaava mais lá. Será que os monstros desenvolveram a sua inteligência e agora sabiam que não podiam ir na luz solar?

O medo percorreu o corpo de Steve, aquele seria o seu fim? Mesmo que o esqueleto não voltasse, os ferimentos podiam matá-lo. Steve pegou a flecha que atigingira sua perna e olhou para aquela ponta afiada e ensanguentada. De repente, um bicho em chamas pulou em cima dele, o esqueleto. Steve atacava com a ponta da flecha que tinha em suas mãos,o plano deu certo como planejara, o esqueleto queimou na presença da luz solar e agora ele estava a salvo. Mas não por muito tempo, ele tinha que lavar aqueles machucados, pegou a jarra de água e jogou um pouco em cada corte. Ardeu muito, e a pouca quantidade logo se esgotou, ele precisava de mais água. Teria de procurar depois.

Completamente sujo e cansado, Steve se levantou e continuou caminhando como se nada tivesse ocorrido. Mal sabia que o pior ainda estava por vir.


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