New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 21
21 - Magoados.


Notas iniciais do capítulo

Não! Não é o Di e a Carla que ficam magoados, calma! Não é agora! hehehehe , - tapa a boca para não revelar mais detalhes importantíssimos - Bueno chicas, postarei agora o 21 e o 22 e mais tarde, talvez lá para a noite eu poste o 23.
Küsses aliens :8



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- Eu não vou. – A destemida loira não queria ir de jeito nenhum à passagem de som. Que Roberta estranha.

- Roberta, deixa de criancice! Até parece que vai se preparar pra morte.

- Alice, eu tenho medo. – Assumiu a garota que por dentro ela tinha era receio, o medo lhe corrompendo.

- O que disse? – A outra não conseguia acreditar nas palavras disparadas pela rebelde.

- Medo, satisfeita? Eu sou forte, mas tenho limite, não é porque sou a Roberta Messi, a selvagem que não tenho medo, sou um ser humano e por sinal encrencado, não vou aguentar ter que olhar na cara do Tomás e não ter aquela coragem para jogar tudo na lata. Admito que estou mudada, esse menino destruiu minha vida!

O garoto que passava no minuto pelo corredor ouviu sem má intenção o desabafo da jovem. A chateação e angústia por atrapalhar a vida de sua amiga perfuraram o coração do menino, ele aproveitou que a porta estava entreaberta e entrou, segurando suas lágrimas, sendo firme o bastante para parecer que suportava a revelação.

- Desculpa por interferir em sua vida, não era minha intenção!

Ela esbugalhou os olhos, igualmente como Alice.

- Não, não foi isso que quis dizer. Foi o nervosismo e a emoção do momento Tomás, nunca que você iria atrapalhar minha vida! – Ela tentava escandalosamente se desculpar. Mas já estava feito, o menino estava incrivelmente magoado.

- Você queria dizer isso, tudo o que sai de sua boca é verdade! Magoou Roberta e muito. – Poderia ser fofo ver o Tomás chorar, mas quando ela fixou o olhar naquela lágrima solitária que escorrera dos olhos do amigo, lhe partiu o coração.

- Está sendo criança Tomás, me escuta! Eu não quis dizer isso.

- Mas disse e já foi o suficiente!

- E se for verdade? – Ela não deveria ter dito isto. – É claro que você tem culpa no cartório, aliás, foi você que começou a investir nisso e agora tá aí sofrendo.

- E você não tá? Eu deveria ter aberto os olhos faz tempo, o que vi em você?

Uma flecha acertou o peito esquerdo da menina. Ele dissera aquilo sem pensar.

- Ótimo Tomás! Parabéns! Conseguiu me afundar ainda mais no poço de angústia! Eu estou arrependida por ter me afeiçoado por você! Incrível como você consegue ser tão idiota! – Fungou e sorriu magoadamente.

- Pena mesmo, foi uma burrada sua gostar de mim.

- Destino né? Que sempre nos prega as piores peças. – Enfatizou a palavra derivada de pior.

- Você foi um brinquedinho pra mim Roberta.

- O QUE? – Berrou não crendo naquela frase estúpida. Alice olhou reprovadamente para o menino.

- Passatempo. Nunca gostei mesmo de você.

- Prova de que cansou da Carla!

- Nunca me cansei dela, porque é dela que eu gosto, eu amo-a. Só queria ter algo para fazer, brincar com você e te fazer de meu cachorrinho foi tão legal! – Ele riu medonhamente.

- Me magoar foi legal Tomás? ESTÚPIDO E TRAIDOR! Você não vale um centavo seu filhote de cruz-credo!

- Só eu? Você caiu em todas as minhas estratégias para te tentar, tolinha. – Ele sorriu maliciosamente.

- Você é louco e podre, deve ter sido separado do Binho na maternidade. – A garota prende suas lágrimas e Alice a abraça confortavelmente.

- Assim tá me insultando.

- EU TE ODEIO! COM TODAS AS LETRAS! – Ela soltou-se dos braços da outra loira e o empurrou para tirá-lo do caminho, saiu do quarto e bateu a porta brutalmente.

- Tomás, como pôde? Ela realmente estava começando a gostar de você, como eu sei que você sente algo por ela.

- Sim eu sinto desprezo, rancor, ódio. Essa menina é retardada e louca!

- Você não merece nem a Carla, Tomás. – Alice também sai do quarto deixando o rapaz arrependido por ter ditado aquelas palavras cortantes e frias.

- Eu sou um idiota, a Alice tem razão.

Roberta corria desolada pelas ruas de Porto Alegre. Então foi isso que ela significou para ele, um brinquedo ao vento que ele usou só para brincar, se divertir. Ele não pensa? É um animal irracional? Não mediu esforços para despejar as palavras ríspidas. Arrependimento por ter traído seu namorado e sua amiga, por ter achado que o amigo correspondia os seus sentimentos. Boba demais, tudo o que ele disse fazia sentido. Roberta não se passava de mais uma garota no mundo, com o coração ferido por um garoto. Amor jovem, sempre tão melodramático!

- Ele me usou. Ele mentiu pra mim dizendo que meu sorriso era lindo. Desde o começo ele queria brincar comigo. Infeliz sem coração! – Ela fitava suas mãos, olhava as linhas desenhadas na palma de suas mãos, chorando.

- Roberta como você é idiota! Débil mental, jumenta, tola, manipulada! – Ela falava mal de si mesma. O nojo que ela sentia de sua pessoa era grande.

- Como eu pude me deixar enganar com aquele protozoário? Eu traí meu namorado e me arrependo disso, deveria apodrecer nesse beco.

E a dor agravava, as lágrimas desciam sem parar. Hoje era o show, como iria olhar na cara dele? Ainda tinha a passagem de som. Mas ela estava decidida, não seria um garoto que acabaria com o seu mundo, ela é melhor que ele em todos os aspectos. Voltaria e fingiria não conhecê-lo.

-x-

- Pedro, eu não quero ver minha amiga sofrendo por um garoto. – Alice sentia o sofrimento da meia-irmã, chorava com a cabeça deitada nas pernas do namorado, ele lhe fazia carinho para tentar reanimá-la.

- Meu amor, tudo o que o Tomás disse foi mentira, ele está nervoso e contundido! Dá tempo ao tempo que tudo se resolve. – Fácil era falar, mas do jeito que aqueles dois são, as chances de se acertarem seriam de uma em um milhão.

- Eles dois são orgulhosos demais Pedro, principalmente a Beta. Acho que só na próxima encarnação que eles vão se acertar! – Ela lamenta.

- Música. – O jovem fala totalmente sem noção do que dissera.

Daí surge a ideia impecável na cabeça de Alice.

- Isso mesmo amor! A música sempre nos uniu, quando brigávamos era só cantar que todos os males eram espantados, com certeza isso será igual com eles. Só preciso compor uma música nova.

A cinderela começa a andar pro lado e o outro involuntariamente, deixando Pedro tonto.

- Tá bom amor, mas para de andar assim se não eu vomito.

- Me ajuda escrever uma música romântica e ao mesmo tempo com a batida que eles gostam? – Os olhos azuis da menina quase destroem a retina do namorado de tanto que brilharam.

- E por quê?

- A música vai empurrar essa pedra do caminho dos dois.

- Mas as músicas românticas só são para os pares, ou seja, eu e você, Carla e Tomás e a Roberta com o Diego!

- Não pedi sua opinião. – Fala seca e brava.

- Eu opinei?

- Opinou sim senhor, e se não vai me ajudar, eu mesma faço tudo isso sozinha!

Ela o deixa no quarto sozinho e intrigado. Alice era uma fanática por drama, mas como não queria também brigar com a sua mina, resolveu ir ajudá-la nessa canção que poderia salvar a amizade de Roberta e Tomás.

Ou pode resultar em algo a mais?

Continua...


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