Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 8
Desrespeitosas condolências


Notas iniciais do capítulo

Bom este é o tão sonhado capitulo...
eu quero dedicar o capitulo de hoje para a minha querida amiga LAYS CARVALHO, que sonhou com isso durante um longo tempo.Bom esse é para voce amiga espero que goste.



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PDV ROSE


Hoje fazia exatamente uma semana depois da morte do Albert, e como de costume, seria seu funeral, o país inteiro estava em luto, o sono já não me visitava durante a noite, para ser mais exata ele não visitava a noite de ninguém do reino. Todas as vezes que tentei encostar a minha cabeça no travesseiro as imagens daquela trágica noite me assombravam me fazendo lembrar o quão egoísta pude ser.


Nunca desejei tanto o ter por perto, ouvir seus conselhos, suas reclamações, sua voz preocupada, todas as vezes que eu tentava fazer algo fora das normas, nunca quis tanto aquela sombra me seguindo por todos os lados me lembrando de todas as minhas obrigações do dia, do seu riso sempre que eu reclamava de tudo e de todos e de como só ele conseguia compreender todos os meus medos e me ajudar a superá-los, como eu desejava seu abraço.

Albert era mais que um guarda ou um amigo para mim, ele era o meu pai, e eu, eu o matei.


As lagrimas não conseguiam se controlar pelo o meu rosto, o buraco que agora se abria no meu peito nunca mais seria fechado. Continuei olhando pela a janela enquanto via todos os soldados se organizando para a caminhada até o local onde o Albert seria enterrado. E apesar de ser um dia triste, o sol era presente naquela manhã, os pássaros continuavam a cantar e as arvores pareciam dançar ao som e ao bater do vento... Fechei meus olhos sentindo a brisa, pedindo que isso me acalmasse, as lagrimas se espalharam pela a minha face com o toque do vento, “ É um belo dia Albert, você merece...” Abri novamente os meus olhos com o som de batidas na minha porta.


– Filha...Posso entrar? A voz do meu pai entrou pelo o quarto.


Rapidamente limpei as lagrimas enquanto dava a permissão ao meu pai.


– Não precisa limpa-las minha filha...sei como se sente.


Meu pai sempre me compreendeu, e como um ótimo rei e pai, sabe o que falar quando se é preciso dizer algo.


Caminhei até ele e o abracei o mais forte que conseguia recebendo com a mesma intensidade em troca.


As lagrimas dessa vez vieram acompanhada de soluços e pude perceber o choro vindo do meu pai também.


– É que dói tanto... Pai.


– Eu sei minha filha... Eu sei.


Afastei-me um pouco, embora seus braços ainda estivessem em minha volta.


– É tudo minha culpa, pai, o plano foi meu, não deveria, mas... Se eu tivesse


– Rosalie.


– Não há nada que possa fazer o contrario pai, a culpa foi completamente minha, o Albert morreu para salvar quem ele julgava ser eu... ele morreu por nada.


– Rosalie, por favor...


– Deveria ser eu em seu lugar não ele, o Albert não merecia isso, ele era o melhor amigo que alguém podia querer, e eu? Tão egoísta, era que deveria ter morrido naquela noite, eu não ele, eu merecia.


Já sentia os meus olhos arderem e minha garganta se fechar em meio a tantas lagrimas que derramava.


– Deveria ter sido eu pai...


– Nunca! Rosalie, por favor... Olhe pra mim.


Eu não fazia mais nada além de obedecê-lo.


– Preste bastante atenção minha filha, nunca mais diga isso a mim novamente, o Albert foi uma grande perda para mim, mas você minha filha, perde-la seria uma dor inexplicável. Entende isso Rosalie? Não és apenas a princesa da Inglaterra o que faz a sua perda ser muito mais grave, mas é pelo o fato de ser minha filha, a minha menina, não posso pensar na hipótese de ficar sem você.


– Mas...pai.


– Rose, eu entendo a dor e a culpa que sente, e tudo que eu queria era poder tira-la de você, mas se não puder fazer isso ao menos não deixarei que se torture com isto.


– Não me odeia pelo o que fiz?


– Rose, jamais a odiaria minha filha, não importa o que fizesse.


– O que fiz foi horrível. Eu deveria ter pensado que isso poderia acontecer.


– Ainda é muito jovem para pensar em tudo. Na verdade você me surpreendeu, foi um ótimo plano, não teve falhas, afinal ninguém poderia prevê um ataque como aquele. Confesso que nem eu a reconheci perguntei milhares de vezes a sua mãe quem era a bela dama de vermelho, na verdade quem estava começando a ficar vermelha era a sua mãe só não sei se foi de raiva ou ciúmes, juro que quase a vi te batendo no salão.


Com certeza só o meu pai para fazer piada uma hora dessas.


– Minha mãe jamais faria isso.


– Você não conhece sua mãe. Sra. Esme quando fica nervosa derrota um exercito inteiro sozinha.


– falando nela.


Apontei para a porta onde minha mãe se encontrava pronta para ir ao funeral, dando o aviso que só estavam nos esperando.


Olhamo-nos, sorrimos não de felicidade, mas de apoio, e descemos juntos, todos prontos para dar um ultimo adeus ao mais fiel amigo e guarda que a corte já havia conhecido.


Estavam todos nos seus devidos lugares, toda a guarda seguia marchando em frente e uniformizados, um pouco mais atrás a cavalaria seguida pela carruagem da qual eu e minha família nos encontrávamos, dando assim sequência aos amigos que nos seguiam, o corpo do Albert estava sendo carregado pelos os seus familiares a frente de todos nós.


O funeral foi provido de todos os cuidados e honras que o Albert merecia, os soldados estenderam suas espadas no momento que era enterrado o caixão. Havia um piano no local, me lembrei que o Albert adorava me ouvir tocar, então lentamente andei até o piano e sentei-me preparando para tocar uma ultima musica para o meu querido amigo, o som fluiu lindamente pelo o campo que nos encontrávamos, os familiares choravam, e todos compartilhavam da mesma dor.


O funeral havia acabado e muitos já haviam ido para suas casas, meu pai havia dispensado os soldados e a cavalaria, sobrando assim alguns, nós, a família e alguns amigos. Até que chegou a hora de todos partirem, meus pais foram desejar pêsames aos amigos e família e decidir acompanhá-los, já que o motivo pela qual estávamos aqui era minha culpa. Aproximei-me da esposa de Albert e ao cumprimentei.


– Sra.McCarty, eu sinto muito, foi uma grande perda para todos nós.


– Obrigada princesa.


Olhei um pouco em volta e notei um pouco mais distante dali, um homem, alto e muito forte ao meu ver, olhando para algum lugar que eu não pude ver qual era.


– Desculpe-me. Sra. McCarty, conhece aquele rapaz?


– Sim princesa, ele é o meu filho. Emmett McCarty.


– Obrigada.


Despedi-me, e caminhei em direção ao rapaz sem fazer muito barulho, chegando perto o suficiente para que ele pudesse me escutar.


– Emmett McCarty?


Ele se virou em minha direção e pude notar o quão lindo ele era, seu rosto possuía traços muito bem desenhados e fortes, seus lábios eram grossos, seus olhos azuis embora agora um pouco vermelhos devido ao choro sucessivo, dava um grande contraste em sua pele branca e seu cabelo negro e cacheado.


– Sim.


Ele fez uma pequena reverencia, mas a sua voz era carregada de ironia e ódio.


– Ele era um grande homem.


– Ele era sim.


– Eu sinto muito...


– Isso não importa.


– o que não lhe importa?


– Seus sentimentos. E não me agrada muito conversar com a assassina do meu pai.


Então entendi a quem era todo o ódio que ele sentia


Assassina? Como ele se atrevia a fazer tal insulto?! Eu sou a princesa da Inglaterra, e ele simplesmente me chama de assassina?!


– Por acaso, faz idéia com quem está falando?


– Sim. E isso eu já lhe disse, com a assassina do meu pai. Agora se me der licença.


E simplesmente passou por mim como se eu fosse um nada... e eu jamais aceitaria que alguém me tratasse assim.


– Não dê as costas para mim! – A raiva que eu sentia daquele homem era eminente em minha voz e as minhas palavras pareciam não fazer efeito nenhum o que me deixava pior.


– Eu ordeno que pare! E retire o que acabou de dizer!


Ele continuava andando como se não estivesse ouvindo, caminhei até ele levando a minha mão até o seu ombro o fazendo parar.


– Eu ordenei que parasse!


E por um momento ele parou, vi o sorriso de vitória se formando em meu rosto. Afinal ninguém me ignora dessa maneira. Mas ao contrario do que queria, o vi olhar para a minha mão parada em seu ombro fazendo-me tira-la dali, onde ele rapidamente passou sua mão como se estivesse limpando algo completamente sujo, depois de terminar tal ato sem ao menos olhar-me, virou-se e saiu ao encontro de sua mãe.


Fiquei parada no mesmo lugar tentado digerir o que acabará de acontecer, nunca ninguém em sua vida me tratou daquela maneira nem mesmo Alice. Como era possível um homem tão cavalheiro como o Albert ter um filho como ele? Eu sou Rosalie Lillian Hale, a princesa da Inglaterra, e ele teve a audácia de me chamar de assassina. Eu espero nunca mais vê-lo novamente, porque ai sim eu o darei motivos para me
chamar assim.


Voltei para a minha casa ainda pensando naquele homem repugnante e minha mente começava a pensar realmente como uma assassina, eu já planejava como iria matá-lo assim que o visse novamente. Porque eu prometo que esse tal de Emmett McCarty nunca mais irá tratar-me de tal maneira, da próxima vez ele iria ver quem é Rosalie Lillian Hale.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos tenham gostado...desculpa não ter postado ontem, mas só pude hoje.
beijos gelados