OTAMV 2: A Prima escrita por Azzula


Capítulo 15
Each Other


Notas iniciais do capítulo

Ok, demorei, mas voltei com um capítulo gigantesco (era pra eu ter postado ontem, mas o nyah estava impossível!) .~. Gente, foi mt difícil pra mim escrever o hentai na fic! Ja vou avisando que tem sexo explícito (mais tem amor, muito amor)
Sobre a música: Bem, mts músicas combinam com esse momento, kpop e não kpop kkk Sintam-se a vontade pra escolher "Before U Go - TVXQ", "Alarm O'clock - SHINee", "What is Love - EXO" ou "Intoxication - JUNSU (meu amor)" todas as músicas dão um clima [/ñ kpop - http://www.youtube.com/watch?v=Da6bBKLPEGg essa que é puro amor ♥3
Notas finais com surtos.
PS: esse cap está sendo dividido entre POV's de Ana e Kiseop. (:



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   Abri a porta cautelosa. Os gritos e grunhidos tornaram-se mais constantes, porém, mais identificáveis. Tirei o tênis e deixei-os sobre o tapete de entrada, já vasculhando com os olhos todos os cantos da casa.

_ Kiseop? – eu sabia que ele estava em casa, foi apenas uma confirmação.

   Então, cheguei à sala.

   Um amontoado de almofadas sobre o tapete branco, a mesinha que antes ocupava o centro do cômodo, agora estava revirada ao lado da poltrona favorita de Kiseop, e dois marmanjos espalhavam-se pelo sofá enquanto outros dois estavam sentados – completamente desajeitados – sobre o tapete macio.

   Eli, Kevin, DongHo e Kiseop. Jogavam vídeo-game completamente eufóricos.

   Provavelmente haviam comido porcarias o dia todo, pois a quantidade de embalagens plásticas espalhadas pelo chão era de dar nojo.

   “Coisa de homem” – pensei.

_ Oi. – disse. – Nossa... O q-que aconteceu aqui? Uma... Guerra de comida? – disse aproximando-me e deixando as três blusas grossas de frio sobre a poltrona desocupada.

_ ESPERA ELI, DA START! – Kevin gritou – PARA ELI! NÃO É PRA BATER NO SCORPION, EU DISSE START! – chutou o amigo. Lançou-me um olhar amistoso, e desviou de algumas almofadas, chegando até mim. – Ana, até que enfim você chegou! – abraçou-me forte. – Sinceramente, Kiseop está o poço de chatice hoje, e acho que é saudade da namorada... – sorriu.

_ Ele... Ele não é meu namorado, sunbae – disse. Porque, de fato, nós não éramos.

   Kiseop me amava – mesmo não demonstrando – e eu o amava, mas nada era oficial. Por mais que eu quisesse que fosse, não seria a primeira a tocar no assunto.

   Encarei brevemente os olhos alheios, insegura. Ele realmente estava de mal humor, então simplesmente ignorei, voltando minha atenção à Kevin. Aqueles olhos grandes e brilhosos encarando-me, entendeu perfeitamente o que estava acontecendo conosco.

_ Kiseop hyung ainda não fez o pedido oficial? – perguntou-o.

_ Não. – bufou sem encarar-me. – E nem vou fazer pelo visto... – sentou-se na poltrona em cima de minhas blusas.

   Eu honestamente odeio esse comportamento infantil, que ele insiste em ter. Kevin apenas pousou uma de suas mãos em meu ombro, revirando os olhos. Eli nos encarava roendo o fio do controle, e DongHo comia sozinho a montanha de salgadinhos dentro de uma vasilha, sem dar a mínima pro assunto. Não encarei Kiseop, despedindo-me de Kevin com os olhos e seguindo para meu quarto – abandonando o clima tenso. Precisava de um banho, urgente.

   Ao entrar no quarto, pude ouvir a gritaria na sala se iniciando. Eli era o que mais gritava, provavelmente por estar perdendo de Kevin, imagino.

   Fui logo me desfazendo de minhas roupas, tomando um banho relaxante e demorado. Enrolei-me na toalha, vasculhando as gavetas em busca de camiseta e roupas íntimas. Abrindo a primeira gaveta, encontrei um embrulho azul, e não me lembrava ter tê-lo visto antes. Junto com o embrulho, um cartão;

   “Ok, não me entenda mal menina, tudo o que eu quero é o seu bem! JaeSoon e eu viajamos, e espero que você e Kiseop se cuidem ai... Mesmo com a situação complicada de minha irmã, tenho fé de que ela ficara bem, e irá se recuperar logo! Sinto muito por não termos conversado após o mal entendido com minha sobrinha, mas não estou brava com você!

   Estamos indo pra China, e voltáramos daqui uma semana, ou mais. Acho que você e Kiseop precisam se entender, sinceramente, vocês se amam e são um casal lindo! Estou feliz por meu filho ter se apaixonado por você, então cuide do coração dele, por favor, pois eu o amo... Espero que saiba o que fazer com esse presente! HAHAHA E sinto não estar ai pra ver sua cara...

   Mas acima de tudo, quero que seja especial, então quero deixar bem claro que vocês tem o meu total apoio. Espero que sirva...

                                                Beijo, omma ♥ Amo vocês”

   Engoli a seco, desfazendo-me do laço que mantinha o pacote fechado. Enfiei a mão dentro do embrulho, tendo contato com uma espécie de tecido fino.

_ OMO! – deixei escapar pela surpresa.

   Omma definitivamente não prestava! Ri sozinha encarando a lingerie preta com detalhes vermelhos. Estendi-a em frente ao meu corpo, desfazendo-me da toalha e vestindo-a.

   Nunca havia me imaginado com aquilo, mas não deixava de ser lindo. Era um conjunto de sutiã e calcinha pretos com rendas e alguns lacinhos vermelhos, que realçava os seios, mas não deixava de ser delicado. A calcinha mais parecia um micro-short rendado...

   Fiquei um bom tempo admirando a peça em frente o espelho, como uma completa boba. Ri sozinha imaginando a cara de Kiseop me vendo daquele jeito, mas todo o meu entusiasmo desapareceu quando me lembrei que nada mais intimo aconteceria tão cedo entre nós dois, pelo menos não enquanto ele continuasse com aquele péssimo humor.

   Fiz mil caretas diferentes, prendendo meu cabelo de vários jeitos enquanto tremia só por pensar em como seria o dia em que Kiseop me veria daquele jeito. Senti um frio na barriga, reprovando-me por me conhecer o suficiente para saber que eu jamais seria audaciosa o suficiente pra provocar-lo.

   Estava prestes a tirar a roupa e guardar, mas antes que o fizesse, ouvi batidas na porta.

_ E-espera ai! – disse apavorada. Coloquei rapidamente uma camiseta e uma calça de moletom, desfazendo o penteado ridículo e controlando meu nervosismo. Abri a porta. – K-kiseop? – tentei não soar ansiosa, mas foi inútil. Fiquei imaginando como seria estranho caso ele abrisse a porta sem bater.

   Ele no entanto, não disse nada. Sua face irritantemente emburrada, sua expressão de tédio deixando-me furiosa. Ele permaneceria assim pelo resto do dia?

_ O que você quer? – perguntei um tanto irritada.

   Kiseop apenas estendeu a mão em minha direção – o que me surpreendeu de início – então eu pude ver que ele segurava meu celular. Senti como se estivesse tendo um deja vu, pois aquela cena já havia acontecido no mesmo dia, mas desta vez o aparelho não tocava.

_ O que... – disse confusa. Tomei o celular de suas mãos, encarando a tela;

  *mensagem*

  “Você não muda mesmo! Esqueceu sua correntinha aqui no carro... Deve ter escapado enquanto você lutava com o cinto de segurança, não sei... Mas segunda feira entrego pra você na escola, junto com a sua mochila que você fez o favor de esquecer na casa da Brookie :D:D Acho que a culpa disso é minha já que eu arrastei você pra fora de lá.. keke~ Cabeçuda! Eu amo você minha pequena ♥

                                              Jun (:”

   Droga. Sim, Kiseop permaneceria emburrado pelo resto do dia.

_ Obrigado mesmo, por ter cuidado do meu coração! O bom é que você é uma pessoa de palavra! – ironizou dando as costas.

_ YA! Quem mandou você ler minha mensagem? – estava furiosa.

_ Tsc. Pra começar, eu não tive a intenção! Essa bosta vibrou debaixo da minha bunda e quando eu peguei já estava assim... – bufou – Olha, não converse comigo ok? Agora que ele voltou, acho que não vai mais precisar de mim...  – lamentou, dando as costas novamente e retomando seus passos.

_ Kiseop... – ele não olhou, apenas desapareceu no corredor.

   Fiquei ali, encarando a mensagem e tentando me lembrar de como havia perdido a correntinha. Talvez ele estivesse exagerando, mas Kiseop tinha razão para estar daquele jeito, pois eu dei mais que um motivo para que ele fosse inseguro quanto a JunHyung. Mesmo porque, se eu era insegura, porque ele não seria?

   Ignorei o fato de estar frio e segui para a sala com os pés descalços. Kiseop estava mais emburrado do que antes, aterrado na poltrona enquanto DongHo e Eli disputavam uma partida de futebol no vídeo-game, e Kevin assistia tudo entediado.

_ Ya... tirem desse jogo! – protestou – Futebol é muito chato! O que acham de corrida?

_ Sem chance hyung! – Dong respondeu – Só esta dizendo isso porque futebol é o único jogo em que você se da mal! – riu junto com Eli.

_ Kiseop, vamos conversar! – disse encarando-o diretamente, irritada com todo aquele drama.

_ Não tenho nada pra falar com você! – disse ignorando-me, concentrado na televisão.

_ Aish... Hyung, depois você acha que tem direito de reclamar! Olha o jeito que você trata as mulheres?! Como quer que elas se interessem por você? Não sabe que a coisa que elas mais amam, depois de compras, é falar? Escute meus conselhos cara, eu sou bom nesse assunto... – Kiseop não disse nada, apenas o encarou debochado.

_ Eli, cala a sua boca! – Kevin disse, dando uma almofadada na cabeça do mais velho. – Só não se meta nisso...

_ Esquece... – bufei. – Kevin, quer me ajudar com o jantar? – sugeri.

   Cozinhar com Kevin seria uma distração. Não queria pressionar Kiseop pra uma conversa, muito menos brigar na frente dos amigos dele, seria desnecessário. Até porque, eu não sabia bem o que dizer caso ele quisesse conversar, então deixei como estava.

   Kevin percebeu que eu não estava bem e tentou me animar de todas as formas. Cortamos cenouras, batatas e chuchu; Ele ficou responsável por temperar e cortar as carnes enquanto eu preparei a churrasqueira elétrica.

_ Vai cozinhar o lammen? – perguntou.

_ Acha que precisa? Quer dizer, tem bastante comida...

_ Não sei. – pousou o indicador sobre seus lábios, pensativo. – Kiseop e DongHo adoram lammen, se fizermos, sobra mais carne pra nós três... – riu.

_ Ok. – disse, no entanto, não conseguia disfarçar o fato de estar desapontada com toda aquela situação.

_ Ana... Não fique assim por causa de Kiseop hyung... Ele é um bruto, mas esta estampado na cara dele o que sente por você...

_ É eu... Acho que sei disso. – disse baixo.

   Depois de alguns minutos, a salada de legumes já estava pronta e os molhos para a carne também. O macarrão não demorou a cozinhar, e a carne deixaríamos para assar conforme íamos comendo.

_ Venham... Venham comer! – Kevin disse indo para a sala.

   DongHo e Eli não hesitaram em correr para a cozinha, já Kiseop ficou enrolando, andando em passos lentos como se estivesse sendo obrigado a comer. Aquilo estava me irritando.

   Nos sentamos todos então. Eli comia como se a comida estivesse prestes a acabar, e recebia constantes indiretas de reprovação de Kevin por comer daquele jeito. DongHo parecia estar em outro planeta; As vezes comentava sobre como estava acabando com Eli no vídeo-game, mas em alguns momentos, parecia completamente fora do ar.

   Kiseop encarava a todos. Somente encarava. As vezes nossos olhos cruzavam-se, mas ele desviava e atuava como se eu não fosse nada.

_ Eli, vai ter uma indigestão se continuar comendo assim! – Kevin o repreendeu. – Mastigue vinte vezes de cada lado, e depois engula... Parece que esta engolindo os pedaços de carne assim que os põe na boca! – DongHo riu dos dois.

_ Vocês parecem mãe e filho... – o mais novo disse.

_ Kevin é irritante! – pela primeira vez, pudemos ouvir a voz daquele que até então, estava apenas observando. – Eli sabe se cuidar, sabia? Deixe que ele aprenda sozinho! Se ele engasgar com um pedaço de carne, vai saber que deve mastigar mais da próxima vez... Você é irritante. – bufou. – Trata à todos como se fossemos crianças... 

_ Kiseop, você estava melhor calado. – Kevin retrucou. – Se não quer ser tratado como criança, aja como homem... – ergueu uma sobrancelha, encarando-me em seguida.

   Kiseop bufou novamente, retirando-se da mesa. Todos encararam-se tensos, mas os garotos não se deixaram abalar pelo comportamento infantil do amigo, continuando a comer.

   Comemos. Eli acabou com a carne, e DongHo tomou até o caldo do lammen. Kevin até se ofereceu pra lavar a louça, mas eu insisti para que parasse. Eu faria aquilo mais tarde, já que a noite ameaçava acabar com aquele clima estranho.

_ É, acho que vamos indo então... – DongHo disse.

_ Nem pensar! Pode ir pegar as embalagens que o senhor deixou espalhadas pelo tapete! Vamos, vamos, vamos... – Kevin apressou o mais novo.

_ Você sabe que Kiseop tem razão, não sabe? – Eli disse debochado.

_ Não interessa! Kiseop não tem moral...

   Conversamos um pouco mais enquanto eu tirava as coisas da mesa, e assim que DongHo se desfez do lixo na sala, começamos a nos despedir.

_ TCHAU KISEOP HYUNG! – gritaram em coro para ele, mas ele simplesmente não ouviu.

_ Acho que ele esta no banho. – Eli disse. Levei-os até a porta.

   Kevin e eu conversamos um pouco mais na varanda, enquanto os outros dois seguiam para a calçada.

_ Aonde está o carro de vocês? – perguntei.

_ Não viemos de carro... – disse lamentando. – SooHyun nos trouxe até aqui, e foi pra um compromisso. Vamos pegar um táxi aqui perto – sorriu.- Vocês vão ficar bem ai? – perguntou.

_ Ah, vamos... – disse. – Não é a primeira vez em que me encontro nessa situação... Já conheço as várias faces de Kiseop – brinquei. – Do jeito que está, ele vai acabar dormindo na frente da televisão, e eu vou fazer dever de história e ligar pros meus pais... – disse.

_ Ok. – disse, seus lábios curvando-se em um biquinho. – Sinto muito que tenha que lidar com esse menino chato sozinha... Hoje ele está especialmente insuportável... Sabe por quê?

_ Sei. – suspirei – O nome disso é “Junhyung está de volta” – disse, fazendo com que Kevin gargalhasse.

_ Hm... Explicado. – suspirou também – Boa sorte... – abraçou-me, partindo em seguida.

   Estava absurdamente frio lá fora, de modo que não esperei que eles virassem a esquina para entrar. Fechei a porta rapidamente, capturando meus tênis e levando-os para o quarto. Aproveitei pra arrumar a bagunça em minha cama, e liguei o computador. Conversaria com meus pais pela web assim que arrumasse a cozinha, então deixei o cômodo.

   A porta do quarto de Kiseop estava aberta, mas não me importei em entrar, e perguntar se ele estava bem.

   Chegando à cozinha, surpreendi-me ao vê-lo lavando as coisas na pia. Deduzi que ele havia acabado de tomar banho, pois seus cabelos estavam ensopados, molhando as costas de sua camiseta.

_ O que esta fazendo? – perguntei entrando no cômodo. – Kiseop, vai trocar essa camiseta! Quer ficar resfriado por acaso? – disse tomando o prato de suas mãos – Vá pra lá... Eu termino aqui! – encarei seus olhos.

   Ele apenas se afastou alguns passos, enquanto eu me virei para lavar os pratos. Eu sabia que ele ainda estava ali, pois fazia questão de bufar a cada cinco segundos tirando-me a concentração de qualquer pensamento.

_ Vai continuar bufando? – perguntei ainda de costas.

   Ele, no entanto, não respondeu. Ficou tamborilando os dedos na madeira da mesa, em um ritmo qualquer enquanto eu buscava uma forma de me desculpar.

_ Kiseop, me desculpe... Olha, confie em mim, JunHyung só me deu uma carona e...

_ Aish... Não fale comigo, ok? Não quero falar nesse idiota! Já reparou que 80% de nossas brigas são por causa dele? É obvio que você não me quer como seu namorado, assim como quer a ele... Não vou mais atrapalhar, pode ir! – levantou-se e seguiu para a sala.

_ KISEOP! – gritei, fazendo-o parar e escorar-se ao batente da porta ao virar-se para mim. – Você é um idiota! – encarei seus olhos.

_ E-eu sou um idiota? EU? Tem certeza disso? – arregalou os olhos.

_ Sim, você é o idiota! Nós não brigamos por causa dele, VOCÊ briga comigo porque não confia em mim...

_ LÓGICO! Quer que eu faça o que? “Eu te amo minha pequena” – fez aspas com as mãos, tentando imitar a voz de Jun – Como quer que eu reaja a isso? Eu confio em você, só que esse cara está em todas as partes... E eu aposto que você ainda... 

 _ E-eu não quero ninguém além de você! – sussurrei interrompendo-o; tão baixo que ele fez uma careta, esforçando-se para me ouvir. Senti uma manada de rinocerontes correndo em meu estomago. Era tão difícil admitir... Mas Kiseop estava especialmente lindo, com aquele semblante emburrado e carrancudo, provocando-me a beijá-lo.  

_ Não entendi – sua face fez-se confusa.

   Abandonei os objetos em minhas mãos, enxugando-as na calça de moletom e aproximando-me alguns passos dele. Somente alguns centímetros mantinham nossos corpos distantes, e eu já podia sentir o calor vindo de sua respiração.

   Procurei por suas mãos, e mesmo ele tendo sido um tanto relutante no começo, aceitou que eu entrelaçasse nossos dedos.

_ Eu disse que – engoli a seco – Disse que eu não quero ninguém além de você... – baixei a vista.

   Ele tornou-se inquieto. Primeiro ameaçou soltar minhas mãos, mas em seguida, somente apertou-as contra seus dedos.

_ Queria que isso fosse verdade... – murmurou.

_ Eu estou falando a verdade... – disse, aproximando-me ainda mais, até que não existisse nada entre nós dois – Eu amo você. – mordi seu inferior labial. – Eu amo muito. – alisei seu braço, até pousar minha mão em seu ombro. – Me desculpe demorar tanto pra dizer... – tomada por um impulso, beijei seu pescoço.

   Ele não disse nada, devia provavelmente estar surpreso com minhas atitudes. Sinceramente, nem eu sabia de onde estava criando coragem para agir de tal forma, mas apenas deixei que meus instintos me guiassem. Ouvi um suspiro pesado saindo de sua boca assim que mordisquei seu pescoço. E foi a vez dele surpreender-me, agarrando-me com apenas uma de suas mãos.

KI SEOP POV:

   Eu não sabia bem como reagir àquilo. Ela estava me surpreendendo, mas eu ainda estava bravo. Me sentindo de certa forma, traído. Ela é uma pessoa confiável, eu sei que é, mas eu não confio nele! Ele é tão apaixonado por ela quanto eu, e se eu fosse ele, não teria deixado que ela saísse do carro sem tentar alguma coisa... Mas algo dentro de mim, dizia que eu não devia me preocupar.

   Uma de minhas mãos ainda segurava firme a sua, e a outra a agarrava com demasiada força pela cintura. Não estava a reconhecendo... Beijava meu pescoço com avidez, mas não deixava de ser delicada, e deixou-me completamente louco assim que envolveu uma de suas pernas por minha cintura.

   Eu não pude mais responder por meus atos. Ela estava definitivamente me provocando.

   Agarrei forte sua coxa, trazendo-a ainda mais para mim, como se fosse possível. Em resposta ao meu movimento, ela envolveu a outra perna, permitindo que eu a segurasse. Seus olhos afoitos perscrutaram os meus, e não demorou muito para que ela me beijasse. Não sei ao certo como descrever, mas foi o beijo mais apaixonado de todos. Seus lábios delicados chupando os meus com um desejo desconhecido, enquanto nossas línguas e dentes dançavam em harmonia. Eu a queria tanto, e senti um frio estranho na barriga, somente por imaginar se ela estaria pronta para o que eu estava pensando em fazer.

   Arrastei-a para a pia, sentando-a sobre o mármore frio e molhado. Ouvi-a rindo brevemente, talvez pelo contato com a pedra gélida, mas logo reprimi seu riso com outro beijo, ainda mais intenso.

_ Eu também te amo. – disse entre o beijo. – E eu quero que você seja minha, só minha! Quero que você pertença a mim... – segui para a curva entre seu pescoço e ombro, intercalando beijos e mordidas ali.

   Aquela pele inacreditavelmente cheirosa e macia, provocando-me a beijar ali incontáveis vezes. Ela só ofegava, inclinando a cabeça, provavelmente nervosa. Suas mãos entrelaçando-se em meus cabelos, e as minhas explorando todas as partes possíveis de seu corpo. Eu não queria desrespeitá-la, mas apalpá-la era inevitável. No entanto, tentei faze-lo discretamente. Ameacei levantar sua blusa, e fiz contato com suas costas quentes, subindo cada vez mais, dedilhando sua coluna até fazer contato com o tecido fino de seu sutiã e, antes que pudesse desabotoá-lo, ela tomou toda a minha atenção, mordendo meu lábio novamente.

   E por mais que eu costumasse ser afobado nessas situações, tudo acontecia lenta e preguiçosamente. Os beijos eram lentos e quentes, as carícias e mordidas cautelosas e delicadas de sua parte. Seus dedos franzinos provocando-me a arrepiar cada vez que acariciava minha nuca, e puxava meus cabelos com certa força.

_ Eu quero ser sua... – sussurrou em meu ouvido, acanhada, mordendo o lóbulo de minha orelha em seguida.

   Meu coração disparou. Eu havia ouvido certo? E-ela queria ser minha? Ela me queria?

   Interrompi o que fazíamos, encarando seus olhos a fundo. Ela estava linda envergonhada. Seu cabelo preso em um coque frouxo, alguns fios caindo-lhe em frente aos olhos. Sua boca avermelhada, e bochechas rosadas, provavelmente queimando de vergonha. Ela era perfeita...

_ Você tem certeza? – beijei a ponta de seu nariz.

   Ela apenas confirmou com a cabeça, segurando firme em meus ombros, abraçando-me forte. Eu a ergui então, assim que ela envolveu novamente minha cintura com suas pernas, deixando a cozinha. Seus braços envolveram meu pescoço, e sua cabeça estava aterrada em meu ombro, onde ela beijava às vezes, tentando descontrair seu nervosismo. Seguimos pelo corredor escuro, e eu acariciava suas costas com uma de minhas mãos.

   Passamos pela porta de seu quarto, pela porta do meu quarto, mas eu não parei.

_ Kiseop? – ela perguntou baixo, confusa.

_ Precisa ser perfeito... – beijei sua bochecha.

ANA POV:

   Eu já havia passado a muito tempo do estado “nervosa”. Eu estava em pânico.

   Meu sangue pulsava dentro de mim, deixando-me extasiada e ansiosa, mas eu não sabia o que fazer assim que entrássemos no quarto.

   Ele tirou uma de suas mãos de meu corpo, abrindo a porta do quarto de seus pais. Acendeu a luz ainda tendo-me em seus braços, e então tivemos uma surpresa; o quarto estava completamente enfeitado com pétalas de rosas – àquela altura, algumas estavam murchas.

   Ao entrarmos, Kiseop me deixou no chão, e encaramos boquiabertos toda a arrumação do cômodo. Nos encaramos brevemente, e eu entendi que não havia sido ele quem tinha feito aquilo.

_ Foi você? – perguntou-me.

_ Não. – disse baixo, ainda admirando o quão lindo estava o quarto.

   Kiseop soltou minha mão, dirigindo-se ao centro do quarto e capturou um bilhete, que antes estava em cima da cama.

_ Omma. – disse baixo, estendendo o bilhete para mim.

  “Eu sou ou não sou uma mãe legal? Ok, Kiseop seja cuidadoso e carinhoso filho... Espero que saiba como agir. E eu quero tudo arrumado quando eu voltar, entenderam? Não façam nada que eu não faria crianças... Cuidem-se.”

   Eu estava mais do que envergonhada. Encarei Kiseop com vontade de esconder-me dentro de um buraco, mas não demorou muito para que ele viesse em minha direção, abraçando-me sutilmente.

   Pensei em desistir, mas ambos estávamos excitados demais para pararmos. Eu finalmente senti que estava pronta, e tinha que ser com ele.

   Kiseop abraçava-me com tanta força, que foi possível sentir sua ereção pressionando-me o ventre. Fiquei envergonhada, mas aquilo não durou muito tempo. Pressionei meu corpo contra o dele, provocando-o ainda mais. Em resposta, ele mordeu os próprios lábios e tomou os meus com avidez, tirando sua camiseta em seguida.

   Aquela perfeição na minha frente, fez com que eu perdesse o fôlego. Senti um frio subindo-me a espinha novamente, e fui tomada por uma tremedeira incontrolável. Encarei discretamente minhas mãos enquanto ele beijava meu pescoço, e me senti envergonhada, pois ele com certeza notaria o quanto eu tremia.

   Senti como se minhas pernas não pudessem mais sustentar o peso de meu corpo. Engolindo a seco constantemente, e minha respiração descompassada fez com que ele risse discretamente de mim. Sua pele quente, e seu abdômen perfeitamente desenhado, instigando-me a ser inteiramente dele. Eu já pertencia a Kiseop, mas faltava uma única coisa.

   Suas mãos surpreenderam-me ao segurarem com força minhas nádegas, puxando-me ainda mais para ele – como se fosse possível. Não havia distancia entre nós. Seus lábios e dentes trabalhavam em meu pescoço, procurando fazer com que eu perdesse totalmente a sanidade. Era inevitável não deixar que alguns gemidos escapassem.

_ Espera! E-espera! – empurrei-o para trás.

   Ele apenas afastou-se, fechando os olhos e cobrindo a boca com as mãos em seguida.

_ O que? – perguntou confuso. – E-eu fiz algo errado? E-eu..

_ Não. – disse baixo. Pousei minhas mãos tremulas em seu peito, tentando controlar meu nervosismo. – E-eu já volto!

   Deixei-o ali, e me tranquei no banheiro.

   Para minha surpresa, o banheiro também estava decorado com rosas, e algumas velas aromatizadas. Ri sozinha, pensando no quanto omma era pervertida.

   Encarei meu rosto no espelho, e abominei minha face pálida. Eu parecia doente... Odiei a cicatriz em meu rosto. Ela insistia em estar ali, lembrando-me das coisas que eu queria esquecer.

   Ignorei os pensamentos ruins que tentavam invadir minha mente, e soltei os cabelos. Baguncei os fios com as mãos, deixando-o armado. Abri o armário e peguei o único batom ali. Pra variar, ele era vermelho. Fiquei imaginando se tudo aquilo havia sido premeditado por SoonHyun, e corei só de pensar que naquele momento, ela estaria imaginando Kiseop e eu em seu quarto.

_ Coragem Chiao Ana, coragem... – sussurrei a mim mesma.

   Encarei minhas mãos novamente, e eu não deixara de tremer. Delineei os olhos e corei as bochechas, mas não deixei nada pesado. Não queria parecer vulgar nem nada, e então, me lembrei da roupa intima que estava usando por baixo.

_ Droga... – insistia em falar sozinha.

_ ANA? – Kiseop gritou do quarto. – Está tudo bem ai? – bateu na porta. – Está se aquecendo? – riu.

_ E-e-estou b-bem Kiseop, cala a boca. – disse completamente nervosa.

   Criei coragem, e me livrei de minha roupa, arrependendo-me em seguida, pois estava muito frio.

   Peguei um dos cremes corporais e espalhei um pouco por meus braços, pernas, barriga e seios. Seios? Aish... Ai que vergonha, que vergonha, que vergonha... Eu definitivamente não teria coragem de permitir que Kiseop me visse nua. Luz apagada!

   Dentro daquele banheiro, permiti-me ter todos os tipos de surtos, até ouvir Kiseop bufar pela primeira vez do lado de fora.

_ J-já estou saindo... – disse em uma altura audível.

   Então criei coragem para abrir a porta, mesmo relutante. Meu coração disparado, minhas mãos tremular, meus olhos piscando freneticamente; Eu estava ali, vestida com aquela lingerie provocante, tentando não parecer vulgar. Rezando para não parecer vulgar, na verdade! E ele pousou seus olhos em mim.

   Ele estava sentado na cama, de frente para a porta. Sua camiseta sobre os ombros, seu cabelo despenteado e sua face ansiosa, até começar a piscar descontroladamente, impulsionando seu corpo para frente.

   Não soube bem o que fazer. Apenas o encarei em frente a porta e, não ousei fazer alguma pose sexy. Eu era definitivamente um fiasco quando o assunto era ser sexy. Pousei minhas mãos na cintura, e foi impossível não rir da expressão alheia.

KISEOP POV:

   Aquilo com certeza era um sonho. Eu sabia que Ana era perfeita, mas não fazia idéia do quanto.

   Suas curvas tão bem desenhadas, e aquela roupa... O que era aquela roupa? De onde ela tirou aquilo? Com o perdão da palavra, ela estava gostosa! Ela era gostosa demais, e ela seria minha. Pulsei só de pensar em tê-la.

_ Q-quem é você, e o que fez com a Ana? – perguntei, fazendo com que ela risse.

   E por mais que aquela pessoa na minha frente fosse um mulherão, aqueles olhos acanhados não deixavam de ser de uma menina perdida e envergonhada.

   Foi então que entendi o que omma quis dizer com “...espero que saiba como agir...”. E por mais que seja terrível admitir, eu não sabia! Ela era tão perfeita, que por um momento pensei não ser o suficiente, ou merecedor.

   Mas não pensei muito, apenas levantei-me, e abracei-a novamente. Desta vez, sem vergonha o suficiente para acariciá-la em partes que, antes ela se oporia. Minhas mãos descendo por sua cintura, até pousarem em seu bumbum. Seus olhos envergonhados, encarando os meus sem saber o que fazer.

   Então eu a beijei. Demonstrando mais desejo do que me permitia demonstrar antes. Meus dedos enroscando-se em seus cabelos, eu os puxei, arrancando um gemido provocante como resposta.

   Seu corpo era tão franzino comparado ao meu, o que me lembrava de que eu deveria ser cuidadoso. Ela era frágil demais, delicada demais. Suas mãos passeando por meu corpo, alisando cada centímetro, provocando-me cada vez mais; dirigiu-as até o cós de minha bermuda, e estremeceu ao desabotoá-la.

_ Você tem certeza? – perguntei novamente. Ela não respondeu, apenas encarou-me e puxou-me ainda mais pelo cós da bermuda; soltando-a, permitindo que ela caísse ao chão.  

   Eu estava louco. Tomei-a em meus braços, arrastando-a para a cama sem desgrudar nossos lábios.

_ Hm... – empurrou-me um pouco. – Ki-Kiseop, luz apagada... – suas mãos tremulas pousando em meu ombro.

_ Engraçadinha... Lógico que não. – ela só podia estar brincando... Rimos.

_ Estou falando sério. – encarou-me séria quando a deixei na cama. – Quer dizer... Por favor! E-eu vou morrer de vergonha e... – apaguei a luz.

   Mas eu não cederia assim. Acendi o abajur ao lado da cama, sorrindo diabólico para ela.

_ Meio termo. – acomodei-me na cama também.

   Ela não disse nada, apenas suspirou contrariada. Então eu me deitei ao seu lado, podendo enxergar sua face mais de perto, e prestar atenção em cada detalhe, permitindo-me convencer que aquilo era real... Estava de fato – finalmente – acontecendo.

   Meus dedos passearam por seu rosto, acariciando a cicatriz, onde eu não hesitei em beijar. Eu sabia que ela era insegura, e queria que pelo menos naquele momento, ela não se sentisse assim.

   Puxei a coberta para nos proteger-mos do frio, e uni nossos corpos em um abraço. Talvez não consiga descrever a sensação, mas estar agarrado a uma mulher tão linda como ela, parecia-me um sonho. Não hesitei em tocar seus seios, sua barriga e pernas. Estava claro que eu a queria, não havia porque esconder.

   Ela também não hesitou muito. Suas unhas arranhavam levemente minhas costas e ombros como resposta à minhas carícias, e não deixamos de nos beijar. O fazíamos somente quando eu queria parar para contemplar seus olhos, e tentar acalma-la.

   Ana gemia. Baixo, mais como um ofego; Devagar, provocando meus pelos a arrepiarem-se. Sem contar, que eu já estava totalmente desperto. Não sabia por quanto tempo poderia agüentar, pois meu membro estava totalmente pulsante por debaixo de minha boxer – chegava a doer.

   Então, sem saber qual seria sua reação, segurei uma de suas mãos tremulas, e a desci vagarosamente por minha barriga, pousando em meu baixo ventre. Interrompi o beijo, fitando seus olhos apavorados, e ri discretamente, mordendo seus lábios em seguida. Talvez fosse assustá-la, mas eu queria aquilo. E surpreendendo-me, Ana soltou sua mão da minha, levando-a até meu membro, e acariciando-o por cima do tecido fino.

   Queria definitivamente me matar pelo anseio.

   Confesso que fiquei surpreso! Ela estava bem saidinha pro meu gosto, mas eu estava adorando aquilo. Seus dedos frigidos passeando por meu membro completamente rijo dentro da roupa íntima. Sua boca trabalhando ardilosamente em conjunto com a minha, enquanto meu coração batia descompassado. Ela aumentou a velocidade de seus movimentos, provocando-me a arfar, e cogitar implorar para que ela não demorasse. Mas ela entendeu meu primeiro gemido como um pedido, e invadiu a boxer, tendo contato direto com meu membro. Eu estremeci.

   Encostei minhas costas no acolchoado, inclinando minha cabeça para trás e desfrutando daquela sensação. Ela masturbava-me com lentidão; sua mão seguindo por toda minha extensão, massageando astuciosamente a glande, enquanto eu contorcia-me de prazer. Mordiscou-me a clavícula, o pescoço e o lóbulo da orelha. Seu corpo quase todo em cima do meu; levei minhas mãos até suas costas, acariciando-a e apertando sua bunda, já não tão mais cuidadoso como antes.

   Estava prestes a me desfazer, então levei minha mão até a dela contrariado. Não queria que acabasse ali. Ela encarou-me confusa, como quem quisesse perguntar se tinha feito algo errado, mas eu inverti o jogo. Deitei-me sobre ela, intercalando mordidas, chupões e beijos em seu pescoço. Suas mãos entrelaçando-se em meus cabelos, puxando-os ansiosa enquanto fechava seus olhos com força. Então, levei minhas mãos até o cós de sua calcinha bonitinha, e tratei de me livrar dela. Não oscilei em tocá-la, sentindo sua umidade – o que me deixou ainda mais excitado, principalmente quando ouvi seu gemido surpreso.

   Minha boca percorreu por seu pescoço, clavícula e colo. Criei coragem, e ousei ao beijar seus seios – ainda protegidos pela renda fina – pela primeira vez. Não queria vacilar. Havia tantas vezes imaginado aquilo, mas nenhuma das vezes comparava-se ao que estava acontecendo naquele momento. Segui para sua barriga, beijando-a incontáveis vezes, e sentindo aquele cheiro entorpecente de sua pele.

   E lá estava eu, descendo cada vez mais por seu ventre, mordiscando sua virilha, perguntando-me se eu a torturava tanto quanto ela havia me torturado. E como resposta a minha pergunta cálida, Ana levou suas mãos até meus cabelos, enroscando seus dedos nos fios, e puxando-os discretamente. Eu estava torturando-a.

   Não oscilei mais. Levei minhas mãos até sua coxa, apertando-a com força quando comecei a chupá-la afoito. Não sabia bem como fazer aquilo, mas eu queria. Mesmo porque, eu sabia que o que viria em seguida seria dor.

   Para minha surpresa, ela tinha um grande autocontrole, pelo menos com relação a isso. Ana não gemia alto, apenas ofegava, e deixava alguns grunhidos escaparem enquanto suas mãos afundavam-se ainda mais em meus cabelos. Sua face completamente distorcida de prazer, às vezes, ameaçava dizer meu nome, mas não conseguia faze-lo.

   E só por presenciar a forma como ela reagia ao prazer, senti meu pré-gozo formar-se novamente. Logo os gemidos deixaram de ser apenas ofegos, tornando-se também mais constantes. Ela quase arrancava-me os cabelos, e suas costas estavam completamente arqueadas quando segurei-a pela cintura.

   Beijei sua virilha novamente, trilhando o mesmo caminho de volta até chegar em seu pescoço.

_ Eu te amo. – sussurrei. Eu amava. Eu a amava mais que tudo, e sabia que a partir daquele momento, não poderia ousar viver sem ela. Não era só Ana quem estava se entregando a mim; eu também estava me entregando e ela. E nós passaríamos a ser um.

   Segurei suas mãos, enquanto ela ainda tentava controlar sua respiração. Ela tremia. Tremia demais, e executava movimentos incertos; Suas mãos acariciando minhas costas, ombros e pescoço enquanto meu corpo estava sobre o dela.

_ Eu não vou machucar você. – disse, tentando tranqüiliza-la.

_ Mentiroso. – riu e beliscou minhas costas de leve.

   Levei minhas mãos até o laço que mentinha seu sutiã preso, ameaçando puxa-lo. Antes que o fizesse, ela interrompeu-me, encarando meus olhos, completamente envergonhada. Era linda... Como era linda...

   A baixa claridade iluminando aquele rosto perfeito, enquanto seus olhos grandes encaravam-me sem saber o que fazer em seguida. Acariciei sua pele quente, levando minhas mãos da cintura até o umbigo, erguendo do umbigo até o laço da lingerie – novamente. E ela não tentou impedir-me. Me desfiz então da ultima peça em seu corpo, deixando-a completamente constrangida.

_ Ki...

_ Shh – calei-a com um beijo. – Você é linda! Você é perfeita... – levei minhas mãos até seus seios, acariciando-os de forma cautelosa. Meus dedos contornando-os de forma carinhosa, provocando o bico desperto e arrancando-lhe suspiros acanhados.

ANA POV:

   Sentia um turbilhão de emoções dentro de mim. Meu corpo queria entregar-se totalmente à Kiseop, fazer parte dele; Mas dentro de mim, minha mente, lembrava-me a todo o momento que eu devia temer aquilo. Eu estava em pânico, por mais que estivesse tentando ser descontraída e ousada. Tinha a leve impressão de que não conseguiria deixa-lo satisfeito, sendo algo sem graça e sem sal para ele...

   Ele continuava acariciando meu corpo, deixando-me cada vez mais envergonhada, pois não tirava seus olhos dos meus. Beijou-me os lábios, o pescoço e os seios, provocando-me de maneira indescritível com aquilo.

   Não conseguia entender o tamanho daquele desejo; Antes, eu nem sabia que ele existia dentro de mim, mas eu precisava ser dele o quanto antes.

   Minhas mãos passearam por seu abdômen perfeitamente esculpido, e dobrei a perna esquerda, provocando ele a segurar-me por ela.

   Então voltou a grudar seus olhos nos meus, tentando receber algum tipo de sinal ou permissão para fazer aquilo que eu tanto ansiava. Não soube o que dizer ou fazer, então simplesmente não desfiz o contato visual. Ele abriu um sorriso, seus dentes perfeitos iluminando meu rosto. Mordeu os próprios lábios, e beijou-me o pé do ouvido.

_ Eu amo você. – repetiu. Desta vez, impulsionou seu membro contra meu ventre, fazendo-me arfar.

_ Eu amo você. – consegui dizer baixo. Soou mais como um sussurro, mas ele entendeu, pois começou a impulsionar sua ereção com mais freqüência.

   Livrou-se de sua boxer, capturando a embalagem plástica no criado mudo.

_ Q-quer ajuda? – perguntei sem saber como poderia ajudar. O que eu faria se ele dissesse “aham”?

_ Não. – disse baixo, colocando sozinho, e rapidamente, a proteção. Foi impossível não reparar no tamanho de seu sexo, e apavorar-me ao imaginar tudo aquilo dentro de mim.

   Ele deitou-se novamente, debruçando seu corpo sobre o meu, ameaçando introduzir seu membro em minha entrada, beijou-me assim que eu senti a ruptura surpresa. Eu sabia que iria doer, mas quando avisaram-me, eu não dimensionei o quanto.

   Gemi, desta vez de dor. Fechei os olhos com força, impedindo que as lágrimas escapassem; Não consegui controlar minha força ao agarrar as costas de Kiseop, e ele gemeu também ao sentir minhas unhas atingindo-o.

_ Me desculpe. – ele disse. Seu tom de voz soando mais culpado do que eu imaginava.

   Ameaçou sair de cima de mim, mas eu o segurei ali, prendendo-o entre minhas pernas. Apesar da dor imensurável, eu queria terminar o que havíamos começado. Hora ou outra, aquele dia teria que chegar, e eu agradecia pelo fato de ser com Kiseop; o bruto que eu tanto amava.

   Então, sem conseguir ser mais forte, começou a movimentar-se lentamente. A cada movimento, sentia a dor aumentando, como se estivesse sendo rasgada de fora para dentro. Eu imaginei o quão grande seria minha dor assim que toquei seu membro, notando o quão grande era. Mas eu não imaginava o tipo de dor.

   Ele não soltou meus lábios um segundo sequer. Eu agarrei forte em seus cabelos, e apossei-me de suas costas, arranhando-o como forma de aliviar minha dor. Kiseop ofegava; era óbvio o quanto estava se deleitando de um prazer que eu não podia sentir. Passou a gemer, e mesmo com a dor, toda aquela situação – o atrito de nossas peles quentes, os beijos, toques e gemidos de Kiseop – deixou-me excitada. Eu não queria parar, além do mais, estava começando a sentir algo.

   Passamos a nos mover em sincronia. Assim que percebeu meus míseros movimentos, aumentou ligeiramente a velocidade, e arrancou-me o primeiro suspiro de prazer. E aquilo fez com que eu desejasse por mais.

   Nossos peitos nus, colados um ao outro; Nosso quadris atritando-se a todo momento; Ergui minhas mãos até a cabeceira da cama, e ele seguiu com suas mãos por toda a extensão de meus braços, entrelaçando nossos dedos. Eu agarrei forte suas mãos, pois a dor ainda se fazia presente. Nossos lábios procuravam-se com uma urgência imediata, e nossas respirações ofegantes chocavam-se a todo momento.

   Não conseguíamos não deixar explicito ali, o quanto estávamos sentindo prazer, pois gemíamos em sincronia. Kiseop gemia baixo, seu tom de voz saindo mais grave do que de costume, e ele tentava conter-se – sem muito sucesso.

   Nossas pernas entrelaçando-se, nossas mãos unidas, e as estocadas cada vez mais intensas. Nós finalmente éramos um; Eu finalmente era dele, e ele meu. Estávamos quase atingindo o clímax, os lábios chupando-se com demasiada força, as peles quentes atritando-se constantemente. Então ele soltou minhas mãos, descendo as suas por meus braços com força, assim que desfez-se dentro de mim.

   Os corpos completamente suados, os cabelos molhados pela transpiração. Nossas respirações chocando-se ofegantes enquanto minha boca procurava por ar.

   Eu ainda o sentia dentro de mim, seu coração acelerado batendo em cima do meu. Eu podia ouvi-los, eu podia sentis nossos corpos vibrando, como se estivéssemos deixando transparecer nossos batimentos. Meu sangue fervendo dentro de minhas veias, e o peso de Kiseop pressionando-me contra o colchão macio.

   Ele deitou-se ao meu lado, envolvendo-me em seus braços ainda ofegante quando eu não consegui me conter, desfazendo-me em lágrimas. Queria ser mais forte, menos chorona e manteiga derretida, mas eu havia esperado por aquele momento. E honestamente, não havia sido da forma que eu fantasiara, mas havia sido com o amor da minha vida, e isso bastava.

   Ele enxugou minhas lágrimas com o polegar, rindo de minha babaquísse. Seus lábios encontraram minha testa, e ele sussurrou dezenas de vezes o quanto me amava. Acariciei seu tórax que protegia-me do frio, enquanto as cobertas que antes estavam sobre nós, encontravam-se espalhadas pelo chão. Nos beijamos novamente, mas eu não deixei de encarar seus olhos por um segundo sequer.

   A dor ainda se fazia presente, mas aquilo era o de menos. Kiseop sorria como um idiota, e saber que ele estava feliz, me deixava satisfeita.

   Conversamos um pouco sobre coisas aleatórias, então eu envolvi meu corpo em um lençol fino, e segui para o banheiro em passos lentos. Olhei para trás, e o vi deitado, com outro lençol até a cintura, e as mãos atrás da cabeça, encarava o teto ainda sorrindo. Não pude deixar de sorrir também.

   Liguei a ducha quente, deixando a água percorrer por todo meu corpo. As cenas reproduziam-se dentro de mim, fazendo-me rir como uma idiota, assim como ele. Espantei as lembranças, concentrando-me no banho, mas quando olhei em direção a porta, ele estava lá;

_ KISEOP, SAI! – cobri as partes intimas com as mãos, e ele gargalhou.

_ Ya, como você é idiota! – riu desfazendo-se do lençol. Levei uma de minhas mãos até meus olhos, cobrindo-os. – Você já viu tudo o que tinha pra ver palhaça... Eu não tenho nenhuma tatuagem no bumbum escrita “bunda malvada”! – riu.

_ Sai daqui idiota... – recusei a encara-lo.

_ Não vou sair... Para de ser boba, não vou fazer nada... Eu também canso, sabia? – ouvi sua voz mais próxima.

   Ele segurou minha mão, tirando-a de frente de meus olhos. Estava perto demais. Meus olhos percorreram todo seu corpo, já encharcado pela ducha, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, puxou-me para si, abraçando-me forte.

   Naquele abraço, pude encontrar o que mais importava. Ninguém jamais iria me separar de Kiseop, porque eu o queria por toda a vida, e mais se possível. Eu o amava, e jamais poderia descrever o quanto, não com palavras pelo menos;

   Estávamos debaixo d’água, completamente envolvidos. Toda a vergonha desapareceu, porque ali éramos iguais. Eu não tinha o que temer; Cheguei a conclusão de que – inconscientemente – minha vida estava entregue às mãos dele. Eu confiaria de olhos fechados, e morreria se ele ameaçasse me abandonar.

   Nos ensaboamos, e eu morri de rir com a quantidade de idiotices que ele era capas de despejar em poucos minutos. Ele ensaboou meus cabelos, e os enxaguou, enquanto conversávamos sobre filmes, livros, escola e trabalhos. Conversamos sobre o Brasil, sobre meu gosto musical – que ele julgava estranho – e sobre como éramos igualmente retardados.

_ O que vamos fazer agora? – perguntou enrolando a toalha em sua cintura.

_ Que tal dormir? – sugeri. Estava morrendo de sono. Eu secava meus cabelos com uma toalha, enquanto ele envolveu outra ao meu redor.

_ Não, dormir não... Vamos assistir um filme! – deixou o banheiro, resgatando sua boxer e vestindo-a. Procurou por minha roupa intima em algum canto da cama, e entregou-a em minhas mãos, e eu ainda no banheiro, penteando meus cabelos em frente ao espelho embaçado.

   Ele ligou a grande televisão, percorrendo por todos os canais. Estava lindo com os cabelos molhados e costas nuas, procurando preguiçosamente por algo interessante na televisão.

_ Kiseop, é tarde... Vamos dormir! – insisti, fazendo-o se virar pra mim.

_ Você pode dormir. Eu vou ficar vendo você. – sorriu calmo.

   Droga, porque ele era tão lindo? Como ele podia ser tão perfeito? Chegava a ser demais pra mim... Era beleza demais para ser admirada em apenas um olhar. Eu ficaria ali pra sempre, vendo-o sorrir daquela forma.

   Nos deitamos, completamente atolados por cobertas. Ele acariciava meus cabelos enquanto eu pegava no sono, escorada em seu ombro. As vezes deixava de encarar a televisão, e ficava me intimidando com aqueles olhos grandes. Idiota.

_ Eu te amo. – foi a única coisa que pude dizer antes de dormir.


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Notas finais do capítulo

PS: alguma coisa com esse Nyah não me deixa por as coisas em negrito ou itálico --' me desculpem mesmo, vou tentar editar mais tarde.
Ok, ok, ok... E AIIIII? Gente, eu morri com esse hentai, juro! Foi muito difícil pra mim escrevê-lo, muito mesmo! Mas eu fiquei morrendo lentamente só de imaginar esse bendito Kiseop... Bem, eu sei que ficou muito grande, e sinto muito caso tenha ficado cansativo de ler... Tentei resumir, mas eu sou assim: nos mínimos detalhes. Me desculpem se esse hentai não chegou nem aos pés das expectativas de vocês, eu tentei, mas sou realmente muito leiga nisso... baseei alguns argumentos nos relatos de algumas amigas minhas, espero não ter escrito nada muito absurdo .-. Sério... Ai enfim, tinha um monte de coisa pra dizer,mas esqueci tudo... principalmente depois do nyah ter demorado uma cota pra abrir... lê eu reiniciando mil vezes. Então é isso, espero a resposta de vocês sobre esse cap em especial... Sei la, estou bem insegura com ele, e espero que todo esse suspense não tenha sido em vão. Fiz pensando em vocês em cada palavrinha... E me desculpem não ter dado nomes a alguns bois (na hora H em si) mas tinha que ficar fofinho, apesar de tudo... e eu tentei ao máximo não vulgarizar... é isso. kkkk beijos ♥
(pra quem não tinha mt o que falar, escrevi uma bíblia)



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