Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 11
Atos femininos incomuns


Notas iniciais do capítulo

Bom...FINALMENTE!!! agora saberemos o que a rose tanto fazia "escondida" no castelo o capitulo é pequeno,mas as surpresas são grandes...



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PDV ROSE


As últimas semanas se passaram como uma rajada de vento, porém o vento não me trazia nada que me parecesse útil para a vingança que eu venho planejando desde a morte de Albert, porque apesar de sua morte ter sido minha culpa, houve falhas, não no meu plano, mas sim falhas reais, falhas que deveriam ter sido evitadas, mas não foram, talvez porque ninguém esperava um ataque como aquele, mas deveriam esperar, afinal era o baile de aniversario da princesa da Inglaterra e o mundo inteiro estava sabendo disso.


Então desistindo de lutar com os meus pensamentos tentando encontrar todas as falhas possíveis, levantei-me da cama antes que o sol aparecesse naquela manhã. Todos no castelo ainda dormiam com exceção dos guardas, e eu sabia que deveria ser a mais cuidadosa possível. Fui andando lentamente até o lugar que não ia há algum tempo, afastei o espelho que ficava supostamente pregado na parede do meu quarto, ao afastá-lo a pequena porta aparecia diante dos meus olhos, sua fechadura estava enferrujada devido ao longo tempo sem uso, mas nada que um grampo de cabelo não resolva. Antes de descer as imensas escadas que davam a um pequeno porão, recoloquei o espelho em seu devido lugar.


Desci a escada minuciosamente apreciando cada degrau, reparando em cada detalhe que a muito não via, como sentia falta daquele pequeno lugar, escuro até mesmo frio, mas aconchegante. Cheguei ao seu solo, encontro a velha mesa de mármore com todas as minhas antigas ferramentas sobre ela, que antes eram usadas com frequência por mim.


Aproximei-me passando delicadamente meus dedos sobre os móveis, objetos e todas as minhas criações que ali estavam, acendi as tochas e se tornou possível visualizar o local, continuei andando pela a pequena sala antiga toda de pedra, pude enxergar em uma das paredes minhas espadas, não pude evitar o sorriso que veio com o pensamento “Para meu uso, Feitas por mim”, eu sei que é um pensamento orgulhoso, mas o que posso fazer se o orgulho faz parte da minha personalidade.

Minhas espadas, meu legado. Era ali que eu treinava minhas lutas, era ali que eu passava noites e mais noites acordada construindo armas e espadas, era o que eu mais amava fazer, era o meu lugar secreto, meu refúgio, onde eu podia ser eu mesma. A Rosalie sem o título “princesa” antes do meu nome, eu podia lutar sem que ninguém me criticasse por isso.


Usar armas era algo incomum para uma mulher, forjá-las era algo além do incomum. Se perguntasse a qualquer homem do reino onde encontrar uma mulher que fizesse armas, eles iriam gargalhar e dizer que não haveria lugar na terra onde encontrasse mulher com habilidade para tal coisa. Junte esse conceito à palavra realeza ai você vai encontrar o que todos julgariam impossível.

Mulheres darealeza não fazem nada além de expor seus modos e sua beleza aos poucos que são “dignos” de observá-las. Mesmo não conhecendo nenhuma que se arrisque, prefiro acreditar que existem outras por ai, que elas não se revelam por preferir manter isto em segredo como eu.


Às vezes me da uma imensa vontade de pegar uma de minhas espadas e lutar contra os guardas reais, ou até mesmo contra aqueles filhinhos de reis que se acham expert em esgrima, aqueles que pensam que são lutadores de primeira. Tem momentos que me imagino com espada em punho lutando contra o Royce, me vejo "acidentalmente” conseguindo acertar seu coração, sabe assim... de uma forma bem “acidental” ácida!!!. Mas não era esse o motivo que tirou o meu sono. Eu não estava aqui para mostrar minhas habilidades com minhas armas. Eu desci as escadas frias hoje pelo Albert.


Caminhei até a velha mesa novamente, onde, todos os materiais estavam e os encarei por um longo tempo, o que construir? Nada me vinha à cabeça. Então me lembrei, estávamos no meio de um movimento ao qual estavam chamando de revolução industrial, no final do século XVIII, as indústrias já tinham dado um grande avanço, as máquinas mudaram e eram à vapor, e agora essa tal revolução não só se concentrava na Europa mas se expandia em todo o mundo, logo Estados Unidos se juntaria a nós, causando uma possível segunda revolução.


Toda essa mudança tinha que servir para alguma coisa que não fosse somente interesses econômicos... e como eu tinha certeza que isso serviria para algo, forcei mais uma vez minha inquieta mente e me lembrei de ter ouvido escondida alguns soldados dizendo que estavam começando a usar pólvora em algumas armas de guerra, mas como eu arranjaria? Afinal ela não estava disponível no mercado. Pelo menos não nos mercados que eu tinha acesso.



Mas espera ai. Com quem eu estou falando?! Eu sou Rosalie Hale princesa da Inglaterra, eu não preciso arranjar alguma, eu só preciso que alguém arranje para mim.

Mas enquanto eu ainda não pensava em como iria fazer isso, comecei a pensar que arma faria, tinha que ser sem duvida a melhor arma já feita por mim.


Comecei a olhar em volta em busca de inspirações, fechei meus olhos e me lembrei de quando era criança, das vezes que o Albert me ensinava a jogar arco e flecha, de como ele ria das vezes que eu acertava algum monumento do castelo, lembrei-me das flechas que ele mesmo fazia especialmente para mim, ele sempre me dizia: “Essa arma pode não parecer perigosa, ou interessante a muitos olhares, porém da mesma forma que ela parece ser inofensiva ela é extremamente fatal, ela é rápida, silenciosa, poucos notam sua à proximidade, não deixa muitas marcas, é a arma perfeita para alguém que precisa ser discreta”, e sempre finalizava falando “ É assim que precisas ser criança, como uma flecha”.


E era assim que minha arma seria.


Sem pensar duas vezes, peguei um das folhas em branco que guardava no local para fazer o desenho da arma, como eu sabia que precisaria mais de uma peguei várias, tinha a certeza que usaria quase todas.


Antes de começar a desenhar peguei uma das flechas que o Albert havia construído para mim e a ultima arma que eu havia criado e os posicionei na minha frente. Fiquei cerca de uns dez minutos olhando para os dois objetos tentando de alguma forma fazer conexão com eles.


As ideias começaram a vim na minha cabeça, comecei a pensar como eu me sentia, me lembrei do enterro do Albert, da cruz que tinha sido esculpida em seu túmulo, me lembrei que Albert também amava caçar, e que algumas vezes, quando ninguém mais estava olhando ele deixava segurar e até atirar com a sua espingarda, sempre ria dele quando ele falava que eu tinha uma ótima pontaria e me dava muito bem com armas. Nancy não apoiava essa permissividade de Albert, sempre com pose de mulher submissa, ralhava com ele todas as vezes que eu chegava com minha roupa manchada ou com algum pequeno ferimento como resultado da queda causada pelo impulso de alguma das armas.


Recordei-me da trágica noite em que eu perdi o Albert, eu precisava apenas de algo mais rápido que uma espada. Olhei mais uma vez para o papel em minhas mãos e comecei a desenhar tudo que eu havia pensado tentando transformar essa mistura de informações em uma arma.


Vamos lá Rosalie você consegue... Cruz, flecha, arma, pólvora, espingarda, velocidade, minha mente não parava de pensar, minhas mão desenhavam sem o comando do meu cérebro e eu esperava que no final, isso me levasse a algum lugar.


Fiquei cerca de uma hora naquilo, até o momento que capitei que havia terminado o desenho depois de ter gastado cerca de doze folhas com riscos e algumas apenas amaçadas. Levantei levemente a folha até a altura do meu rosto e observei melhor a imagem que eu havia desenhado e pensei que realmente tinha feito o melhor dos meus trabalhos.


Fiz o desenho de uma flecha normal, porém ela era de ferro, a espingarda servia como apoio para flecha como se fosse uma arma normal, mas, que em vez de atirar balas atirava flechas, e para isso era só puxar o gatilho, o formato me lembrava a própria cruz embora estivesse um pouco torta nas pontas já que seguia o formato do arco. Fiquei por um tempo imaginando o padre Andrew olhando pra essa maravilha que estava desenhada diante de mim, certamente teria alguns problemas com a igreja por conta dessa belezura. Ela possuía as qualidades que eu desejava, silenciosa, rápida e letal.


Agora bastava apenas construir, porém isso ficaria para outro dia, afinal precisava de alguns materiais que eu não dispunha no momento.


Comecei a arrumar todas as coisas, não podia deixá-las ali pegando poeira, estava extremamente distraída olhando as minhas antigas armas, peguei uma das espadas e lentamente comecei a manuseá-la tornando meus movimentos mais rápidos a cada passo, ainda não havia perdido a prática. Era tão bom ser aquela Rosalie novamente, me sentia viva, não havia mais nada em quem pensar apenas em mim e na minha espada em como era relaxante imaginar o corpo do Royce bem a minha frente, deveria com certeza fazer isso mais vezes.


– Rosalie?


Ouvi ao longe a voz do meu pai vindo do meu quarto, estava tão submersa em minha pequena diversão que não notei que havia passado toda uma noite em meu mundo particular, a voz no meu pai continuava a ecoar no quarto, a minha sorte é que eu sabia que ele não podia me ouvir e nem saber onde eu estava, mas eu podia ouvi-lo perfeitamente.


Meu pai me chamou mais umas três vezes até uma segunda voz que antes não havia se pronunciado ainda, mas que não era estranha para mim, embora não pude lembrar aonde eu a havia escutado, essa voz propôs ao meu pai que me procurassem pelo o castelo, teria que agradecê-lo depois, se não fosse por ele meu pai ficaria mais tempo em meu quarto fazendo assim impossível a minha saída.


Quando tive a certeza que ninguém estava mais presente no meu quarto, lentamente subi as escadas e empurrei novamente a porta tentando não fazer muito barulho colocando logo após o espelho em seu devido lugar.


Troquei de roupa, e como se nada tivesse acontecido sentei-me em minha penteadeira pegando a minha pequena escova e escovando o meu cabelo delicadamente como fazia todas as manhãs.


Demorou cerca de uma hora para que meu pai procurasse por mim por todo o castelo, e subisse no meu quarto novamente antes de mandar toda a cavalaria a minha procura.


Rei Carlisle entrou em meu quarto sem ao menos bater, como não podia dar o ar de nenhuma suspeita continuei penteando meus cabelos enquanto reclamava com ele por não ter batido ao entrar.


Era previsto que meu pai me enchesse de perguntas e reclamasse sobre o meu sumiço, mas graças a sua incrível demora tive tempo o suficiente para criar a desculpa perfeita, sabia o ponto fraco do rei, um deles era a minha infância, até hoje ele lamenta o fato de eu ter crescido tão rápido. Não pude deixar de usar isso ao meu favor.


Podia ver levemente as lágrimas se formando e empoçando os olhos do meu pai cada vez que eu lhe lembrava das nossas brincadeiras de esconde- esconde.


Depois de fazê-lo esquecer a minha pequena brincadeira, dei a vez para que meu pai pudesse me falar o que tanto queria. Ele começou me falando sobre algo desagradável, que eu precisava de um novo segurança, já que depois da morte do Albert ela havia ficado desfalcada e a segurança da princesa é tudo para um reino, e coisas parecidas com isso.


Meu pai me apresentou o novo guarda real que eu teria. E eu não podia acreditar que a minha vida tinha uma grande força gravitacional para atrair todos os tipos de coisa ruins nesse mundo. Porque somente eu tenho a sorte ao revés.


– Ele?


Foi tudo que eu consegui dizer, em menos de dois segundo aquele homem estava ali fazendo as devidas reverências e me cumprimentando com a voz e tom mais cínico, irônico e sarcástico que eu já havia escutado.


Depois de sermos apresentados meu pai nos deixou a sós para que assim pudéssemos conversar melhor, como se eu tivesse algo para conversar com alguém como ele.


Como não havia nada para ser dito. Voltei minha atenção para o que estava fazendo antes, sentei-me novamente na penteadeira, esperei que fosse embora por vontade própria, mas pelo que eu estava percebendo ele não faria isso tão cedo, tirando o fato que sua presença me incomodava.


Pedi para que se retirasse e como sempre, ele conseguia ser cada vez mais cínico, e isso me irritava. Tudo nele me irritava, seu sarcasmo, arrogância, o orgulho, e principalmente seu sorriso, aquele lindo sorriso com covinhas que eu tanto odeio, assim como eu odeio o contraste que seu cabelo preto faz com a sua pele branca, seus olhos azuis e mais uma vez o sorriso. Poderia eu odiar um homem mais do que o Royce? Nunca pensei que um dia essa resposta seria sim.


Ainda sorrindo aquele homem saiu do meu quarto, e aquele sorriso só significava uma coisa.

A guerra começou e que vença o mais forte.




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Notas finais do capítulo

Então? Espero ter supreendido voces...aguardo suas opnioes e quem sabe uma recomendação...
BEIJOS GELADOS