Superando escrita por Arline


Capítulo 11
Capítulo 11 - UM MAR DE ROSAS...


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas! Como estão? Espero que bem!
Bem, eu quero falar uma coisinha com vocês. Eu sei que o mundo dos Robstens foi abalado e tal, mas eu peço, por favor, que não descontem o que sentem nos personagens. Nem em mim. Já vi alguns leitores fazendo isso em fics por aí e é realmente chato. Mas eu sei que vocês são lindas (os) e não farão isso. Eu não sou Robsten e bem... Melhor eu me calar. Fiquemos apenas em nosso mundinho fanfiction, porque a nossa vida já é complicada demais para os preocuparmos com os problemas alheios,não é?
Então... Voltando... Esse cap tá fofo! Mas não se enganem... As coisas vão esquentar outra vez! Sou má!
Alexandra, eu sei que já agradeci, mas o faço novamente: muito obrigada pela recomendação de O Peso. Me emocionou muito.
Carol Lobo: Aquela conversa pelo Face rendeu a sinopse da nova fic. Muito obrigada.
Ao cap! Notas finais!



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UM MAR DE ROSAS...


Passei o domingo inteiro com meus pais e tive que ouvir minha mãe suspirar a cada cinco segundos. Maldita hora que contei pra ela sobre Edward! Foram tantos gritos que meu pai se assustou e entrou em meu antigo quarto com a arma em punho. Mas o pior de tudo era ter que aguentar minha mãe passando por mim, batendo no peito e dizendo: tum tum tum tum, como se imitasse — muito mal, diga-se de passagem, as batidas do meu coração. Ridículo!


Confesso que acordei com um sorriso imenso. Mas quem não acordaria? Receber uma mensagem dizendo “dormi e acordei pensando em você” não é pra deixar qualquer um extremamente feliz? Imagine eu, que recebi duas dessa! E mesmo frio, chovendo e hoje sendo segunda feira, eu ainda estava... In Love por assim dizer. Nem mesmo a “sombra” de Heidi conseguiu acabar com minha felicidade. Porque não havia a mínima chance de Edward ficar com ela.


E beijá-lo, quando entrei em seu carro, foi algo extremamente natural, como se fizéssemos aquilo há anos. E como eu queria que Quil ainda demorasse muito com minha picape... As caronas eram minha dose diária de felicidade.


E eu não fiz a mínima questão de esconder o que estava acontecendo, tanto que não hesitei ao aceitar a mão que Edward me estendia. Todos nos olhavam com curiosidade e foi bom, muito bom mesmo, ver a cara que Jacob e seu grupinho fizeram. Havia algo como incredulidade, curiosidade e nojo — esse último, direcionado apenas a mim, e é claro, vinha de minhas queridas colegas de escola.


Rose monopolizou minha pessoa durante o intervalo, o que fez com que seu irmão nos olhasse a cada meio minuto, nos arrancando risadas. Ela também queria me persuadir a ficar em sua casa e fez chantagem usando Vittorio. Ela sabia que eu realmente gostava dele. Eu gostava de todos da família Cullen, pra dizer a verdade.


Eu via a curiosidade estampada em seus olhos e, pra deixá-la mais indócil, não contei nada do que acontecera em La Push. Eu sabia que Edward já havia contado. E ver quando Emmett colocou um papel sob o queixo do cunhado foi realmente hilário; ele conseguiu deixar Edward vermelho!


Contudo, eu sabia que nem tudo seria lindo... Eu estava no vestiário, terminando de me arrumar após a aula de educação física quando Jane acidentalmente esbarrou em mim, jogando minhas coisas no chão. Havia um tempo que elas não tentavam nenhuma gracinha assim e respirei fundo, tentando manter a calma. Brigar não estava nos meus planos.


— Ih... Parece que você está maior do que antes! E olha que esse corredor é bem largo.


Não respondendo, abaixei e peguei minhas coisas, arrumando na mochila novamente. Jane permaneceu atrás de mim, rindo de algo que eu não sabia o que era. Realmente não me importei; muito do meu tempo já havia sido perdido com coisas insignificantes e vi que não valia à pena.


— Ficou muda agora? Além de gorda é idiota!


Ok... Vamos lá!


— Tem certeza que eu sou a idiota? Sou eu quem vive à sombra de outras pessoas? Sou eu que me deixo levar por pessoas mesquinhas e que, para não enxergarem seus próprios defeitos, apontam os dos outros? Eu sou a idiota, Jane? Olhe pra si mesma... Todos esses anos você segue o que Jessica diz; o que Tanya acha... Alguma vez o que você queria e o que você pensava foram levados em conta? Tem certeza mesmo que eu sou a idiota?


Satisfeita com minha resposta que a fez ficar sem fala, saí do vestiário e dei um encontrão em Bree, que vinha correndo mesmo. Quando conseguiu se firmar no chão, ela me olhou assustada.


— Oh, meu Deus! Diz pra mim que não tem ninguém morto aí dentro! — disse ela e a olhei sem entender.

— Só tem a Jane e bem, ela deve estar se matado pra tentar entender o que eu disse...

— Eu ouvi Jessica e Tanya rindo, dizendo que mandaram Jane te provocar e que deveriam estar se matando...


Assim que minha irmã acabou de falar, Jane saiu do vestiário nos olhando com uma expressão indecifrável. Talvez ela tivesse entendido de uma vez por todas que não passava de um fantoche nas mãos daquelas cachorras. E eu nem queria imaginar o que aconteceria... Mentira. Eu queria muito ver o dia em que elas se comeriam vivas.


— Hum... Você vai estar em casa quando nossos pais saírem? — Bree perguntou e estranhei. Como assim? É claro que eu estaria!


Então, notei a direção de seu olhar. Edward. Será que eu estava passando tempo demais com ele? Não, eu não estava. Definitivamente.


— Estarei lá e não se preocupe; seu segredo estará bem guardado. Eu juro que nem sob tortura eu digo que você ficará todo o tempo com Quil.


Um sorriso de canto surgiu nos lábios de Bree e eu poderia jurar que ela estava corada! Por mais que eu ainda guardasse algumas coisas, Edward estava certo ao dizer que eu a amava. Minha irmã era como um porto seguro pra mim e confesso: eu estava com a língua coçando pra lhe contar sobre Edward. Não que ela não tivesse notado, mas eu queria contar os detalhes, aquelas coisinhas que a fariam dar gritinhos e bater palmas. E não haveria melhor momento do que quando estivéssemos sozinhas.


— Você sabe que eu te amo, não sabe? Mesmo depois das burradas que fiz...

— Eu sei Bree. Eu também amo você e espero que pelo menos hoje você possa ficar em casa; tenho algumas coisinhas pra te contar.

— Oh, meu Deus! Eu vou saber dos detalhes sórdidos! Como eu queria isso!


E, sem que eu pudesse esperar, ela quase me esmagou em um abraço. Acreditem; eu posso ser gorda, mas nem de longe eu tinha a força daquela jumenta.


— É melhor você ir, antes que o bonitão te tire daqui à força. — disse ela, apontando Edward com a cabeça. Nada sutil. Ele viu e estava rindo.


Eu fui mesmo! E dizer que meu coração batia mais forte do que o saudável não seria suficiente. Estar perto dele era o suficiente pra que meu corpo inteiro parecesse mais... Vivo? Era uma sensação que eu não sabia explicar, mas era boa. Tão boa que quando passava, eu me sentia quase frustrada.


Não tive tempo de falar nada. Assim que parei em frente a ele, fui puxada pelo braço e no segundo seguinte, eu o estava beijando. Gente, como aquilo era bom! Pena que tínhamos que parar em algum momento... Droga de oxigênio!


— Pensei que você não pararia de fofocar nunca! — disse ele e eu ri de sua cara de cão carente — Tiraram o dia pra exigir sua atenção!


Não faz assim não... Ele tinha noção do que fazia comigo quando me olhava daquele jeito? Ou então, quando fazia aquele bico? Melhor nem pensar... Aquilo não ia dar certo... E que Deus me ajude!


— Vamos embora, bonitão. Seu tempo comigo hoje é bem escasso.


Sua expressão murchou e eu tive que rir disso. Embora estar com ele fosse bom, eu mal conversava com meus amigos, com Rose... Eu estava sentindo falta das loucuras de Angie, das frases sem sentido de Emily... Fazia tempo que eu não ficava com minhas amigas, que não passávamos a noite acordadas, falando sobre nada. E eu ficava sem jeito de falar com Edward sobre isso. Pois é, minhas inseguranças ainda estavam lá.


Não muito tempo após eu chegar em casa, minha irmã também chegou, e não conseguia disfarçar a cara de idiota e revirava os olhos sempre que passava por nós. Edward até que tentava, mas não se saía bem na tarefa de segurar as risadas.


— Parece que vocês se acertaram. — disse ele, me entregando um dos livros que estávamos usando pra fazer o dever. A gente estudava... Pensaram que ficávamos na minha casa só de beijinhos? E que meu pai não saiba disso. Amém.

— Acho que sim.


Mais uma vez Bree passou por nós, mas olhou para o relógio. Eu tinha que ir pra casa dos meus pais... Mas não queria soar grosseira com Edward... E nem que ele pensasse que eu o estava expulsando. Droga! Acho que minha irmã notou meu desconforto e se despediu de nós, dizendo que já estava indo ficar com nossos pais. Edward bufou sonoramente e me vi sem ter o que falar.


— Por que você não disse que eu estava atrapalhando? Eu já teria ido embora há muito tempo! — disse Edward, mas não parecia irritado.

— Mas você não está me atrapalhando! — acho que falei alto demais e ele sorriu. Aquela porra de sorriso torto que deixava minhas pernas bambas.

— Bella, Bella... Ok, não estou atrapalhando; só te impedindo de sair.


Como já havíamos acabado aquele trabalho, ele começou a guardar seus materiais e me senti mal. Não por ele ter que ir e sim por achar que ele... Poderia estar pensando que eu o estava mesmo expulsando ou algo assim.


— Hey! Não fique com essa carinha! Você tem que ficar com seus pais, o voo deles sai daqui a pouco e eu terei muito, muito tempo pra apreciar sua companhia. Sem contar que sou muito grudento... Sei que temos passado muito tempo juntos e eu gosto mesmo disso, mas não seria bom fofocar com suas amigas?


Quê? Ele leu meus pensamentos? Que danado era isso?


— Eu noto como as meninas têm me olhado, sabe? É alguma coisa parecida com “pelo amor de Deus, se afaste da minha amiga pra que eu possa saber o que está acontecendo!”. Sinto que a qualquer momento elas formarão um bando e bem, não quero imaginar meu final.


Não tinha como não rir disso. Mas, já que ele havia tocado no assunto... Acabei falando sobre a falta que eu sentia de estar com elas e ele revirou os olhos, dizendo que se eu não o mandasse pra casa, jamais minhas amigas se aproximariam de mim com tanta frequência. Um pequeno surto possessivo. Que eu adorei, diga-se de passagem.


— Eu prometo que não as deixo fazer nada contra você. Mas eu preciso delas vivas também.


Ele revirou os olhos, como quem dizia que eu estava exagerando. O quê? Eu não estava! Só um pouco.


O acompanhei até o carro e ele só me deu um beijo na bochecha, dizendo que minha mãe estava na janela. Que raiva, dona Renée! Bufando, me encaminhei até a casa dos meus pais. Minha mãe ia me ouvir! Ah, ia!


Entrei pela cozinha e fui direto para o quarto dos meus pais. Minha irmã estava sentada sobre uma das malas, enquanto minha mãe puxava o zíper, tentando fechá-la. Minha cara não devia estar boa...


— Oi filha! O que houve? Você não está com uma carinha muito boa... Já é saudade da mamãe?


E o pior é que ela não estava sendo cínica! Minha mãe não tinha noção do perigo...


— O que houve? Houve que se a senhora não tivesse aparecido na porcaria da janela, Edward teria me dado um beijo desentupidor de pia e eu estaria sem ar até agora! Mas não... A senhora tinha mesmo que colocar a cara na janela!


Ela e Bree me olhavam como se eu fosse louca ou coisa assim. Poxa! Eu só veria Edward no dia seguinte e nem um beijo decente eu tive! Era demais pra mim...


— Filha, me desculpe! Eu não sabia que vocês estavam ali... Não fiz por mal, eu não queria atrapalhar.


Agora ela estava sendo cínica. Seu sorriso de canto não negava isso.


— Tá! Agora já era! E não se desculpe, eu sei que foi de propósito.


E eu não estava exagerando em minhas reações. Era um beijo a menos, oras! Fazia falta!


— Eu sabia que você estava apaixonada, mas não que viraria uma apaixonada paranoica.


Quê? Quem estava apaixonada? Claro que não! Talvez... Quem sabe? Só um pouco...


— Não negue. Parece que Edward gira em torno de você e você dele. Acho até que os passos são ritmados, que os corações batem no mesmo compasso...


Ok, Bree estava de graça com a minha cara. Não era assim!


Depois de muito ouvir gracinhas e coisas que não eram verdadeiras — chegaram a dizer que, caso eu ficasse dois dias longe de Edward, eu entraria em depressão. Eu ficaria triste, mas não era pra tanto —, nos juntamos na sala. Faltava pouco mais de uma hora pra que eles pudessem sair e era tão bom ficar com eles!


— Então... — começou meu pai e minha mãe afastou-se. Longo discurso à vista... — Estou sabendo, não por vocês, é claro, que as duas estão de namoricos por aí... — porque eu senti uma ironia na voz dele? — Só aviso uma coisa: quando eu voltar, se uma das duas estiver sentimental demais ou estiverem usando roupas mais largas que o normal, os pais dos respectivos bebês serão moleques mortos. Quero aproveitar meu descanso de vocês e estejam certas que, se eu tiver que voltar por conta de uma ligação de alguma maternidade, seus respectivos bebês serão criados pelos avós. As mamães deles estarão mortinhas.


Oh, meu Deus! Aquilo não estava acontecendo! Quanto a mim, ele não precisava se preocupar; eu jamais teria coragem de... Bem, de fazer coisas. Coisas que poderiam resultar em um bebê. Mas Bree... Ela ficou bem pálida.


— Papai, não se preocupe. Curta muito suas férias com a mamãe. — eu disse, tentando distraí-lo.

— Não me preocupar... Sei. Como eu faço isso quando sei que um Volvo para todo dia, duas vezes, na porta da casa da minha filha? Ou então, quando um candidato a defunto pensa que sai sorrateiramente de lá no meio da noite? Me digam; como não me preocupar?


Olhei pra minha irmã e o que ela viu em minha cara era algo como: você tá fodidademente ferrada.


— Papai, o Edward só tem me dado carona porque eu ainda estou sem carro. O senhor nunca deixou que eu chegasse perto do seu... — saí em minha defesa. O momento estava tenso e eu amava minha irmã, mas era cada um por si e que meu pai não desistisse da viagem...

— Sim. E esse Edwin precisa passar horas lá dentro? E não tente negar; eu sei que ele só vai pra casa quando anoitece.


Puta que pariu. Eu estava começando a me ferrar, mas ainda tinha salvação.


— Temos todas as aulas juntos, o que significa que temos os mesmos deveres para fazer. E Edward é irmão de Rosalie; falamos muito sobre ela.


Meu pai pareceu analisar meus argumentos e por fim, respirou fundo.


— Ok. Acredito em você. Será uma boa advogada.


Torci o nariz. Advogada? Nem se ele quisesse muito!


— Bem... Eu não tenho muito pra falar... O senhor já viu o Quil saindo de lá mesmo...


Porra! A Bree era doente mental? Ela NÃO percebeu que nosso pai estava tentando descobrir algo?


— Isso... Você será uma ótima defunta. E ele... Se conseguirem achar o corpo e reconhecer o rosto, poderá ter um enterro decente.

— Papai! O Quil é um bom rapaz!


Meu pai gargalhou e eu não estava gostando nada, nada daquilo... Minha mãe estava calada demais...


— Bom rapaz? Bom rapaz? Na minha época, o nome do que vocês fazem era fornicação. — oh, meu Deus! Que coisa mais antiga! Ainda bem que fiquei quieta — Estão avisadas! Se quiserem continuar vivas, nada de bebês.


Apenas balançamos a cabeça em sinal de concordância. O que mais poderia ser dito naquele momento?


— Agora, me deem um abraço. Vou sentir muita saudade de vocês, mas não esperem por ligações nossas...


Nos jogamos sobre nosso pai, que beijou nossas testas e tentou esconder as lágrimas. Ele era assim... Fazia que não via, nos ameaçava... Mas nos amava.


Passamos o tempo restante bem juntos mesmo, quase não se via quem era quem e, quando eles saíram, Bree pulou e bateu palmas. Ela seria uma defunta.


Após trancarmos tudo, ela me puxou pra nossa casa da árvore e eu via o quanto ela estava ansiosa; faltava roer as unhas.


— Vamos, me conte tudo! Pelo amor de Deus! Amassos com aquele homem lindo! Ainda bem que Quil não está aqui!

— Nada de amassos! Beijos, Bree! Apenas beijos! Eu sei muito bem o que você quer dizer com “amassos”.


Ela me olhou meio desanimada e eu ri. Comecei a contar tudo o que acontecera em La Push; eu ainda me lembrava de cada palavra de Edward com perfeição, como se elas estivessem sendo repetidas em meus ouvidos naquele momento. Cada beijo, cada gesto, cada olhar... Tudo era muito vívido e não tive dificuldades para falar.


Ao contrário do que pensei; Bree não gritou ou suspirou a cada meio segundo. Ela estava muito séria, ouvindo a tudo com um interesse genuíno.


— E foi isso. — terminei e ela balançou a cabeça.

— Essa Heidi está na minha lista negra. — disse ela e eu ri — Mas o Edward! Ele foi tão fofo! E gosta mesmo de você. Talvez, goste mais do que tenha se dado conta.

— Às vezes penso que sim... Mas eu não sei...

— Bella! O Edward está completamente apaixonado por você! Até um cego nota isso.


Fiquei quieta. Será que ele tinha sentimentos tão intensos assim?


— Não se engane. Edward te ama.

— Hum... E se isso ficar mais sério? Se ficar realmente sério e ele quiser fazer... Coisas? Isso não vai dar certo, Bree.

— Coisas, Bella? Sexo! Transar! Falar essas palavras não vai matar e nem venha com as ideias antigas do papai...


Minhas bochechas ficaram quentes. Ela precisava ser tão direta?


— É natural, Bella. Ele te ama e você... Acho que na escala amorosa, você já passou de enlouquecidamente apaixonada. Um dia isso vai acontecer entre vocês e não fique pensando em bobagens. Se Edward está com você é porque não se importa nem um pouco com sua forma física.


Aquilo não seria fácil... Eu ficaria pensando sobre o assunto até que meu cérebro fritasse.


Bree me deixou sozinha e me joguei sobre o velho colchonete que havia ali. Ainda bem que mamãe sempre limpava e trocava os lençóis de nossa casa da árvore... Às vezes, até ela ficava ali, pensando, tramando... Acabei fechando os olhos; eu queria ficar um pouco ali, depois iria pra casa.


Acabei adormecendo e quando acordei... Aqueles olhos verdes estavam ali, brilhantes como eu me lembrava.


— Edward? O que você está fazendo aqui? São que horas?


Ele pegou o celular e eu tentei me situar. Eu ainda estava na casa da árvore. E ele estava ali. Deitado. Ao meu lado.


— Bem, faltam cinco minutos para a meia noite e eu estou aqui porque a irmã de certo alguém me ligou e disse que eu esqueci um tal beijo desentupidor de pia.


Sem conseguir pronunciar uma palavra sequer, puxei o lençol e cobri minha cabeça completamente. Como? Como a Bree fazia isso? Ela queria me matar de vergonha? Eu ouvia Edward pedindo pra eu deixar de ser boba e me descobrir, mas não dava. Se existisse uma escala da vergonha, eu já teria ultrapassado o limite.


— Poxa, Bella... Estou nesse chão duro há mais de duas horas, esperando que você acordasse só pra te dar um beijo de boa noite e recebo isso em troca?


Duas horas? Ele estava me vendo dormir por duas horas? E o que Bree tinha na cabeça, afinal? Tirar Edward de casa àquela hora?


— Ok. Nada de beijos. — disse ele e ri baixinho — O teto daqui é bem legal. Muito bonito... Tem estrelinhas brilhantes! Isso é o máximo! Interessante mesmo. Não, não são estrelinhas... É uma constelação inteira. São muitas!


Não consegui segurar a risada. Como era bobo!


Acabei descobrindo a cabeça e vi que ele não estava olhando o teto coisa nenhuma; seus olhos estavam em mim, da mesma forma que estavam quando acordei.


Não dissemos nada. Não precisava. Só deixei que ele se aproximasse mais e me abraçasse. Deixei que me beijasse. Não um beijo desentupidor de pia; foi algo... Completamente diferente. Diferente até daquele primeiro beijo. Esse foi mais... Intenso? Com certeza foi. Muito mais intenso.


— Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

OMG!
Quem disse isso? Quem? Quem? Só na semana que vem! *eujádissequesoumá*
Amores do meu s2, por hj é só! Deixe-me ir porque eu tenho uma fic pra aprontar. Teremos novidades em breve!
Beijos!