Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 21
Entre o querer e o poder.


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capitulo do ano!
Boa leitura a todos...



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PDV Emmett

Os últimos dois dias tinham sido extremamente conturbados, o rei vivia ocupado com reuniões discutindo sobre a segurança da princesa e do povo, o reino inteiro tenso com a visita do czar e eu encarregado de ficar atento aos passos do príncipe Simon, o que torna os meus dias mais divertidos, pois não existe nada melhor do que ver o príncipe com raiva, não entendo o motivo de tanta ignorância sempre fui totalmente educado com ele até faço questão de manter o sorriso no rosto sempre que estou do seu lado, mas parece que isso só o irrita mais, quem entende aquele homem.

Mas hoje a minha diversão particular tinha saído para resolver de coisas “importantes”, e não havia visto a princesa durante toda a manhã, a rainha tinha me dado o dia de folga, disse que seria bom descansar enquanto temos tempo, concordei de prontidão.

Sem ter muito o que fazer resolvi cavalgar, conhecer melhor as terras do rei, afinal é sempre bom saber a sua localização. Peguei emprestado um dos cavalos do estábulo preparei toda a montaria e em minutos estava galopando pelo o território, depois de longas horas cavalgando pela a mata resolvi descansar, amarrei o cavalo em um tronco de uma arvore qualquer e deitei no chão.

Sinto que tinha dado um pequeno cochilo, mas não muito já que o sol ainda brilhava intensamente no céu, olhei para o cavalo e ele aparentava estar com sede, na verdade até eu estava.

- Calma ai amigão, vou procurar agua para nós, você sabe aonde tem agua por aqui? – Eu e minha incrível mania de conversar com os cavalos, o que eu poderia fazer? Muita das vezes eles eram uma melhor companhia do que os humanos.

O desamarrei comecei a olhar para todos os lados procurando saber qual direção ir em busca de agua. Mas como se me entendesse o cavalo começou a andar para uma direção qualquer, o acompanhei, ele parecia saber onde estava indo, depois de alguns minutos naquilo percebi uma pequena clareira, podia ouvir ao longe o som da agua caindo de alguma cachoeira por perto, era um lindo lugar, a grama rasteira e intensamente verde se espalhava, enquanto era rodada por imensas arvores.

- Quem está ai? – uma voz feminina ecoou, a voz era familiar. – Pela a ultima vez, quem está ai? – Claro como não reconhecer...princesa. Seria pedir de mais um único dia de folga?

Olhei para os lados, mas nada vi, procurava a silhueta feminina ou até mesmo sua égua, mas nada. Cheguei mais perto do rio, mas não via ninguém. Estava de costas para o meu cavalo e quando eu menos esperava senti algo bater em minha cabeça o que me fez desequilibrar, mas antes me agarrei em algo que acidentalmente levei junto comigo para dentro do rio.

Minha cabeça ainda doía, e a única coisa que via eram bolhas e agua em minha volta, subi novamente a superfície, mas assim que alcancei o ar algo me levou de volta para baixo, algo não...mãos.

Consegui capturar o braço da pessoa que insistia em querer me ver no fundo e a puxei para debaixo d’agua também, subi rapidamente e em segundos a pessoa também subiu revelando a imagem de princesa em minha frente.

- FICOU LOUCA! O QUE ESTA FAZENDO? – Segurei seus braços enquanto tentava deferir socos em mim.

- VOCÊ? EU NÃO ACREDITO NISSO!

- Não acredita? Eu não acredito! Estava tentando me matar.

- Deveria ter conseguido!

- louca!

- Me larga McCarthy. – Percebi que ainda segurava seus braços mantendo o seu corpo colado ao meu, ela se debatia dando-me tapas que não doíam.

- E se eu não quiser largar princesa?

- Oras, quanta ousadia! Larga-me! Larga-me agora isso é uma ordem!

Foi inevitável não soltar uma grande gargalhada com o seu tom autoritário e a cara brava que fazia.

- O que está esperando McCarthy?! Solte-me!

E antes que ela pudesse falar qualquer outra coisa eu a soltei, porém nem ela e nem eu havíamos reparado que era eu quem a estava sustentando para a fora d’agua uma vez que eu era mais forte e a segurava, o que consequentemente fez com que ela parasse de bater os pés sem ao menos perceber o que fazia, isso fez com que o seu corpo rapidamente afundasse e num impulso imediato a puxei novamente trazendo o seu corpo para os meus braços.

Estava esperando um tapa ou um grande sermão por aquilo, mas nada fez, suas mãos se seguravam em meu ombro e ela se encontrava ofegante devido ao susto enquanto tossia, nossas respirações se misturavam.

Ainda estava a mantendo em meus braços e perto, perto até demais, e como em um segundo, a olhei, seus olhos pareciam ainda mais verdes do que nunca com o reflexo da agua, seus cachos grudados ao redor do seu rosto, a sua face molhada e as gotas de agua que desciam pela a lateral de seu rosto que passavam em câmara lenta em sua boca e colo. Isso era totalmente proibido, pensar assim era proibido, mas pecado seria fechar os olhos e ignorar tamanha beleza.

Porem antes que eu pudesse ao menos expressar qualquer reação, ela se soltou e nadou para o leito do rio, fiquei um tempo parado onde estava até voltar completamente a realidade e segui-la para fora da agua.

- Veja o que fez McCarthy.

Ainda nem havia saído completamente e já estava sendo bombardeado por palavras.

- O que foi agora princesa?

- O que foi agora? O que foi agora?! Olhe o meu estado! Estou encharcada, olhe as minhas roupas, tem noção de quanto custa esse vestido? E meu cabelo então... deve estar horrível!

Queria poder responder que ela estava ótima com aquele vestido molhado o fazendo grudar em seu corpo, corpo que por sinal era incrível. Mas o que estava acontecendo comigo aliás? Nunca pensei assim de nenhuma mulher, e ela era a princesa só a princesa o que tornava as coisas mais erradas ainda.

- Não vai fazer nada?

- O que queres que eu faça? Se não reparou eu estou tão molhado quanto a senhorita.

- Isso tudo é culpa sua!

- Minha?! Foi você que me acertou com aquele pedaço de madeira.

- Mas foi você que chegou sem avisar.

- Queria que eu fizesse o que? Que chegasse e falasse “Olá vento só para você saber eu estou chegando”, como eu poderia saber que você estava aqui?

- Devia ter respondido quando eu perguntei quem era.

- Devia ter aparecido em vez de se esconder na mata e depois me acertar.

- E agora?

- E agora oque?

- Como vamos explicar isso? Meu pai não vai gostar nem um pouco se nos ver chegando em casa molhados, ainda mais quando estamos os dois no mesmo estado.  Eu estou aqui a muito tempo e você também... já devem ter reparado que nós dois não estamos no castelo se chegarmos assim...

- Eu pensei que você tinha uma saída para tudo, princesa.

- Haha muito engraçado, eu posso dizer que estava cavalgando pela a floresta quando escutei aguem gritar por socorro e corri para ajudar, quando cheguei vi que você havia caído na agua e não sabia nadar e estava completamente assustado e desesperado gritando ajuda e dizendo que ia morrer então eu não tive escolha se não entrar e tira-lo do rio. O que achas McCarthy? Não é uma fantástica historia? Eu particularmente adorei.

- Nossa! Que historia incrível..., é claro que todos irão acreditar nela, afinal todos que olham para mim percebem que eu não sei nadar. Está ai, assunto resolvido, conte essa historia.

- Ótimo então senhor perfeito, o que sugere?

- Contar a verdade, simples, diga que ouviu alguém se aproximar e que devido a tudo que estava acontecendo teve medo de que fosse algum intruso e se escondeu, perguntou quem era e como não obteve respostas tratou de tentar acerta-lo com um pedaço de madeira, que por sinal deu certo, mas devido à força que usou acabou se desiquilibrando e caindo também no rio. Então eu conto a minha versão e fim da historia.

- Fala como se tudo fosse tão simples assim.

- Algumas coisas são princesa, eu sei que não está acostumada com a simplicidade, mas as vezes ela funciona sabe.

- Prefiro fazer as coisas do meu jeito.

- Se assim deseja então faça.

- Ninguém vai acreditar na verdade.

- A verdade é feita para ser acreditada, quem desconfia são as pessoas que se acostumaram em mentir.

- Tanto faz... ainda sim eu acho que eles não irão acreditar.

- O porque tem tanto medo disso?

- Porque? Tem ideia do que eles podem pensar? Podem achar que estávamos juntos, fazendo não sei o que.

- Isso te preocupa tanto assim? Achei que era a mulher que não ligava para o que os outros pensam.

- E não ligo, é só que... o Royce vai ficar uma fera se pensar na possibilidade, ele já o odeia, poderia ser capaz de mata-lo se tiver a oportunidade, e meu pai... ele ficará decepcionado comigo e pode demiti-lo por isso.

- Essa é sua preocupação? Eu?

- Olha eu não quero prejudica-lo tá, tanto por que se algo lhe acontecer ficarei sem segurança e quem irá manter o Royce longe de mim? E não seria justo você ser demitido por uma causa vã.

- Sei...

- Eu só não quero perder outro segurança, já prejudiquei demais a sua família, não quero ter outra divida com a sua mãe, ela não merece. E também... é...

- É...

- Deixa pra lá. Vamos? Daqui a pouco o sol irá se pôr e não é muito bom andar aqui anoite.

A frase mal acabada ainda rondava a minha cabeça, mas de nada adiantaria perguntar a respeito era nítido que não iria responder.

A cavalgada de volta foi silenciosa, apenas pequena palavras, mas nunca dava em uma conversa prolongada.

Em questão de minutos estávamos novamente perto do palácio, deixamos os cavalos no estabulo e nos dirigimos para as escadas que levavam a porta principal. Chegamos a imensa porta de madeira e nos olhamos.

- Então... vai você primeiro. – A princesa olhava a porta com certa insegurança.

- Primeiro as damas, e você é a princesa é claro que deve entrar primeiro em sua própria casa.

- Você sempre tem um argumento não é mesmo?

- Apenas sei reverter a situação ao meu favor.

- E ele fez de novo. – Ela fez uma pequena voz cantada para dar ênfase na frase o que foi inevitável não rir.

Abri a porta e dei passagem para que ela entrasse e como esperado todos estavam presentes na sala, a rainha estava sentada no sofá aparentemente preocupada segurando um copo com agua na mão enquanto o rei estava em seu lado, o rei Simon junto com sua esposa também estavam na sala e infelizmente o príncipe Royce também que por sinal não nos olhou muito bem quando entramos.

- Filha! Graças a Deus... estava tão preocupa, saiu a horas minha filha – A rainha se levantou rapidamente e correu em direção a filha, perguntava sem parar enquanto analisava a princesa procurando algum machucado. – Você esta bem? Machucou- se?

- Eu estou bem mãe, não necessita de tanta preocupação.

- Graças a Deus você esta bem e... Molhada? Porque estás molhada Rosalie? Olhe para você, completamente encharcada. McCarthy será que você poderia me dizer porque a minha filha está... Você também? Alguém, eu quero a explicação do porque dos dois estarem completamente molhados.

- É bem isso... é uma longa historia minha mãe, até engraçada eu garanto.

- Ótimo porque eu adoro rir.

- Foi assim...

Tenho que confessar que foi extremamente engraçado ver a princesa engasgar em algumas partes, a maneira como ficava nervosa, mas não podia rir, não naquele momento.

As pessoas na sala ouviram tudo, a rainha tentava assimilar todas as informações, não sabia distinguir a feições dos reis, mas sabia que pela a face do príncipe ele não estava muito feliz com a historia o que deixava tudo ainda melhor.

- Deixe-me ver se entendi. – Começou a rainha depois de acabar de ouvir toda a historia – Você minha filha saiu a cavalo para dar um passeio pelas as terras do castelo e parou um pouco para dar agua a sua égua quando ouviu algo se aproximar então se escondeu com receio de ser algum intruso nas nossas terras... Estou certa até ai?

- Sim mãe.

- E você McCarthy havia saído também a cavalo para conhecer melhor a região, quando o seu cavalo também sentiu sede e foi a procura de agua onde acidentalmente foi parar na mesma parte do rio onde se encontrava a minha filha que por impulso o acertou com um pedaço de madeira na cabeça o que o levou a cair no rio onde você a puxou junto contigo, por isso ambos estão molhados, mas estão alegando que mais nada aconteceu após isso, pois logo depois voltaram ao castelo. Certo?

- Sim majestade.

- Interessante... E você, o que achas Carlisle?

- Eu?

- Sim...

- Acho que se eles estão falando, e visto que os dois estão molhados e que faltavam realmente dois cavalos no celeiro, e que ambos saíram do castelo em horários completamente diferentes... também levando em consideração que o rio fica localizado ao centro da floresta onde o torna de fácil acesso, creio eu que estejam nos contando a verdade.

- Acredita neles então?

- Sim. E Esme, não viu como a nossa filha ficou nervosa em contar essa historia, sua mãos suaram e isso só acontece quando ela está falando a verdade.

- Tens razão esqueci esse pequeno detalhe. Agora vocês dois subam, vão se lavar e coloquem roupas secas antes que peguem algum resfriado.

Ambos subimos sem dizer uma única palavra apenas nos direcionamos cada um para o seu próprio aposento.

Havia terminado de me lavar e como hoje era o meu dia de folga não usei o uniforme, apenas preferi uma calça e uma blusa branca de botões, mas claro que a espada continuava na bainha presa na cintura, afinal era o meu objeto favorito.

Embora ainda houvesse o jantar e ser servido não encontrava-me com grande disposição para descer, então apenas fiquei deitado em minha cama olhando para o teto enquanto tentava entender o que havia ocorrido nesta tarde.

O rosto molhado da princesa ainda estava pintado em meus olhos, sua boca extremamente convidativa, boca da qual eu desejei beijar naquele momento e era exatamente isso que me assustava, o desejo, nunca em toda a minha vida havia desejado uma mulher daquela forma, não que nunca tivesse tido uma, mas ela, não tinha como não reparar em tamanha beleza e formosura a delicadeza que tem no andar, o olhar impotente.

O que estava acontecendo comigo afinal? Eu não passo de um segurança, filho do homem o qual ela matou, sim, porque ainda não a havia perdoado nunca a perdoaria pela a morte do meu pai e minha mente estava ciente de todo o ódio que eu sentia da princesa bastava agora o meu corpo também se conscientizar disso.

As horas foram se passando e o seu rosto, corpo e olhos nãos saiam dos meus pensamentos até o momento em que adormeci.

Abri os olhos e já aparentava ser bem tarde o que significava que eu havia perdido o jantar. Levantei da cama e fui até a janela, era possível ver todos os sentinelas guardando o castelos, as tochas acessas no alto da torre de vigilância.

Até que eu ouvi passos vindo do corredor, se isso acontecesse a alguns meses atrás eu pegaria a minha espada de prontidão e iria atrás dos passos, porem já havia me acostumado com essas passos, na verdade me preocuparia caso não os escutassem durante a noite, já havia se tornado extremamente normal o fato da princesa levantar nesse horário para ir a cozinha, nunca soube o que fazia lá, mas sabia que ia.

Como em um ato de curiosidade abri a porta e caminhei fazendo o máximo de silencio, cheguei a na cozinha e a luz se encontrava apagada.

- Quem está ai?

- Sabe princesa é a segunda vez que me pergunta isso só hoje.

Logo em seguida a luz foi acessa e eu pude visualizar a princesa a minha frente trajando uma camisola se ceda branca que ia até os seus pés, uma renda no busto e um sobre tudo com mangas longas do mesmo tecido que também ia até seus pés, e pela a primeira vez vi seus cabelos soltos, era incrível como ela ficava ainda mais bonita assim, sem espartilhos apenas com suas curvas naturais que mostravam serem ainda mais atraentes do que antes e eu tinha que admitir, estava começando a criar um grande fascino pelos os seus lindos cachos loiros e olhos verdes.

- O que tanto olha McCarthy?

- Nada princesa, apenas...

- Apenas...

- Nada.

- Sei... Então, o que aconteceu? Perdeu o sono?

- Parece que sim... e pelo o que eu sei, a senhorita costuma perder o sono todas as noites.

- Sinto fome.

- Todas as noites?

- Sim.

A vi abrir um dos compartimentos da cozinha e tirar de lá um bolo de chocolate.

- A dona Marina costuma fazer sempre um bolo de chocolate e coloca-lo aqui, eu amo bolo de chocolate, na verdade eu amo tudo que tem chocolates... mas minha mãe fala que engorda e que eu não posso dar-me o luxo de correr este risco, por isso nunca posso come-lo como ou quando eu quero, então Dona Marina faz um e deixa escondido aqui para eu pega-lo e comer, minha mãe não pode nem imaginar uma coisa dessas.

Vê-la ali falando tão naturalmente fazia-me esquecer do seu titulo a fazia parecer apenas uma garota normal com apenas os seus 17 anos, assim que depositou o bolo sobre a mesa pegou dois pratos e dois gafos colocando-os em cima do balcão.

- Irá querer um pedaço? Percebi que não jantastes hoje deve estar com fome.

- Sim estou, obrigada.

Antes de falar qualquer outra coisa cortou duas fatias bem grandes e nos serviu.

- Queres algo para beber? Acho que ainda deve ter um pouco de suco por aqui...

Começou a abrir todas as gavetas e portas procurando um único suco.

- Achei! Agora é só pegar um pouco de gelo e... pronto! Está servido McCarthy.

- Devo sentir-me honrado por ser servido pela a princesa?

- Sim deve, não costumo dividir o meu bolo de chocolate com qualquer um, mas é bom ter uma companhia no crime.

- Agora tudo faz sentido, sempre é bom dividir a consequência com os outros.

- Não pense assim de mim... eu sou uma pessoa provida de todas as boas intenções do mundo.

- Claro Claro, não tenho duvidas disso.

- Então... pelo o visto a seu plano de “Falar a verdade” deu certo hoje cedo.

- Não foi um plano... as pessoas planejam mentir, mas a verdade deveria ser natural assim como dizer um “ Tudo Bem?” depois de um oi.

- Você se parece muito com ele.

- Ele quem?

- Seu pai, ele te ensinou muito bem eu praticamente consigo ouvi-lo quando o escuto dizer estas coisas, você fala igual a ele.

- Meu pai sempre foi um homem de muito caráter.

- Você também é McCarthy, acredito que possui um caráter melhor do que o meu.

- Isso com certeza.

- Ei! Não era para confirmar.

- Desculpe-me, não notei que havia sido retorico. Mas serio agora... Obrigada.

- Apenas a verdade.

- E nada além da verdade.

Notei que já havíamos acabado de comer, mas ela não parecia se importar com isso, pela a primeira vez a via agindo naturalmente sem protocolos, apenas sendo ela mesmo.

- É bom vê-la assim...

- Assim como?

- Sendo você mesma, não a princesa da Inglaterra.

- É bom ser eu mesma, mas normalmente isso não ocorre, as pessoas esperam muito de mim na verdade esperam que eu seja a garota perfeita, as mulheres da côrte vivem buscando todas as minhas falhas doidas para que eu cometa mais um erro para que possam se gabar depois, tento nunca dar a elas esse luxo, mas sabe McCarthy a maioria das pessoas pensam que a minha vida é um conto de fadas, cercada de servos que fazem tudo o que os mando, guardas dispostos a darem a vida por mim, meu desejos sempre atendidos, os melhores vestidos os melhores sapatos, as melhores festas e bailes a vida perfeita. Tem ideia do quanto isso é frustrante?

- É uma pergunta retorica ou é para responder?

- Mas é frustante.

- Pergunta retorica.

- É frusatante porque eu não sou perfeita e minha vida também não, posso ter servos, guardas, os melhores vestidos, sapatos e festas, mas do que adianta? Do que adianta ter tudo isso e não ter nada? Pois de que proveito tenho eu ter o mundo inteiro em minha mãos e perder a minha alma? Se sentir vazia, só... isso é pior que a morte, viver nesse mundo de teatro onde não se sabe quem é o pior os que se dizem amigos ou os que se declararam inimigos, no final todos estão contra você.

- Isso não é verdade, a senhorita tem bons amigos.

- Amigos que conto nos dedos de uma única mão.

- Esses são os melhores.

- Porque eu estou falando disso com você?

- talvez estava precisando desabafar.

- Não posso simplesmente me abrir assim só porque estava a fim de desabafar, se contar a alguém o que ouviu McCarthy eu mando cortarem a sua cabeça em praça publica, entendeu?

- Sim majestade. Confie em mim eu não contarei a ninguém.

- Acho melhor nós subirmos já está muito tarde, tenha uma boa noite McCarthy.

E antes mesmo que lhe respondesse passou por mim e sumiu de minhas vistas, a única coisa que fiz foi ficar ali parado pensando em tudo o que ela havia me falado, a cada momento meus pensamentos e minha ideias formadas sobre a princesa mudavam eu só espero que isso não me traga consequências. Mas antes que eu pudesse pensar na possibilidade o destino brincou comigo mais uma vez.

- Será que eu posso saber o que fazia a sós com a princesa Sr. McCarthy?

E como era mesmo o meu ditado “ Verdade nada além da verdade”?


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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado e que comentem, porque... poxa gente muitos leitores e apenas 6 comentários? isso é desumano galera.
Ah, para quem ainda não sabe eu tenho uma one " Presa a voce" emmette e rosalie tambem...
Bom, é apenas isso.
Feliz 2013 a todos e beijos gelados



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