Eu te amo escrita por Isamu H Ikeda


Capítulo 7
Eu te amo - Parte 07


Notas iniciais do capítulo

* Desculpem o atraso! Aconteceram tantas coisas ultimamente. Algumas boas e outras ruins...
* Este ainda não é o capítulo final, mas achei melhor separar.
* Esta fic sempre me surpreendendo e contradizendo tudo o que eu havia planejado para ela. Deixei as idéias iniciais totalmente de lado.
* Espero que gostem, o final está saíndo daqui a pouco (*v*)



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Mas que diabos Tanuma estava dizendo tão repentinamente? Natsume sentiu seu coração acelerar e encontrou-se confuso. Ou seria ansioso? Realmente, existia a possibilidade de estar enganado, certo? Não precisaria se arriscar tanto assim. Só a amizade de Tanuma já era o suficiente! Não era necessário mais que isso... Ele era um bom amigo, o que mais poderia querer? Não era que ele amasse o menor de fato... Correto? Mas imaginar que Tanuma realmente o apreciava, estava deixando o loiro feliz. Pegou-se sorrindo algumas vezes ao pensar nessa possibilidade, embora não quisesse ter expectativas sobre isso, por medo de estragar as coisas. Contudo, agora as cartas estavam postas na mesa.

— Como assim? – Indagou o menor, nervoso por dentro.

— Não sei como explicar, mas somente você já estaria bom. Eu quis inventar alguma desculpa para não ir ao restaurante. É egoísmo, entretanto é meu aniversário. Posso ser egoísta nesse dia ao menos um pouco. Não é?

— Creio que sim...

— Então, você ouviria um pedido egoísta meu?

— Sim...

— Vamos sair. Agora.

— A-Agora?! Mas e a aula?

— Não vai ter problema. Taki e os outros podem cuidar das nossas coisas.

— Mas...

— Por favor, Natsume.

Não tinha outra escolha. Deveria aceitar o pedido de Tanuma e conseguiria achar muitos motivos para isso. Ignorando as outras pessoas e desviando dos amigos, os dois saíram do colégio sorrateiramente e não trocaram mais nenhuma palavra até chegarem perto da ponte que se localizava no caminho para a escola. Tanuma sentou-se e Natsume fizera o mesmo.

— Natsume, o que você gostaria de fazer no seu aniversário?

— O que eu gostaria de fazer... No meu aniversário? – Ele não entendeu o propósito dessa pergunta. Estaria Tanuma querendo fugir do próprio aniversário? Essa foi a impressão que teve.

— É.

— Bem, eu... Gostaria de ter um dia tranquilo e comer algo doce.

— Hmm. Estaria tudo bem se eu comesse com você?

— Ahn... Pode, claro. Você é sempre uma boa companhia. – Sorriu

— Sou? Então não importa onde estivermos você sempre se sentirá bem comigo?

A conversa estava rumando por um caminho curioso. Mas não tanto quanto os últimos acontecimentos. No entanto, isso era de se esperar. Natsume saberia afinal o que se passava? Respirou fundo e deitou-se na grama, observando as nuvens. A verdade era que gostaria de ir direto ao assunto, mas isso poderia assustar o maior. Então, apenas foi sincero quanto a pergunta.

— Exatamente. – Ele sorriu.

— Natsume...

— Hmm?

O maior espichara-se um pouco para olhar atrás de Natsume. Parecia inquieto, Estaria fugindo de alguém também? Ou só queria se certificar de que ninguém iria aparecer e atrapalhar? Respirou fundo algumas vezes. Estava muito nervoso e Natsume não sabia bem se podia perguntar ou se apenas deixava o amigo ir no seu ritmo. Não podia negar que estava igualmente ansioso pelas palavras que iria ouvir, fossem quais fossem.

— Desculpe por ontem... A Fukuda-san... Ela é uma boa pessoa, mas não faz meu tipo. - Ele riu um pouco para descontrair. - E também não tem muitos filtros...

— Ah... É, eu a ouvi comentando... Que sou estranho. - Natsume sorriu com o canto da boca. Era meio amargo ainda a sensação de saber que continuava sendo o aluno esquisito. Porém, algo incomodava. Era como se apenas pensar em Tanuma e aquela garota juntos lhe causasse uma agonia interna. Ficava inquieto, o estômago se revirava e o peito queimava. Talvez por isso tenha saído com tanta pressa de lá.

— Você ouviu? Oh, meu Deus... Me desculpe, Natsume! Me desculpe por não ter feito nada...

— Relaxa Tanuma... - Natsume levantou o dorso e sorrindo, pousou a mão no rosto do amigo, como se esse gesto dissesse mais claramente de que estava tudo bem. - Eu ouço esse tipo de coisa desde pequeno. Não me afeta mais... Além disso, agora eu tenho amigos como você do meu lado. Não me sinto mais sozinho.

— Natsume...

Outra vez, o clima havia se tornado inusitado entre eles. Ambos desviaram o olhar, rindo nervosos. Decidiram que seria melhor continuarem andando e torcendo para nenhum fiscal do conselho tutelar aparecesse dando broncas por dois alunos do Ensino Médio estarem vadiando em plena sexta-feira.


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