Minecraft. O Ninho De Creepers escrita por Hermes JR


Capítulo 19
A Travessia


Notas iniciais do capítulo

"-Estou começando a ficar preocupado Steve. -Cometou Nicko.
-Somos dois. -Respondeu Steve."



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Bruce acordou meio atordoado e olhando em volta, o Sol estava começando a nascer no horizonte e o clima estava com uma brisa fria soprando de leve.Percebeu então que estava sendo carregado. Um homem de pele escura e bem musculoso o carregava, e seu arco não estava mais com ele. Conseguiu distiguir muitos homens bem armados e equipados. Observou mais e viu Dave, foi então que se deu conta de que havia sido capturado pela tropa de Dave. Mas onde estaria Steve? Começou a se contorcer porém o soldado que o carregava era forte demais. De repente foi largado no chão.

–Ele acordou Dave. -Disse o homem que o carregava.

Dave veio em sua direção, fez um sinal para que a tropa continuasse e ficou de frente com Bruce.

–O que você tinha em mente em querer nos seguir hein? -Perguntou em um tom sarcástico.

–Não devo respostas a você, na verdade, você que me deve muita coisa. Onde está Steve?

–Bom... Isso não vem ao caso agora, se ele está conosco ou não, não é de seu interesse. Apenas me diga o que você e seu companheiro queriam vindo atrás de nós? -Perguntou. -Pensavam que sabotariam a busca por não terem sidos escolhidos para guiar a tropa.

Dave deu uma risada fraca, mas saiu tão cruel e maldosa que Bruce pôde sentir a alma se arrepiar. Se levantou do chão e falou na cara de Dave:

–Eu não sei se falo o que quero para você Dave, mas vou me poupar de gastar saliva a toa, afinal você não vale nem uma palavra, nem que essa seja a pior qualidade que posso dar a você, o que seria fácil, mas enfim, devolva meu arco e prossiga seu caminho e eu volto para a aldeia em paz.

–Não estou com seu arco. -Respondeu Dave simplesmente.

Ambos se encaram por um tempo, até que Bruce se virou e já estava indo embora quando uma mão o pegou pelo braço. Se virou e deu de cara com o soldado que o carregava. Tentou se libertar mas foi inútil, sua força não era nada em relação a do soldado.

–Aonde pensa que está indo? -Perguntou Bruce tirando a mão do soldado do braço de Bruce e voltando a encará-lo.

–E você quer que eu fique para o quê? -Disse Bruce em resposta levantando a sobrancelha.

Dave cruzou a mão atrás do corpo e começou a andar de um lado para o outro falando:

–Na realidade, você não tem nada o que fazer aqui Bruce...

–Então me deixe ir embora, não é agradável ficar em sua companhia. -Interrompeu Bruce.

–... Mas a questão é, -Continuou- Eu sei que você e seu amigo tinham algo em mente, então não posso simplesmente deixá-lo ir assim, tenho que relatar isso a Roger, e até eu puder fazer isso você vem comigo.

–E você quer que eu vá com você e sua tropa até o final da missão?

–Infelizmente.

–Não mesmo. Estou desarmado, e eu ainda nem faço parte do exército.

–Podemos providenciar isso rapidamente, e quanto a sua desculpa tola, estou de convidando a entrar. Parabéns, você está no time. -Retrucou Dave sarcástico. -Então... Ou você vem com a gente ou será obrigado.

–E já não estou?

A discurssão de ambos foi interrompida por um soldado que veio do meio das árvores.

–Temos um problema Dave.

–Tenho que ir, depois providenciarei um armamento para você. -Ele já ia saindo mas finalizou: -E não tente nenhuma gracinha ou Carlos pode quebrar você.

Dave já estava sumindo quando Bruce gritou:

–O que você fez com Steve?!

–Bom... Pode-se dizer que ele não está mais entre nós.


* * *

Steve acordou sendo arremessado dentro do rio. Acordou cuspindo água e e tossindo forte. Seu corpo todo dolorido latejava enquanto ele se erguia da água gélida. Com muito esforço saiu do rio. Viu Nicko jogado do outro lado de onde estava e uma enorme cratera a sua frente. Sabia do que se tratava, e todo seu corpo estremeceu ao pensar que poderia ter morrido ali naquele instante, e que também, por pouco sobreviverá.

–I-isso foi um Creeper? -Perguntou Nicko indo em direção ao rio lavar sua cabeça, pois havia um pequeno corte que sangrava muito.

–Com toda a certeza que sim. -Afirmou Steve. -Por sorte escapamos vivos.

Steve aguardou Nicko enquanto ele se cuidava. Alguns minutos depois ele o disse:

–É melhor irmos, temos que sair daqui antes que algo pior nos aconteça.

   –E há como piorar? -Retrucou.

   -Olha eu vivi oito anos sozinho, e também já vi coisas fortes demais, acredite, sempre tem um jeito de piorar. -Um silêncio incômodo pairou sobre os dois.

   -Quanto pessimismo. 

   -Isso não é nada, -Disse Steve. -Até uma semana atrás eu estava em minha casa no meio da mata, sozinho, minha únoca preocupação é se haveria comida o sufience para mim, e se eu sobreviveria a mau um dia...

   -E não é isso que o incomoda agora também?

   Aquela pergunta pegou Steve de surpresa.

   -Bem... Isso sempre me incomodou.

   Tentando sair daquele momento desconfortável, Nicko mudou o assunto:

   -Então vamos continuar logo, né? Afinal não podemos ficar aqui o dia todo.

   Steve concordou com um movimento de cabeça.

   -Vamos logo.

Como estavam entre duas altas montanhas, o único meio de sair era se eles procurassem um local onde as paredes se inclinavam ou algum lugar com pedras grandes o sufuciente para que eles pudessem usá-las para subir. Decididos do que iriam fazer partiram e busca da saída, ambos bem feridos por causa do acontecido e pela enorme queda. Em certo momento um esqueleto os atacou, ele se protegia no rio, mas virou um alvo fácil por estar bastante enfraquecido. Fora isso, o percursso dos dois não teve nada mais do que simples conversas.

A tarde já havia chegado a muito tempo quando eles se sentaram na beira do rio que cortava aquele paredão.

-Estou morto. -Reclamou Steve se deitando dentro do rio para tirar o suór do corpo, já que andara tanto.

-E eu morto de fome. -Disse Nicko. -Vamos pegar alguns peixes, assamos eles e lego depois vamos continuar até o sol se pôr, se não acharmos uma saída, o que é bem provável, vamos procurar alguma brecha que seja um local seguro para ficarmos até a noite passar.

E assim foi feito, capturaram alguns peixes, improvisaram uma fogueira, esquentaram seu lanche improvisado e depois de beberem, continuaram a caminhada.

O resto das horas foram se passando até que sol já estava para sumir no horizonte. Apenas metade dele iluminava o céu, que tinha misturado a si um grande tom de laranja com um pouco de azul.

-Estou começando a ficar preocupado Steve. -Cometou Nicko.

-Somos dois. -Respondeu Steve.

Continuaram andando sem esperança a procura de um lugar para se abrigarem.

De repente pedaços de madeira caíram sobre o ombro de Steve. Ele os pegou e percebeu ser madeira apodrecida. Olhou para cima e viu os soldados do exército de Dave se prepando para atravessar uma velha ponte.


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