Ours Secret escrita por Princess


Capítulo 18
Capítulo 18 - Desajustados




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Louise não estava nada bem.

Sua cabeça doía e seus olhos ardiam como o inferno. Ela havia passado todo o trajeto entre Nova Iorque e Londres chorando feito uma colegial. Pela calcinhas da Rainha, ela não era uma adolescente controlada por hormônios, não podia ficar chorando só porque um idiota partiu seu coração! Entretanto, sempre que ela pensava em James não se conseguia controlar e voltava a cair no choro.

Aquilo não saudável. O relacionamento deles começou anos atrás e foi enterrado na mesma época. Sentir saudade de conversar com o Potter, de saber que podia contar com ele sempre que precisasse era doloroso.  A loira se lamentava não só pela perda de um grande amor, mas também de um grande amigo. E tudo o que ela não chorou nos anos que antecederam o reencontro deles alguns meses atrás, ela chorou durante aquele voo.

Por sorte, ela carregava um oculos de sol na bolsa. Ela o colocou assim que viu os primeiros sinais da civilização lá embaixo. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, seu rosto estava todo borrado de maquiagem. Os outros passageiros concluíram que ela estava em luto e quem a visse no aeroporto concluiria que ela era alguma estrela do rock com aquelas roupas pretas e maquiagem escorrendo pelo rosto.

A mulher planejou ligar para Luke – já que Cassandra se recusava a comprar um carro – para buscá-la e enquanto esperasse o irmão, arrumaria sua cara. Só podia torcer para que nenhum fotográfo estivesse esperando um artista qualquer passar por aqui. Louise estava de muito mal humor e qualquer alma viva que tentasse testar sua paciência sofreria.

Depois de autorizados a deixar a aeronave, Louise pegou sua bolsa e sua mala de mão no bagageiro acima de seu assento e caminhou lentamente até a saída da pista e entrada da saguão do aeroporto. Ela esperava que seu celular voltasse a vida para poder ligar para seu irmão, mas todo o dinheiro gasto nele parecia ser inutil. Tecnologia de ponta e toda essa demora?, ela pensou já ficando nervosa. Terminou de fazer o check out irritada, queria gritar com alguém ou quebrar alguma coisa. Na verdade, ela queria gritar enquanto quebrava muitas coisas...

Porém, a vida é uma vaca e sempre que você acha que nada pode piorar – adivinhe? -, piora.

Parado, com a maior cara de pau do mundo, James Potter segurava um cartaz com o nome dela. Ela queria fazê-lo comer todos os pedaços de papelão daquilo, mas o resto do seu corpo não colaborava. Suas pernas congelaram e vários outros passageiros esbarravam nela; seu coração, ao contrário, estava tão rápido que ela imaginou que estava prestes a sofrer um ataque cardíaco.

Ela não estava preparada para aquilo! Queria engolir tudo o que havia pedido a Cassandra, porque – obviamente – aquilo era obra de sua irmã. Não estava pronta para vê-lo, confrontá-lo, conversar, compartilhar o mesmo ambiante, respirar o mesmo ar que ele! A loira estava prestes a entrar em colapso nervoso quando o Potter virou o cartaz com seu nome.

“Eu sou um idiota”. Ela precisava concordar com aquilo. James era o pior e maior idiotas do mundo inteiro! E, pela Rainha, era o mais lindo de todos. O moreno usava apenas uma calça jeans e uma camiseta com um boné escondendo parcialmente o rosto. Apesar de casual, ele parecia ter acabado de sair de uma sessão de fotos. Ele era absolutamente lindo com aqueles olhos que enxergavam sua alma e sorriso sedutor. Louise senti-se especial por ter passado tantos anos simplesmente ignorando a existência do homem.

Sem perceber, ela se aproximou para ter certeza de que era ele. Sem os oculos, os olhos do Potter eram muito mais hipnóticos.

— Você está horrível. – James disse abrindo um daqueles sorrisos que se estampam nas caixas de pasta de dente.

Louise quis dar-lhe um tapa ou algo que o fizesse sentir muita dor. Quem ele pensava que era para sair dizendo essas coisas? E ela sabia que poderiam passar décadas, eles sempre seriam sinceros um com o outro. A loira poderia dizer várias coisas, defender-se... mas não conseguia. Ele estava certo, ela estava horrível.

— Você só tem essa bagagem? – ele perguntou se aproximando.

O ar escapou dos pulmões dela quando ele soltou a alça da mala de seus dedos. Deus, ele encostou na mão dela! Nervosa, ela apenas concordou com a cabeça e voltou a colocar os oculos. Toda a cena que pareceu durar horas não havia ultrapassado mais que três minutos. Louise precisava de ajuda médica. E pediu desesperadamente que houvessem médicos naquele aeroporto quando James repousou a mão nas costas da mulher, guiando-a até a saída.

Tudo parecia em camera lenta, a mulher estava em transe, totalmente perdida. Até os primeiros flashes. Prontemente James mudou de posição, formando um barreira entre ela e os fotográfos. Ela ficou preocupada. Qual seria a manchete? Especulariam sobre a sessão de foto? Seria algum truque de publicidade de Lillian Potter? Louise se transformaria no próprio Lúcifer se aquilo fosse apenas um joginho... Mas como poderia? James havia segurado seu corpo magro fortemente entre os braços e a empurrado de forma delicado para dentro do carro. Ele não poderia estar fingindo, não mesmo. Pois, se estivesse, o coração de Louise nunca mais iria se refazer.

O moreno ligou o carro assim que entrou e ela precisou se concentrar no que ele dizia, já que James estava mil vezes mais atraente de perto. E seu cheiro... Por Merlim, aquele cheiro fazia Louise querer tirar a roupa e beijá-lo ali mesmo.

— Você me ouviu? – ele perguntou bem próximo ao rosto dela.

O que ele havia perguntado mesmo? Ela fechou os olhos tentando se lembrar...

— Minha casa. – ela respondeu. – Eu vou para minha casa.

— Certo. E onde fica isso? – ele falou manobrando o carro.

Louise não conseguia parar de pensar em como tudo o que ele fazia parecia tão normal para ela. A forma como ele segurava na volante do carro ou como ele ficava concentrado encarando o transito... Quantas vezes ela havia entrado no antigo carro de James? Centanas? Aquilo a deixou extremamente desconfortável. Ela estava prestes a chorar de novo quando lembrou que não havia respondido.

Depois de lhe dizer o endereço, a mulher voltou sua atenção para a janela. Muitos anos se passaram desde que James a rejeitou e aquilo fez com que Louise criasse um escudo ao seu redor. Ela repelia qualquer tipo de relacionamento, de curto ou longo prazo. Os mais distantes a ela acreditavam que estava se dedicando a carreira, focando seus esforços para fazer aquilo que gostava; contudo, os mais próximos – como Cassandra – sabiam que ela ainda sofria por James. Em sua cabeça frágil, todos ao seu redor tinham um grande potencial para fazer aquilo que ele havia feito: brincar com seus sentimentos amorosos e fraternais, pois ele foi, além de grande amor, o maior laço de amizade que ela conseguiu criar com alguém. Louise se fechou para todos e ela sabia que aquilo havia tornado seu emocional totalmente instável. Ela reprimia tantas emoções que quando um escapava, todas as outros vinham logo atrás. Era como uma avalanche; primeiro o barulho, depois o estrago. E mesmo depois de chorar durante horas, ela ainda se sentia péssima.

— Chegamos. – James disse depois de manobrar o carro em frente ao prédio onde Louise morava.

Não era nada luxuoso. Tinha apenas dois andares e por fora parecia tão velho quanto a cidade de Londres – e ela gostava assim. Havia comprado depois de investir em uma ou outro ação no mercado de valores e ao longo dos anos foi reformando conforme seu salário de modelo permitia. Ela gostava dessa independência, de saber que não precisava dos pais para manter seu padrão de vida – apesar de ele ser baixissímo! Todo mês chegavam caixas e mais caixas de roupas que a mãe mandava de Nova Iorque e como mal parava em casa, comida era algo desnecessário.

O homem ao seu lado a encarava, esperando que ela dissesse alguma cosia. Louise ainda estava triste e abatida depois de seu surto, mas sabia que ela precisa conversar com James e esclarecer tudo o que havia acontecido entre os dois para que ela pudesse seguir em frente.

— Eu devo ter algumas garrafas de vinho lá em cima. – falou e então abriu a porta do carro.

Eles se conheciam o suficiente para dispensar convites. Enquanto ela abria a porta, James tirava sua única mala do carro. Ela o conduziu pelas escadas e deu espaço para ele passar pela porta, fechando-a em seguida.

Seu apartamento estava da forma como lembrava, limpo e escuro. Se por fora parecia um lugar qualquer nos arredores de Londres, por dentro assemelhava-se a um loft de luxo. Na sala, haviam algumas poltronas e uma mesa de centro com algumas revistas e logo ao lado, uma mesa para seis pessoas com um lindo lustre enfeitando o teto. Uma divisória de granizo dvidia sua sala e sala de jantar de uma cozinha completa, com eletrodomésticos tão novos que raramente eram usados. Todos eles eram de um chumba lustroso e tão sombrinho quanto a dona. As únicas parades presentes ficavam depois da mesa de jantar. Um porta de correr dava acesso ao enorme quarto da mulher e uma pequena prota entre o comodo e a bancada da cozinha levava ao banheiro social.

Ela deixou a bolsa na bancada junto com os oculos. Pegou uma taça e uma das garrafas de vinho que estocava para os dias de solidão. James estava sentado em uma das poltronas, parecendo desconfortável. A loira podia imaginar que deveria ser tão difícil para ele quanto para ela.

Louise escolheu a poltrona diante de James, sentou-se e serviu a taça de vinho , oferecendo ao moreno.

— Então minha irmã falou com você. – ela disse antes de tomar o vinho direto da garafa.

James a olhava como se ela fosse a coisa mais estranha que ele já viu. E talvez fosse. A aparencia dela não deveria ajudar.

— Eu já disse que você está horrível hoje? – o Potter falou com um sorriso na boca.

— Eu não estou para gracinhas. Eu pedi sim a minha irmã que conseguisse uma forma de falar com você, mas isso que você fez é forçar a barra. – a loira disse sentindo os olhos marejarem. – Me buscar no aeroporto? Me trazer em casa? Você sabe o quanto isso é difícil para mim, James?

O moreno estava estático. Ele não sabia o que fazer ou dizer, não havia se preparado o suficiente. Passou anos pensando que no momento em que encontrasse Louise novamente, iria parecer que todos os anos que passaram afastados não eram nada. De certa forma, ele ainda se sentia confortável perto dela e sabia que poderia contar tudo a garota e ela não o julgaria. Contudo, havia uma estranha a sua frente. A Louise que conheceu não era tão fechada e solitária. James sentia-se divido entre ser quem ele costumava ser perto da mulher a sua frente e não encontrar a mesma pessoa. Ele estava realmente perdido e imaginou que a melhor forma seria começar esclarecendo algumas coisas.

— Você me beijou. – ele disse.

Louise ficou tão vermelha que poderia estar tendo uma reação alergica. Ela tentava com todas as forças ignorar o fato de que haviam milhares de fotos espalhadas pelo mundo com ela beijando James Potter! Mas o que ela podia fazer? Quando um estrannho perguntou, era estritamente profissional. Se sua irmã perguntou, ela mandou Cassandra ir catar coquinho e sumiu para os Estados Unidos. Mas agora que James perguntava... Ela tomou um longo gole de vinho antes de criar coragem para dizer alguma coisa.

— Sim, eu te beijei. Eu estava totalmente confusa e...

— Mentirosa! – ele a acusou, plantando uma expressão de surpresa no rosto da modelo.

— Eu estava nervosa com toda aquela merda, eu quase caí e de repente você estava em cima de mim. É claro que eu estava nervosa, porra! Você me fez xingar! Sabe quanto tempo eu demorei para melhorar isso?

— Eu não importo, Lou. Eu gosto quando você xinga. – James disse tomando um gole do vinho.

— Não me chama de Lou. Você não tem esse direito. – e ela não pode deixar que algumas lágrimas escapassem de seus olhos.

James precisava dizer que mesmo com o cabelo amassado, os olhos totalmente borrados de preto e o mau humor, ela estava muito atraente.

— O que aconteceu naquela noite? – ele perguntou sério.

— Você me chamou para sair. Você estava naquela sua boate preferida, disse que tinha uma coisa importante para me dizer e que eu precisava estar lá. – ela fez uma pausa para tomar outro longo gole de vinho. – Eu estava completamente apaixonada por você. – disse com um sorriso sádico no rosto. – Se você me pedisse para ir até o Tâmisa e dar um mergulho nua, eu iria. E eu fui até a maldita boate. Nós dançamos muito e você estava todo carinho comigo, me abraçando e você chegou até beijar meu pescoço. – ela deu uma risadinha com a memoria. – Eu senti que era a hora, eu deveria te dizer o que eu sentia. Então eu te levei até os fundos e saímos para o estacionamento. E eu disse.

Nesse ponto, as lagrimas não paravam de descer do rosto da loira e James queria se afundar em seus próprios pecados, pois a cada palavra de Louise ele se lembrava de alguns borrões da noite. Parecia que ele tinha trancado tudo aquilo no canto mais obscuro de suas memorias e apenas ela seria capaz de trazê-las a tona.

— Eu disse que estava apaixonado por você e que tudo bem se você não estivesse, eu iria superar; mas que você precisava me enxergar como além de uma garotinha. E você disse que eu deveria ser estúpida se até aquele momento não havia percebido que o que você sentia não mais a mesma coisa. E então você me beijou e ali, naquele maldito beco cheio de lixo, eu senti que nós iríamos dar certo. Depois de uns minutos você disse que iria dizer ao pessoal da faculdade que estavamos indo embora, mas você demorou muito! Eu fiquei preocupada e quando te achei, você estava com aquela oferecida da Economia acoplada na sua garganta. E eu poderia te perdoar, James. Eu juro que podia depois de algum tempo...

Ela fez uma pausa porque seu choro parecia estar bem mais forte agora que ela chegava nas partes mais dolorosas. Ela tomou vários goles de vinho para tomar coragem, mas ele lembrava daquela parte. Ele nunca ligou aquele momento com o momento em que Louise foi embora. Na época da faculdade, ele vivia bebendo e se esquecendo das merdas que fazia. Para ele era comum tentar ligar suas ações no passado, mas nunca imaginou que teria sido tão sujo e baixo com Louise.

— Você olhou na minha cara e pediu a chave do meu carro. Você fodeu aquela garota no banco de trás do carro depois de dizer que queria ter algo sério comigo, James. Eu tive que te levar para casa, você estava tão bebado e ficava pedindo desculpas, dizendo que você não me merecia. Eu nunca senti tanto prazer quanto eu senti depois de ter colocado fogo naquele carro. E meu maior desejo era que você queimasse junto! – ela disse com amargura na voz.

James estava encarando os pés. Ele não tinha coragem de olhar para Louise. Ele não tinha nem que respirar o mesmo ar que ela! Sentia que era o pior ser da faça da terra! E ele era...

Quando acordou chamando por Louise na sua casa, seus irmãos disseram que ele finalmente teve coragem de assumir o que ele sentia. Pois ela havia deixado ele em casa de madrugada e ele ficava repetindo que a amava. Mas quando ela não atendeu suas ligações, percebeu que alguma coisa estava errada.

Naqueles dois primeiros anos da faculdade, James foi terrível. Ele torrava o dinheiro dos pais em bebidas e se enaltecia com a atenção que todos lhe davam por ser filho de alguém importante. Ele gostava da atenção, da bajulação. E ele aproveitou que várias garotas queriam um pedaço dele e lhes garantia isso. Sabia que era bonito e não deixava de esbanjar seu charme. Porém, transar com uma garota no carro de Louise? Ele lembrava de ter feito isso, mas não naquele momento e muito menos naquele carro. James usava algumas drogas na época e bebia muito, então ele tinha certeza que havia feito aquilo. Ele lembrava de ter feito pior.

Mas sempre que Lilly ou Albus perguntavam sobre os dois, ele dizia que a culpa era de Louise. Que ela foi embora sem dar a ele a chance de se explicar e que se recusava a falar com ele. Quando ela voltou para a cidade, ele sentiu que poderiam se reaproximar, que poderia tentar dizer o que sentia. Porque, por mais que ele tentasse, Louise ainda ficava peramburando por sua mente, provocando seu coração. Ele saia, se divertia, conhecia outras pessoas... Mas sabia que não era a mesma coisa, sempre haveria aquele espaço.

Quando pediu a Lilly a chance de estar frente a frente com ela outra vez, imaginou mil atitudes romanticas e dignas de um principe para finalmente conquistá-la. E mais uma vez, ela foi embora.

E agora que sabia tudo o que havia feito naquela maldita noite, sentia tanta vergonha de ter pedido a ajuda da irmã. Vergonha até mesmo de ter tido a coragem de conversar com ela novamente.

— Eu sei que você tinha problemas com seu pai e se enfiava no alcóol e nas drogas para se aliviar, eu sempre aguentei suas merdas. Você não tem ideia de como aquilo me matou por dentro. Eu confiava tanto em você... E também tinha as minhas próprias merdas.

— Pedir perdão é suficiente? – ele perguntou depois de vários minutos de silencio.

Louise se levantou e pegou outra garrafa de vinho.

— É um começo... – ela disse sentando-se novamente.

— Eu não lembrava disso, Lou. Ou acho que eu bloqueei isso da minha cabeça, mas eu nunca ficaria tranquilo sabendo que fiz isso com você. Você acredita em mim?

— A pior parte é que eu acredito em você... Eu te odiei por muito tempo, mas depois de alguns anos sobrou apenas a magoa. Você não me procurou ou tentou corrigir o que aconteceu e eu imaginei que ou você estava com muita vergonha ou não se lembrava. E no fundo eu sabia que a culpa era minha. Eu projetei tudo aquilo. Não estou dizendo que o que você fez é justificavel porque não é! Só que eu poderia ter te enchido de porrada no outro dia ou ter espalhado pelo faculdade que você tinha dst... Eu escolhi fugir.

— É estranho eu me sentir tão confortável perto do você? Mesmo depois de tantos anos? – o homem perguntou encarando a loira.

— Não, não é. – ela respondeu.

— Meu pai e Albus ficam fora o tempo todo, eu os vejo em ocasiões muito especiais e minha mãe e Lilly sempre foram muito próximas... Não sobra espaço para mim. Eu sinto que eu não pertenço a minha própria familia e você sempre me entendeu. Por mais que você ame seus irmãos, você não se encaixa. Por isso nós sempre demos certo, somos dois desajustados.

James não conseguia desviar seus olhos de Louise. Ela já havia secado outra garrafa de vinho e encarava-o de volta. Os dois ficaram em silêncio por um longo tempo, apenas se olhando; lembrando de uma época onde não paravam de falar ou rir um do outro. Parecia impossível que aquele tempo voltasse a existir, um muro havia sido erguido entre os dois.

— Eu preciso ir... – o moreno disse depois de limpar a garganta. – Meu pai está na cidade e vai temos esse jantar com toda a família. Meus irmãos vão estar lá e Lilly perguntou sobre você depois da sessão de fotos, então se quiser aparecer... Sinta-se convidada.

O Potter se levantou e olhou de relance para a loira. Ela não disse nada, estava ocupada olhando para sua garrafa de vinho vazia. James não podia fazer mais nada além do que já tinha feito, então deixou o apartamento da Knight.


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Notas finais do capítulo

Como prometido, capítulo novo ♥
Não é o que vocês esperavam, mas vai contribuir para o final da história (que está próximo).
Espero que gostem, vocês são maravilhosos ♥



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