Ours Secret escrita por Princess
Notas iniciais do capítulo
Capítulo fresquinho para vocês (e não demorei dessa vez)!
Vou tentar postar com essa frequência para que a história fiquei mais interativa.
Bom, aproveitem...
Hermione não podia nagar que estava ansiosa para a chegada de sua filha.
Mesmo depois que se casou e foi morar longe, Rose mantinha contato. Ligava todos os dias pela manhã, sempre respeitando o fuso horário. Contudo, a senhora estava inquieta desde que a filha lhe dissera que chegava a hora de dizer a verdade sobre seu casamento.
A Sra. Weasley nunca sentiu tanto medo em sua vida quanto naquele dia.
Seu marido estava com sérios problemas cardíacos e se recusava a contar aos filhos. Se recebesse a notícia que Hermione imaginava que sua filha daria em breve ao pai, o coração do homem não aguentaria muito.
A senhora suspirou e se apoiou no móvel mais próximo. Tudo teria sido mais fácil e feliz se não tivesse aconselhado Rose a fazer o que fez anos atrás. Talvez sua família fosse mais unida e feliz. Talvez as rixas do passado já haveriam sido superadas. Talvez sua filha pudesse ter tido a chance de ser feliz. Talvez seu neto pudesse ter tido o amor de seu verdadeiro pai.
A culpa a consumia pela responsabilidade da solução, que na época, era a mais sensata ao problema.
– Senhora? - a governanta chamou. - Sua filha já chegou.
– Ah, obrigada Gertrudes. - respondeu se recompondo. - Chame o Sr. Weasley, por favor.
A mulher fez apenas um sinal com a cabeça e se retirou, deixando Hermione com sua culpa.
– Vó! - uma voz grossa gritou das escadas tirando Hermione de seu transe.
A imagem de seu neto veio logo em seguida. Muito diferente do menino loiro que corria pela casa todo desengonçado e brincalhão, o rapaz que vinha de braços abertos em sua direção andava cofiante e com um sorriso sedutor nos lábios. A Sra. Weasley não pode deixar de compará-lo ao pai. Como eram parecidos!
– Bem vindo, querido. - disse suavemente enquanto o abraçava. - Onde está sua mãe?
– Lá embaixo. - Max respondeu sorrindo.
– Você está cada vez mais parecido com seu pai... - Hermione disse.
O sorriso no rosto de Maximillian diminuiu.
– Vá atrás de seu tio preguiçoso e diga para descer imediatamente, por favor. - a mulher disse tentando livrar ambos da situação embaraçosa.
Max saiu sem dizer nada.
Hermione suspirou. Quanto tempo mais seu neto sofreria com aquela situação? Ela e sua filha precisavam resolver isso o mais rápido possível.
–-
Max foi cabisbaixo até o quarto de seu tio Hugo. Odiava que o comparacem a seu pai. Eles não se pareciam em nada! Nem do mesmo tipo de comida gostavam...
Tirou esses pensamentos da cabeça ao receber uma mensagem de Selene.
"Vou à uma livraria perto da casa de seus avós. Quer me encontrar?"
Sorriu ao ler a mensagem. Selene estava sendo uma excelente amiga. Apesar de ser inusitada, a amizade entre eles era verdadeira. Estavam construindo este laço muito rápido, porém não deixava de ser menos puro, sem segundas intenções.
Respondeu sua mais nova amiga e bateu na porta do tio.
– Ei, gatão! Adivinha quem veio te ver?
A porta logo foi aberta e Hugo apareceu com a boca coberta de pasta de dente, sorrindo como um bobo.
– O meu sobrinho preferido! - disse enquanto abraçava Max.
– E o único também. - o garoto complementou. - Vovó mandou você descer.
Hugo revirou os olhos e fez uma careta.
– Ela está toda sensível essa semana. - falou fazendo o creme branco voar de sua boca. - Você tinha que ver o que ela fez quando eu disse que não queria trabalhar na empresa. - continuou do banheiro.
– E porque você não quer trabalhar em algo que vai ser seu daqui uns anos? - Max questionou-o enquanto olhava pela janela de seu tio.
A vista do jardim era magnífica! Max poderia presentear sua mãe com uma pintura desse local. Ela sempre adorou os jardins da casa onde cresceu.
– James anda insuportável ultimamente e Albus não faz nada a respeito, ele é tão... controlado. - Hugo falou secando os cabelos. - Quem manda naquele lugar são os Scamander. Tio Harry não pode se envolver, papai se afastou, sua mãe não quer o lugar dela na empresa... Não vou comprar a briga de ir contra todos eles sozinho! - desabafou.
– Não sabia que o vovô tinha se afastado...
– Pois é... E acho que tem algo a ver com a saúde dele. - o ruivo confidenciou ao loiro. - Não diga a sua mãe, mas... Ele não anda bem. Vai toda semana ao médico, anda se alimentando de forma diferente, até sai para caminhar pelos jardins! - O tom de seu tio diminuiu, fazendo Max ficar preocupado. - Ele pediu para chamarem um advogado, para falar sobre o testamento.
– Puta merda! - Max exclamou.
Ele era muito próximo ao avô. Desde pequeno fora mimado e amado de forma incondicional por Ronald. Maximillian via o avô como o grande herói de sua vida. Não conseguia imaginar o Sr. Weasley...
– Ele não pode nos deixar... - Max disse olhando para o chão. - Não pode me deixar. - completou baixinho.
– Ei! - Hugo o chamou sacudindo seus ombros. - Ronald Weasley é o cara mais forte que eu conheço! Ele não vai se render a nada, garoto. Confie em mim.
O loiro concordou, mas sua cabeça não. As palavras de seu tio ficaram se repetindo como um eco; não podia evitar pensar que seu avô provavelmente estava doente. Com uma desculpa qualquer, saiu do quarto de seu tio e começou a vagar pela casa.
Não tinha coragem para ver o avô, não queria encontrar sua avó para novas comparações e sabia que ela estaria com sua mãe e Catherine. Suspirou e parou em frente ao antigo quarto de Rose.
Estava limpo e arrumado, como se sua mãe ainda vivesse ali. Max olhou as fotos, os livros, os objetos que sua mãe não quis levar para a Austrália quando se casou. Porque deixar para trás lembranças de momentos tão felizes?, pensou observando o mural de fotos. Eram na maioria de Rose, tiradas por alguém com talento - e paixão. Não imaginava seu pai como o fotógrafo de momentos tão peculiares.
Puxou a foto que mais chamou sua atenção - deitada sob a grama, escondendo seu rosto com as mãos - e guardou-a no bolso de trás da calça.
Cansado da nostalgia e de notícias ruins, decidiu ir até a biblioteca onde se encontraria com Selene.
–-
Na cozinha, Hermione preparava um chá enquanto Rose contava sobre o encontro com Astoria Malfoy.
– Ela sabe! - Rose choramingou. - A forma como ela falou comigo, me pressionando... Se ela contar ao Scorpius ele vai tirar o Max de mim.
– Acalme-se, querida. - sua mãe disse servindo a ela e a Catherine xícaras com o chá que preparava.
– Ela não conhece Max, eles nem devem ser parecidos. - Catherine disse.
Rose e Hermione olharam para ela com expressões incrédulas.
– Você nunca viu Scorpius, Cath. - a ruiva falou suspirando.
– E nem Astoria viu Maximillian. Não há o que temer. - a mãe disse passando uma das mãos pelos cabelos ruivos da mulher.
– Hum... Bom, eu acho que... - Rose olhou para elas, apreensiva. - Acho que sim.
– O que?! - Hermione exclamou surpresa. - Quando?
Rose suspirou novamente e lhes contou sobre o encontro com Scorpius e como ele e seu filho haviam se gostado.
– Eu não pude dizer não! Vocês precisavam vê-los juntos. Mesmo não fazendo ideia de nada, mesmo não sabendo... Eles se reconheceram. Como se o sangue estivesse chamando um para o outro.
– A ligação entre eles é forte, Rose. - sua mãe disse. - Você precisa contar à eles a verdade.
– Como, mamãe? Vou dizer do nada: oi filho, seu pai não é quem você pensa que é; na verdade, ele não sabe que você existe!
– O que? - uma voz masculina disse atrás das três.
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A quem pertence essa voz masculina? Façam suas apostas!
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