Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 15
Uma carta clandestina.


Notas iniciais do capítulo

Bom,estou de volta.
Hoje eu tenho que agradecer a duas pessoas incríveis.
Primeiro a minha querida GI2 que tem comentado em todos os capitulos e me dado grande incentivos, e que me deixou uma linda recomendação que sou muito grata. Amiga esse eu dedico a voce porque voce merece, e como voce pediu eu coloquei um pouco mais dos outros personagens no capitulo.
E a minha escritora do qual eu tenho grande respeito, MAMITA espero um dia ser como voce, sou uma grande fã...ter sua recomendação foi muito importante para mim, muito obrigada esse é para voce tambem.



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PDV ROSE

Respirei fundo me concentrando e com bastante força levantei a cela do cavalo enquanto falava quase em sussurro.

- Tinha esperanças que fosses um homem inteligente McCarty.

- Sem barulho, vamos acabar logo com isso. – Ele me respondeu também em um sussurro.

- Então a minha esperança não foi vã. Fico feliz em saber que fez a escolha certa McCarty.

Desviei meus olhos da cela que segurava e olhei em sua direção, ele se encontrava encostado em uma das pilastras de madeira que ficava no curral, não usava as roupas da côrte, apenas uma calça com botas e uma blusa branca de manga comprida e de botões.

- Já disse princesa, sem conversa e vamos logo com isso.

- Certo, mas antes de qualquer coisa precisa saber exatamente o que faremos.

McCarty continuou sério, porém se aproximou mais para ouvir o que eu tinha que lhe dizer.

- O plano é simples: selaremos três cavalos, dois serão usados para a viajem e o terceiro servirá como distração.

Caminhei até os três cavalos e os mostrei.

- Esses serão aqueles que nós usaremos, são ótimos corredores e por serem pata mansa se tornarão o melhor para o plano e essa – Apontei para a minha favorita, seu pêlo era marrom caramelo e sua crina era longa e branca e em seu focinho também havia uma mancha branca, McCarty também parecia fascinado diante daquele cavalo, era bom saber que ele também apreciava os cavalos e entendia sobre eles, então continuei falando orgulhosa.

- Essa é a minha adorável égua o nome dela é Divine ela é uma Welsh Cob  é uma audaciosa corredora ninguém a supera em critério de montaria e bravura e com excelentes saltos. Ela será nossa distração, gostaria de usá-la para a viajem, mas seria muito ariscado usar a minha égua para isso, os guardas sentiriam sua falta cedo, e como ela é minha se uns dos soldados a verem em fuga terão como obrigação de recuperá-la e é claro que a minha querida Divine sabe exatamente o que deve fazer.

- E nós? Como faremos para atravessar todos os guardas princesa? – McCarty olhava-me de forma divertida, como se acabasse de descobrir um defeito no meu plano.

- Achas mesmo que eu não pensei nisso McCarty? Soltarei primeiro a minha égua em direção ao portão principal no estante em que os soldados irem fazer a troca noturna, enquanto isso nós sairemos. Eu conheço uma passagem que quase não é vigiada é onde eu costumo ir quando quero ficar sozinha, é para lá que nós iremos, o plano é simples o difícil não é sair do castelo, complicado vai ser sair da cidade sem sermos vistos, mas isso eu também já resolvi.

- E eu posso saber como?- Ele falou isso se aproximando de mim para facilitar nossa comunicação sussurrada.

- Digamos que eu tenha meus contatos, mas isso não vem ao caso nesse momento, depois de sairmos da cidade nosso objetivo é simples: Chegar até a costa marítima onde estará um dos meus homens, de total confiança, e ele levará a carta até o czar, queria fazer eu mesma essa entrega, mas seria muito ariscado já que não tenho como saber a reação do czar com a minha presença em seu reino e não tenho tempo para possíveis falhas, quero chegar aqui em Londres ainda pela a madrugada o que consequentemente nos impede de uma viajem marítima a essa altura. Alguma pergunta McCarty?

- Sim. Porque é necessário a minha presença para a execução de tal plano? Pelo o que estar a parecer, não sou necessário. Até agora não ouvi uma única parte em que a minha presença fosse indispensável, então eu ainda não entendo o porquê da princesa exigir tanto a minha participação nisso.

- McCarty....McCarty....ficará sabendo na viajem de volta. – Ao terminar de responder essa simples pergunta me veio à mente: Porque realmente eu precisava dele? Eu tinha tudo sobre o controle, voltar seria extremamente fácil era só continuar com o plano de vinda, na verdade eu não precisava dele, mas até que ia ser divertido ver a sua cara quando ele perceber isso. Será como um teste, afinal todo cão de guarda tem que ser fiel não é mesmo?!

- Então McCarty agora que tudo lhe foi respondido, acho melhor irmos eu não tenho a noite toda. – Percebendo que gastei tempo na explicação do plano olhei rapidamente o meu relógio de corrente com o auxilio da luz da lua que entrava por uma janelinha do celeiro.

Conduzindo a minha égua pronta para soltá-la. Abri lentamente a grande porta de madeira e a soltei, dando uma chicotada na sua potranca, ela entendendo minha mensagem disparou. Vendo-a correr em direção ao portão principal do castelo, percebi como eu tinha orgulho da minha garota.

- Agora é a nossa vez.

Subi no cavalo que havia preparado para mim, e no exato momento McCarty fez o mesmo com o outro cavalo, nos direcionando a mesma porta de madeira que eu havia aberto segundos antes, ainda andando saímos de lá em passos lentos e nos dirigir ao lado oposto enquanto o meu segurança apenas me seguia. Enquanto continuava me afastando pude ouvir ao longe um dos guardas gritando.

- Olha! Aquele não é o cavalo da princesa?

- É uma égua animal, será que nem isso consegue identificar?

- Sim, é a égua da princesa. Mas o que ela está fazendo fora do curral?

- Vamos homens! Vamos atrás dela!

Deixei um leve sorriso torto escapar em meus lábios, o plano estava dando certo.

Continuei concentrada no que estava fazendo até chegar a uma parte deserta do castelo, não havia nada ali, apenas um grande pasto e depois uma densa floresta que se alguém soubesse exatamente a sua localidade e caminhos chegava rapidamente à cidade, e como eu era acostumada a brincar junto com o Jasper e Edward de explorar toda a sua área, sabíamos nos localizar como ninguém ali, havia até descoberto uma clareira em meio de tantas árvores, um lugar que era somente visitado por mim.

- É por ali, vamos.

Bati levemente com as pernas no cavalo o fazendo correr em direção a flores e o meu segurança fez o mesmo, ao entramos na mata os passos foram se desacelerando até que viraram apenas lentas cavalgadas.

- Tem certeza que sabe para aonde estamos indo princesa?

- McCarty conheço essa floresta como a palma de minhas mãos.

- Espero que sim princesa, não estou a fim de perder-me em uma floresta ainda mais contigo.

O que ele queria dizer com “ainda mais contigo?”, eu sei que sou uma mulher com uma extrema beleza, qualquer homem adoraria se perder comigo em uma floresta. Não é a toa que o reino Russo me quer como rainha! Mas McCarty parecia ser o único homem em não notar tal beleza, em não se importar com ela, tratava-me como se fosse apenas mais uma das mulheres existentes nesse reino e definitivamente eu não era como as outras do reino.

- Não se preocupe McCarty, também não é do meu gosto perder-me em uma floresta contigo.

O ouvi soltar uma risada leve e sínica ao mesmo tempo. Como suas risadas me irritavam.

Demoramos mais um pouco até que chegássemos a entrada da cidade, estávamos ainda afastados da civilização, mas era possível ver todos os guardas que se espalhavam pelas as ruas.

- Então princesa como iríamos mesmo atravessar a cidade?

- Confie em mim McCarty, eu jamais faria um plano que desse errado.

- Engraçado princesa eu não sabia que a morte do meu pai estava em seus planos de “ser normal por uma noite”.

A última frase me fez paralisar por um estante, senti como se enfiassem uma espada lentamente em meu peito, o ódio disfarçado por ironia era pior do que vê-lo gritar que me odiava em plenos pulmões.

- Isso não estava em meus planos, jamais mataria um amigo.

- A princesa não pensou na possibilidade. Ou não quis pensar?

- Jamais mataria um amigo.

- Mas matou.

- Não era eu que estava segurando aquela maldita espada.

- Mas foi por sua culpa que ele entrou na frente de uma plebéia.

- Seu pai sabia a importância de uma vida, sendo ela da realeza ou não. Mesmo que ele soubesse que não era eu com aquela máscara duvido que ele deixaria qualquer pessoa ser morta podendo ele impedir. – Diante do choque no rosto do meu guarda costas acusador eu continuei – Seu comportamento diante do heroísmo do seu pai me faz questionar se você faria o mesmo no lugar dele por alguém a qual não fosse pago para proteger.

Segurei novamente as lágrimas que queriam tanto descer, mas não podia deixar a emoção do momento tomar-me afinal eu tinha um plano a executar e esse tinha que ser perfeito. Então apenas permaneci em silêncio.

Continuei a observar a cidade acompanhando cada movimento feito pelos guardas que vigiavam todo o local como se suas vidas dependessem disso, pensando bem, dependiam.

Mais alguns minutos se passaram e não havíamos feito nenhum movimento, pude notar McCarty perder a paciência atrás de mim, notei que iria abrir a boca para falar alguma coisa que vindo dele só poderia ser mais umas de suas ironias. Mas antes que ele transformasse seus pensamentos em palavras, ouvi o barulho de passos vindo em nossa direção, ele havia chegado.

- Eu ainda não estou acreditando que teve essa coragem Rosalie Hale.

Ouvi a voz que mostrava sinais de um sorriso atrás de mim e virei-me.

- Ainda duvidas do que sou capaz de fazer Whitlock?

- De maneira alguma.

Virei-me então em sua direção e vi Jasper parado com um sorriso de deboche, vestia seu uniforme impecável de comandante da guarda Inglesa, e com um divertido rosto. McCarty apenas o observava sem entender o que ele realmente fazia ali, o ignorei e fui em direção ao meu amigo dando-lhe um abraço.

- Sabia que podia contar com você Jasper.

- A senhorita sabe que estou colocando o meu cargo em risco não sabe?

- Sei.

- E que posso perder a confiança do seu pai e perder a confiança de um rei é perder toda uma dignidade.

- Estou ciente disso também.

- Senhor o que eu estou fazendo aqui?  Logo eu, um homem de respeito colocando tudo em risco por causa dessa menina que chamo de amiga. – Jasper falava enquanto olhava para cima e movimentava suas mãos fazendo gestos extremamente exagerados como se estivesse realmente desesperado. O que se tornou impossível não ri.

- Então a conversa está bem interessante, mas e agora? – McCarty nos interrompeu de forma fria e direta. Jasper ainda não havia falado nada com ele, mas ainda assim foi até ele e o cumprimentou com um aperto de mãos.

- Para ter a certeza, você é o novo guarda real da Rosalie, certo?

- Infelizmente.

Jasper soltou um leve riso.

- Imagino, deve estar sendo bem difícil, eu não suportaria passar mais de um dia com essa garota, ela me viu por apenas alguns minutos e já me fez colocar o meu cargo em risco, essa aqui não perde uma oportunidade de nos manipular, tirando o fato que é uma ótima chantagista e atriz também.

- Eu seu muito bem do quão chantagista ela é. – McCarty olhou-me com os olhos em fenda.

- Já deu para perceber que não está aqui por vontade própria.

McCarty não respondeu, apenas olhou novamente para o Jasper que o foi o suficiente para confirmar o que ele havia dito, Jasper apenas riu de uma forma bem descontraída.

- É um prazer conhecê-lo, chamo-me Jasper Whitlock, sou comandante da guarda inglesa.

- Prazer, Emmett McCarty, guarda real da princesa.

- Então irá mesmo continuar com o plano Rosalie?

- Com certeza Jasper.

- Não sei por que ainda tenho esperança em um não. Mas continuando, não será muito difícil, irei atravessar contigo a cidade até deixá-la no porto, onde você deixará a carta e voltará comigo eu a acompanharei até este mesmo local. Alguma pergunta?

- Na verdade tenho.

- Para que eu fui perguntar. – Jasper falou isso batendo na testa. Meu amigo tão sério no comando dos homens do meu pai e comigo fica sempre rindo e brincando, ele faz isso só pra me irritar, ele sabe que odeio pessoas alegres demais.

- Por quê ainda não fomos?

- Porque você fala demais Rosalie. Entendeu? – Eu acenei afirmativamente com a cabeça - Ótimo. Agora, vamos. – Mas antes de irmos precisamos só de um detalhe.

- O quê? – McCarty perguntou ansioso pelo fim dessa aventura.

- O disfarce de vocês. – Jasper me entregou uma capa preta com capuz, e para McCarty ele entregou a blusa da farda da guarda. Depois que eu coloquei a capa ele me mandou subir no cavalo e colocou uma algema em volta da minha mão que vinha acompanhada de uma corrente comprida que ele entregou para McCarty me colocando em uma posição que eu tenho certeza que o meu guarda-costas desejava que fosse verdadeira.

Jasper montou em seu cavalo, McCarty apenas fez o mesmo. O seguimos em direção a cidade, e logo que chegamos à entrada, alguns guardas nos pararam, ainda não haviam reconhecido quem montava no cavalo que seguia na frente.

- Ei Vocês! Onde pensam que vão?

Se aproximaram de nós, Jasper permanecia calado apenas esperando que fosse reconhecido pelos os guardas, que assim que olharam novamente quem era, suas faces mudaram para surpresa e vergonha.

- Comandante? É... Desculpem-nos Sr. Whitlock não vimos que era o senhor.

Jasper apenas permanecia calado os olhando com um rosto sem expressão e sério, sua pose demostrava todo o direito que tinha no império, como eu tina orgulho dos amigos que eu tenho.

- É bom ver que estão cumprindo suas obrigações. Não há necessidade de se desculparem, apenas mais respeito da próxima vez. Agora antes que vocês nos atrasem mais alguns minutos dei-nos passagem preciso ir até o porto, tenho uma entrega a fazer.

Os soldados olharam rapidamente em minha direção e depois desviaram seus olhares para o McCarty ao meu lado, que fez questão de puxar a corrente levando o meu corpo para frente de uma forma um pouco brutal, olhei para ele com os olhos em fenda e pude ver claramente o sorriso se formando em seus lábios, era palpável o seu divertimento diante a situação.

- O que estão esperando? A princesa da Inglaterra? Andem, dei-nos passagem não tenho o dia todo.

Ao ouvirem o que o Jasper havia acabado de falar, Saíram do nosso caminho enquanto avisava aos outros guardas da nossa passagem pela a cidade.

Começamos a andar novamente passando pela a cidade tranquilamente embora o meu querido segurança uma vez ou outra decidia brincar com a corrente em suas mãos enquanto ria. A situação estava começando a ficar estressante para mim, mas continuei em silêncio, até que finalmente chegamos ao nosso destino, o porto.

Havia um navio já preparado para a partida, alguns homens já se posicionavam em seus devidos lugares, sorri com a eficiência das coisas.

- Vejam só, finalmente vocês chegaram pensei que a esperaria o dia inteiro Rosalie.

- Bom dia para você também Edward, e são apenas 06h00min da manhã.

- Exatamente, eu ainda teria uma hora de sono se não fosse por você e suas armações em cima da hora.

- É por uma boa causa. – Falei enquanto McCarty descia do seu cavalo e vinha tirar minhas algemas.

- Você se superou no disfarce dessa vez vossa majestade. – Edward com um sorrisinho apontou pra minha algemas e capuz.

- O crédito dessa vez pertence ao Jasper. Eu jamais colocaria um capuz fedorento e correntes enferrujadas por vontade própria.

Desci do cavalo, e me dirigi até o Edward que se encontrava perto do barco.

- Vejo que já cuidou de tudo para mim. Sabia que podia contar com você, na verdade com vocês, se não fosse por você e pelo o Jasper eu não teria chegado até aqui.

- Com isso eu tenho que concordar.

- Cala boca Jasper, será que não pode ouvir um elogio e ficar calado?

- Não é sempre que recebemos elogios vindo de você Rosalie, temos que aproveitar.

- Você também Edward? Mais alguém? Não? Ok. Mas, agora falando sério, obrigada mesmo meus amigos.

- Não por isso Rose, sabemos que é por uma boa causa, nem eu nem o Jasper queremos uma guerra e olha que o Jasper é apaixonado por guerras.

- É, mas você esqueceu que isso mudou Edward? Depois que o Jasper casou-se com a Alice nem quer mais sair de casa.

- Verdade, o que me faz lembrar que terei que ficar três longos dias sem a minha adorável Bella.

- Sinto muito por forçá-lo a isso.

- Não está me forçando Rose, estou aqui de livre vontade, não é a primeira vez que terei que viajar para resolver assuntos reais, afinal eu sou o chefe da marinha, os mares Ingleses são meus querida.

- Sim, claro comandante Edward, tens toda uma gigante tripulação ao seu dispor.

- Exatamente. E como comandante não estou a fim de mandar os meus homens para uma guerra e creio que o Jasper também não.

- Está totalmente certo meu amigo, apesar de ter a certeza que meus homens se dariam muito bem na batalha.

- Apesar de vocês terem essa certeza, eu não tenho, não quero dizer que não confio na capacidade de vocês afinal é justamente por confiar que estão aqui, mas não quero ser responsável por uma guerra, por mortes de pessoas que não merecem, e se um de vocês sair ferido eu jamais me perdoaria, tenho tanto medo de perdê-los e ainda temo pela a vida do meu pai, o país não está preparado para alguma perda. E se tem alguma possibilidade de intervir então eu farei, eu já impedi uma guerra antes nada me impede de fazer novamente.

- É por isso que estamos aqui Rosalie, mas dessa vez você não está sozinha e ninguém tomará a decisão por você, chegou a sua vez minha amiga, de mostrar que pode sim tomar as suas próprias decisões.

- Obrigada por confiar em mim Jasper, não sabe o quanto isso é importante.

- Nós sabemos.

- Agora indo ao que interessa, onde está à carta Rose?

- Está aqui Ed. – peguei a carta que se encontrava guardada na minha bota para que não caísse e o entreguei.

- Agora é só fazer a entrega, fique tranquila Rosalie a carta chegará segura ao seu destino.

- Obrigada.

Edward veio até a mim e me deu um leve beijo na testa se despedindo, e depois deu um aperto de mão em Jasper e no McCarty que permaneceu calado durante todo o caminho da cidade até aqui e observava tudo com olhos inteligíveis.

Edward subiu no barco dando ordens aos seus homens que zarpassem e assim foi. Ao ver o barco virando e indo de encontro ao grande mar me vinha à mente a pergunta se estava realmente fazendo o que era certo, mas de nada adiantava buscar essa resposta agora, já não podia voltar atrás.

Subimos novamente nos cavalos, não ficamos ali para ver o barco se distanciar e sumir na linha que se formava no mar, eu ainda tinha que chegar em casa, antes do meu pai mandar toda a guarda real atrás de mim.

Voltamos novamente em silêncio cada um submergido em seus pensamentos sendo que os meus estavam atravessando agora um oceano ruma a Rússia.

Chegando na floresta me despedi de Jasper lhe devolvendo os apetrechos de prisioneiro, como era dia Jasper aconselhou o McCarty a continuar com a farda, e continuamos a viagem, atravessando novamente todos os lugares da vinda, passei pelo mesmo campo e antes que chegasse ao estábulo pude avistar os guardas, então me veio a ideia.

- McCarty?

- Sim.

- É agora que você entra.

- Se soubesse que só iria precisar de mim aqui, podia muito bem esperá-la até que voltasse sem ser necessário de fazer tal viagem contigo. Apesar de que... carrega-la como uma prisioneira pela a cidade é algo que eu não perderia por nada, se tivesse citado essa parte do plano antes talvez não precisasse de tanto teatro Vossa majestade.

- Cala a boca!  E eu só percebi que iria precisar de você agora.

McCarty cerrou os olhos e olhou-me furioso acho que ele não gostou de saber que ele era apenas uma diversãozinha particular minha.

- Diga o que eu tenho que fazer.

- Nada de mais, você irá pegar o seu cavalo e o guardará no estábulo, logo após voltará e me buscará, pegando as rédeas do cavalo e me guiando até o estábulo, e se alguém perguntar irá responder que eu acordei disposta para um passeio a cavalo e que você apenas me acompanhou fazendo o seu trabalho.

E assim ele fez, de maneira rápida e prática, mesmo que o desgosto estivesse estampado em sua face. Alguns guardas perguntaram e como combinado ele deu a devida resposta. Guardamos os cavalos, eu havia pegado algumas roupas para que eu pudesse me trocar e como eu sabia que o McCarty não pensaria nesse detalhe eu peguei uma para ele que nada mais era do que o restante do seu uniforme. Troquei-me rapidamente e o McCarty fez o mesmo claro que fizemos isso em estábulos separados onde não era possível nenhum de nós nos vermos.

- Agora vamos.

Entrei em casa, e assim que entrei pude ver a minha família tomando café.

- Filha! Gloria a Deus, onde esteve querida mandei a Nancy que lhe chamasse e não estava em seu quarto.

- Não foi nada mãe, apenas acordei mais cedo e disposta a fazer uma cavalgada pela a manhã, quando levantei ainda não haviam acordado e não quis interferir em seus sonos, então apenas chamei o McCarty que me acompanhou na caminhada.

Não havia sido muito difícil de convencê-los já que a roupa que eu havia escolhido era exatamente aquela que eu utilizava para essas caminhadas.

- Filha?

- Sim pai?

Olhei para o meu pai e ele permanecia sério e sem nenhuma expressão isso me deixou assustada, temia que ele soubesse o que eu havia feito.

- Precisamos conversar, acompanha-me e McCarty você também.

Apenas disse e se virou indo para a sala de reuniões foi ai que o medo tomou conta do meu corpo por completo, e meu pré-sentimento dizia que mais uma vez o meu plano não havia sido tão perfeito como o planejado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e espero voces no reviews, que apesar de algumas leitoras terem sumido, eu espero que continuem lendo, afinal isso que importa.
beijos gelados.