Ours Secret escrita por Princess


Capítulo 7
Capítulo 7 - As perguntas e suas respostas


Notas iniciais do capítulo

Não existe perdão para o tempo que deixei vocês sem novos capítulos, mas prometo mudar isso logo!
E realmente me desculpem...
Aproveitem!!!



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Max não podia negar que aquela havia sido uma das noites mais divertidas de sua vida. Enquanto Scorpius conduzia seu belíssimo carro até o prédio onde moravam, Maximillian pensava em Selene e em como havia adorado seu jeito doce e inocente.

Uma das experiências que a adolescência proporciona é a paixão e Max nunca soube como era realmente se apaixonar por alguém. Contudo, as coisas que sentiu naquele curto espaço de tempo ao lado de Selene poderiam muito bem ser o início de uma paixonite.

– Você está bem? – Scorpius perguntou ao ver a feição preocupada do garoto.

– Você já se apaixonou? Digo, mesmo? Pra valer? – Max indagou.

– Já. – o Malfoy disse, resignado.

– Como é a sensação? Quando você soube?

– Quando olhei nos olhos dela e não consegui imaginar minha vida sem ela ao meu lado. – respondeu sem excitação. – Você já se sentiu assim?

– Não. – Max respondeu desapontado.

Durante o resto do percurso manteram-se em silencio, quebrando-o apenas no elevador.

– É a sua noiva? – Max perguntou a Scorpius e vendo sua confusão, acrescentou: - A garota que não imaginava viver sem?

– Não. – o loiro mais velho respondeu, sua voz denunciando o abatimento.

– E como está vivo? – o mais novo perguntou tentando fazer o outro sorrir.

Scorpius riu e tentou encontrar uma resposta, mas não havia nenhuma. Quando a porta do elevador se abriu e Scorp se despediu de Max, o garoto pensava se conseguiria seguir sua vida se tivesse o coração partido como o do vizinho.

–-

Rose estava distraída enquanto esperava o elevador. Deveria saber que Thomas realmente mandaria Catherine, sua secretaria e amiga mais fiel, para Londres a fim de deixa-la feliz. Mas não esperava por quem encontrou assim que as portas do elevador se abriram.

Astória Malfoy também não. Retirou os óculos de sol ao ver a jovem mulher estupefaça a sua frente.

– Rose Weasley. – disse sorrindo.

– Sra. Malfoy, a quanto tempo! – Rose respondeu o cumprimento ligeiramente corada.

– Está tão deslumbrante quanto à vinte anos atrás. – Astória disse olhando dos pés a cabeça. – A maternidade não a prejudicou de forma alguma.

Rose sentiu um calafrio ao ouvir suas últimas palavras. Algo em seu interior lhe dizia que ela sabia sobre seu segredo.

– Obrigada, Sra. Malfoy. – disse dando um passo na direção do elevador.

– Posso tomar a liberdade de marcar um chá? Gostaria de conversar com você, colocar o papo em dia. – a senhora disse com o olhar inquietantemente acusador.

– Claro! Preciso ir agora, mas entro em contato. – Rose disse se refugiando dentro do elevador.

– Eu entrarei, querida. – a mulher lhe disse antes que a porta do elevador se fechase.

A ruiva soltou uma lufada de ar que até então não sabia que estava prendendo. Ela sabe, ela sabe, ela sabe, ela sabe... Rose não conseguia pensar em mais nada enquanto tentava dar a partida no carro. Respirou fundo, tentando fazer o tremor nas mãos passar.

– Se acalme, Rose. Ela não sabe de nada! Você está paranoica, apenas isso. – disse à si mesma.

E continuou dizendo durante o caminho até o aeroporto.

–-

Max acordou naquela manhã sentindo cheiro com o qual estava acostumado acordar em todas as manhãs de sua vida: torradas com mel e chá. Ou sua mãe havia se tornado uma eximia cozinheira em 72hrs ou outra pessoa estava administrando o fogão de sua casa. Tomado pela curiosidade, Max levou de sua cama e saiu do quarto vestindo apenas um short.

Surpreendeu-se ao encontrar uma mulher não muito mais velha que sua mãe, de pele escura e cabelos multicoloridos, atrás do balcão da cozinha.

– Catherine! O que está fazendo aqui?! – questionou o garoto enquanto abraçava sua tutora.

– Cozinhando, garoto. O que pareço estar fazendo? – respondeu com seu sotaque americano, característica que a tornava a pessoa mais divertida do mundo.

– Não acredito que Thomas deixou você vir! Ele não consegue limpar a própria bunda sem sua ajuda. – ironizou.

– Não diga essas coisas sobre seu pai, mesmo sendo a verdade. – repreendeu-o apontando-lhe uma colher de pau.

– Você manda. – Max disse levantando as mãos e sentando nos bancos do outro lado da bancada onde a mulher colocava as torradas, frutas, sucos e chá. – Você sabe da minha mãe? – perguntou já se servindo.

– Ela está no quarto. Vamos visitar seus avós, então sugiro que se vista à altura, jovenzinho. – Cath disse, como se soubesse que se vestiu mal na noite passada.

– Ainda não consigo acreditar que ele deixou mesmo você vir. – o garoto disse balançando a cabeça.

– Thomas faria qualquer coisa por sua mãe. – respondeu, repreendendo-o, e acrescentou: - E é só por um tempo. Ele me devia férias.

– Sei que a relação de vocês não é apenas profissional, afinal cresci com você! Mas ainda assim, ele não merece que eu o trate bem. – o loiro disse olhando para o prato de torradas.

– Escuta, garoto. – Catherine disse abaixado o tom de voz. – Thomas fez muito por você e sua mãe. Desde antes você vir ao mundo, aquele homem já o protegia. Seja grato!

– O que ele fez de tão importante por mim, Cath? Qualquer um poderia me tratar da forma como ele me tratou. – Max disse pensando em Scorpius.

A morena levantou um dedo, como quem diz que continuam depois, e em questão de segundos Rose adentrou o recinto sorrindo.

– Gostou da surpresa? – a ruiva perguntou sorrindo.

– Claro, mãe. – o garoto respondeu com um meio sorriso. Não seria ele quem estragaria a felicidade dela.

Terminou de comer, beijou o rosto da mãe e foi até seu quarto. Depois de tomar um banho quente e se trocar, pegou seu celular. Haviam mensagens de seus amigos da Austrália e de um numero desconhecido. E pela segunda vez naquela manhã se surpreendeu ao ver que era de Selene.

Perguntou como ela havia conseguido seu número e a resposta o fez rir. “Não foi fácil”, ela disse. Antes que pudesse responde-la, sua mãe o chamou dizendo que já era hora de ir. Vestiu a melhor camiseta que encontrou e penteou o cabelo da melhor forma que pode. Colocou o celular no bolso e correu para alcançar sua mãe.

– Eu disse para se vestir bem. – Catherine disse quando ele entrou no elevador sorrindo.

– Desculpe. – Max respondeu, mas já não prestava atenção ao seu redor.

Sua concentração estava toda na conversa com a garota que não conseguira ganhar apenas sua curiosidade como também sua admiração. Selene era totalmente diferente das outras garotas que puxavam conversa com ele. Ela não forçava nenhum diálogo, ele simplesmente existia; não era promíscua em suas palavras, muito pelo contrário! Max conseguia imagina-lá corando ao digitar as mensagens. Imaginou que deveria parecer um idiota sorrindo para a tela de seu celular, mas sentia que seu rosto havia sido petrificado com aquele sorriso ali.

Rose e Catherine fizeram piadas, mas ele não ouviu. E mesmo se tivesse, não se importaria. Só conseguia pensar em como estava encantado com aquela garota.

Selene tinha um sorriso bobo no rosto desde que entrara no carro do pai para voltar para casa. Não sem lembrava de muita coisa de sua noite, exceto por um certo garoto. Maximilian. Aquele nome não deixava sua cabeça e se pegou sussurrando-o em alguns momentos.

Tudo não passou de um borrão depois que se despediu do pai e da irmã e foi para o quarto. Tirou os sapatos e a maquiagem repassando a forma como o viu e, principalmente, o que sentiu. Se jogou na cama - ainda com o vestido que usara - se sentindo tão bem quanto se sentiu quando Max a defendeu de Andrew. Se perguntava se aquele garoto era tão bom quanto parecia e a resposta lhe parecia impossível de se acreditar: sim!

Tomada pela curiosidade, pegou seu notebook e o abriu, ligando-o em seguida. Aproveitou os segundos que lhe restavam e trocou seu vestido por um baby doll de algodão. Prendeu os cabelos depois de digitar sua senha e acessou seu navegador preferido o mais rápido possível.

Lembrando-se de que Max era um Weasley, procurou por ele em todas as redes sociais em que tinha uma conta. Selene mordeu o lábio, frustrada, ao ver o resultado de suas pesquisas. Pelo visto sua noite seria longa, pois não desistiria até descobrir uma forma de manter contato com Max.

Vendo algumas fotos suas com os amigos em praias, shoppings centers, festas e outros lugares, desejou que fosse assim entre eles. Ela corou fortemente ao imaginar que poderiam ser próximos o suficiente para que pudessem se abraçar sem serem repreendidos ou mal compreendidos. E Selene deveria ser honesta consigo, estava encantada por ele.

Desde que o viu entrar naquele salão de festas sentiu algo diferente. Um sentimento de reconhecimento. Nunca o havia visto antes, mas reconhecia nele algo que via em si mesma. E quando a defendeu de forma sutil, teve certeza de que moveria céus de que gostaria de um amigo como aquele.

Selene nunca teve amigos verdadeiros, mas sabia que podia confiar em Max. E sabia que seriam verdadeiros amigos.





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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Bondade galera, não escrevo a muito tempo!
Deixem sugestões, opiniões, duvidas e etc. Adoro saber que vocês gostam da história.
Beijos!



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