Depois da reunião com o conselho, Steve acompanhou Roger e Robert até uma sala que havia naquela grande casa, o motivo ele não fazia ideia, porém, estava mais seguro sabendo que não ia mais precisar viver sozinho por aí.

Bruce o acompanhava o tempo todo, e no caminho eles foram conversando entre cochichos:

–Parabéns Steve, como você conseguiu entrar tão rápido assim para o exército? -Disse Bruce.

–Calma aí Bruce, nem eu sei o que está havendo direito, está tudo acontecendo tão rápido. -Respondeu Steve.

–Mas não se preocupe, tenho certeza de que você irá se acostumar rápido. -Incentovou Bruce.

–Estou bem em relação a isso, o fato é que agora eu pelo menos não preciso me preocupar com aonde eu vou viver. -Falou Steve. -Quer dizer,eu sempre me virei sozinho, quase morri várias vezes e agora pelo menos tenho a certeza de que minha morte não está tão próxima... espero.

–Hum... -Bruce não sabia o que dizer. -Quanto a moradia você pode morar comigo. -Disse Bruce. - Se não se importar, claro. -Apressou-se.

Steve olhava distraidamente para o lado e percebeu que Bruce falara com ele.

–Ahn? Ah, sim. Claro, obrigado Bruce. -Agradeceu Steve. -E para onde estamos indo/

–Ia te perguntar isso agora.

–Ahn... certo. E quanto aquelas pessoas, eu não vi o porque delas ficarem lá assintindo.

–Ah, o povo quer participar de tudo o que acontece, um novo integrante qualificado no exército pode ser algo bastante importante. Mas é apenas questão de costume daqui, sempre há uma platéia. -Respondeu Bruce.

Steve ia falar mais uma coisa, porém foi intenrrompido por Robert que disse:

–É por aqui, entrem.

Eles entraram em uma sala grande e circular, com uma mesa de madeira e de frente para elas, havia mais três cadeiras. Haviia algumas estantes de livros e uma janela, bem básico.

–Bem-vindos a minha humilde sala. -Disse Roger sorrindo. -Nada demais, mas dá para o gasto.

Roger fez um sinal para Steve e Bruce se sentarem na cadeira. Robert saiu para que Roger pudesse lhes passar o que foi pedido.

–Bom, primeiramente, eu preciso pegar seus dados Steve. -Disse Roger.

–Hum, senhor, eu sei o tanto de mim quanto o senhor, talvez você saiba um pouco mais. -Disse Steve sem graça.

Roger tentou pegar o máximo de informação que conseguiu, mas não adiantou para nada. Depois de anotar algumas coisas, ele se dirigiu a Steve e a Bruce e começou a explicar:

–Bom, todos já estamos cansados de saber que cada vez mais o ataque de monstros estão mais constantes, e andamos investigando um modo de tentar evitar isso, e conseguimos achar a localização de um ninho de Creepers, não muito longe daqui.

Fez-se um breve silêncio, Bruce não estava muito surpreso, eles sempre descubriam modos de matar os monstros, mas nenhum chegava a dar certo, talvez o azar sobre eles fosse muito grande.

–E queremos que você guie nosso exército nessa busca Steve. -Disse Roger.

–Epa! Muita calma nessa hora, eu aceitei entrar no exército, mas eu mal entrei e já vou liderar o exército?

–Não se preocupe, Bruce vai te ajudar.

Bruce que estava meio fora de ar, voltou ao seu estado normal ao ouvir seu nome na conversa.

–Eu?! Mas por quê? -Indagou.

–Já era de se esperar.-Disse Roger para si mesmo. -Rapazes, eu sei que vocês ainda não grandes o suficiente para ter responsabilidade de liderar um exército, sim, eu concordo que é uma grande obrigação, porém, vocês conseguiram sobreviver sozinhos e lutaram contra diversos monstros souberam montar diversas estratégias para sobreviverem.

–Isso ainda não me conveceu. Protestou Bruce.

–Não terminei. Estamos todos muito ocupados e vocês são as nossas únicas esperanças, mais tarde veremos tudo mais diretamente, só queremos saber se vocês aceitam.

Steve hesitou e olhou para Buce. Mal conseguiram sobreviver sozinhos no meio da floresta e já iam guiar um exército? Com certeza não era a coisa certa a fazer.

–Eu acho que não. -respondeu Steve enfim.

Roger olhou para ele e suspirou.

–Então está bem. -Disse Roger. -Mas você são as nossas únicas esperanças, pensem direito.

Roger os dirigiu para fora e entrou na sala de novo.

–Então tá né. -Disse Bruce encarando a porta como se estivesse bravo com ela.

Eles saíram da grande casa de madeira e foram para a aldeia. Do lado de fora, algumas pessoas deram parabéns a Steve por ter conseguido entrar no exécito. Bruce e Steve estavam a caminho da casa de Bruce quando eles foram interrompidos por uma mulher que apareceu gritando na frente deles.

–Esperem! Parem! -Eram a mulher que vestia um vestido roxo e que fazia parte dos doze membros do conselho.

Bruce revirou os olhos e suspirou ao vê-la.

–Aja normalmente. -Cochichou Bruce a Steve.

–Mas por... -Steve não conseguiu terminar a pegunta, a mulher chegou e foi entrando no meio dos dois.

–Tomem cuidados jovens, vocês correm grande risco. -Ela dizia. -Me acompanhe.

A mulher pegou no braço de Steve e Bruce e foi arrastando os dois para uma cabaninha pequena que lá havia. Eles entraram e dentro havia algumas almofadas com uma bola de cristal no meio.

–Bem-vindos ao melhor lugar do mundo. -Disse a mulher feliz.

Quando enfim ela soltou os dois Steve cochichou para Bruce:

–Quem é essa doida?

–É Elizabeth, ela faz previsões daqui, como uma vidente, eu acho, e também cuida de algumas doenças, como se fosse uma curandeira, mas é meio doida. -Responde Bruce.

–Meio?

Bruce não pode responder, Eleizabeth puxou os dois para se reunirem a ela em volta da bola de cristal.

–Hoje, eu sinto uma forte energia vinda de vocês dois. -Disse ela com os olhos fechados e passando a mão na bola. Steve e Bruce ficaram apenas sentados observando. -Sinto também que o perigo se aproxima, vocês não tem muito tempo, devem agir com rapidez e sabedoria.

Steve fez um sinal com a cabeça mostrando a saída, dizendo que ele queria sair. Bruce deu um sinal para eles esperarem.

Elizabeth ficou em silêncio e olhando a bela bola de cristal. Para quebrar o silêncio, Steve decidiu perguntar:

–Por que nos trouxe aqui?

Elizabeth olhou para ele e se levantou agilmente.

–Garoto, você já se perguntou como veio parar aqui? -Ela perguntou.

Steve fez que não com a cabeça.

–Pois bem, agora eu vou te dizer. Se não me engano, você veio para cá quando decidiu mudar de casa, não estou certa?

Steve fez que sim com a cabeça.

–Então, pelas diversas coisas que você passou na vida, as tantas situações perigosas que ocorreram até conseguir chegar aqui, e o fato de mal chegar e já ser chamado para uma missão não pode significar alguma coisa?

–Eu... acho que sim, talvez. -Respondeu Steve olhando Elizabeth atentamente, ela estava começando a assustá-lo.

–Claro que significa, o destino não une ninguém a toa, tem um sentido, um significado, algo pode estar prestes a acontecer, e é melhor se precaver. -Elizabeth gesticulava as mãos rapidamente enquanto falava, um pouco nervosa.

–Tudo bem, mas agora precisamos sair. -Steve estava começando a ficar extremamente nervoso.

Ele se levantou e já estava saindo quando Elizabetn falou:

–Cuidado com as suas decisões, e pense bem no que vai fazer, você não está aqui a toa.

Steve acenou a cabeça nervosamente e saiu, com Bruce logo atrás. Já bem longe da cabana, Steve perguntou a Bruce:

–O que ela tem?!

–Isso eu me pergunto a bastante tempo. -Respondeu encarando a cabaninha.

–Mas por que ela teve que nos levar lá para dentro?

–Elizabeth agi como se fosse uma profeta, ou uma vidente, e sempre que prevê algo estranho tem que sair por aí causando baderna. -Bruce bocejou e chamou Steve. -Vamos para casa, preciso esclarecer umas coisas.

Na casa de Bruce, eles se acomodaram em uma mesinha e comeram um pedaço de bolo, enquanto Bruce dizia:

-A vida aqui em Colina Nevada não é tão comum igual as outras aldeias, você tem que se acostumar com isso, ou você não vive aqui.

-Mas todo mundo é igual a Elizabeth? -Perguntou Steve intrigado.

-Não, ela é um caso a parte, mas aqu as coisas são meio diferentes. Você estranhou o fato de tanta gente lá hoje, é porque o povo aqui tem o costume de querer participar de tudo, querem se sentir importantes. Nada demais.

-E quanto ao conselho?

-Ah, eles são somente considerados as pessoas mais influentes daqui e por isso tem alguns direitos a mais que nós.

-E por que Elizabeth é do conselho?

-Ela cuida das pessoas doentes e machucadas daqui, muitos devem a vida a ela. Por isso ela está lá. E algumas pessoas acreditam em suas previsões, eu não.

-É prudente. -Confirmou Steve.

-Daqui a algum tempo você vai conhecer todo mundo que faz parte do conselho, isso é com o tempo. -Disse Bruce enquanto comia um pedaço de bolo.

-E Robert, ele é o que?

-Hum... -Bruce engoliu o pedaço de bolo e respondeu. -Foi eleito o prefeito, ele não gosta de ser chamado assim, mas é o que realmente ele é.

-Roger é o capitão do exército?

-Sim.

-E como você entrou para o exército? Roger o chamou?

-Na verdade, quem quiser, faz um teste e se ele gostar pode ser convidado a entrar no exército, mas eu estou passando pelo processo de treinamento, para aperfeiçoamento.

-Hum, interessante.

-Mas acredite, com o passar do tempo você se acostuma com a vida aqui em Colina Nevada.