Superando escrita por Arline


Capítulo 3
Capítulo 3 - A VOLTA E UMA AJUDA


Notas iniciais do capítulo

Meninas, mais um capítulo pra vocês. Muito obrigada mesmo pelos reviews e por estarem acompanhando a fic.
Leitoras novas, sejam bem vindas e fantasmas, apareçam! Vou adorar saber o que acham da história.
bjks e vamos ao cap!



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A VOLTA E UMA AJUDA


As aulas haviam começado há uma semana e preferi faltar. Em nada me agradava toda aquela história de horários, passeios planejados, atividades extras... Sem contar que eu queria causar impacto e pelo que minha irmã disse, todos estavam morrendo de curiosidade pra saber o que havia me acontecido... Fora meus pais e amigos, ninguém havia me visto depois que mudei e o fator surpresa estava ao meu lado dessa vez.


Agora eu morava com Bree em uma casa nossa. Tudo bem que era ao lado da casa de nossos pais, mas aquele era nosso cantinho e quase enfartamos quando nossos pais nos deram ela. Queríamos nos mudar no mesmo dia, mas eles conseguiram nos segurar e só o fizemos quinze dias depois de ganhá-la. Tudo estava do nosso jeito, com nossas coisas e era perfeito! Claro que tirando a inconveniência de ter que ouvir minha irmã com o namorado, tudo era perfeito!


A confiança que nossos pais tinham em nós era algo muito importante. Meu pai era muito sério no trabalho e tinha que ser assim; um juiz não pode ser risonho. Mas em casa... Nossos amigos simplesmente o adoravam e ele era muito tranquilo. Nos chamava a atenção por bebermos — sabíamos que era proibido, mas sempre conseguíamos algumas cervejas e algumas garrafas de vinho... Ben tinha uma identidade falsa e meu pai jamais poderia ter certeza disso, embora desconfiasse — e sempre dizia que ainda nos deixaria passar uma noite na cadeia. Nem assim tínhamos medo.


Hora de ir à escola... Tudo arrumado, eu estava bem, me sentindo linda e segui confiante pra minha velha Chevy. Ela me seria de grande valia hoje... Fui pela estrada seguindo o carro de Bree e ao chegar ao estacionamento da Forks High, meu estômago revirou. Continuei dentro do carro, varrendo o local à procura de Jacob e como não o encontrei, preferi esperar até vê-lo. Retoquei a maquiagem, dei uma conferida no visual e fiquei satisfeita com o que vi. A calça jeans escura, junto com a bota e o suéter também escuro me deixou mais longilínea e o salto me deixou uns centímetros mais alta. Meus cabelos estavam soltos e a franja caía por meu rosto me deixando com um ar sensual sem ser forçado, segundo Angela.


Minhas formas eram levemente arredondadas. Ben fez um ótimo trabalho. Agora eu sabia onde minhas gorduras estavam! Eu tinha seios e bunda! Antes era um amontoado de roupas, gordura e um desastre só!


Olhei em volta mais uma vez e vi quando Jacob estacionava seu reluzente Rabbit. Era a hora. Liguei a picape e vi os olhares de minha irmã e de meus amigos. Todos seguravam uma gargalhada. Dei a partida e fui com tudo pra cima do carro, fazendo com que um som estrondoso ecoasse quando as latarias se chocaram. Infelizmente o desgraçado não estava dentro, mas só de amassar muito bem amassado aquele carro ridículo, senti um pouco mais de alívio.


Jacob lançou um olhar desesperado em direção a minha picape e quando me viu, sua boca abriu levemente. Dei um sorrisinho de canto e peguei minhas coisas, saindo displicentemente e trancando tudo.


— Ops! Acho que bati em seu carro... — falei, fingindo falsa inocência. Em volta, todos nos olhavam, esperando alguma reação por parte dele — Mas não tem problema, não é? Eu o ajudei a conseguir o dinheiro pra reformá-lo! Tenho o direito de destruí-lo também. — falei e virei, saindo de perto dele e indo ao encontro dos meus amigos, que a essa altura, gargalhavam da cara de panaca de Jacob.


Entre risos e gargalhadas seguimos nosso caminho e deixamos o burburinho de lado. Fui ao banheiro para dar mais uma olhada em mim e os outros seguiram para suas aulas. Tudo estava correndo bem, só me restava saber o que as pessoas estavam comentando...


Já estava alcançando a porta quando ouvi um choro vindo de dentro de um dos reservados e voltei, sem conseguir seguir meu caminho. Era um choro tão angustiado, com tanta dor, que decidi bater na porta e saber como a pessoa estava. Geralmente, abortos aconteciam mais para o fim do ano letivo, e não no início dele...


— Oi! Está tudo bem? — perguntei e como resposta, tive mais choro. Bati na porta e ela se abriu, revelando uma menina de longos cabelos loiros, toda encolhida no chão e chorando copiosamente. Abaixei-me e toquei em sua perna, chamando sua atenção e fazendo com que ela levantasse a cabeça pra me olhar. Eu não a conhecia — O que houve com você? — tornei a perguntar.


Ela não respondeu com palavras, apenas sacudiu a cabeça, como se dissesse que nada acontecera. Acabei me sentado no chão, de frente pra ela e fiquei ali, quieta, esperando o momento que ela decidisse falar algo.


Os minutos corriam e ela só chorava, me deixando angustiada. A observei por longos minutos. Era bonita, os olhos, mesmo banhados em lágrimas eram de um verde brilhante, as feições delicadas e assim como eu, gorda. Foi então que uma coisa me passou pela cabeça: Teriam feito com ela o mesmo que fizeram comigo? Seu choro era de tristeza por ter sido humilhada? Agora, mais do que nunca, eu quis saber o que teria acontecido àquela menina.


Aos poucos ela foi respirando mais contidamente, secando as lágrimas de seu rosto e me dando um sorriso triste e tímido ao mesmo tempo.


— Desculpe, acho que me excedi nas emoções. — disse ela e sorri, tentando deixá-la confortável.

— Tudo bem, você não fez nada. Está tudo bem? Quer que eu chame alguém?


Ela negou com a cabeça e tornou a chorar, falando coisas desconexas.


— Acalme-se. — falei — Tem algum conhecido aqui na escola? Quer que eu vá à secretaria e peça pra chamar seus pais?

— Meu na-namorado... O Edward... Oh Deus, não diga nada a eles! Por favor, não me deixe só! — ela pediu e me ajeitei, ficando ao seu lado e a abraçando.


Aquela reação me deixava mais certa de que haviam feito algo contra ela.


— Ok. Não falarei nada. — falei e a abracei mais apertado, acalentando-a e acariciando seus cabelos loiros.


Ver a situação daquela menina me fez voltar ao passado e relembrar tudo o que haviam me feito. Revivi tudo, desde os tempos de criança e uma vontade de ajudar foi se fazendo presente. Será que ela seria do tipo que vai sempre ficar quieta ou vai ser como eu, que um dia, depois de muito ser humilhada decidiu dar a volta por cima?


Ela foi ficando mais calma e ouvimos o sinal tocar. A primeira aula foi para o espaço. A chamei para sairmos dali e ela aceitou, meio que relutante. Caminhamos apressadamente pelos corredores e a levei até minha Chevy e ainda deu tempo de ver o amassado enorme que minha bebê fez no carro do infeliz... Nos acomodamos e segui rumo a uma pracinha meio perdida no meio de Forks, aquela menina precisava se distrair.


Conectei meu Ipod no rádio e pus a minha música salvadora pra tocar. Deixei que a música preenchesse o ambiente e rezei pra que aquela melodia pudesse penetrar na cabeça da menina loira assim como penetrou na minha e que pudesse operar nela a mesma mudança que operou em mim. Comecei a cantarolar e vi um pequeno sorriso sendo esboçado pela menina. Ela estava começando a entender.


Paramos na pracinha e descemos, indo em direção a uma mesa de concreto, nos sentamos e ficamos observando aquela paisagem verde e que me fazia tão bem. Engraçado que já fazia mais de uma hora que eu estava com aquela menina e nem ao menos sabia seu nome.


— Olha, eu gostaria de agradecer por ter me ajudado. — ela quebrou o silêncio — Nem ao menos sei seu nome e você já me ajudou tanto... Meu nome é Rosalie.

— E eu me chamo Isabella, mas todos me chamam de Bella. — sorri amigavelmente — Sabe? Não a ajudei. Só sentei no chão e fiquei te ouvindo chorar.


Ela suspirou e sorriu timidamente.


— Eu sei, mas em uma semana foi a primeira vez que ninguém me xingou naquela escola. Você é nova aqui também?

— Não, estudo aqui desde que me entendo por gente. Quem foi que te xingou? Sabe o nome das pessoas que te fizeram isso?

— Não... Deixe isso pra lá... Não vale a pena. — disse ela e cada vez mais, me via em suas ações e reações.

— Rosalie, não é assim que devemos fazer...


Decidi que aquela era a hora de contar a ela o que me aconteceu e assim o fiz. Relatei tudo o que passei desde criança até aquele baile... Contei sobre minha mudança e a respeito da música que ouvimos. Um caleidoscópio de emoções passou por seu rosto enquanto eu contava minha história e ela enfim percebeu que eu a compreendia, que sabia tudo o que ela passava, o que estava sentido.


— Nossas histórias são bem parecidas... Também passei por todas essas situações, mas não sei se seria forte o suficiente pra passar por cima de tudo isso...

— É claro que pode ser forte, só depende de você. Ninguém pode te humilhar e ficar quieta não ajuda. O mundo é feito de diversidades... Existem ricos e pobres, negros e brancos, gordos e magros...


Ela sorriu com cumplicidade e ainda passamos um longo tempo conversando. Quando nos demos conta da hora, já havia passado do horário das aulas e me ofereci para levá-la pra casa. O caminho não foi longo, ela morava perto da entrada pra clareira e a deixei quase em frente a sua casa, ela preferiu ir caminhando os poucos metros que separavam a estrada de terra da rodovia principal. Só depois que vi sua figura desaparecer foi que dei a partida e retornei pra casa.


Fui pra casa dos meus pais e contei a eles o que havia acontecido. Não houve repreensões. Eles sabiam que eu havia faltado às aulas por uma boa causa, mas me fizeram prometer que não faltaria mais sem avisar e tive que concordar... Afinal, mesmo que agora eu tivesse minha casa, eram eles que pagavam as contas...


Esperava por Bree e preparava nosso almoço — ninguém merecia comer o que era servido naquela escola —. Ouvi um barulho do lado de fora e olhei pela janela da cozinha, vendo que ela chegava com Angela, Ben, Quil e Emily. Era melhor cortar mais frango, o strogonoff não seria suficiente... Continuei meus afazeres e ouvi que eles conversavam e riam. Só me restava saber de quê ou de quem.


Eles chegaram à cozinha e foram se acomodando em volta da mesa. Os olhos de minha irmã brilharam quando viu o que eu fazia e dei uma sonora gargalhada. A filha da mãe tinha uma sorte! Comia feito uma desesperada e não engordava um só grama, enquanto eu, só de sentir o cheiro de comida, já engordava uns dez quilos. Ben começou a bater palmas e Angela deu um tapa na cabeça dele, o chamando de retardado. Era tão bom ver o amor entre as pessoas...


— Resolveu virar desertora? — perguntou Emily, vindo me ajudar.

— Depois que entrei no banheiro encontrei uma menina chorando e fui ajudá-la.


Todos me olharam e minha vontade era mandar que fossem olhar pro capeta. Eu odiava quando ficavam me olhando daquela forma, como se eu fosse um ET.


— Quem era a menina? — Quil perguntou e parecia o único interessado.

— Rosalie, ela é aluna nova... Alguém a xingou e ela estava chorando no banheiro. — falei e eles entreolharam-se.

— Eu sei quem é. Ela é do mesmo ano que você. — minha irmã falou — Estão fazendo com ela o mesmo que te fizeram... E não é difícil saber de quem se trata, não é mesmo?


E isso foi o suficiente pra fazer o ódio aflorar dentro de mim... Aquela cachorra da Tanya continuava a infernizar a vida das pessoas! Mas que inferno! Ela nunca se cansava não?


— Não vá se meter em confusão... Deixe aquela infeliz de lado, ela não vale a pena. — disse Angela.

— Ang... Eu sei que você pediu, mas sinto muito... Ela tem que saber! — disse Ben — Bella, quem tramou toda aquela história no baile foi Tanya, junto com Jessica e Jane. Quando viram que você estava lá, elas se reuniram e tramaram toda aquela história da comida. Jacob entrou nessa porque queria reformar o carro e elas disseram que, se ele te deixasse no meio do salão, dariam o dinheiro que faltava.


Creio que meu rosto atingiu tons alarmantes de vermelho, o ódio correndo por minhas veias. Tanya Denali, Jessica Stanley, Jane Volturi e Jacob Black... Esses eram só os primeiros nomes da lista... De um eu já tinha começado a me vingar... Só me restava os outros, mas isso não seria difícil, não mesmo!


— Tudo bem, eles conseguiram me humilhar, mas levantei a cabeça e segui em frente. Só o que posso dizer é que cada um deles vai me pagar e comecei por Jacob. Quanto aos outros, vou pensar em algo, mas cada um vai ter o que merece. — falei e, ao meu lado, Emily estremeceu.

— Bells... Tome cuidado... Você mesma havia prometido que não se deixaria levar e não se tornaria amarga. Acha que se vingar vai resolver a situação? — minha irmã, sempre tão bondosa...

— Pode não resolver, mas que vai me aliviar, ah isso vai!


Eles continuaram conversando e eu terminava o almoço. Ansiei pra que as horas passassem correndo e que um novo dia se aproximasse logo, minha vontade de ir à escola aumentava a cada segundo e o ódio me corroia por dentro. Eu me vingaria deles! Claro que não acabaria com os problemas da Forks High, mas as pessoas passariam a saber que eu não era mais a garota bobinha em quem eles tanto pisaram durante vários anos.


Arrumei a mesa para almoçarmos e minha curiosidade foi atiçada. O que será que falaram de mim depois do que fiz ao carro de Jacob? Esperei que eles falassem sobre seus professores chatos, suas matérias maçantes e reclamassem um pouco da vida. Quando começaram a se calar, vi ali minha oportunidade de saber mais sobre o pequeno incidente que causei.


Perguntei o que houve depois que saí e a primeira resposta que recebi foi a sonora gargalhada de Emily. Segundo ela, Jacob ficou desolado por ver o estrago que causei ao bater acidentalmente em seu carro e a cara de idiota que ele fez ao chorar só causou um ataque de risos em quem estava por perto. Mas aquilo ainda era pouco. Uma lágrima dele não valia o que sofri.


Minha irmã e Angela não estavam nada felizes com minha súbita onda de vingança, mas os outros me apoiavam e Emily dava até gritinhos, de tão excitada que estava com tudo aquilo. Foi ela quem me ajudou a planejar algumas coisas e em algum momento eu até ri de tudo aquilo... Sabe aquelas histórias onde aparece um anjinho e um diabinho, um de cada lado do ombro de alguém? Era assim que eu me sentia, só que no meu caso; eram três diabinhos contra dois anjinhos...


O restante da tarde passou de forma calma e conversei muito com minha irmã. Ela tentava me demover de minha decisão de me vingar, mas nada me faria voltar atrás e ainda tinha mais! Eu estava disposta a ajudar Rose e seria capaz de passar por cima de qualquer um pra isso.


Apesar de tudo o que aconteceu a ela, eu tinha inveja... Ela tinha um namorado que a amava provavelmente. Depois daquele baile, nunca mais beijei ninguém e aquele foi meu primeiro beijo. Era de dar arrepios... Na época, achei que aquele era o melhor beijo da minha vida e que morreria de tanta emoção, mas depois de tudo, depois da humilhação... Quando tomei banho, esfreguei tanto a boca que quase arranquei a pele dos lábios. Antes de tudo aquilo eu até acreditava que poderia sim despertar o interesse de alguém, mas depois... Eu poderia me interessar por alguém, mas jamais cometeria o erro de me expor. Meus sentimentos ficariam guardados.


Depois de jantar com nossos pais, decidi andar um pouco por Forks. A noite estava agradável, não precisei colocar casaco e isso me agradava. Andar um pouco passou a fazer parte do meu dia a dia. Eu até corria, mas ninguém mais queria me acompanhar e eu acabava por fazer aquelas caminhadas solitárias. Servia pra clarear as ideias. Quando dei por mim, estava na praça onde levei Rosalie e fiquei surpresa por vê-la ali.


— Olá. — falei e só então ela levantou a cabeça, sorrindo fracamente.

— Oi! Resolveu andar um pouco também?

— Pois é. Faço isso sempre.


Sentei-me em frente a ela e fiquei em silêncio, apenas sentindo a brisa noturna.


— Vai à escola amanhã? — perguntou ela.

— Tenho que ir... Já faltei demais. Não que me agrade, mas...

— Não gosta de estudar ou sua aversão é apenas pela Forks High?

— Forks High não me agrada.


Ela riu e a acompanhei.


— Sei que já agradeci, mas obrigada mesmo por hoje. Acho que fiquei daquele jeito porque são pessoas novas... Antes eu já estava acostuma às pessoas do meu antigo colégio e não ligava mais para as piadinhas e risinhos.

— Se acostumar não muda nada, Rosalie. Você tem que reagir. Chorar não vai mudar a forma como as pessoas te tratam.

— Mas eu não consigo! Eu não sei responder.

— Quando te humilharem; pense na raiva que está sentindo e coloque pra fora, rebata o que te dizem. Não faça como eu e distribua batidas de carros, apenas se imponha e mostre que você é mais do que sua imagem.

— Prometo que vou tentar.


Mais uma vez ela sorriu e por mais alguns minutos nós conversamos, mas logo ela teve que ir pra casa, pois seu namorado já estava preocupado, querendo saber onde ela estava àquela hora. Não que Forks fosse perigosa o suficiente, mas pra uma pessoa num lugar novo e que passa por humilhações... Eu me preocuparia.


Já era um pouco tarde quando cheguei em casa e Bree estava me esperando, com o telefone em mãos. Cometi um pequeno deslize; esqueci-me de levar o celular... Antes que ela pudesse pensar em me passar um sermão eu já estava em meu quarto, me preparando para um banho e em seguida, cama. Não tinha jeito; no dia seguinte eu teria mesmo que enfrentar a Forks High. E eu não sabia o quão certo esse pensamento estava...


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Notas finais do capítulo

É isso aí. No próximo tem briga e o Ed aparece (finalmente)!
Comentem!