New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 4
04 - Canções Novas.


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ♥'
A música que vocês verão neste capítulo foram compostas por mim apenas por divertimento, estava com preguiça de procurar na net uma música compatível com o capítulo !
Se acharem ruim não tem problema.
POR FAVOR, LEIAM E COMENTEM !
BeijinhosKaulitz:3



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15h09min da tarde.

As horas pareciam correr. Roberta sem muito ânimo para sair com seu namorado decidiu então ficar em casa sozinha refletindo sobre os ocorridos desde o dia da aula de Vicente. Perguntava-se o porquê de está sentindo-se estranha perto de Tomás, evitou ao máximo o garoto no colégio nesse dia, não lhe lançava nenhum olhar, não dirigiu nenhum cumprimento ao garoto, não demonstrou vontade para namorar as escondidas com seu namorado na hora do intervalo. Queria ter outra conversa com Alice, mas sua meia-irmã havia saído com o namorado para irem passear no parque próximo a casa de Franco. Apanhou seu notebook de cima da mesa e o levou para a cama, o ligou e esperou carregar para poder conectar-se a internet. Assim que o aparelho terminou todo o seu recurso para ligar, a roqueira abriu sua página na internet e foi logo navegando e vendo atualizações de seus amigos. Não demonstrando nenhum interesse em ver o que seu namorado havia feito, resolveu ir fuçar as últimas que Tomás publicava em seu twitter.

@TOMÁSREBELDE: indo à casa da minha namorada @carlarebeldes para irmos tomar sorvete.

Ao ler aquele tweet de seu amigo, algo confuso e estranho invadiu seu peito. Parecia sensação de ciúmes, Roberta esbugalhou os olhos e chacoalhou a cabeça negativamente. Outro tweet de seu amigo chamou-lhe também a atenção.

@TOMÁSREBELDE: Ventos novos, um novo livro aí que terei de “desfrutá-lo de sua essência” junto com minha amiga e louca @robertaselvagem.

Contagiada com o comentário do amigo, riu graciosamente. Seus olhos encontraram o seu violão posto ao lado do guarda-roupa e ficou tentada a escrever uma nova música, foi pegá-lo. Sentou-se em sua escrivaninha e fez o primeiro toque.

Éramos apenas amigos

Mas por causa de uma brincadeira

Algo novo em mim despertou

Passei a prestar mais atenção em você

Notei como o seu sorriso era contagiante

Sua risada me levava às nuvens

O seu jeito atrapalhado e engraçado de ser

Me fez perceber que era você.

Não posso mais negar

Você mexeu comigo e eu mexi com você

É estranho meu sentimento por você

Mas não posso negar

Se for assim, é como tem que ser

É estranho gostar de você.

Seu olhar, sua boca, o seu jeito

Encantou-me, isso é novo pra mim

Quando nos tocamos, viro uma pedra de gelo

Se você sorri, eu sorrio

Se você chora, eu também choro

É estranho gostar de você.

Mas não posso negar

Você mexeu comigo e eu mexi com você

É estranho meu sentimento

Mas não posso negar

Se for assim, é como tem que ser

É estranho gostar de você.

Mas eu me pergunto

Se isso é real

Se você apenas quer brincar comigo

Não me iluda, eu não sou tão forte como pareço

Não me enlouqueça, não quero chorar

É estranho meu sentimento por você.

Mas não posso mais negar

Rola algo entre nós

Sentimentos confusos

Você mexeu comigo e eu mexi com você

É estranho meu sentimento

Mas não posso negar

Se for assim, é como tem que ser

É estranho gostar de você.

Deu seu último toque no violão e sorriu apaixonada e meiga. Fora encontrando as notas em sua mente e escrevendo as palavras em seu diário. Sim, Roberta Messi tem um diário que quase não é aberto pela mesma. Uma curiosidade é que a música tinha algumas semelhanças com o Tomás, digamos que o coração da nossa jovem loira e rebelde está confuso e ao mesmo tempo atraído. Não que não amasse mais o seu “Dieguinho”, só o seu amigo que estava mexendo com a moça de cabelos loiros, curtos e encaracolados. Ocultou seu diário em sua pilha de roupas, o closet dessa jovem era uma bagunça e ela não fazia a menor questão de ajeitá-lo. Deitou seu violão em sua cama e desceu as escadas, iria sair para espairecer a mente agitada e tentar tirá-lo de sua cabeça. Que garoto! Era um grude! Sorriu abertamente com seu pensamento em seguida rindo pelo nariz. Pegou seu casaco jogado no sofá da sala e saiu deixando a casa vazia e sem vida, apenas carregara consigo mesma seu celular. Ansiava em mostrar a nova música composta pela mesma aos amigos, queria saber da opinião e crítica dos colegas de banda. Como a cidade do Rio de Janeiro estava com um calor infernal, saiu à procura de sorvete de chocolate.

- Ei moço! – Chamou a atenção do sorveteiro. – Me vê aí um de chocolate.                  

Esticou o dinheiro para o rapaz que logo lhe serviu um sorvete de casquinha sabor chocolate. Roberta deu a primeira lambida em seu gelado e logo se derreteu todinha, o sorvete estava uma delícia. Cogitou em ir caminhar um pouco pelo parque onde estava Alice e Pedro, mas logo desistiu da opção e pensou em um lugar melhor onde realmente poderia ficar em paz com sua alma. Passou pela sua cabeça a Vila Lene, Casa do Diego, praia e até pensou em ir fazer uma trilha como Pedro adorava. Não escolheu nenhuma das opções supostas por sua mente e se deixou levar pelas pernas. Seu sorvete acabou, fitou o seu relógio de pulso que já marcava 16h46min. Realmente as horas estavam como o vento. Despercebida, alguma pessoa pulou em seu pescoço e a menina sobressaltou.

- Surpresa! – Tomás, Tomás, Tomás. Quem mais poderia ser?

Controlou-se para não dar uma surra no garoto, ele sabia como Roberta odiava quem lhe pregasse sustos ou pegadinhas.

- Seu bobão, como ousa chegar assim e quase me matar do coração?! – Reclamou a menina divertidamente.

Ele riu.

- Roberta, deixe essa sua pose de selvagem pra lá.

- Cadê a Carla? – Mudou rapidamente o assunto.

- Em casa. O Vicente nos flagrou naquela agarração e deu um sermão daqueles. – A loira riu, não pelo fato do menino soltar aquelas palavras de jeito engraçado e sim pelo Vicente ter interrompido o momento íntimo dos dois adolescentes e o expulsado do loft.

- Tá rindo da minha desgraça né?! – Roberta riu ainda mais.

- Deve de ter sido hilário. – Ele parecia mudar drasticamente seu humor. De desanimada a alegre.

- Só se for pra você, foi horrível ter que ainda aturar a Becky lhe dando forças, só porque regressaram o namoro.

- Bom pra eles.

Não ligou.

Por uns segundos ficaram silenciosos hesitando o contato visual.

- Eu compus uma música nova. – Roberta deixou escapar.

- Sério? – O rapaz pareceu interessado.

- Sim! – Confirmou sorrindo docemente.

- Que louco, eu também fiz uma nova. – Ele coçou a cabeça.

- Me mostra, por favor! – Pediu Roberta.

- Não sei se tá boa Roberta. – Disse o menino descrente que sua música agradaria os companheiros de banda.

- Argh! Fala sério Tomás! – Rodou os olhos.

- Sério.

- Idiota! – Bradou irritando-se.

- Por que se alguém solta uma simples palavrinha você já vai pegando ar? – Perguntou o menino, sarcástico.

- Não mude o assunto que eu não sou besta, Tomás e você sabe muito bem disso.

- Não estou invertendo o papo, apenas não quero falar sobre a música!

- Tomás, pela Carla! – Apelou à menina com olhinhos de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança. Tomás não resistiu, era inevitável não encantar-se com aqueles olhinhos, talvez fosse por isso que Diego a chamava de olhos lindos.

- Tá bom, mas é só por causa da Carla. – Foram caminhando para dentro de uma sorveteria.

- Quando compôs? – Indagou sentando-se em uma cadeira de plástico, o menino repetiu o ato.

- Ontem à noite, eu não conseguia pregar os olhos. Daí, depois que escrevi a música eu consegui.

- Dê-me.

Tomás tirou receoso o papel dobrado de dentro do bolso. Roberta pegou-lhe e logo se concentrou na leitura.

Eu te via como amiga

Não te desejava

Não me interessava

Mas depois de um choque de realidade

Você me fez abrir os olhos para o mundo

Revelando-me o grande segredo de ser feliz.

Garota, o que você fez?

Por que eu te quero tanto?

Por que desejo seu corpo todas as noites?

Seu sorriso não sai de mim

Tudo me faz lembrar-se de você

E eu já acho que estou apaixonado.

Meia-noite e eu aqui

Sozinho e pensando

Fitando a janela e observando a lua

Que me fazia pensar em você

Um romance proibido, você já era comprometida

Mas eu não podia mais ignorar.

Garota, o que você fez?

Por que eu te quero tanto?

Por que desejo seu corpo todas as noites?

Seu sorriso não sai de mim

Tudo me faz lembrar-se de você

E eu já acho que estou apaixonado.

Alie seu rosto ao meu

Deixe-me devorar seus lábios

Deixe-me sentir seu hálito de menta

Permita-me te tocar

Deixe-me dizer ao mundo que você é só minha

Ignore os pensamentos dos outros

Apenas desfrute do meu amor por você

Garota, eu te quero pra mim.

Garota, eu quero ver-te com o corpo nu.

Só tê-la para mim, beijar o teu pescoço.

Aproveitar nossos momentos picantes.

Garota, o que você fez?

Por que eu te quero tanto?

Por que desejo seu corpo todas as noites?

Seu sorriso não sai de mim

Tudo me faz lembrar-se de você

E eu já acho que estou apaixonado.

Roberta estava totalmente, literalmente, absurdamente, inteiramente impressionada com a letra e o ritmo da canção. Composição de Tomás Campos Salles, quem diria que um menino com mente de criança poderia escrever uma música tão insólita como essa. Roberta não tinha como esconder o orgulho da música de seu amigo.

- Tomás, o que deu em você?

- Tá ruim né?

- Que ruim o que seu idiota. Tá perfeita! – Entregou a folha ao garoto lhe mandando um sorriso de orelha a orelha.

- Será que os outros também dirão isso? – Analisou as letras da canção e o ritmo.

- Garanto que sim. – Roberta confortou.

- Obrigada.

Encararam-se por uns minutos apenas sorrindo bobamente um para o outro, notaram outra semelhança na música do garoto?

- Ela deve te servir de muita inspiração. – Roberta quebrou o silêncio.

- Quem? – Tomás perguntou desnorteado.

- A Carla, ó mané!

- Que nada, isso foi fruto da minha imaginação. – Disse indiferente.

Roberta murmurou um “huh”, e fitou de novo seu relógio. Marcava já 17h47min. Caramba! Como o tempo voa.

- Olha à hora, acho bom voltar antes que o Franco tenha um ataque de pelancas e decida chamar a polícia. – Roberta saltou da cadeira.

- Te acompanho em casa. – Tomás ofereceu-se.

A loira levou o seu olhar ao encontro dos olhos do menino e sorriu mordendo o lábio inferior.

- A Leila não vai dar à louca? – Ela queria de alguma maneira livrar-se do pedido do Tomás.

- Tá cedo demais Roberta, deixa de ladainha e vamos nessa. – Puxou o braço da garota para fora do estabelecimento e lá se foram sumindo no horizonte.

E a música? Qual o verdadeiro sentido que os motivou a escrever as canções belas e apaixonadas?

Continua... 


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