PDV Carlisle

Faz dois anos desde a morte de Bernard, o reino está se recuperando do luto, e a rainha nunca mais fora a mesma, continuamos em contato durante todo esse tempo. No início foi muito doloroso para nós e nem consigo imaginar o que se passava no coração da rainha Amélie, não sei se teria a mesma força para enfrentar a morte do amor da minha vida e o desaparecimento de um filho em uma mesma noite. 

Estamos no mesmo castelo comemorando o casamento da rainha com o irmão do seu finado marido, Ethan Simon, não sou totalmente de acordo a esse casamento pelo o mesmo motivo que não concordo com muitos casamentos reais: Não era concretizado pelo amor. Embora eu tenha prometido a Bernard que faria o possível para deixar as nossas famílias felizes a rainha Amélie alegava que isso era o melhor para o país, e eu não poderia fazer nada a respeito.

Ethan Simon era um homem que poderia ser um bom rei. Possui um lindo filho de dois anos, o pequeno Royce, deram a ele o mesmo nome do príncipe desaparecido, quando Amelie assinou o acordo com Ethan o menino era ainda muito pequeno e não havia recebido nome. Sua mãe morrera no parto e seu pai sentia tamanha dor com a perda de sua amada que não tinha cabeça para escolher nome algum. Amélie pediu para colocar o mesmo nome de seu filho desaparecido como forma de homenageá-lo e assim então o pequeno garoto recebeu o nome de Royce Simon II.

O tratado que fora selado entre Inglaterra e França no passado, para meu alívio, não foi quebrado. Com um herdeiro substituto para o caso do príncipe Royce I não ser encontrado. Eu, minha Esme e a rainha Amélie não vimos necessidade de anular nosso acordo, creio eu que Amélie nunca perdeu as esperanças e nunca poupa recursos na procura de seu filho.
Minha pequena Rosalie que agora está com três anos de idade ainda é noiva do príncipe da França, o que só fez o meu medo crescer já que dessa vez não conheço o novo rei e seu filho com a mesma profundidade e para, aumentar minha preocupação, minha adorável esposa diz que não confia totalmente no Rei Ethan. Esme sempre teve uma capacidade de discernir o caráter das pessoas, como um pressentimento em relação a alguns tipos de pessoas ou situações.

O casamento foi tranqüilo como também a festa, conversamos, rimos, embora não se visse o mesmo brilho nos olhos da rainha Amelie o brilho que eu via há dois anos.  Muita coisa mudou e muita coisa ainda irá mudar, novo rei, novos costumes e leis. Sei pouca coisa sobre o rei Simon, mas espero que seja um bom rei e um bom marido. Eu fiz uma promessa e pretendo cumpri-la, sinto que a felicidade da França está em minhas mãos, Bernard confiou essa responsabilidade a mim, se algo acontecer à França é de responsabilidade minha, e mesmo que o rei tenha mudado o acordo e minha promessa não mudaram.

Antes eu conhecia a origem do pequeno príncipe desaparecido, mas agora... agora eu estou dando a mão de minha filha a alguém que não conheço e se antes eu já me culpava por definir o futuro de minha filha, nesse momento não tenho tanta certeza de que fiz a coisa certa, tenho  certeza que prefiro antes uma guerra do que uma filha triste e perdida em um casamento infeliz.

Afinal Rosalie crescia cada vez mais linda e inteligente. Mostrava ser uma menina de personalidade forte e muito determinada. Notava isso enquanto a via brincar com as outras crianças, pois ao contrario das outras meninas da sua idade, Rosalie mostrava um gosto um tanto variado para algumas brincadeiras, pois, enquanto as meninas brincavam com duas bonecas as levando para tomar um chá da tarde, Rosalie as usava para brincar de luta. O que para uns era uma simples vassoura, se transformava em uma espada ou alguma espécie de arma para Rosalie. Notava que Rosalie sempre se deu melhor com as brincadeiras com os meninos, Edward e Jasper ajudavam a formar uma bela equipe, brincando de lutas de espadas, vez ou outra inventavam uma pequena “guerra” no meio disto tudo. Era muito engraçado de se ver, o Edward mostrava ser muito inteligente e esperto, porém o seu forte era lutar, o Jasper sempre foi a mente do grupo aquele que fazia todos os planos, com certeza seria um ótimo estrategista quando crescesse, já que sempre pensava em tudo antes de agir, a jovem Alice sempre era a que organizava todo o evento e montava todo um cenário, a pequena Bella sempre tímida era a dama indefessa e acabava sendo raptada, e a Rose? Rosalie era a amazona, a menina que chagava a cavalo com uma espada derrotando todos os inimigos (e em alguns momentos até mesmo os amigos devo dizer) e salvava a pobre donzela em perigo.

 O melhor era ver que ela fazia isso melhor do que ninguém. Juntos eles estavam crescendo cada um com sua personalidade e era até provável que no futuro cassassem entre si, mas com a Rose seria diferente, ela não teria essa escolha, e ver que ela não se dava tão bem com o novo Royce II me preocupava. Saber que a Rosalie irá crescer se tornar uma linda mulher e terá que ver todos os seus amigos se casando com as pessoas que eles amam e escolheram, e ter que conviver com um casamente arranjado não seria nada fácil para ela, e também não seria fácil para mim. Eu só espero que dê tudo certo no final de toda essa confusão de incertezas.