New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 9
09 - Teimosia e Insistência.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem . Pelos deuses do rock, reviews leitores .
Küsses liebes ♥'



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Eles pularam, Tomás mais alto que Roberta e os seus corpos chocaram-se contra a areia, eles riam descontroladamente. Detalhe que eles ainda não haviam percebido era que um estava em cima do outro, especificando – Roberta em baixo e Tomás em cima -. Apesar da dor que sentiam por causa da queda, eles não ligaram e continuavam com as altas gargalhadas tarde da noite. Era perigoso algum guarda noturno passar e pensar que o garoto estava tentando estuprá-la.

- Fraturei minha bacia. – Roberta dizia levando a mão até o lugar onde ela havia mencionado. Fazia cara de dor enquanto ria.

- Eu torci meu tornozelo! – Tomás parou um pouco com as risadas e disse.

- Sério? – Preocupou-se.

- Não né minha filha?! Mas tá doendo um pouquinho.

- Tá bom meu filho, agora dá pra sair de cima de mim? – Agora eles notavam a situação embaraçosa em que estavam. O coração dos dois começou a palpitar.

- Não até você me dá o beijo na bochecha.

- Tomás seu cafetão e trapaceiro, quem pulou mais alto fui eu. No entanto você pagará meu lanche pela semana!

- Não senhorita Messi, lembro bem que fui que dei o pulo mais alto. – Já iria rolar discussão.

- Olha aqui sua coisa despenteada, nem ouse me chamar de louca. Sei muito bem que fui eu quem pulou bem mais alto.

- Chama aquilo de pulo? – Debochou. – Ah Roberta, você só está dizendo isso porque quer de alguma maneira se livrar do beijo, mas eu não sou tão burro quanto pareço. – É. Tomás andava mais atento, esperto e ligado nas coisas.

- Nada disso sua coisa convencida, você que quer escapar para não ter que pagar meu lanche. Está agindo com inteligência Tomás, parabéns! – Também contra-atacou com seu deboche. – Só que eu aqui sou muito mais sabida que você.

Sorriu desafiadora e debochada.

- Você se acha né?

- Eu me tenho certeza.

- Estou vendo, aliás, você se tem certeza há muito tempo.

- Tá certo Tomás, vai anda. Sai de mim! – A loira cansada daquela briguinha, tentou empurrá-lo, mas ele impediu e aliou o seu rosto ao de Roberta. Aquela sensação que não sentia mais com seu namorado. Sentia ao ter o Tomás muito próximo a ela. Seu sangue esquentava, o coração parecia que ia parar a qualquer minuto, o olhar conquistador do menino a deixava hipnotizada. Estranho, muito estranho.

- De novo com isso? – Sussurrou com a respiração falha, não parava de encarar os lábios do menino assim como ele que não parava de encarar os dela.

- Eu sei que você gosta. – Tomás disse maliciosamente, aquele jeito de mudar sua voz e torná-la sexy encantava Roberta fácil.

- Não é certo Tomás, pensa na Carla. – Tentava permanecer com sua pose de garota indomável e segura.

- É um beijo na bochecha Roberta, quem irá se importar? Amigos fazem isso. – Persistia na aposta.

- Precisa de toda essa aproximação? Parece que estamos grudados com fita adesiva! – Ele concluiu que era melhor se afastar, evitar que a Roberta tomasse alguma atitude bruta e lhe distribui-se um soco. Epa! Peraí, isso não quer dizer que ele desistiu da aposta.

- O beijo. – Disse já de pé.

- Não, até que você peça desculpas sobre esse ato ridículo. – Pôs as mãos na cintura.

- Deixa de teimosia Roberta, aquilo não foi nada demais. Você quer escapar do beijo, mas sou obsessivo e insistente quando não consigo aquilo! – Sorriu brilhantemente.

- Deixa de infantilidade Tomás!

- Infantilidade? – Perguntou inconformado com a frase soltada rispidamente pela garota.

- Sim, isso mesmo. Fica tão infantil da sua parte se comportando desse jeito, primeiro que a aposta não foi justa e segundo você parece um crianção atrás de algo que ainda não conseguiu!

- Foi isso que eu te disse Roberta, sou insistente.

- É, dá pra ver o quanto. – Disse sarcástica.

- A aposta foi justa sim, mas fica aí você negando de me dar um mísero beijo na bochecha. Coisa simples, Roberta, simples e não vai doer nada!

O que ele não sabia era que Roberta estava negando lhe beijar, apenas pelo clima que rolou no colégio, a menina ficou mexida mesmo com essa história e vejam que tudo isso está acontecendo em um só dia. Tanta coisa mudando em um só dia. Fica difícil para Roberta acompanhar, processar, entender o mundo a sua volta e a reviravolta.

- Tomás você está me tirando à paciência, to ficando p da vida contigo! – Exclamou estalando os dedos de tanto nervosismo.

- Fique calma então, ou pelo menos tente. – Debochou novamente.

- EU ESTOU CALMA CAÇAMBA! – Gritou revoltada e insegura.

- Imagina se não estivesse. – Tomás murmurou para si mesmo ironicamente. Porém, a loira ouviu e não gostou nada.

- Para de me estressar garoto, tá parecendo até a Alice! Só que uma versão masculina e pior da Alice, pois você torra totalmente a paciência de qualquer um. – Falou.

- É estranho te entender Roberta, como consegue perder a cabeça tão fácil? Ou será que nunca teve?

- Para de debochar Tomás, você está muito saidinho pro meu gosto.

Tomás ignorou e voltou com sua persistência.

- Vai, um simples beijo na bochecha, e eu paro de te atormentar. – Aquilo soou como um tipo de ameaça para Roberta. Quer dizer então que ele só vai parar de estressá-la quando ela lhe der uma beijoca na bochecha? Roberta está perdida!

- Como a Carla te aguenta hein?

- Ela me ama! – Exclamou alterado.

Não gostando muito da frase, Roberta abandonou o rapaz ali sozinho falando com o vento. Pegou um taxi mesmo sendo mais de 00h00min e chegou a sua residência que estava toda iluminada e já se ouvia a sirene da polícia. Caramba! Como o Franco é exagerado.

Ao ver Roberta saltar do carro, Eva desesperadamente corre para a filha com os braços abertos. Roberta desvia deixando a mulher no vácuo e com cara de tacho. Franco a olha reprovadamente, enquanto Alice encara a menina curiosamente. Roberta crava os pés bem em frente a Franco lhe mandando um olhar superior, para a irritação de o homem piorar.

- Onde estava mocinha? – Interrogou autoritário e empinando o nariz.

- Vagando pelas ruas, algum problema? – Devolveu-lhe.

- Com quem?

- Com o vento. – Responde sarcasticamente.

Alice riu disfarçadamente pelo nariz, Eva reprova as falas da menina e alia-se a Franco também lhe interrogando.

- Soube que o colégio tem agora uma turminha da pesada, estava andando com eles Roberta? – Eva perguntou seriamente.

- Não, detesto gente desse tipo e você sabe disso mãe.

- Tinha alguém com você filha, eu tenho certeza disso. Sinto que você mente com seu olhar. – Roberta frustra-se com a frase de sua mãe e chama por Alice através do olhar pedindo socorro.

- Não Eva, não força a barra. A Roberta não estava acompanhada de ninguém. – Ajudou a amiga que sorriu internamente. Elas podiam ter seus atritos, mas eram como irmãs.

- E como a senhorita sabe disso? – Franco desta vez direcionou o olhar para sua filha cruzando os braços, Alice sentiu-se perdida, mas logo veio uma boa resposta a sua mente.

- O Diego precisou voltar para casa, pois a Sílvia passou mal. O Pedro me trouxe para casa e o Tomás e a Carla foram ainda pegar um cinema, Roberta me ligou avisando que iria dar uma volta no parque e quem sabe brincar um pouco solitariamente, eu me ofereci para ir, mas ela não quis. Conhecem a Roberta, resolvi não insistir porque não queria mais brigas pelo dia todo. – É. A patricinha era boa em inventar mentiras sólidas e “verdadeiras”, fazia com que todos acreditassem nela. Roberta espantou-se com a esperteza e rapidez da patricinha de inventar uma boa mentira.

- Não ouvi seu telefone tocar. – Porém, Franco ficou desconfiado de Alice.

- Estava no silencioso. – Além de mentir muito bem, a patricinha sabia esconder o nervoso.

- Ótimo.

- Foi isso mesmo que aconteceu Roberta? – A mãe também custara em acreditar.

- Posso me retirar? – Não a respondeu, mas de todas as formas aquilo queria significar um sim. Roberta não aguardou por resposta alguma, saiu de lá andando como se nada tivesse acontecido.

Franco agradece aos policiais que vão embora indignados com o homem, Franco exagera e muito, tem horas que ele parece ser irmão do Jonas. Enfim, já no quarto, Roberta secava seus cabelos molhados com a toalha. Vestiu-se com uma blusa solta e um short, se atirou na cama pondo seus fones de ouvido e se concentrando no seu livro de vampiros.

Alice curiosa para saber como havia sido na balada assim que saiu. Cautelosa, entrou no quarto da meia-irmã.

- O que houve lá? – Tirou os fones de ouvido da garota, que acabara levando um susto repentino.

- Sua louca, vai me encher o saco também?

- Você tem saco? – Alice pergunta rindo sozinha da própria fala.

- Muito engraçadinha cinderela. Vai ver se estou lá na esquina! – Põe seu fone de volta.

- Roberta, eu insisto. Conte-me!

- Não.

- Por favor!

- Não.

- Por favor!

- Não.

- Por favor!

- Não. – Roberta já explodia.

- Por favor!

- Chega de tanto, por favor, Alice, cruz credo!

- Vai me deixar curiosa?

- Conhece aquela frase, a curiosidade matou o gato? – Roberta perguntou tirando o fone e fitando a patricinha.

- Sim, é claro que conheço.

- Então, é bem capaz de você morrer se não parar de ser tão curiosa e querer saber da vida de todo mundo. Vai se juntar a Vitória. Parece uma fofoqueira querendo saber das últimas para publicar em um blog!

- Chata!

- Curiosa!

- Vai me deixar assim?

Roberta cansada de falar assentiu com a cabeça. Deita sua cabeça no travesseiro e vai logo fingindo um cochilo.

- Beta!

- Vai dormir Alice, amanhã tem aula. – Diz com a voz arrastada e abafada devido ao lençol cobrindo todo o seu rosto.

- Roberta!

- Boa noite Alice, sonhe com o seu mundo rosa cheio de laçinhos e histórias melosas.

- Boa noite. – Deseja a menina desanimada por Roberta ocultar a verdade sobre o que havia ocorrido com Tomás.

Alice deita na cama tentando imaginar os momentos vividos pelos dois amigos e dá um sorriso involuntário caindo no sono. Roberta tenta dormir, mas fica só relembrando da frase do menino.

- Deixa de teimosia Roberta, aquilo não foi nada demais. Você quer escapar do beijo, mas sou obsessivo e insistente quando não consigo aquilo! – Sorriu brilhantemente.

Já viu tudo. Sua vida vai virar um inferno daqui pra frente. Pois ela não vai querer ceder à aposta e o garoto continuará a seguindo e perseguindo por todos os lugares. Seja no colégio, em casa, nos ensaios ou até mesmo em seus sonhos.

Teimoso e insistente!

Continua...


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