Ours Secret escrita por Princess


Capítulo 8
Capítulo 8 - Todos têm segredos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fresquinho para vocês (e não demorei dessa vez)!
Vou tentar postar com essa frequência para que a história fiquei mais interativa.
Bom, aproveitem...



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Hermione não podia nagar que estava ansiosa para a chegada de sua filha.

Mesmo depois que se casou e foi morar longe, Rose mantinha contato. Ligava todos os dias pela manhã, sempre respeitando o fuso horário. Contudo, a senhora estava inquieta desde que a filha lhe dissera que chegava a hora de dizer a verdade sobre seu casamento.

A Sra. Weasley nunca sentiu tanto medo em sua vida quanto naquele dia.

Seu marido estava com sérios problemas cardíacos e se recusava a contar aos filhos. Se recebesse a notícia que Hermione imaginava que sua filha daria em breve ao pai, o coração do homem não aguentaria muito.

A senhora suspirou e se apoiou no móvel mais próximo. Tudo teria sido mais fácil e feliz se não tivesse aconselhado Rose a fazer o que fez anos atrás. Talvez sua família fosse mais unida e feliz. Talvez as rixas do passado já haveriam sido superadas. Talvez sua filha pudesse ter tido a chance de ser feliz. Talvez seu neto pudesse ter tido o amor de seu verdadeiro pai.

A culpa a consumia pela responsabilidade da solução, que na época, era a mais sensata ao problema.

– Senhora? - a governanta chamou. - Sua filha já chegou.

– Ah, obrigada Gertrudes. - respondeu se recompondo. - Chame o Sr. Weasley, por favor.

A mulher fez apenas um sinal com a cabeça e se retirou, deixando Hermione com sua culpa.

– Vó! - uma voz grossa gritou das escadas tirando Hermione de seu transe.

A imagem de seu neto veio logo em seguida. Muito diferente do menino loiro que corria pela casa todo desengonçado e brincalhão, o rapaz que vinha de braços abertos em sua direção andava cofiante e com um sorriso sedutor nos lábios. A Sra. Weasley não pode deixar de compará-lo ao pai. Como eram parecidos!

– Bem vindo, querido. - disse suavemente enquanto o abraçava. - Onde está sua mãe?

– Lá embaixo. - Max respondeu sorrindo.

– Você está cada vez mais parecido com seu pai... - Hermione disse.

O sorriso no rosto de Maximillian diminuiu.

– Vá atrás de seu tio preguiçoso e diga para descer imediatamente, por favor. - a mulher disse tentando livrar ambos da situação embaraçosa.

Max saiu sem dizer nada.

Hermione suspirou. Quanto tempo mais seu neto sofreria com aquela situação? Ela e sua filha precisavam resolver isso o mais rápido possível.

–-

Max foi cabisbaixo até o quarto de seu tio Hugo. Odiava que o comparacem a seu pai. Eles não se pareciam em nada! Nem do mesmo tipo de comida gostavam...
Tirou esses pensamentos da cabeça ao receber uma mensagem de Selene.

"Vou à uma livraria perto da casa de seus avós. Quer me encontrar?"

Sorriu ao ler a mensagem. Selene estava sendo uma excelente amiga. Apesar de ser inusitada, a amizade entre eles era verdadeira. Estavam construindo este laço muito rápido, porém não deixava de ser menos puro, sem segundas intenções.
Respondeu sua mais nova amiga e bateu na porta do tio.

– Ei, gatão! Adivinha quem veio te ver?

A porta logo foi aberta e Hugo apareceu com a boca coberta de pasta de dente, sorrindo como um bobo.

– O meu sobrinho preferido! - disse enquanto abraçava Max.

– E o único também. - o garoto complementou. - Vovó mandou você descer.

Hugo revirou os olhos e fez uma careta.

– Ela está toda sensível essa semana. - falou fazendo o creme branco voar de sua boca. - Você tinha que ver o que ela fez quando eu disse que não queria trabalhar na empresa. - continuou do banheiro.

– E porque você não quer trabalhar em algo que vai ser seu daqui uns anos? - Max questionou-o enquanto olhava pela janela de seu tio.

A vista do jardim era magnífica! Max poderia presentear sua mãe com uma pintura desse local. Ela sempre adorou os jardins da casa onde cresceu.

– James anda insuportável ultimamente e Albus não faz nada a respeito, ele é tão... controlado. - Hugo falou secando os cabelos. - Quem manda naquele lugar são os Scamander. Tio Harry não pode se envolver, papai se afastou, sua mãe não quer o lugar dela na empresa... Não vou comprar a briga de ir contra todos eles sozinho! - desabafou.

– Não sabia que o vovô tinha se afastado...

– Pois é... E acho que tem algo a ver com a saúde dele. - o ruivo confidenciou ao loiro. - Não diga a sua mãe, mas... Ele não anda bem. Vai toda semana ao médico, anda se alimentando de forma diferente, até sai para caminhar pelos jardins! - O tom de seu tio diminuiu, fazendo Max ficar preocupado. - Ele pediu para chamarem um advogado, para falar sobre o testamento.

– Puta merda! - Max exclamou.

Ele era muito próximo ao avô. Desde pequeno fora mimado e amado de forma incondicional por Ronald. Maximillian via o avô como o grande herói de sua vida. Não conseguia imaginar o Sr. Weasley...

– Ele não pode nos deixar... - Max disse olhando para o chão. - Não pode me deixar. - completou baixinho.

– Ei! - Hugo o chamou sacudindo seus ombros. - Ronald Weasley é o cara mais forte que eu conheço! Ele não vai se render a nada, garoto. Confie em mim.

O loiro concordou, mas sua cabeça não. As palavras de seu tio ficaram se repetindo como um eco; não podia evitar pensar que seu avô provavelmente estava doente. Com uma desculpa qualquer, saiu do quarto de seu tio e começou a vagar pela casa.

Não tinha coragem para ver o avô, não queria encontrar sua avó para novas comparações e sabia que ela estaria com sua mãe e Catherine. Suspirou e parou em frente ao antigo quarto de Rose.

Estava limpo e arrumado, como se sua mãe ainda vivesse ali. Max olhou as fotos, os livros, os objetos que sua mãe não quis levar para a Austrália quando se casou. Porque deixar para trás lembranças de momentos tão felizes?, pensou observando o mural de fotos. Eram na maioria de Rose, tiradas por alguém com talento - e paixão. Não imaginava seu pai como o fotógrafo de momentos tão peculiares.

Puxou a foto que mais chamou sua atenção - deitada sob a grama, escondendo seu rosto com as mãos - e guardou-a no bolso de trás da calça.

Cansado da nostalgia e de notícias ruins, decidiu ir até a biblioteca onde se encontraria com Selene.

–-

Na cozinha, Hermione preparava um chá enquanto Rose contava sobre o encontro com Astoria Malfoy.

– Ela sabe! - Rose choramingou. - A forma como ela falou comigo, me pressionando... Se ela contar ao Scorpius ele vai tirar o Max de mim.

– Acalme-se, querida. - sua mãe disse servindo a ela e a Catherine xícaras com o chá que preparava.

– Ela não conhece Max, eles nem devem ser parecidos. - Catherine disse.

Rose e Hermione olharam para ela com expressões incrédulas.

– Você nunca viu Scorpius, Cath. - a ruiva falou suspirando.

– E nem Astoria viu Maximillian. Não há o que temer. - a mãe disse passando uma das mãos pelos cabelos ruivos da mulher.

– Hum... Bom, eu acho que... - Rose olhou para elas, apreensiva. - Acho que sim.

– O que?! - Hermione exclamou surpresa. - Quando?

Rose suspirou novamente e lhes contou sobre o encontro com Scorpius e como ele e seu filho haviam se gostado.

– Eu não pude dizer não! Vocês precisavam vê-los juntos. Mesmo não fazendo ideia de nada, mesmo não sabendo... Eles se reconheceram. Como se o sangue estivesse chamando um para o outro.

– A ligação entre eles é forte, Rose. - sua mãe disse. - Você precisa contar à eles a verdade.

– Como, mamãe? Vou dizer do nada: oi filho, seu pai não é quem você pensa que é; na verdade, ele não sabe que você existe!

– O que? - uma voz masculina disse atrás das três.


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Notas finais do capítulo

A quem pertence essa voz masculina? Façam suas apostas!
Opiniões e sugestões sao bem vindas 😘