OTAMV 2: A Prima escrita por Azzula


Capítulo 11
Pode Beijar a Noiva (Part. 2)


Notas iniciais do capítulo

Novamente, peço desculpas pela demora... Sinceramente,´´e incrível como tudo sempre da errado para que eu poste quando pretendo... Hoje por exemplo, estava na metade do cap quando um trovão desligou meu computador... Enfim, só alegria! Mas não desisti e estou aqui ate agora (tenho prova amanha, ai) E CONSEGUII o/
Bem, não sei o que dizer sobre esse capitulo, mas quero agradecer a todas voces que deixaram seus reviews no cap anterior... Eu fico tao feliz, voces nao fazem ideia *----* Roubo o wi-fi do meu trabalho e fico atualizando... Falto pular feito uma macaca pelos corredores da loja, porque ate espernear eu esperneio...
Bem, a musica do cap. EU AMO DEMAIS A MUSICA QUE EU OUVI ESCREVENDO O CAPITULO. ´´E uma musica do album novo do Infinite, chama-se 'Only Tears'. Se vocês quiserem entrar no clima, ta ai... Eu vi a letra, e não tem TUDO a ver, mas algumas coisas se encaixam, sem contar que ´´e muito lindinha! Bem, notas finais, boa leitura amores ♥



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   Todos em silencio, ansiando pelo ‘sim’ com olhos esbugalhados de entusiasmo. Aproximadamente dois segundos de pura tortura, e a única coisa que pude fazer foi agarrar com ainda mais força a mão de meu amigo.

   Aquela mulher linda no altar, já não expressava nenhum sorriso. Seus olhos percorriam pelos assentos a procura de alguém, e seu noivo a encarava com um sorriso que seguia de orelha a orelha.

_ E-eu aceito! – disse fazendo com que todos os convidados suspirassem aliviados em harmonia.

   Meus dedos estavam prestes a serem esmagados pelos dedos de Onew, mas se aquilo o ajudasse eu não me importaria. Queria abraçá-lo, dividir a dor, mas não era hora; O que mais me irritava era o fato de que Onew sabia o que o aguardava, ele foi totalmente ciente, e mesmo assim insistiu com a idéia mais sem cabimento.

   Encarei os olhos de Key brevemente, e ambos evitamos encarar o roso de Onew. Kibum bufou impaciente, acariciando as costas do amigo com tanta pressa de sair dali quanto eu. Ate onde Onew insistiria com essa tortura?

_ Bem, pelo poder concedido a mim...

_E-ESPERA! – meu coração congelou.

   Todos os convidados tornaram-se imóveis, inclusive o noivo. Aquele grito desesperado espalhando-se por todo o jardim, a musica baixa – quase inaudível – cessou completamente, e senti meus dedos serem rapidamente soltos pela mão que os agarrava.

_ E-eu não posso! – Park Min afastou-se três passos – Me desculpe, e-eu não posso! – agarrou o longo vestido com as mãos e saiu correndo pelo corredor. Seus sapatos brigando com a passarela de madeira, o tecido de seu vestido cantando enquanto ela corria segurando um choro. Os convidados cochichando baixo, sem entender absolutamente nada, e o noivo com a mesma cara de babaca.

   Encarei os olhos de Onew enquanto Min deixava o jardim. Seus olhos tão confusos, movimentando-se tanto quanto suas mãos tremulas. Ele estava comicamente desesperado, ameaçava dizer alguma coisa, mas não dizia. Ameaçava sorrir, mas não sorria.

_ O-Onew vá atrás dela! – empurrei seu ombro, mas ele continuou hipnotizado.

_ YA! – Key empurrou-o. – O que esta esperando?

   Onew hesitou e deu um passo, completamente perdido em pensamentos. O que eu precisaria fazer para que ele acordasse?

   O noivo ameaçou ir atrás dela, mas rapidamente Key pôs-se em sua frente, impedindo-o de passar enquanto Onew correu discretamente pelo corredor lateral. Todos os convidados procurando entender a situação, pasmos.

_ Saia da minha frente! – o noivo disse atordoado. – Saia ou eu...

_ Vai fazer o que? – Key ameaçou também enquanto eu observava Onew correndo.

_ Vamos nos acalmar certo? – o pai da noiva pôs-se entre os dois.

_ Acalmar o que carinho? N-nossa filha... Park Min, nossa menina! O que aconteceu com ela? Onde ela foi? – a mãe dizia já chorando. – Eu aposto que foi por culpa...

_ Não vamos falar sobre isso, sim? Carinho, ela não o ama... – suspirou. – Vai dizer que não sabia? Fiquei realmente surpreso por termos chegado ate aqui com essa historia... Me desculpe SungYeol! Eu sinto muito, mas minha filha não ama você...

_ Estão pensando que eu sou o que? – perguntou irritado. – Investi tudo o que tinha nessa palhaçada pra vocês me dizerem que ela nunca me amou? Todos sabiam que isso podia acontecer então? Perdi todo o meu tempo...

   Key e eu nos afastamos. Já não era mais um assunto que nos dizia respeito, mas era inevitável não ter um largo sorriso estampado em nossos rostos. Key ate ameaçou gargalhar, mas eu o repreendi com os olhos; não eram hora nem lugar de expressarmos nossa felicidade quanto ao casamento fracassado. Todos interpretariam mal nossa comemoração.

   Kibum envolveu seu braço por minha cintura enquanto deixávamos o jardim. Paramos em frente ao carro de Onew em silencio absoluto, satisfeitos. Alguns convidados já deixavam o jardim, comentando sobre o vexame, desanimados pela ‘não festança’.

_ Sem comentários... – cochichei para ele, que estava prestes a fazer algum tipo de comentário diabólico. Nos rimos, encostamos-nos sobre o capo e apenas esperamos.

ONEW’S POV:

   Estava quase perdendo o fôlego, correndo sem rumo. Deus, como eu queria gritar! Estava tão confuso, tão atordoado... Mas estava feliz! Algo me dizia que não havia acabado, que Min ainda me amava. Sentia a chance novamente em minhas mãos, e corria procurando pelo amor da minha vida.

    Contudo, não sabia por onde começar a procurar... Para onde uma noiva poderia fugir?

   Então lembrei-me de nosso lugar secreto, onde costumávamos nos encontrar quando nossos pais nem sonhavam com nosso namoro. A Escola Militar Juvenil, que fora abandonada há muitos anos atrás, mas era tida como um patrimônio cultural da cidade, embora ninguém ousasse visitar o local. Lá! Lá eu a encontraria...

   Corri desesperado, tão ansioso para vê-la... Mas eu sabia que na hora não saberia o que dizer, ficaria perdido, como se estivesse submerso sob as palavras, e nada ousasse saltar de minha boca. Mas o mais importante era encontrá-la! O resto eu resolveria aos poucos, queria ver aqueles olhos, abraça-la... A conhecia o suficiente para saber que ela estaria chorando, e culpando-se por tudo! Em sua personalidade, ela e Ana tinham muitas coisas em comum, uma delas era assumir a culpa pelas situações que fogem do controle...  

   Cheguei ao grande portão, procurando primeiramente com os olhos afobados ate passar pela grade e dar meu primeiro passo na grama morta e mal cuidada.

_ MINNIE! – gritei ofegante, correndo para trás do colégio, no caminho encontrei um sapato, e tive a certeza de que era o dela. – MI... Ah, você esta ai! – corri para seu encontro.

   Ela estava de costas para mim, sentada no carrossel. Suas costas a mostra por culpa do vestido frente única, com as barras sujas de barro. Ela havia me ouvido, mas recusava-se a me encarar.

_ Min... – disse baixo. Baixo ate demais enquanto parei a uns três passos de distancia. E só então preocupei-me em controlar minha respiração.

   Ela virou-se, encarando meu rosto finalmente. Sua maquiagem borrando suas bochechas, seus olhos quase fechados de tão inchados. Meu coração partindo-se ao meio assim que vi um sorriso discreto no canto de seus lábios.

   Meu coração pulou para fora do peito, não conseguia deixar de encarar aqueles olhos lindos.

_ M-Min eu... – não sabia o que dizer.

   Aproximei alguns passos, parando ao lado do cavalo em que ela estava sentada. Seu vestido enorme espalhado pelo chão, seus pés descalços e meia-calça rasgada. Chegava ate a ser engraçadinha em certo ponto, se tudo aquilo não fosse tão estranho e triste. Seus olhos confusos e lacrimejados, parecia procurar as palavras dentro de si.

_ Onew... – chorou, encostando sua cabeça em meus ombros. – Me desculpe! – soluçava desta vez.

_ Aish... Não diga bobagens! – meus dedos deslizaram por suas costas nuas. – E-eu achei que tinha perdido você pra sempre! – disse beijando sua cabeça. Seus cabelos longos tão perfumados... Tudo soando tão nostálgico dentro de mim.

_ Eu quase fiz essa besteira! Quase fiz a besteira de me casar com um homem, sendo completamente apaixonada por você! – suas palavras fizeram meu coração congelar por um segundo. Foi como um baque pra mim, talvez eu sentisse, mas foi realmente bom ouvir que ela ainda me amava.

_ Não se preocupe com isso agora meu amor... – meus olhos também encheram-se de lagrimas. – Estou tão feliz por não ter perdido você! Não faz idéia...

   Permanecemos ali por alguns segundos, e logo ela pode controlar seu choro. Sentei-me atrás dela, aconchegando-me no mesmo cavalo. Desejei que aquele carrossel funcionasse só mais uma vez, mas sabia o quão impossível aquele desejo era.

   Não sei dizer por quanto tempo ficamos ali, só sei que foi por muito tempo. A noite estava quase caindo, o céu era pintado por um lindo tom alaranjado, e o sol estava prestes a esconder-se atrás das montanhas ao longe; mas eu não queria sair dali.

   Meus braços envolviam Min pela cintura, minha cabeça encostada em seu ombro enquanto ela nada dizia. Parecia apenas pensativa, perdida e confusa. Logo, éramos dois na mesma situação.

_ Como vai ser agora? – perguntou baixo.

_ Como vai ser o que?

_ Sinto que meus pais vão me matar... – suspirou. – As pessoas irão me reprovar pelos próximos anos, e a família jamais esquecera isso! – lamentou.

_ E você esta mesmo preocupada? – não queria parecer indiferente, mas a família de Min nunca tivera tanta moral assim para julgar. Quanto mais se conhecia de sua família, mais descobria-se o quão hipócrita era...

_ Acho que sim... – encostou sua cabeça em meu peito, erguendo os olhos a procura dos meus. – Mas não quero pensar nisso agora... – segurou minhas mãos. – É que eu estou tão confusa... E-eu não sei qual o próximo passo...

_ Você se preocupa demais com essa historia de “próximo passo”! Podemos simplesmente seguir? Achei mesmo que fosse se casar, até agora sinto como se estivesse sonhando... Não sei explicar o que aconteceu a pouco... O que deu em você? – não agüentei e precisei perguntar. Ela parecia tão decidida, parecia tão certa de que o casamento era a melhor opção, que eu nem sequer cogitei uma desistência.

_ Não sei! – riu de sua desgraça. – Apenas senti que não era a coisa certa a fazer! Eu amo tanto você, e não faz um pingo de sentido me casar com outro! E-eu preciso nos dar essa chance... Você me ama, não?

_ Amo! – ri. Aquela pergunta pareceu tão idiota! Há horas atrás eu sentia como se estivesse prestes a morrer, e agora ela me perguntava se eu a amava... Hilária. – Eu amo você demais! – beijei sua testa.

_ Então acho que podemos ser felizes assim... – entrelaçou nossos dedos. – Me desculpe Onew, ter sido egoísta e não ter considerado seus sentimentos! Eu realmente estava sofrendo com tudo isso, mas estava tentando me enganar... Estava tentando convencer-me de que SungYeol seria o melhor marido do mundo e...

_ Não vamos mais falar sobre isso, sim? – interrompi-a. – Isso não faz mais sentido! Falando nisso... Você foi a noiva mais linda que eu já vi! – sorri. – E só verei uma noiva tão linda assim novamente, quando você estiver casando-se comigo! – suspirei. – Min, eu sinto muito por tudo isso! Sei que estou longe de ser o homem perfeito, estou longe de ser o marido perfeito, que vai dormir todos os dias em casa, que vai estar todos os dias ao seu lado, mas eu amo você! Eu amo você e sinto que isso é muito maior do que eu! Muito maior do que eu possa controlar... E eu sei que esse amor vai me ajudar a ser o marido que você sempre quis! – palavras vinham em um turbilhão dentro de mim – E-eu sou apaixonado por você! Sempre fui! Estou tão feliz que mal consigo dizer... Quero que você seja minha pra sempre! Quero envelhecer ao seu lado, quero compartilhar minha vida toda com você e te fazer a mulher mais feliz do mundo! Sei que sou todo desastrado, afobado demais talvez, mas eu vou melhorar!

_ Onew, calma! – ela virou-se um pouco para me encarar. – Olha... – suspirou. – Você é perfeito desse jeito! É perfeito pra mim! Não quero que mude em nada, pois foi por esse Ontokki que eu me apaixonei, e vou continuar apaixonada! Quase cometi o maior erro de minha vida, mas não farei isso de novo! Eu preciso ser a primeira pessoa a apoiar você, e o farei! – seu sorriso iluminando minha vida.

   Aquela mulher em meus braços, ela seria a mãe de meus filhos. Seria minha melhor amiga, minha companheira, minha confidente. Park Min Hee e eu éramos unidos por algo que eu não sabia explicar, mas sei que tal sentimento tornava o mundo perfeito a meus olhos. Tudo seria perfeito se eu a tivesse, e eu estava aliviado. Aquele sorriso seria sempre meu, e tendo isso, não precisaria de mais nada.

_ Obrigado por ainda me amar... – disse baixo em seu ouvido.

_ Obrigada por ter vindo! Se eu não tivesse encarado seus olhos, talvez minha ficha não tivesse caído... Talvez eu não tivesse me dado conta a tempo do erro que estava prestes a cometer...

  Não queria mais ouvir. Meu coração estava pulando em comemoração dentro de meu peito. Sentia como se ela também pudesse ouvir, queria gritar ao mundo inteiro o quanto a amava. Permanecemos em silencio, até o céu finalmente escurecer por inteiro.  

_ Nunca vou me cansar de dizer o quanto eu te amo Lee Jin Ki! – desencostou suas costas de meu peito, virando-se um pouco para encarar meu rosto.

   Seus traços perfeitos, tão próximos de mim como a muito tempo não me lembrava. Seus olhos perfeitos, boca desenhada, sua pele impecável. Seu penteado já desfeito, mas ainda assim a deixava linda. Min Hee era perfeita, e meu coração saltava só por admirar em silencio. Entretanto, eu não tremi. Eu a queria, sentia tanto a falta de seu gosto, que não podia me dar ao luxo de tremer.

   Encarei seus lábios perfeitos por longos segundos, desejando-os. Logo em seguida contemplei seus olhos, e limpei a maquiagem borrada com o polegar. Acariciei suas maças, aproximando-me aos poucos, acabando com a distancia entre nos – que já era pouca. Sua respiração chocando-se contra a minha, seu cheiro delicioso de baunilha impregnando-se em minhas narinas, quando ela entreabriu os lábios sorrindo delicadamente até que eu a beijei. Seus lábios tão macios colados aos meus, sem nos movermos um milímetro sequer. Cerramos nossos olhos em harmonia, enquanto eu entrelaçava meus dedos em seus fios longos, e ela apossava-se de minha nuca.

   Sentia tanto a falta daquele beijo, daquela sensação, de Park Min. Sentia falta de segurar em sua cintura, falta do cheiro doce, e da voz gentil.

   Então demos inicio ao beijo, calmo, lento e quente. Meu coração batucando forte dentro de mim, minhas pernas bambas, mesmo sentado. Meus dedos percorreram pelas costas nuas, a pele macia e fria. Pressionei os dedos ali, aproximando-a ainda mais de mim, como se fosse possível. Beijava-a com tanta paixão, ansiava por isso a tanto tempo que podia ouvir o coro de aleluia dentro de mim.

   Seus dedos delicados acariciando-me o pescoço, e não tínhamos pressa. Não tínhamos compromisso algum para ir, apenas nos beijávamos com amor.

   Eu havia me esquecido de como era me sentir amado. Única e exclusivamente amado. Com o tipo de amor que faz você querer estar sempre ao lado da pessoa, e nunca abandonar, nunca trair, nunca deixar;

_ Nunca me deixe. – sussurrei entre o beijo. Seus lábios vermelhos e inchados, seus olhos ainda cerrados. Beijei-a novamente.

   Perscrutando cada canto de sua boca, aproximando-a cada vez mais de meu coração, como se estivesse prestes a me atravessar. Apertava-a contra mim, e não a soltaria jamais.

   E eu estava feliz. Muito feliz, como não me sentia há algum tempo!

   Então, eu finalmente pude beijar a noiva...

__

ANA'S POV:

   Estava arrumando minha pequena mala enquanto Key estava sentado em cima da cama, folheando uma revista qualquer.

_ Aish... agora agüenta! Esses dois não vão mais se desgrudar... – bufou deixando a revista de lado.

_ Por acaso esta com ciúme?

_ Não! Não mesmo! Mas estou com pressa, quero minha cama, minha casinha, a voz chata do Taemin pedindo pra eu ajudar ele com qualquer coisa... – revirou na cama, bagunçando a mesma já arrumada. – ONEW HYUNG, VAMOS! – gritou olhando para a janela.

   Onew e Min despediam-se no quintal. A situação não estava muito boa, mas aos poucos os pais de ambos iam se acostumar. Todos sabiam que eles se amavam, mas ninguém esperava um noivo abandonado no altar, o que deixou os ‘adultos responsáveis’ um pouco incômodos pelo constrangimento e exposição da família.

   Mas Onew parecia tão feliz... Não conseguiu tirar o sorriso enorme do rosto por um segundo sequer antes de dormirmos. Ele deixou para conversarmos na viajem e apagou antes que eu pudesse perguntar sobre qualquer coisa.

_ Terminei! – fechei a mochila encarando Key que parecia entediado. – Vamos Key, fique feliz por ele!

_ Eu estou! Vai por mim, qualquer Onew é melhor que um Onew deprimido! Mas isso não significa que eu tenha que adorar o Onew pegajoso! Vai fazer com que Min enjoe dele logo logo...

_ Ai como você é podre! – joguei o travesseiro em sua cabeça.

_ Meu cabelo... – resmungou ajeitando a franja.

   Deixamos o quarto e eu deixei minha mochila sobre o sofá, junto com as três malas de Key.

_ Tem certeza de que vão sair tão cedo? Fiquem para o café da manha pelo menos... – omma pediu abraçando-me pela cintura. – Tem certeza de que não vão comer nada queridos?

_ Obrigada ajumma, vamos comer no caminho! Estamos atrasados para um compromisso, e o seu filho esta se esquecendo das obrigações... – Key disse amigável.

_ Então me dêem um beijo! – disse depositando um beijo em minha bochecha.

   Dos despedimos, e ajeitamos nossa bagagem na mala do carro enquanto Onew apontou na calçada, suas mãos coladas nas de Min Hee e um sorriso exageradamente grande enfeitando seu rosto.

_ Podemos? – Key apontou para a porta do carro já escancarada, orientando Onew a entrar.

_ AAAAISH... – virou-se, surpreendendo Park Min com um rápido beijo, e riu da surpresa que causou. – Tenho que ir... – segurou as mãos dela com um pesar nos olhos, estava obvio que ele não queria ir.

_ Ya! Já se despediram! Vamos, vamos! – Key puxou-o pelo braço, empurrando-o para dentro do carro.

   Encarei os olhos dela por alguns segundos, ela estava feliz. Tão feliz quanto Onew, e eu me senti bem por isso. No fim das contas, tudo pareceu valer a pena, todo o drama e dor... Tudo fora compensado no final.

_ Boa viagem... – Min aproximou-se de mim com um abraço amigável. – Obrigada Ana! – sorriu ainda abraçando-me. – Você abriu meus olhos, você disse coisas que eu estava tentando negar a mim mesma, obrigada por isso! – beijou minha bochecha.

_ N-não foi nada! – disse sem graça. – Eu só quero que Onew seja feliz! Quero que vocês sejam felizes, muito felizes juntos! E se precisar conversar, você me liga! – pedi. – Conversar sobre qualquer coisa mesmo, não hesite! – demos um ultimo abraço e eu entrei no carro para que Kibum despedisse-se dela.

   Partimos.

   Onew não conteve seu entusiasmo. Falou tanto que Key permaneceu acordado durante a viagem inteira. Sua felicidade era contagiante, e não conseguíamos não sorrir vendo o qual entusiasmado estava com seus planos futuros. Onew era definitivamente bom, e merecia ter toda a felicidade do mundo!

   Mas um sentimento estranho e egoísta surgiu dentro de mim, como se eu tivesse perdido meu amigo. Como se ele não fosse mais ser meu confidente, como se nossos momentos de conversa jamais fossem acontecer novamente. Senti que aos poucos estava perdendo quem realmente era importante pra mim. Primeiro JunHyung – que havia me deixado – e depois Onew. Tremi só de pensar em perder Kiseop;

_ Ah, falando em fofura... Onew, que historia é essa de Ontokki? – ri. Ele não esperava tal pergunta.

_ Ah, é um apelido antigo! – coçou a cabeça, concentrado na estrada.

_ Eu conto! – Key disse entusiasmado.

_ NÃO! NÃO CONTE!

_ VOU CONTAR, PARA DE GRITAR! – minha poker face* para a pequena discussão dos dois. – É o seguinte... – suspirou. – Já reparou nesses dois dentes da frente do Onew hyung? – disse segurando o riso.

_ O que tem? – disse rindo da cara dos dois.

_ São como dentes de coelho, certo? – não se conteve mais, gargalhando.

_ Respeite seu mais velho Kibum! – Onew tentou ser serio, mas aquilo definitivamente não combinava com ele.

_ Então... Ontokki é a junção de On, de Onew e Tokki*, coelho! Mas se fosse eu quem tivesse dado esse apelido, escolheria chama-lo de Lee Tok-Ki, porque eu gosto de Lee... – desafiou Onew com os olhos.

_ Isso é verdade Ontok, digo, Onew? – rimos.

   Não demoramos muito para chegar em Seul. Onew entrou na cidade logo depois do almoço, não havíamos comido nada a viagem inteira – assim como Key disse que iríamos fazer – porque eles estavam atrasados demais para umas fotos, seguidas de uma apresentação em um programa de variedades...

   Mal nos despedimos, Key estava muito falante, muito mandão e hiper-ativo, de modo que empurrou-me para fora do carro, abraçando-me rapidamente e proibiu Onew de descer do carro, obrigando-o a seguir caminho assim que eu virei-me para a porta.

   Abri a porta saudosa. Não fiquei fora nem dois dias, mas estava morrendo de saudade, e tinha motivos para isso.

   Me desfiz de meus sapatos perto a porta, entrando silenciosa pela sala com minha mochila em mãos.

_ Omma? – perguntei. – Omma est

_ Ana! – Kiseop apontou na sala, sua boca discretamente suja com creme dental, e seu cabelo despenteado. Descalço, vestido com seu conjunto cinza de moletom, aquilo não fazia sentido. Abraçou-me com cheiro de hortelã, apertando-me forte contra seu corpo. – Como foi? Como foi la? – perguntou baixo.

_ Foi tudo bem... – disse.

_ Como assim bem? E a parte que ela ia casar com outro e...

_ Não aconteceu casamento! – ri de sua expressão surpresa. – Ela desistiu, ela disse ‘sim’ e depois disse que não podia, e saiu correndo...

_ Inacreditável... – disse afastando-se de mim. – E Onew-shi?

_ Esta feliz! Os dois estão juntos agora, ao que tudo indica... – suspirei.

_ E você esta bem quanto a isso? – encarou o fundo de meus olhos.

_ Estou! Claro! – desviei os olhos, ameaçando seguir para o quarto.

_ Ana. – segurou em meus braços. – Pode confiar em mim...

_ Eu estou bem Kiseop... – disse rindo. – Fiquei preocupada demais com ele, e demorou pra que eu acreditasse que tudo aquilo era verdade! Tudo pareceu surreal demais, a maneira como no fim deu tudo certo...

_ A maioria dos casos são assim... – ele tomou a mochila de minhas mãos, guiando-me ate o sofá. – As coisas dão certo no final... – sorriu, sua luz própria iluminando seu rosto.

_ Espero que esteja certo... – suspirei, sentando-me no sofá, e ele ao meu lado.

   Encostei minha cabeça em seu ombro, sentindo o cansaço da viagem pesar sobre meu corpo.

_ A propósito, sua boca esta suja... – avisei-o rindo.

_ Onde? – meu coração acelerou por culpa da expressão fofa e confusa de Kiseop.

_ Aqui! – passei o dedo no canto de seus lábios, limpando a mancha. – Onde esta omma, appa, Hyori... ? – não que eu me importasse com Hyori.

_ Minha tia, mãe da Hyori esta doente... Nada muito grave! Eles voltam ainda hoje... – suspirou – Eu fiquei porque sabíamos que você voltaria, e não ter ninguém em casa não seria uma boa idéia...

   Kiseop acariciava meus ombros, nos dois completamente largados no sofá maior, em silencio. Eu me perdia em um milhão de devaneios, e Kiseop mantinha seu olhar frio;

_ No que esta pensando? – perguntei curiosa, erguendo meus olhos para encara-lo.

_ Sabe... Se algum dia nos casarmos, n-não me deixe no altar! – que preocupação mais sem nexo. Ri. – Estou falando serio! Se não quiser se casar comigo, me diga! Eu vou fazer de tudo pra conquistar você todos os dias... Mas não me deixe esperando por você... – meu sorriso desapareceu assim que notei a seriedade de seus pensamentos.

   Aquela era uma hipótese sem sentido, mas ele parecia preocupado, realmente preocupado.

_ Não faz sentido pensar nisso agora... – disse segurando em sua mão.

   Kiseop segurou-me de maneira estranha, eu encarei em seus olhos, procurando descobrir o que ele pretendia, mas fui surpreendida com um beijo no pescoço. Apenas um beijo.

   Ele selou seus lábios ali, e aterrou sua cabeça em meu ombro, mas meu corpo inteiro arrepiou-se.

   Lembrei-me automaticamente sobre uma explicação que SoonHyun havia me dado sobre ‘tipos de beijos’

   “Um beijo no pescoço significa desejo total...” – berrou algo mais ou menos assim quando eu contei ter recebido um beijo de JunHyung no mesmo lugar.

_ Hm... – limpei a garganta – O que esta fazendo? – perguntei envergonhada.

_ Nada... – sua voz sendo abafada pelo atrito em minha pele. – Eu senti sua falta...

_ Também senti a sua... – disse perdendo meus dedos nos fios embaraçados de Kiseop.

_ Mesmo? – seu tom de duvida, ainda escondendo o rosto em meus ombros.

_ Mesmo... – sorri.

   Então, como se eu já não estivesse envergonhada o suficiente, Kiseop beijou meu ombro, e seguiu com uma trilha de beijos ate meu pescoço. Subindo beirando minha nuca, ate mordiscar o lóbulo de minha orelha, e fazer-me arrepiar por inteira. Droga, o que Kiseop estava querendo?

_ Aish... – resmunguei involuntariamente, baixinho... Estava completamente imóvel, a mercê das ações de Kiseop, mas não estava preparada para ir alem.

   Ouvi dizer que nos sempre sabemos quando é à hora certa...

_ K-Kiseop... – recuei.

_ Me desculpe! – passou as mãos pelos cabelos. – Me desculpe Ana! – seus olhos percorriam pelo tapete, afobados.

_ Tudo bem... – disse levantando-me. – Estou com fome... Comeu o que? – perguntei indo para a cozinha.

_ Nada... Acabei de acordar... – suspirou levantando-se também.

   Kiseop assustou-me novamente, mas dessa vez abraçava-me por trás. Segurava-me firme em seus braços, envolvendo minha cintura com certa força, apoiando sua cabeça em meu ombro.

_ Me desculpe... – disse novamente. – Eu só estou ansioso, mas eu sei que... Enfim... – hesitou. – Eu estou disposto a esperar por você... Só não sei até quando conseguirei ser forte!

   Senti meus joelhos tremerem. 


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Notas finais do capítulo

Bem, talvez (quem não ´´e mt fã de SHINee) alguém não saiba, mas Ontokki ´´e um dos apelidos do Onew... Um dos muitos apelidos que ele tem! keke~~
Bem, quero me desculpar caso esse cap não tenha sido de acordo com as expectativas de vocês... Eu o escrevi tantas vezes (meu computador deligando sozinho INÚMERAS vezes) Que algumas ideias legais que tive na hora, acabei perdendo, e inventando coisas novas e enfim... Confesso que estou um pouco perdida, mas esse final ja deu uma deixa para coisas que aconteceram em breve... (66' *cof* Ok, espero que tenham gostado, e ´´e isso, obrigada mesmo por lerem, vocês são incríveis!



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