New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 19
19 - Amizades Em Risco.


Notas iniciais do capítulo

Fruits, por hoje só postarei este capítulo e o vinte, amanhã tem mais. E caso, eu receba mais comentários, poste outros. Enjoy!



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- Hahá! Ganhei meu filho, esse videogame besta e esse seu mutante força 3000 não são páreos para o meu mutante das trevas! – A garota comemora por ter vencido o amigo em uma partida sofrida e crucial de videogame. Ele suspira desanimadamente e fica com expressão de derrotado. Diego aproxima-se do garoto para consolá-lo, o moreno também havia sido deportado para fora do jogo pela Carla.

- Você trapaceou, eu tenho certeza! – Acusa injustamente.

- Idiota! Isso é papo furado de quem perdeu e não aceitou a derrota. – Ri sarcasticamente.

- Não vamos fazer essa droga de trabalho porque as aulas já acabaram! – Tomás continuava ao lado do não.

- Preguiçoso, indolente, burro! Você só se preocupa com esse seu cabelo de ratazana e com o palco e o glamour, a vida não é feita só de alegria e dinheiro garoto! – A chapa esquentava. Nem Carla e Diego estavam tendo um debate tão violento como esse.

- Insinua que estou sendo egoísta?

- Até que em fim você abriu os olhos!

- Eles estão bem abertos, já os seus.

- Tomás, pela milésima vez. O Vicente irá pedir esse trabalho quando voltarmos às aulas, eu tenho certeza!

- Você tem bola de cristal? Ora não sabia, quero ver o meu futuro! – Ironiza o menino.

- Não preciso de bola de cristal para prevê o futuro, só estou constatando que isso irá acontecer, é uma pegadinha do Vicente e quem não se ligar, vai se ferrar logo no começo do ano!

- O Vicente não seria capaz de ferrar um aluno logo no início do ano. Ou seria?

Questiona-se.

- É verdade Tomás, eu vou fazer esse trabalho. Vamos Carlinha? – Diego finalmente enfia juízo em sua cabeça e chama pela amiga que agradece a Deus.

- Obrigado meu Deus! Vamos sim Diego, quanto mais rápido terminar esse trabalho, melhor! – Os dois correm de mãos dadas até o saguão do hotel, para de lá, irem comprar os materiais que precisarão para realizar o trabalho.

- Bom... Deixarei vocês aqui para fazerem o trabalho também, comportem-se.

Becky sai com um sorriso deslumbrante em seu rosto e resolve fazer um passeio turístico para conhecer as raízes dessa cidade espetacular. Voltando ao assunto Roberta e Tomás, os jovens se encontravam em um momento constrangedor, silêncio dominando o quarto.

- Eu já sei como iremos fazer esse trabalho! – Eis que surge uma divina ideia na mente da rebelde.

- É? Não precisa de mim né? Beleza! Vou sair para olhar uns baixos e... – Roberta dá um basta naquele discurso.

- Nem pensar, agora é que eu preciso mesmo de sua ajuda. Vem!

Ela o puxa para fora de onde estão hospedados e desce para o saguão, mas o garoto continua sem lógica da ideia da roqueira.

- Ei minha filha, desenvolve aí que eu to boiando na parada.

- Virou bóia?

- Você entendeu.

- É o seguinte... – A loira explica ao menino tudo o que eles irão fazer e ela acredita que ninguém terá essa ideia, é bastante original e criativa. A diversão é garantida durante todo o trabalho, as risadas expulsam o clima briguento do lugar e dá o ar de paz entre os amigos, brincam iguais a crianças enquanto trabalham e é óbvio que de vez em quando rola um clima entre os jovens.

- Foi louco trabalhar contigo.

- Tomo isso como um elogio! – Ela sorri docemente.

- E foi. – Os olhos castanhos do menino se encantam e ficam hipnotizados com aquele sorriso meigo e sincero soltado pela loira.

Ele se aproxima da menina e afaga as mãos em seus cabelos cacheados e ela leva a mão para o rosto do amigo, acariciando sua face.

- Nunca havia notado o quanto os seus sorrisos são lindos. – Ele diz de maneira conquistadora, ela esboça outro sorriso desta vez dominado pela paixão.

- E eu nunca havia percebido que seus olhos são tão perfeitos.

Ele alisa sua bochecha e escorrega o dedo para os lábios dela, sentindo com o toque a sua boca. O rapaz alia seu rosto ao da amiga e a mesma sensação que sentiram antes, sentiam agora. Mas agora a iniciativa é dela, Roberta sela seus lábios para a surpresa de Tomás que não esperava a atitude repentina da amiga. Aos poucos eles vão saindo daquele mero selinho e parte para o beijo, Tomás devora o gloss de morango da menina e ela corresponde ao beijo fervorosamente e apaixonadamente. Vagarosamente vão se deitando na cama, ela por baixo e ele por cima. O garoto passa a língua pelo pescoço da jovem e a mesma deixa escapar um gemido fraco, a roqueira decide atacar subindo a camiseta do menino e arranhando suas costas com as unhas cerradas.

Mas sempre a um indivíduo para atrapalhar o momento e esse elemento só podia ser o Pedro. Ao escutarem a porta ranger, os dois se separam abruptamente, só que a respiração não queria contribuir com a situação embaraçosa.

- Por que estão respirando assim? – Pedro evita sorrir, ele já imaginava o por que.

- Não interessa. – Roberta olha feiamente para Tomás e sai do quarto pisando ferozmente no chão. O garoto fica desconcertado e o amigo começa a ter uma crise de riso.

- Beijou a maluquinha?

- Hahahaha, vai rindo Pedro. Queria ver se fosse você no meu lugar! – Ele fala ajeitando sua camisa.

- Rapaz, e a Carla? E o Diego? – O estado fica preocupante.

- Não sei cara, o negócio tá ficando pesado e é a segunda vez que nos beijamos.

O menino mostra o quão está dividido.

- Tirando o selinho que vocês deram por causa da aposta e... Segundo beijo? – O rebelde tenaz se espanta pela confissão do garoto.

- Isso mesmo! Pensei que a tua namorada já tinha aberto a boca.

- Não, comigo ela não comentou nada. – Talvez Pedro tenha ficado meio chateado por sua namorada não ter lhe dito sobre o acontecido.

- Só sei que agora preciso me desculpar e de novo com a Roberta. – Tomás abandona o quarto atordoado. Pedro tem outro ataque de riso e cai duro na cama depois de tantas risadas dada.

Roberta vagava pelas ruas de Porto Alegre tentando apagar da memória os momentos maliciosos vividos com Tomás, segunda vez que traia seu namorado e chorava por isso, traia sua amiga Carla. Tantas vezes que jurou amor eterno ao namorado e esse juramento está sendo arruinado pelo sentimento que está sendo criado entre os dois amigos, maldito trabalho escolar! Se não fosse por ele, jamais isso aconteceria.

Ela encontra um bosque vazio e sem vida, sem crianças para dar a alegria precisa no lugar, sem os idosos conversando sobre suas épocas, sem adolescentes para trocarem carícias. Ela apenas encontra um banco verde dando cor a aquele lugar desanimado e esquecido pela gente. Conforta-se ali e encontra uma flor, a apanha do chão e começa a tirar suas pétalas brancas e perfumadas.

- Juro que não queria ter feito aquilo. – A voz dele soa horrivelmente dentro dos ouvidos da garota.

- Sai daqui Tomás, você já fez e está gravado pra sempre na nossa vida.

- Eu sei o quanto isso está prejudicando nossa amizade e pondo em risco o meu e o seu namoro! Mas me entenda, eu to dividido, a minha cabeça tá uma confusão, eu tento sabe? Dar um ponto final nessa chatice, só que é impossível demais!

- Nossa! Falou o senhor que se preocupa com tudo. Vem cá, você realmente ama ou amou a Carla?

O menino arregala os olhos durante a baboseira disparada por Roberta.

- É óbvio que sim! Do mesmo jeito que você ama o Diego. Eu preciso dar um jeito nisso.

- Sabe como você pode resolver? Ficando bem longe de mim! – Ela já ia o deixando naquele bosque friento, mas ele puxa o seu braço.

- E a nossa amizade?

- Faz de conta que não existe.

- Isso aqui não é conto de fadas.

- Tem razão, isso aqui é um conto de pesadelos! – Ela diz com uma cara debochada.

- E a banda?

- Aquilo é outro assunto. Agora me solta! – Roberta luta com todas as suas forças para tentar se livrar da mão forte do menino.

- E os momentos? – A jovem para de se mexer bruscamente na tentativa de se soltar. Encara o chão e percebe que as lágrimas estão se formando em suas pálpebras.

- São marcas frias que também ficarão esquecidos no passado. – Ela levanta a cabeça e os seus olhos castanhos escuros fixam-se aos olhos castanhos de Tomás.

As lágrimas iniciam uma corrida no rosto da jovem para ver quem chegava ao chão primeiro, a cada lágrima solta pela menina, à dor no coração piorava. O garoto entristecido com a frase fria da garota, também se deixa levar pelo choro.

- Vai ficar negando seus sentimentos?

- Não tenho nada para negar aqui, o meu sentimento por você é só a amizade mesmo. - Tem certeza?

- Já vi que tá se escondendo na caverna de novo.

- Não, não estou. E se você não parar, a nossa amizade acaba aqui agora mesmo.

- Sou só eu que estou colocando a nossa amizade perto de um abismo?

- Quem é que me beija?

- Por que corresponde?

- Seus olhos me deixam tentada.

- Sua boca e o seu sorriso são como a oitava maravilha do mundo.

- O seu jeito malicioso de ser me fascina.

- Seu estilo diferente determina quem você é. Marrenta e decidida.

- O seu beijo é avassalador e encantador.

- Seus lábios têm gosto de morango.

Eles sem perceberem, declararam-se um para o outro. Tomás já ia beijá-la de novo, mas a menina recua mesmo sem vontade.

- A amizade Tomás.

- Desculpa.

- Não conseguimos nos controlar, é isso. Temos que tomar uma distância exata!

O menino dá três passos para trás. Roberta ri de maneira contagiante.

- Aqui tá bom?

- Pateta. – Ela emite sua segunda risada.

- Então, é assim que vai ser... – O jovem fala abatido, põe a mão no pescoço e suspira cansado.

- O que?

- Já que acabamos o trabalho, não precisaremos mais está tão nervosos perto um do outro.

- É pro bem da nossa amizade.

Ela distancia-se do garoto, estava querendo processar tudo o que havia acontecido naquele dia. Encontra uma única árvore daquele bosque que não estava pelada, sentou-se em sua base e deixou se afogar nas lágrimas.

Perguntas sem respostas, traições, amizades a ponto de serem desfeitas. Acorda Roberta! Você ainda não entendeu o que isso quer dizer?

Continua... 


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