Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 7
Profunda tristeza


Notas iniciais do capítulo

Finalmente saberemos o que a Rosalie irá aprontar nesse baile, anciosos? Então vamos lá.
Acredito que depois desse capitulo algumas pessoas irão querer me matar,mas lembre-se: Tudo que se é escrito tem um onbjetivo.



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PDV ROSE

A noite havia finalmente chegado, os convidados já estavam tomando seus lugares nas mesas e os músicos começavam a tocar no salão. Alice estava empolgada para o baile, não parava de falar e fazer comentários enquanto dava todos os devidos ajustes no meu vestido e finalizava a minha maquiagem. Apesar de todas as minhas tentativas, não consegui me arrumar sozinha.


– Alice, não achas que está bom?


– Fique quieta Rose, ainda faltam alguns toques, precisa ficar linda, é seu aniversário.


Demorou ainda alguns minutos até que a Alice dissesse que estava tudo pronto.


– Alice querida, e nossa convidada de honra, como está?


– Ótima. A vi antes de te encontrar e tudo está indo como nós planejamos.


– Isso é uma excelente noticia.


– Sim é. Aposto que ninguém vai notar. – Alice estava tão empolgada quanto eu.


– Você sabe o que tem que fazer não é?


– Rosalie querida, por acaso não está tentando-me dizer como devo fazer o plano que eu mesma planejei, está?


– Como assim você mesma planejou? Por mais que eu vá me encrencar com isso eu também tenho crédito nesse plano.


– Tá tudo bem, que eu planejei e você concordou então... Agora está bom pra você?


– Melhor... Mas não estou tentando te ensinar nada, estou nervosa só isso, e se tudo der errado e o Royce notar? Ele com certeza acabará com a minha vida e meus pais irão apoiá-lo sem sombra de dúvida.


–Então relaxa amiga porque se depender de mim, o Royce não vai sair do planejado essa noite, e sobre seus pai, eu sei muito bem querida que é só olhar com aquela carinha, brilhar os olhos, e se fazer de inocente, que eles deixam passar. Então Rosalie Lillian Hale levante esse rosto e sorria porque hoje à noite, é completamente sua.


– Só você Alice para fazer uma coisa dessas, sabia? – Ri da forma como ela conseguia ver um ponto positivo em todas as coisas.


– Pois então minha amiga, dizem que isso é um dom. E sabe? Eu definitivamente concordo com elas. Pronto, agora só falta uma única coisa para a perfeição...


– O que falta agora Alice? Porque eu estou aqui há mais de três horas, e você me diz que ainda está faltando alguma coisa. O que é desta vez?- Eu definitivamente não aguentava mais ficar sentada naquela cadeira, enquanto a Alice fazia coisas da qual eu não tinha a menor ideia do que eram, no meu rosto e no meu cabelo.


– Nossa... Se acalme princesa, eu estou me referindo a sua linda e maravilhosa mascara que eu mesma fiz para essa ocasião.


– Quanta gentileza. – Disse com um sorriso um pouquinho sínico no rosto.


– Pronto. Agora está vestida e arrumada como uma verdadeira amiga de Alice Whittlock.


Ri ainda mais com o seu pequeno comentário.

– Pensei que seria como uma verdadeira princesa, Alice- Disse ainda rindo.


– E o que foi que eu disse. Querida... só uma princesa de alto nível, sim porque não pode ser de qualquer lugar, é digna de ser reconhecida como minha amiga.


– E depois afirma que a convencida sou eu.


– Mas chega de conversas e levante-se para que possa se ver no espelho.


Levantei-me da cadeira e caminhei até o grande espelho que encontrava no meu quarto, a imagem que vi refletida nele realmente me deixou satisfeita, Alice tinha feito um ótimo trabalho e eu estava mais linda do que nunca, meu lindo vestido vermelho, não sangue nem muito escuro, mas no tom perfeito para a minha pele, caia perfeitamente até os meus pés. Sua gola em forma de canoa, suas mangas caiam delicadamente
nos ombros dando o detalhe perfeito ao vestido, as jóias de ouro enfeitavam o meu colo e orelhas. Meu cabelo estava preso em um coque com alguns fios soltos dando um ar de delicadeza, e como um último detalhe, a máscara, branca, não cobria totalmente o meu rosto, mas escondia o suficiente ao ponto de não notarem quem eu era, seus detalhes eram de ouro com pequenas pedras de diamantes a decorando. Meus olhos verdes se destacavam em contraste com a cor clara da máscara. Sim, eu estava perfeita, Alice tinha razão essa noite seria minha.


Virei-me em sua direção dando-lhe um sorriso, agradecendo pela a grande ajuda, e recebi um lindo sorriso em troca.


– Então... Pronta princesa?


– Como nunca estive.


– Estamos prontas. Sabemos o que fazer.


Quando cheguei ao grande salão vi porque minha mãe havia convidado Alice pra ser a organizadora. As festas que ela fazia eram lembradas por um motivo óbvio: Ficavam perfeitas. Ela fazia questão de decorar do carpete ao lustre. Haviam flores em todos os lugares possíveis. Se você procurasse por flores no resto da Inglaterra, você não iria encontrar, porque nesse momento elas estavam todas no castelo. Até
mesmo nos cômodos que não iriam ser utilizados, adivinha? : Tinha flores.
Comecei a olhar em volta dando a atenção aos mínimos detalhes que enfeitavam o salão e fui caminhando em direção ao jardim.


Alice aproveitava esses momentos para mimar as pessoas que ela gostava e também para ridicularizar as que não tinha afinidade, como as Denali por exemplo. Eu podia reconhecer entre os que estavam no
baile todas as máscaras que ela havia feito, inclusive as que ela fez questão de parecerem ridículas sem que suas donas percebessem o sarcasmo embutido premeditadamente. E quem iria contrariar essa pequena? Só eu é claro, e em raríssimas ocasiões.


Recebi uma nuance de olhares enquanto atravessava o grande salão que variavam entre invejosos por partes das mulheres e desejosos por parte dos homens.


Avistei Jasper abraçando a Alice ao longe conversando com Edward e Bella que eram mais discretos e estavam apenas de mãos dadas, e caminhei em direção a eles. Passando pelo meu pai no caminho, percebi que ele me olhava com curiosidade, ri internamente, quase não acreditei que estava dando tudo certo, notando que ele não havia reconhecido a própria filha. Agradeceria a Alice mais tarde por isso.


Ao chegar ao lado de Alice, Bella veio-me cumprimentar.


– É Rosalie Hale, sua máscara quase me enganou, mas conheço de longe seu olhar pra você conseguir tal feito. – Abracei minha amiga e quando ela se afastou percebi os olhares confusos de Edward e Jasper.


– Boa noite cavalheiros. Ficaram tanto tempo sem vir no castelo que nem me reconhecem mais? Assim machuca sabia?


– Desculpe senhorita, mas eu realmente não te reconheço – Edward falou enquanto Jasper concordava com ele silenciosamente.


– Muito me admira Edward, depois de tantos anos perdendo nas corridas com os cavalos do palácio. E você Jasper, depois de todas as vezes que te venci na esgrima, será que vão precisar de mais derrotas pra que se lembrem de mim?


Alice e Bella não se conterão nas gargalhadas ao ver a cara impagável de seus maridos.


Seguimos a noite conversando, relembrando de todas as quedas da Bella até o dia que o Edward caiu por ela. Lembramo-nos de todas as trapalhadas bem calculadas que a Alice fez o Jasper passar antes de assumir que também estava apaixonada por ele. Enquanto eu sempre tive a sorte no jogo que faltava aos meus quatro amigos de infância inseparáveis. Recordamos de todas as lutas com espadas que Jasper ainda não consegue admitir que perdeu todas elas, digamos que ele ainda quer uma disputa dizendo que está melhor do que nunca. Mal sabe ele que minhas habilidades melhoram muito com o tempo, tanto em espadas como em muitas outras coisas que pretendo manter em profundo segredo, na verdade nem é tão profundo assim, não chega a estar em um calabouço, mas está muito escondido atrás de uma das paredes do castelo.


– Alice, querida, tenho que te agradecer a noite não seria perfeita sem que as Denalli estivesse usando a máscara que eu tenho certeza que você fez pra elas. Como você conseguiu convencê-las de usar uma máscara de macaco?


– Foi fácil, elas tem algo que querem manter em segredo.


– Tudo bem, não precisa me contar. Eu já estou acostumada com seus métodos de tortura.


Nesse momento escuto o cetro dos súditos bater no chão, chamando a atenção de todos os convidados para o momento da valsa da
princesa com o rei.


Segui em direção ao salão de dança e ouvi uma de minhas valsas preferidas começar a soar pelo ambiente sendo tocada pela melhor orquestra que se podia contratar.


A dança começou perfeitamente, e logo após meu noivo deu continuidade com a valsa e meu pai começou a dançar com minha mãe, a música mudou de forma suave e vários outros casais se juntaram seguindo os passos sincronisadamente.


Em meio aos passos de dança pude avistar um soldado se aproximar de Albert e lhe falando algo que fez com que seu semblante mudasse de festivo para preocupado. Seus olhos correram pelo salão procurando por alguém e ao percebê-lo caminhar para o centro do salão percebi que ele estava procurando meu pai.


Assim que chegou ao seu encontro repetiu o gesto do soldado falando-lhe ao ouvido. Nesse momento a expressão do meu pai se igualou a de Albert, deixando claro que algo grave estava acontecendo. Olhando em volta vi que havia uma movimentação estranha entre os guardas do palácio dentro e fora dos aposentos festivos.


– O que está acontecendo Carlisle? Você está tenso?
Onde está Rosalie? Não me esconda nada – A voz preocupada de minha mãe transmitia urgência.


– Mantenha a calma Esme. Albert está trazendo-a com o Royce. Preciso te deixar em segurança. – Meu pai já arrastava minha mãe a contra-gosto rumo a sala de reuniões.


Albert alcançou o Royce e o fazendo parar de dançar, fala em seu ouvido. Mesmo com esse segredo todo, uma boa observadora não precisava se esforçar muito para saber do que se tratava.


Enquanto eu tentava me aproximar passando pelos outros casais, que ainda dançavam alheios à mudança que acontecia no ambiente, vi o reflexo de uma espada. Nunca imaginei que um plano tão inocente poderia se tornar tão egoísta. Não pensei que uma noite de liberdade poderia acabar com o sonho de alguém. Ao desejar ficar livre de Royce coloquei a vida de uma inocente em risco. Me pergunto se todo o planejamento
valeu a pena.


No momento que Alice e eu saímos pela a porta do meu quarto nessa noite, poderia ter tomado outra decisão, talvez se tivesse pensado mais um pouco não teria feito o contrário do que normalmente fazia. Eu não havia descido pela escada principal, antes Alice e eu passamos no quarto ao lado onde a linda moça do qual havíamos feito nosso acordo nos esperava.


Entramos no quarto e como eu esperava ela estava linda, sua altura, e seus olhos verdes e seus cabelos loiros, a fazia receber o título da garota que todos sempre julgavam ser igual a mim, o que eu não podia negar, era notável tamanha semelhança. Alice se dirigiu até a garota e nos entre olharmos. Eu teria minha liberdade e ela sua noite de princesa, o acordo agradava a ambas e parecia ser perfeito.


Disfarçadamente eu desci pelas escadas dos fundos observando atentamente junto aos convidados, logo percebi, quando todos olharam em direção a linda moça que estava com a Alice no topo da escada principal, mulher, que a partir daquele momento todos acreditavam ser Rosalie Hale, princesa da Inglaterra.


Despertei de meus devaneios enquanto meu grito ecoava pelo salão no momento em que percebi o que estava acontecendo. Albert corria em direção àquele reflexo para defender quem ele julgava ser eu. Se ao menos eu tivesse confiado um pouco mais nele, provavelmente ele não estaria tão desesperado para salvar aquela que ele acreditava ser sua criança. Mas meu grito desesperado de nada adiantou, as espadas não chegariam a tempo, se tivéssemos ao menos algo mais rápido talvez conseguíssemos, porém não tínhamos, e antes que alguém pudesse fazer alguma coisa, a espada que ia em direção ao pescoço da jovem, rapidamente mudou o seu alvo e acertou o coração de um leal amigo.


Os outros soldados agiram e quando eu o alcancei haviam dois corpos no chão. Um de um desconhecido e o outro daquele que mais me conhecia. As lágrimas escorriam pelo minha face enquanto vi seu último olhar em minha direção.


– Albert! O meu Deus! Albert, me perdoe! – Era a única coisa que conseguia pronunciar enquanto Albert estendia a sua mão em direção ao meu rosto retirando lentamente a máscara, que nem lembrava mais que estava em meu rosto, e percebendo que eu o havia enganado disse sorrindo o apelido que eu sempre lhe pedi para não pronunciar.


– Minha criança...- E ao terminar de dizer, tive a certeza que nunca mais o ouviria novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu sei..eu sei..é agora que voces me matam? Por favor..ainda não. Talvez algumas pessoas estejam pensando: ela vai matar todo mundo? Não se preocupem que a resposta é não.
Mas isso foi de extrema importancia, creio que no proximo capitulo voces irão me agradecer...ele guarda grandes acontecimentos...
beijos gelados