Superando escrita por Arline


Capítulo 13
Capítulo 13-A VINGANÇA DE BELLA


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas! Quase que o capítulo não sai hoje! O Nyah tá dando zica e caso o post fique estranho, eu tento arrumar depois. Também não sei se o link contido no capítulo vai funcionar.
Bem, tem o capítulo bônus de O Peso também!
Hoje eu postaria uma nova fic, mas a capa não ficou pronta a tempo e ficará pra próxima sexta, ok? Espero contar com vocês em mais uma!
Esse capítulo faz parte de mais uma mudança da Bella; é meio sutil ou não , mas as coisas se encaminham pra uma GRANDE mudança. Espero que gostem, por mais que ele esteja confuso.
Carol, obrigada pela recomendação, eu adorei mesmo! E obrigada pelo carinho e preocupação.
Bjs e comentem!



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A VINGANÇA DE BELLA

Como eu ainda não estava totalmente recuperada, Carlisle achou melhor que eu não fosse à escola e agradeci por isso; passar a noite acordada e fazendo visitas ao banheiro não era mesmo bom... Mas foi ótimo acordar e ver uma rosa vermelha ao meu lado, junto com um bilhete de Edward. “Eu te amo”, dizia, e com certeza era tudo o que ele tinha a dizer. Porque era exatamente o que eu queria gritar. Eu o amava!

Fiquei um bom tempo relembrando a noite anterior, as coisas que senti... Um beijo dele nunca me deixara daquela forma, tão quente, tão desperta e viva. Meu corpo inteiro estremecia só com a lembrança. Mas aquilo tinha que parar... Pelo menos enquanto eu estivesse perto de tantas pessoas, como naquela casa.

Havia uma enorme bolsa com roupas no quarto onde eu estava e mais um bilhete de Bree, dizendo que minha tática de me fingir de doente pra ficar com Edward era muito boa e que ela faria o mesmo com Quil... Mas ela também disse que passaria pra me ver, porque sabia que eu jamais teria dormido fora de casa se algo não tivesse mesmo acontecido.

Esme me contara que Edward entrara em contato com minha irmã e tinha pedido que ela me levasse roupas, mas não entrara em detalhes a respeito do meu estado. Bem, ela saberia... Era o segundo dia que eu não ia à escola.

Ficar com Esme era agradável; não havia assunto forçado, não tocamos no assunto “gostosa” e, embora adorássemos cozinhar, ela me proibiu de fazer qualquer esforço. Mexer uma panela não seria tão mal assim... Ela me olhava com olhos brilhantes e, não segurando minha curiosidade e cara de pau, perguntei o que estava acontecendo.

— Oh, querida, desculpe-me! Eu não queria deixá-la sem jeito... — Esme estava vermelha e eu me senti mal — Só a estou observando e entendendo o que deixou Edward tão encantado.

Eu sabia... Entraríamos em um assunto constrangedor... E seria agora.

— Não precisa se desculpar, Esme... Sendo eu uma pessoa um pouco sem sorte, pensei que minha cara estava suja e a sen... você estava sem jeito de falar. — ainda bem que me corrigi a tempo... Ela já começava a me olhar feio.

Ela balançou a cabeça e deu uma risadinha.

— Vocês se gostam mesmo, não é? Sou uma romântica incurável e acho tudo isso tão lindo!

Oh, sim, ela achava... Só faltava subir os coraçõezinhos, iguais aos dos desenhos animados...

— Edward era o único sozinho da família, sabe? Até Vittorio tem uma namorada! — ela continuou a falar e quase que o suco que eu tomava voou longe. Ela estava sacaneando o filho? — Quando ele chegou em casa depois de um dia de aula e quase obrigou Rose a conversar com ele, soubemos na hora que algo tinha acontecido. Algo bom. Eu nunca o tinha visto daquele jeito, com os olhos tão brilhantes...

Minha língua tinha que ficar dentro da boca, mas não consegui...

— Nem com Heidi? Ele nunca foi assim com ela?

— Não querida, nem com ela. Heidi é como um livro ruim julgado pela capa... Você olha, acha lindo por fora, mas quando conhece o que tem dentro, se decepciona completamente. Alice foi a única que nunca se enganou... Heidi é muito bonita, mas avançada demais pra idade que tem, entende? Mesmo quando meu filho a conheceu ela já era assim.

Eu não estava gostando daquilo... Saber que Heidi era muito bonita não me ajudava com minha baixa autoestima. Sim, ela ainda existia.

— Edward comentou alguma coisa... — falei debilmente, me atendo ao fato de Heidi ser muito bonita.

— Querida, não fique pensando besteiras, sim? Edward te ama. Se não amasse, ele jamais teria deixado isso... — Esme sacudiu um chaveiro.

A chave do Volvo. Edward havia deixado a chave do seu adorado carro pra que eu usasse? Oh, sim, ele havia feito isso. E eu já sabia aonde ir...

Almocei com Esme e depois, esperei pacientemente até a hora de poder sair. Fiquei no quarto de hóspedes, meus olhos presos à rosa que Edward deixara sobre o travesseiro. Tomei um banho e gemi ao notar que eu não tinha o que usar; a roupa que estava comigo não era muito apropriada pra sair... Minha irmã me mandara pijamas. Uma calça jeans e dois pijamas! Tive que falar com Esme...

— Aqui, veja se está do seu agrado. — ela me estendeu uma camisa, que notei ser de Edward, eu já o havia visto com ela antes.

Vesti a camisa e me observei no espelho. Aquilo era intimo demais... Mas, o que era usar uma roupa depois de ter dormido no mesmo colchonete?

Despedi-me de Esme e segui até o precioso carro; sentindo o cheiro de Edward ali. Não havia mais volta; eu o amava mais do que poderia suportar.

Fiquei parada no estacionamento da Forks High, observando por trás das lentes escuras dos óculos de Edward, a forma como todos me olhavam. Eu não estava incomodada com aquilo; era divertido ficar imaginando o que eles imaginavam... Os olhares eram curiosos demais.

Ergui meus olhos e vi Rose e Emmett vindo em minha direção, cada um com um enorme sorriso no rosto. Eu gostava mesmo deles, sem contar que Emmett me fazia rir com suas lógicas insanas e as piadas sem graça. Assim que passaram pela porta do vestiário, Edward saiu de lá e ganhou uma cotovelada do cunhado. Aquele sorriso torto apareceu e meu coração quase saltou pra fora do peito. Será que um dia aquilo me mataria? Levantei os óculos e ganhei uma piscadela de Emmett.

— Hum... Usando as roupas do Ed... Que sexy! — disse Emmett e gargalhei, mas Edward não parecia ter gostado...

— Eu sei que vou me machucar, mas na próxima, te quebro um dente. — disse ele, nos fazendo rir de sua cara emburrada.

— Ah, cara! A Bella tá uma coisa dentro dessa camisa... Acho que até minha ursinha daria uns pegas nela...

Ok, ele estava provocando e Edward já estava bufando... Mas não parou por aí...

— Com certeza! A Bella já é muito gostosa e usar uma camisa assim... Desperta pensamentos, sabe? Me deixa ver seu sutiã? — Rosalie se aproximou de mim e fingiu que ia abrir um botão da camisa, mas ela mal levantou a mão e Edward a segurou.

— Chega de palhaçada. Vocês não verão nada e nem pensarão em nada. — ele se virou pra mim — E você. O que te deu na cabeça pra usar a minha camisa? Isso não se faz, entendeu? Não se faz!

Edward estava nervoso com aquilo, mas não fiz por maldade; não pensei que usar uma peça de roupa dele pudesse despertar... Coisas. Mas eu estava gostando demais daquilo! Desde o momento em que percebi que eu poderia ser desejável, um monstro despertou em mim.

— Tudo bem, eu tiro. — falei e abri o primeiro botão da camisa, vendo os olhares incrédulos de Rose e Emmett e o olhar desesperado de Edward.

No segundo botão, minhas mãos foram fortemente agarradas e meu corpo prensado contra o carro. Agora, eu havia despertado o monstro... Edward não me deu tempo nem de respirar; sua língua invadiu minha boca e não houve resistência da minha parte, eu já sentia saudades daquilo.

Nem sei quanto tempo passou, mas quando abri os olhos novamente, algumas pessoas nos observavam de olhos arregalados e dentre elas; meus amigos e minha irmã.

— O que eu perdi gente? Desde quando vocês estão assim, pelo amor de Deus?  — Emily ia surtar... — Vocês estavam quase se comendo aqui no estacionamento e isso é vergonhoso!

— Claro que é... Pra você, que não tem ninguém pra te pegar de jeito. — Angie também não economizava na ironia...

Edward estava com muito mais vergonha do que eu e depois de pegar sua mochila que estava no chão, encostou-se no carro e me puxou pra ele, quase escondendo o rosto em meus cabelos.

— Eu ainda estou esperando uma explicação! Seria muito bom se pudesse ser hoje.

Permanecemos calados. Eu não sabia o que dizer; Edward ainda estava com muita vergonha, Emmett e Rose apenas riam e os outros continuavam me encarando, querendo uma boa explicação. Que não viria. Minha irmã foi a primeira a pedir que aquele assunto fosse esquecido, mas Quil e Ben não me pareceram inclinados a isso... Seus olhares diziam tudo: teremos uma séria conversa.

Já estávamos nos preparando pra ir embora quando um grito nos assustou e logo em seguida, outro e mais outro... As pessoas que estavam gritando pareciam mesmo desesperadas. Todos que estavam no estacionamento correram na direção dos gritos — a saída do vestiário feminino.

Eu fiquei estupefata com o que vi... Tudo bem que elas já me haviam humilhado, mas aquilo?! Eu jamais teria coragem de fazer algo assim... E logo um nome me veio à mente... Claro!

Tanya e Jessica estavam quase... Carecas! Cada vez que elas passavam as mãos pelos cabelos, mais eles caíam e eu realmente tive pena. Dava pra ver o couro cabeludo completamente vermelho e os fios pelo chão. Foi realmente triste ver a expressão de dor em seus rostos... Destruíram o que elas mais prezavam: a beleza. A perfeição.

— Quem será que fez isso? — Bree perguntou baixo e a chamei com apenas um aceno.

Do lado de fora, vi Jane andando calmamente em nossa direção, alheia a tudo aquilo, como se nem lhe importasse. Não precisei dizer mais nada à minha irmã.

— Não espero agradecimento e muito menos estou orgulhosa do que fiz, mas... Pela primeira vez eu fiz algo por minha própria vontade; não segui o que ninguém me mandava fazer. — disse Jane, com a voz calma, doce até. Aquilo me assustou — Espero que agora elas se tornem um pouco mais “gente”, se é que isso é possível...

— Jane, o que você fez é grave! Está louca? — Bree estava ficando alterada e aquilo não era bom...

— Grave? Não, Bree... Grave foi o que fiz à Bella durante todos esses anos. Grave, foi eu me deixar levar por pessoas que se diziam amigas, foi ter estado cega. Não vou dizer que a culpa é toda delas; eu também sou culpada do que fiz, do que falei... Mas me arrependi e aprendi muito, ainda mais depois de ouvir as palavras de Bella.

Eu continuava parada, sem conseguir acreditar.

— Sei que jamais seremos amigas, mas me perdoe Bella. Estou mesmo arrependida de tudo o que fiz durante esses anos, inclusive, no baile. Foi ideia nossa.

— Tu... Tudo bem, Jane. Não fique pensando nisso, sim? É melhor deixarmos tudo no passado. — era o que eu poderia dizer no momento; minha cabeça ainda estava confusa com a atitude dela.

Ela se afastou alguns passos, mas parou, me chamando.

— Ah, Bella! Considere esse “incidente” como “A vingança de Bella”. Me senti bem ao fazê-lo por você; aliviou a raiva que sinto de mim mesma.

Ok. O que eu poderia dizer? Apenas balancei a cabeça, assentindo. Ao meu lado, Bree me olhava meio tensa. Até eu estava! Aquilo não era normal! Eu até poderia ser ruim e quebrar coisas, mas aquilo era maldade! Jane colocara a vida de duas pessoas em risco, se colocara em risco... Mas, será que ela pararia ali?

— Ela tem salvação ainda, não tem? — Bree perguntou e estremeci.

— Espero que sim...

Não consegui ficar olhando pra Tanya e Jessica... Elas estavam machucadas demais; Jane realmente exagerara em tudo e eu me sentia mal por ter dito aquelas palavras a ela. As humilhações já faziam parte da minha vida, eu não morreria se continuasse ouvindo aquilo por mais um ano. Não havia necessidade daquela crueldade!

Edward me levou pra casa e meus amigos nos seguiram. Todos notaram que eu não estava bem com aquela situação. Talvez, ouvir um pouco de idiotice me ajudasse.

Fui para meu quarto com a intenção de guardar minhas coisas — sim eu peguei tudo o que ficara na casa de Esme, incluindo a rosa — e um batalhão de mulheres chegou atrás de mim. Emily trancou a porta. Fingi que não notei a intenção delas e continuei o que estava fazendo, calmamente, sem me apressar com nada.

A rosa estava em um vaso solitário que Esme me havia emprestado e o deixei envolto em minhas roupas, assim ele não virou dentro do carro. E nem quebrou, graças a Deus. Todas suspiraram quando viram a rosa e sorri minimamente.

— Vocês são lindos juntos, sabia? — disse Angie e permaneci calada.

— Agora ela está assim, Ang... Não quer mais saber das amigas... Só quer ficar grudada no meu primo bonitão. Que mal eu fiz a Deus pra merecer uma amiga assim? Me fala?

Emily se daria bem sendo atriz... Quase acreditei em seu tom dramático.

— Gente, se a Bella não quer falar, ninguém vai forçar nada, ok?  — Rose era uma boa amiga...

Mas não é que eu não quisesse contar; não havia o que contar, era diferente. Como se conta essas coisas? Nunca havia acontecido comigo antes!

— Não faz assim, Bella... Conta pra sua priminha, conta? Por favor, cara! Estou me roendo de curiosidade pra saber os detalhes de tudo isso!

Suspirei, me dando por vencida. Emily sabia ser chata quando queria! Me joguei em minha cama e comecei a contar tudo, desde antes de La Push até aquela manhã, quando encontrei o bilhete e a rosa. O resultado? Emily pulou sobre mim e acabamos caindo no chão. Minha bunda doeu.

— Me dei bem, caí no macio. — disse ela, me ajudando a levantar.

— Idiota. — rosnei e ela riu, me chamando de cadela.

Angie foi a única que falou de forma decente, sem gritar os suspirar. Acho que ela era a mais normal de todos nós.

— Estou feliz por vocês, mas ainda não entendi essa de “não namorar”. Qual é o problema? Se essa Heidi aparecer, a gente joga o corpo dela em La Push. Problema resolvido.

Retiro a parte do “normal”...

Mais ou menos uma hora depois, todos já tinham ido pra casa, ficando apenas Edward — Bree sumiu com o namorado... —. Eu, por mais que quisesse, não conseguia deixar de pensar naquela cena do vestiário e Edward percebeu. Seus braços se apertaram mais à minha volta, me deixando mais perto dele.

— Não fique triste. Não foi sua culpa. — disse ele, beijando meus cabelos.

Permaneci calada, querendo mesmo acreditar que eu não havia despertado aquilo em Jane.

Cedi ao pedido de Edward e aceitei voltar pra sua casa, só faltava Bree aparecer com Quil pra que pudéssemos ir. Realmente seria ruim ficar sozinha e ficar perto de Edward era muito bom.

E eu adorava sua preocupação, seu cuidado comigo. Respondi a muitas perguntas... Ele queria saber se eu estava mesmo bem, se minha pressão havia estabilizado, se eu havia comido, se sua mãe cuidara de mim... E sobre seu bilhete e a rosa... Claro que ele queria saber sobre aquilo...

— Eu achei muito fofo o que você fez. Fiquei um tempão só olhando...

— Será que eu não mereço um beijo de agradecimento? Assim... Só um beijinho?

Merecia. Merecia um monte de beijinhos e eu fiz isso. Até sermos interrompidos por minha irmã e meu cunhado emburrado.

— Não sei por que me olha assim. — disse Edward a Quil — Você faz muito mais com a minha cunhada e eu não falo nada.

Oi? Cunhada? Ele chamou Bree de cunhada? Calma Bella. Isso não é nada demais... Se não fosse por Heidi, você e Edward estariam namorando mesmo... Eu ia falando comigo mesma e vendo os olhares em minha direção; minhas bochechas estavam vermelhas.

— Ok. É melhor irmos logo. — falei e peguei minha mochila para a aula do dia seguinte e uma bolsa com minhas roupas e outras tralhas.

Bree foi nos seguindo com seu carro e, de repente, me dei conta de que não havíamos avisado à Esme que levaríamos companhia e que eu dormiria lá mais uma vez. Falei sobre isso com Edward, que revirou os olhos e disse que a mãe estava adorando tudo aquilo, que ele era um rapaz muito bonito e que não podia ficar andando sozinho por Forks.

Tudo transcorria de forma calma e divertida. Pela primeira vez, vi minha irmã ficar sem jeito com um elogio... Carlisle sabia como deixar meninas envaidecidas e envergonhadas... Vittorio arrumou uma nova tia e outro tio, Alice tinha com quem falar sobre moda e Jasper, mesmo sendo mais velho do que a gente e mais reservado, se interessou muito em conversar com Quil. Carros era o interesse em comum.

Fiquei pensando no que Edward me havia dito há alguns dias... Para namorarmos, tínhamos que confiar um no outro, não? Eu confiava nele e ao que parecia, ele confiava em mim. Então... Aproveitei que já estávamos na sala, apenas conversando e achei que aquele era o momento perfeito. Eu me vingaria de Edward pela graça da noite anterior...

— Bom, quero aproveitar que todos estão reunidos e comunicar uma coisa a vocês. — me pronunciei e vi os olhos das mulheres brilhando.

— Fale minha filha, confesso que estou curiosa. — Esme falou e me arrancou uma gargalhada.

— Todos já sabem que não nos desgrudamos — apontei pra mim e pra Edward, que levantou a sobrancelha — e, como meus pais estão viajando, quero pedir a vocês que me deixem namorá-lo.

Silêncio na sala. Todos nos olharam muito sérios e, de repente, Emmett solta uma gargalhada.

— Ai meu Deus! Eu não ouvi isso! O Ed tá sendo pedido em namoro? É isso mesmo?

— É isso mesmo. Segundo ele, um rapaz de boa família não pode andar solto por aí e me dispus a tomar conta dele.

Bree me olhava de boca aberta, sem conseguir emitir qualquer opinião. Alice tinha um olhar maligno quando se levantou, indo em direção ao irmão e logo Jasper, Rose, Emmett e Carlisle se juntaram a ela.

— Não... Gente, montinho não... Isso não tem graça... — Edward tentava se esquivar, mas não teve jeito... Todos pularam em cima dele.

Esme foi a primeira a me abraçar, sendo seguida por Bree e Quil. Eu estava muito feliz com aquilo, mas ele ainda não havia dito se queria ou não. Se bem que eu tinha certeza que a resposta seria afirmativa.

— De onde saiu tanta coragem? — minha irmã perguntou, me arrancando uma risada.

— Do meu amor por ele. — respondi com firmeza e Esme suspirou — Eu sei que ele também me ama, mas ainda ia demorar até que um pedido assim partisse de Edward... Eu não poderia arriscar.

Claro que o fato dele estar parecido com uma roupa que sai da máquina de lavar não mudou as reações que me causava... Minhas pernas bambearam um pouco e passei a mão discretamente pelo canto dos lábios. Vai que eu estava babando sem sentir?

— Demorou, hein? Mas até que enfim vocês se acertaram! — Bree falou, me deixando sem graça.

— O que importa é que estamos juntos agora. — Edward disse, me abraçando e beijando meus cabelos. Tenho impressão de que ele gostava muito daquilo.

— Cuide bem dela. Ela tem a cabeça meio oca, mas a amo muito.

— Também amo e não se preocupe, vou cuidar dela.

— Eu to aqui, ok? Estão falando de mim como se eu não existisse.

Eles riram.

Bree logo foi puxada por Alice e me vi sozinha com Edward, que me olhava de um jeito bobo... E eu tinha absoluta certeza que o olhava da mesma forma. Ele me arrastou até a cozinha e saímos pela porta que havia ali. A noite estava fria, mas eu me sentia extremamente confortável.

— E então, namorada, está feliz?

— Muito, namorado. Acho que posso dizer que sou a pessoa mais feliz do mundo.

— Acha? E o que falta para essa dúvida desaparecer?

Sorri e me aproximei mais dele, que sorriu torto. Imediatamente meu coração acelerou e pensei que fosse ter um ataque cardíaco antes de beijá-lo. Que droga de sorriso perfeito!

— Falta um beijo do meu namorado.

Edward me puxou de vez para seus braços, enquanto seus lábios doces se apossavam dos meus de uma forma calma. Eu poderia viver tranquilamente com aquilo... Era realmente bom me sentir uma pessoa livre, poder assumir meus sentimentos sem ter medo de ser ridicularizada.

— E agora? Se sente a pessoa mais feliz do mundo? — perguntou Edward, um segundo depois de se afastar.

— É claro! Eu seria idiota se dissesse que não estou feliz.

— Bom, eu ainda preciso de mais uma coisa pra ficar mais feliz.

— É mesmo? E que coisa seria essa?

— Te ouvir dizer mais uma vez que me ama.

— Eu te amo, Edward Cullen! Amo muito!

Entre risos e declarações de amor, nos beijamos mais uma vez. Sim, eu amava Edward e ele me amava. Isso era o que mais importava.

— Posso te pedir uma coisa? — disse ele e assenti. Edward estava um tanto sério — Por favor, nunca, nunca mesmo use uma roupa minha na rua. O que você fez foi uma grande maldade.

Ri com vontade de sua cara de cão carente, mas prometi que não mais faria aquilo. Agora, eu tinha que contar o que me levara ao pedido...

— Hum... Sabe por que eu te pedi em namoro bem assim, na frente de todo mundo? — perguntei e ele me olhou desconfiado.

— Eu vou querer saber?

— Bem, eu queria que você sentisse a mesma vergonha que senti quando Vittorio disse aquelas coisas. Quem sabe agora, você aprende a não me deixar sem graça na frente dos outros.

— Eu fiquei com vergonha sim, não vou negar, mas você tem que deixar de ser boba. Que mal há em dizer que minha namorada é gostosa? Se fosse mentira, tudo bem, mas não é.

Bom, aquele assunto não estava em discussão. Eu já havia aceitado que era mesmo gostosa. Pelo menos pra Edward — o que não era pouco, não! E minhas vinganças haviam terminado. Todas elas. Agora, era minha hora de ser feliz.


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