New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 10
10 - Sonho.


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ! E quero agradecer a minha nova leitora , BLOG SPM!
Esse capítulo é dedicado a você , fofa :3



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Atordoada e sentindo-se mal, levanta Roberta da cama após ter um sonho no qual Tomás estava presente e ele era o seu namorado. Isso a cada dia estava piorando, primeiro rola um clima no colégio e depois esse sonho. Não, não é normal e sim, anormal. Desce as escadas nas pressas e dirige-se a cozinha, pega um copo com água e bebe rapidamente tentando acalmar seu coração nervoso, ela podia sentir mesmo tendo sido só um sonho, os toques do rapaz, os seus lábios em sintonia, as palavras maliciosas que ele sussurrara em seu tímpano. Tudo isso Roberta estava sentindo na real, fora de seus sonhos. Balança involuntariamente a cabeça espantando tudo isso que lhe atormenta, encara o relógio pregado na parede que ainda marcam 05h36min da manhã. A primeira a levantar-se na casa, sua mãe só acordaria se Franco a despertasse, Alice só iria acordar de seu sono de beleza depois das seis da manhã. O fracasso para espantar Tomás de sua cabeça a deixou inconformada resolveu jogar-se no sofá e ver a programação cedo da TV. Mas só passava besteiras, na Nick lezeiras, no Cartoon programa pra bebezinhos, no Discovery Kids ainda não estava passando Barney e seus amigos e a Disney estava pior que todos, passando as lerdezas do Mickey Mouse.

Decidiu colocar em um canal desconhecido e afundou seu rosto em uma almofada assistindo a aquele programa entediante passando na televisão. Fica uma dica: de manhã a programação é horrível. No entanto começou a passar The Vampire Diaries, seriado favorito de Roberta. Claro, envolvia vampiros na história e aonde tem vampiros, a selvagem entra no meio. Enquanto assistia entretida a série, Alice pela primeira vez na história acordara antes das seis da manhã. Ao deparar-se com Roberta assistindo caladinha o programa, pensou em uma brincadeira para assustá-la, como ela já sabia que Roberta odiava quem lhe desse susto ou pegadinhas, ela mesmo assim não ligava, gostava mesmo de irritar a meia-irmã. A loira diminuiu o ritmo dos passos apressados e teve a maior cautela para evitar que as suas chinelas fizessem barulho e atraísse a atenção da outra loira. Escondeu-se atrás do sofá esperando o programa dar intervalo, ao ouvir a música do intervalo e a mulher anunciando que daqui a pouco a série retornaria, achou uma boa pregar o susto em Roberta agora. A loira avoada assistia a propaganda da colgate, Alice sabichona e aproveitadora, tocou nos ombros de Roberta e fez sua melhor careta assustadora.

Nem posso dizer como foi. A loira ia enfartando e deu um berro estridente, sorte a dela que o sono de Eva e Franco era pesado e o casal dormia feito defunto. Caiu no chão e levou sua mão ao peito esquerdo, suando arfante. Que susto!

Alice gargalhava pakas por dentro, mas por fora mantinha um leve sorriso no rosto e tentava controlar aquela gigantesca vontade de dar uma gargalhada. Roberta a fitou, sombria e com a face envermelhando de tanto ódio, realmente a roqueira não tinha gostado da brincadeira e partiu pra cima da rebelde.

- Uou Roberta! Para, vai estragar meu cabelo, me solta sua louca!

- Sua patricinha de meia tigela, sabe como eu odeio isso e ainda tem a audácia de fazer isso comigo! – Puxava com uma força animal os cabelos loiros e longos de Alice, se a patricinha não a parasse, acabaria ficando careca.

- Roberta louca! Me larga, meu cabelo vai se danificar só porque você meteu essas suas mãos de trogloditas! – Gritava baixo – foi estranho – e segurava os pulsos da rebelde, mas mesmo assim ela conseguia bater na outra.

- É bom que você tenha que usar mais de milhões de perucas, porque eu vou te deixar sem cabelo minha filha!

- CHEGA ROBERTA! – A patricinha não agüentou e empurrou violentamente à amiga.

- O que é seu tá guardado. – Ameaçou abaixando a voz sinistramente.

- Você precisa aprender a ter controle de si Beta, dominar sua mente e não deixá-la dominar a sua alma, controla tua fúria. Parece o King Kong! – Diz a patricinha ajeitando o cabelo em frente a um espelho. Roberta suspira tristemente e se joga no sofá encarando o teto com uma expressão facial de carência.

- Roberta. – Alice pronuncia-se séria. – Você suspirou?

Correu daquele jeito que só as patys sabem e ajoelhou-se próximo a amiga, já vinha com suas curiosidades. Ai meu Deus!

- Não. – Respondeu ironicamente, Alice a fuzilou. – Sim Alice, suspirei. Satisfeita?

- E muito. – Confirma a amiga debochando.

- Bom pra você porque eu não to.

- O que houve Beta? Detesto ver você amuada e tristonha. – Afagou as mãos nos cabelos enrolados da amiga enquanto a olhava com pena.

- Não necessito da “peninha” de ninguém Alice. Obrigada pela preocupação, volte agora pra sua cama quentinha e confortável porque ainda não é hora da cinderela despertar.

- Nossa Roberta! Eu tento ter uma relação de amiga mesmo com você e você só dificulta. Facilita né?

- Desculpa amiga. – Roberta deixou escapar, tapou a boca arrependida.

- Do que me chamou? – Alice anima-se mostrando seus dentes.

- Aff Alice, pra que repetir se você escutou?

- É, é mesmo. Tem razão. – As duas ficam em um silêncio por uns 17 segundos e do nada começam a rir feitas hienas drogadas. Era gostoso apreciar o momento de paz a amizade entre as duas garotas, era difícil, mas quando Roberta não dava uma de durona e marrenta, tudo podia acontecer. Ela permitia até que o mundo explodisse que continuaria sorrindo.

- Mas fala aí, o que aconteceu? Você parece tensa e perturbada. – Pra que a Alice foi falar nisto?

- Tensa? Tá parecendo que eu to tensa? – Irritou-se.

- Calma, eu quero falar com a Roberta boa. – Usou o seu colar para hipnotizar a menina, mas por meio de brincadeira, não era real.

- Não sei se devo te contar.

- Epa! Lembra-se que não sou a Vitória?

- Mas imagine só juntando vocês duas em uma só pessoa. – As duas imaginaram e foi péssimo. – Horrível! Até os babados de gente de outra dimensão vocês iriam publicar.

- Rob, please!

Usou o famoso olhar de cachorrinho pidão. É. Parece que a Roberta também tem um fraco por esse olhar, igualmente ao Tomás.

- Sonhei... – Pausou assim que sentiu aquela sensação forte voltar à tona. – Com ele.

Alice fica de boquiaberta.

- Tomás?

- Não, o papai Noel, Alice! – Ironiza a menina. Ironia é seu ponto forte, não tem quem derrube a Roberta do posto de primeiro lugar.

A loira revira os olhos diante o comentário feito por sua amiga e o esnoba.

- Como era o sonho? Diz aê! – Pede a menina interessada.

Roberta não hesita.

- Era mais ou menos assim ó: Eu estava em um bosque, sozinha e despetalando uma flor de margarida, eu parecia triste, confusa e incerta sobre a vida. Achava que o meu amor havia me esquecido, meu vestido preto simbolizava tecnicamente o luto, pois ele parecia ter morrido. Nunca mais havia dado sinal de vida, nunca retornara as ligações, não respondia as mensagens do twitter e o Messenger. Até que do nada ele aparece, todo lindo e vestindo suas roupas casuais, sempre com aquele cabelo bagunçado e um sorriso lindo, lindo mesmo brilhando cegamente em seus lábios perfeitos e bem desenhados por Deus. – Roberta parece suspirar apaixonadamente, Alice fica ainda mais confusa e estranha. – Ele então me diz que nunca me esqueceu, mas teve que partir porque o meu antigo namorado o ameaçava de morte, nossas amizades tinham se destruído, a banda já não existia mais, éramos irreconhecíveis na rua, apenas adolescentes normais com suas vidas normais, porém com um sonho arruinado. Meu sorriso brilhava mais que a luz do sol, a luz do luar, a luz própria de uma estrela. Eu me joguei em seus braços lhe beijando e chorando de alegria por tê-lo comigo e saber que nunca mais iria perdê-lo, que eu já não podia mais ter esse receio. Era ele, o dono do meu coração, da minha vida, dos meus sonhos, de tudo em minha vida! Era ele.

Alice que ouvia a história atentamente, já sabia que a amiga corria risco de apaixonar-se por Tomás, e esse sonho só constatava a teoria da menina.

- Eu tenho medo Alice.

- O que?

- Não quero arruinar nosso sonho, não quero ferir o Diego, o coração do Dieguinho que ainda tá sarando desde aquela chantagem do Binho, não quero perder a amizade da Carla, ela é como uma irmã assim como você, extrovertida e calma, sincera e frágil. Vendo-me longe de vocês, nossos sonhos acabados.

- Peraí. – Alice para Roberta. – Esse não é exatamente o seu medo, o seu medo mesmo é de estar apaixonando-se pelo Tomás, quer voltar pra sua caverna e colocar de novo essas sua máscara de menina má e estranha.

- Hãm? – Roberta murmura incrédula.

- O que?

- O que digo eu Alice. O Tomás... – Pausa. – Eu o tenho como amigo, assim como o Pedro, jamais eu me apaixonaria por alguém tão convencido como o Tomás.

Fugia da realidade.

- Primeiramente dou graças a Deus por não ter sido pelo Pedro. – Roberta ri descontraída, mas depois percebe o sentido da frase ditada pela amiga e a encara feiamente.

- Segundamente Roberta, é que não mandamos no coração.

- Mas eu queria mandar e não quero insinuar nada, beleza? Não estou me afeiçoando por aquilo.

- Tá vendo? Começa assim, primeiro, nega, nega, nega. Depois chora pelos cantos feito um bezerro desmamado, passa todos os momentos pensando nele e fica mentindo dizendo que estava pensando na morte da bezerra, escreve canções destinadas a ele. – Enfatizou-se bem, mas a loira nem se ligou na indireta solta pela outra. – Como agora Roberta, só não me diga que estava pensando realmente na morte da bezerra.

Diz Alice sarcástica.

- Sarcasmo né Alice? Aff. – Murmura a menina tediosa.

- Pensa no que eu disse. Possa ser que no começo os dois fiquem magoados e chateados.

- Que dois criatura de Deus?

- Carla e Diego, oras!

- Ah, cala essa boca! – Lança uma almofada contra a menina.

- Esperteza Roberta, age com esperteza. – Alerta a amiga.

- Vai se fu... – Roberta é parada pelo olhar de repreensão de Alice. – Futricar em outro lugar.

- Futricar? – Alice ri da palavra e recorda-se de um episódio de iCarly.

- Foi o melhor que pensei pô.

- Realmente, porque esses dias você anda muito lentinha da cabeça.

- Vai morrer Alice!  

- Tá bom, tchau. – A loira sobe de volta para o quarto para ir se arrumar para outra manhã de colégio.

Roberta encara a TV ainda ligada e apanha o controle de cima da mesa, desliga a televisão e abandona o controle no sofá. Mas antes de subir toda a escadaria, vê seu reflexo na TV desligada e pensa nele e na aposta.

“Ai não, meu tormento só está começando!”

Lamenta por meio da mente. Prepare-se Roberta Messi, ele está pronto para te infernizar.

Continua...


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