New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 26
26 - Um sonho Destruído.


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeem , tenho uma má notícia. A fic está começando a chegar na reta final. Porém, mais coisas ainda irão acontecer nesta reta final!Bom, ainda continuo magoada por estar com poucos reviews, mas feliz por saber que algumas pessoas a avaliaram e aprovaram.
Küsses liebes, e desfrutem muito deste capítulo triste :'(



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Era o fim. A banda havia acabado, o namoro de Roberta e Diego tinha tomado um rumo diferente e por causa das desconfianças e desamor, acabou. O casal ToCar também levou um ponto final nesta história, as brigas pesadas e o ar carregado dificultava os ensaios que depois de toda a turnê, a banda tomou foi desfeita sem ao menos ter decolado direito. Apenas Alice e Pedro tinham continuado firmes e confiantes uns no outro, tentaram diversas vezes reconstruir a banda, mas foi tudo em vão. Roberta e Tomás não se falavam mais, só que a lembrança do último beijo que deram em Porto Alegre continuou pregada em suas cabeças.

A volta ao Rio de Janeiro foi silencioso, o clima ruim pairava entre os seis adolescentes. Neste momento, ela está jogada em sua cama chorando sem parar.

O sonho de serem cantores e famosos tinha sido despintado pela desconfiança, as desavenças pioraram e os romances estavam em uma corda bamba. Maldito trabalho escolar! Maldito destino! Maldita vida!

- Roberta, você mente demais! Está impossível te suportar! Cadê aquela Roberta destemida e que não tinha medo de falar na cara às coisas que pensava? Aquela Roberta batalhadora e arrojada, difícil de pôr limites, difícil de domar, mas fácil de conquistar, cadê ela? Me devolve, por favor, essa não é você.

- Talvez ela tenha sido comida por essa sua possessão.

- Eu to possessivo?

- Só falta colocar um cão de guarda atrás de mim.

- Possessivo é o Tomás!

- Não mais.

- Você está conseguindo destruir nosso namoro, acho que você realmente queria fazer isso!

- Não, é você que está acabando com nosso amor. Está me sufocando e manipulando, me dê espaço, por favor! Não sou uma máquina que aguenta pressão.

Aquelas palavras, aquela voz alterada diziam tudo para Diego.

- Sim, eu vou dar o seu espaço. Acabou Roberta! – Sua voz embarga.

- O que?

- Vai viver sua vida que eu vou viver a minha. – O rebelde sai do quarto de hotel, abandonando sua ex-namorada sem palavras. No momento estava emudecida e as lágrimas escorriam automaticamente pelo seu rosto pálido.

Não podia acreditar, nem precisou que o Binho contasse ao Diego sobre o selinho, bastou só ela para arruinar o próprio namoro. Não foi sincera com o namorado, escondeu-lhe as verdades, quem sabe teria evitado uma catástrofe dessas? Mas não, a Roberta Messi tem sempre que ter razão e certeza em tudo quer sempre resolver as coisas de seu jeito. Um jeito nada legal, que sempre resulta em brigas e desunião.

A lembrança gélida de seu fim de namoro voltava à tona, lhe assombrando e causando calafrios. O choro já ia parando, mas seus soluços pareciam serem infinitos. Fungou e encaminhou-se para o banheiro, molhou seu rosto fazendo de tudo para a palidez sumir. As olheiras eram grandes, atemorizavam e a vermelhidão dos olhos era horrível, resultado de uma choradeira. Só faltava a água de seus olhos acabarem para começar a escorrer sangue pela sua face. Vestiu um blusão preto com um capuz e cobriu sua cabeça, pôs óculos de sol mesmo estando um tempo friento e ventoso, mas tudo isso era pra prevenir-se das gozações das crianças do bairro, caso vissem suas olheiras absurdamente feias. Vai para o bosque que costumara frequentar, aquele lugar agora era o seu cantinho favorito, antes o porão, agora um bosque. Nada típico da Roberta.

Achou a árvore que dava maior sombra e escorou-se nela, sentando-se em sua base. Tinha a face invadida de novo pelas lágrimas teimosas.

Tomás, um garoto que não costumava chorar, tinha agora o rosto tomado pela água caída de suas pálpebras. Desmanchava seu penteado de camaleão e bufava repetidamente, seu travesseiro já estava ensopado. Não só chorava pelo término de seu namoro, mas sim pelo final trágico da banda e especialmente por ela: a loira que mexeu com seu coração.

- Tomás, você tá estranho comigo. Tem se comportado como um namorado ausente esses dias, parece que não tenho mais importância pra você. – Dizia Carla desgostosa das novas atitudes de seu garoto.

- Carla, tudo também tem que haver com você. Minha filha, o mundo não gira em torno de você, existem sete bilhões de pessoas nesse mundo.

- Ah, e você está preocupada com todas elas? – Pergunta sarcástica.

- E se eu tiver? A algum problema?

- Eu também existo Tomás, e me deixa deprimida ver você se distanciando de mim, se esquiva dos meus beijos e não para de implicar com a Roberta.

- Grande coisa! Todo mundo implica com ela.

- Só que eu sinto que a algum motivo para você tirá-la de si.

- Sim, tem mesmo. Aquela agressividade e ironia dela me deixam atordoado.

- A tá.

- Sabia que você tá bem egoísta esses dias?

- Egoísta, eu? – A morena não se sente bem com aquela frase. – Eu quero que o meu namorado me dê atenção, só isso! É pedir demais?

- Ás vezes parece que você está me sufocando, antes era eu o controlador e possesso, agora o cargo passou pra você.

- Você é que anda sendo insensível e frio, parece até uma pedra de gelo que não derrete.

- E eu lá sou sorvete pra derreter. – Debocha.

- Seu deboche também me tira do sério.

- Carla, eu não sou seu filho para você me guiar ok? Eu já sou bem grandinho e sei usar o banheiro sozinho.

- Para de distorcer os fatos!

- Ninguém tá distorcendo nada aqui não minha filha.

- Tomás, para de chamar de minha filha. – Ela força a voz deixando-a raivosa.

- Minha namorada, está bom agora? – Enfatiza-se.

- Quer saber pra mim já deu o que tinha que dar.

- Nada que é bom dura pra sempre né?

- Frase feita agora?

- Você merece.

- Eu vou embora antes que uma tragédia aconteça aqui!

- Não vai ser pior que o fim do nosso namoro.

- Adeus!

O rapaz deixa o loft onde a ex-namorada reside. Carla se joga naquele sofá grande e confortador chorando um rio de lágrimas que dava pra abastecer usinas hidrelétricas, sem exageros. A tristeza era grande, a saudade já estava a consumindo, enquanto o garoto só sentia culpa por tê-la traído e não ter a coragem para falar a verdade.

Eles. Pedro, Roberta, Carla, Diego, Tomás e Alice pensam ao mesmo tempo no final que teve a banda. Nos segundos mais dolorosos que viveram foi ter acabado com seus sonhos, não seguiriam nem carreira solo, pois a força de cada um estava no amor que sentiam um pelo outro, na música animada e contagiante, não eram os talentos que tinham. Era o amor, um sentimento poderoso que pode muitas vezes acabar com uma pessoa.

- Chega! Não dá mais, vocês brigam por besteiras e isso está interferindo nas coisas da banda. – Diz Pedro agoniado.

- Fala isso pra essa loira aguada. – Ofende Diego, dirigindo-se a sua antiga namorada.

- Cuidado com essa boca rapaz.

- Que foi Roberta? Vai usar suas armas mortíferas para matar o Diego? – Se intromete Tomás, defendendo seu amigo. A rebelde não segura à irritação.

- O papo ainda não chegou ao chiqueiro.

- E nem na selva!

- Sinceramente, eu não tenho que aguentar esses seus shows cafonas que só você sabe produzir.

- Realmente, porque o de ignorância é por tua conta!

- Não sou banco para abrir conta.

- Mas dá um dor de cabeça danada em todo mundo.

- Quer saber? Eu não fico mais nenhum minuto nessa banda se você tiver.

- Peraí, você vai sair da banda Roberta? – Interroga Alice segurando com sua mão um colar que possuía desde seus 12 anos com o símbolo da sorte.

- Se essa anta não sair, eu saio.

- Roberta, você sabia que está destruindo nosso sonho?

- E daí? – Cruza os braços e cria em seus lábios o seu famoso bico que sempre faz quando está com raiva.

- E daí? Roberta, essa sua criancice com o Tomás já ultrapassou todos os limites.

- Então o mande parar de me provocar.

- Pare de ser tão grossa! – Clama o rapaz.

- Realmente, acabou.

A loira os abandona naquela praça e foge, para um local onde ela não ouvisse os sermões de seus amigos, a voz daquele menino. A banda que se dizia imortal, que era um conceito havia se destruído. Bons tempos aqueles em que ensaiavam no porão e as discussões nunca chegavam a interferir na banda, bons tempos em que Roberta amava Diego e via Tomás apenas como um amigo piadista e estressante, aquele doce acabou. O sonho de seis adolescentes rebeldes estava enterrado no coração deles, alojado feito bala, seus peitos doíam só de pensarem que aquelas promessas que fizeram pela banda nunca seriam compridas, as promessas que são dividas, jamais serão pagas.

É triste. É deprimente. É indescritível a dor. Porque quando se ama dói tanto?

A pergunta que não quer calar. Porque quando se ama dói tanto? É melancólico. A dor pode ser passageira ou eterna, lute pelo seu amor, vença aquelas barreiras colocadas pelo destino, é um teste da vida, faz parte de nossa vinda ao mundo. Se você desiste antes do tempo, comprova-se que você é covarde. Nunca provará o gosto de uma aventura, é gostoso amar, dói sim e você não sabe o quanto. Ela é curável, basta insistir.

É Roberta... Foi você que estragou a história da banda ou foi esse sentimento desenvolvido entre você e aquele garoto?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero vê-las nos reviews. Vamos leitoras, deem esse gostinho a uma autora de coração frágil.
Chantagememocionalon:#



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