New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 28
28 - Eu o amo?


Notas iniciais do capítulo

Buáaa, e a fic vai dando mais passos ao término. Enfim, capítulo dedicado a Larissa , "Menina do Thur" . Em compensação pelo chapter que ela dedicou a mim em sua fanfic A Força de um Amor que eu recomendo a lerem. É divina *-*



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- A única pessoa que amei foi o Diego. – Responde curta e seca a menina. Liberta-se da mão do rapaz e lhe olha de modo desagradável.

- Amou, do verbo passado, não ama mais!

- Não me atormenta moleque.

- A verdade não faria mal.

- Teimosia é o teu nome do meio não é?

- Acho que sim.

- Detesto gente assim, não me dá prazer de estar ao seu lado! – Brada ficando cada vez mais irritada. Como Roberta é marrenta.

- Não te dá prazer? – Sorri provocativo assustando a garota parada e de braços cruzados. Ele a prende na parede. – Tem certeza?

O jogo baixo começava de novo, o jovem sopra a sua nuca deixando-a excitada. Essa aproximação, esse tom de voz sexy e cheio de saliência, o olhar pervo, o sorriso maldoso, a loira sentia saudades e muita disso, mas como essa é a Roberta que adora esconder seus sentimentos dentro de algum lugar de seu coração, ela nunca admitiria.

- Acho que é você que me ama. – Ele a desprende da parede, um pouco azucrinado com a frase.

- O que? Você tá louca minha filha? O que te deram no café? – O garoto também gostava de ocultar seus sentimentos.

- Aí, ficou todo nervosinho.

- Você é chata.

- Novidade!

- Olha. Eu não vou ficar perdendo tempo aqui, preciso ir ver a Carla!

- Ah claro, porque lhe convêm. – Murmura. Tomás controla-se mentalmente para não pular em cima da garota e enche-la de socos, crueldade e covardia. 

Ao ver que o rapaz sumira de sua vista, uma cama de gato forma-se na cabeça conturbada da jovem moça. A pergunta grudara como chiclete gruda no sapato. A loira já sabia que a única coisa que sentia pelo ex-namorado era um carinho de irmão ou amigo, nada a mais, realmente aquele garoto não era a metade de sua laranja, mas será que era o Tomás? Quase todos os dias, sonhava com este menino importuno. A garota estava parada em um corredor estreito de um hospital fazendo uma rápida reflexão sobre tudo o que havia rolado entre ela e ele. Desde o primeiro capítulo desta história confusa até o de hoje, era uma meditação para encontrar a solução e a resposta, mas tudo isso já estava claro na vida dessa menina, só ela que não via.

Mas os seus pensamentos são interrompidos quando suas narinas recebem aquele cheiro de perfume raro e caro, só podia ser o Diego, sem dúvidas.

- Diego! – A menina o chama. Quando o mesmo centraliza os olhos na figura, parada a sua frente, recua.

- Não faz isso comigo, precisamos esclarecer as coisas.

- Já estão muito bem claras, não acha?

- Você não me ouviu.

- Não escuto gente mentirosa.

- Me dá uma chance, pô! – Exclama entediada daquele rodeio todo que ele fazia para não escutá-la. Diego estava errado, ela também tem o seu direito, a verdade dói, mas sara ao longo do tempo. Ele também precisa aprender a ouvir, não só a falar e julgar.

- Estava bom demais o meu sossego, aí eu vim aqui para ver a Carla e no que deu? Vejo você a minha frente tentando dar uma de santinha da novela das oito, quando parece mais a vilã!

- Santinha de novela não, muito menos a vilã, cuide de suas palavras antes de proferi-las contra mim, beleza? E que você só quer saber de falar e julgar as pessoas sem o conhecimento, se ao menos ouvisse uma parte do que tenho a te dizer.

- Não é o seu dia de sorte.

- Não existe sorte.

- Nem confiança entre nós.

- Uma coisa não tem nada a ver com a outra!

- Mas você quis chegar a esse nível de conversa. E quer saber? Pra mim já deu, vou ver a Carla e consolá-la também, a banda pode ter acabado, mas a amizade nunca.

- A nossa?

- Essa sim não vale à pena continuar.

- Quer parar de me dar coice?

- Quem dá coice é cavalo Roberta!

- Tudo bem. – Estala a língua e engole o seco. Não obteria sucesso algum fazendo o Diego tentar recriar a confiança que existiam entre eles, a mágoa era grande e a ferida no coração era pior. – Sem mais insistências, fui.

Ela o empurra com violência, mas o mesmo não cai. Faz o seu trajeto até o lado de fora do hospital, já estava cheia daquele lugar, resolvera que iria voltar pra casa sozinha. Enrolou o motorista particular de Franco e Alice e conseguiu na moleza, um táxi para a Vila Lene, hora de consultar um amigo impulsivo que tinha. Quando nota que já se aproximava daquele ambiente arejado e confortante, pede ao taxista que parasse bem em frente à antiga casa de Genaro, onde agora só residia Cilene e Artur, ou seja, sua filha e seu genro.

- Valeu moço! – Entrega-lhe o dinheiro e parte para a residência de Pedro. Bate na porta umas três vezes até que o menino sai.

- Ué Roberta, pensei que estivesse na UTI com as meninas. – O garoto lhe permite espaço para entrar em sua casa. Sem ter se pronunciado, a roqueira entra e se joga – era praticamente da família – no sofá do amigo.

- Eu amo ele?

Pedro não entende bulhufas do que a menina lhe perguntara.

- O que disse? – Devolve com outra pergunta.

- O Tomás, Pedro! – Ah, a janela se abriu e os pássaros cantaram. Ela queria ser aconselhada e nada menos que o seu amigo para lhe assegurar e dar conselhos.

- Eu acho que sim. – A loira desespera-se.

- O QUE?

- Já faz tempo que você não o tira da cabeça, toda vez que ele chega perto, eu sei que uma corrente elétrica atravessa todo o seu corpo, já senti isso com a Alice, já vi o brilho no olhar de vocês todas as vezes que põem o olho um no outro, presenciei a cena do selinho no show, quase lhes peguei em um beijo no quarto de hotel lá em Porto Alegre, no dia em que resolveram fazer o trabalho. Enfim, só não acho como você o ama como também acho que ele te ama!

- Daria certo?

- Por que não?

- É tão estranho. Ele é o Tomás.

- Amar é estranho!

- Tá virando filósofo?

- Devo de tá pegando essa sua mania de ler.

- Ara, mas ler é tão bom. Ajuda a desenvolver as raízes do cérebro da pessoa, da uma sensação gostosa e você se imagina dentro da história, sendo um dos personagens, o que mais se parece com você ou o que mais te cativa.

- Como a gente chegou nesse papo de livro?

- Você que tava filosofando.

- Tá, tá. Mas e aí? Vai contar pra ele que o ama?

- Tenho medo, ele disse que só brincou comigo.

- Pura mentira do Tomás, Roberta! Isso é o medo de admitir que ama, a máscara é a melhor defensiva, mas sempre ela cai. Como a mentira que tem perna curta!

- Você tá me assombrando.

- Sem palhaçadas Roberta.

- Prefiro continuar com a máscara!

- Tá admitindo que sente algo por ele, isso já é um começo.

- Eu não sinto nada pelo Tom... – A moça é interrompida ao notar o olhar de quem não acredita em uma só palavra do amigo. A mais quem ela iria enganar? A essas alturas, até o Papai Noel já sabia da tão paixão louca e confusa dessa jovem. – Tá, eu sinto.

Roberta e seu famoso e insubstituível bico.

- Danada.

- E você é ótimo pra aconselhar.

- Vou pensar em empossar na carreira de psiquiatra. – Brinca.

- Valeu mesmo! – Ela retesa a mão para o mesmo apertar.

- Que nada, fiz o que tinha de fazer. – Momento amizade, é sempre tão lindo ver um amigo sendo solidário com o outro. No termo técnico, o Pedro tirou um grande peso da consciência da amiga, abriu seus olhos para enxergar a verdade.

“Eu o amo, isso será bom ou ruim?” – Esse pensamento não agrada.

Amor. Complicado entender tua matemática, hein?

Continua...


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Notas finais do capítulo

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