Eu acordei naquela segunda feira de manhã cedo por Ana que havia dormido no meu quarto, passamos a noite em claro estudando para a prova de ciências e de história do dia seguinte. Dei um pulo da cama quando vi que faltavam vinte minutos para o começo da primeira aula.

Vesti as primeiras peças de uniforme que eu vi e sai apressada com os livros na mão. Havia só passado um perfume e colocado o cordão que papai me dera no dia do casamento dele, eu nunca me perdoaria se o perdesse. Ana vinha atrás de mim correndo pelo campus, estávamos indo para o Bloco L, era quase no ginásio de esportes.

Chegamos ofegantes na sala, o professor estava entrando na sala. Ocupamos nossos lugares, e alguns alunos riram do nosso desespero. Passei a mão pelo me ucabelo e tirei o espelho de maquiagem da mochila. Ainda faltavam cinco minutos para o início das aulas. Eu estava bem, mais bonita do que nunca e charmosa. Sorri e guardei o espelho, era hora de me concentrar na prova.

O Professor entregou a primeira prova, de ciências. Conforme eu havia estudado bastante, e estava tudo muito fácil, em vinte e cinco minutos fiz a prova e peguei a de história que estava um pouco mais complexa, foram os quarenta minutos mais longos da minha vida. 

Quando terminei a prova, peguei os meus cadernos e livros que estavam junto comigo. Eu tinha aula de Biologia depois do intervalo das primeiras provas. Eu sai pelos corredores apressada, estava distraida olhando no meu celular a anotação de qual era a pagina de dever de casa. 

Assim que eu sai do prédio do Bloco L e virei para o resto do campus eu trombei em alguém que parecia estar com muitos livros também. Todos os meus cadernos e livros cairam, menos o celular que estava na minha mão. Eu me assustei e olhei em quem eu tinha esbarrado e derrubado as coisas dessa pessoa.

Eu arfei.

Era um garoto lindo, era o garoto. Era o mesmo garoto que eu havia conhecido na festa de casamento dos meus pais, só que mais velho e mais bonito. Seus cabelos loiros estavam mais bagunçados, mas ainda com estilo. Seus olhos azuis cintilantes estavam mais vivos e o seu sorriso timido que havia me encanto, me encantou de novo. Ele estava mais forte e me analisava sorrindo pelo canto da boca.

-D-Desculpe... -gaguejei e ele sorriu mostrando seus dentes perfeitos- Foi sem querer, eu estava distraida... -eu disse tentando evitar aqueles olhos maravilhosos e aqueles lábios sedutores

-Não se preocupe. -ele sorriu e nos abaixmaos para pegar os livros- Você é Sophie não é? Se lembra de mim? -perguntou ele tocando minha mão sem querer enquanto iamos pegar um mesmo livro. Era o mesmo toque sensível de três anos atrás, eu não tinha esquecido

-L-Lembro, eu acho. 

-Tiérry Dark. -ele disse estendendo a mão. A vontade que eu tive foi de beijá-lo, mas reisti- Nos conhecemos na festa de casamento do seu pai. -ele sorriu, estava com um relógio DG e um óculos da mesma marca no bolso da camisa.

-Não me diga que é filho do dono da DG. -eu disse- Tenho um dos relógios das linhas femininas e os perfumes, são os melhores.

-Então eu acho que não preciso dizer que sou filho do dono da DG,

Eu ri surpresa e ele apertou minha mão, eu retribu não querendo soltar mais aquelas mãos macias dele.

-Desculpe de novo Tiérry. -eu disse ajeitando os cabelos e notei que ele me analisava sorrindo- Está estudando aqui no colégio?

-Estou, e pretendi ficar até o fim do ensino médio, estou no primeiro ano. -ele sorriu e baixou os olhos- É bom te ver de novo Sophie, eu lemtno por seu pai, parece meio tarde pra isso, mas nunca adie para depois, o que você pode fazer agora. -ele sorriu e eu ri, ele era tão pensativo.

-Obrigada. -eu sorri e notei que ele estava com todos os livros na mão Deixa que eu pego meus livros...

-Não. -ele disse segurando, os braços dele eram fortes por que ele carregava a mochila também- Pensei se não poderiamos lanchar juntos, provavelmente seremos da mesma turma. -ele olhou para os livros dele e depois para a calça- Se importa em pegar o horáriio no meu bolso, é estranho pedir isso, mas... -ele acenou para os livros.

Eu sem graça coloquei a mão no bolso dele, senti de leve a pele dele, era macia como a de sua mão, tateei o papel e o puxei corando.

-A Mesma turma? -ele perguntou

-A Mesma turma. -assenti sorrindo- Nossa próxima aula é de Biologia.

-Estava indo estudar?

-Estava, mas acho que vamos lanchar agora não?

Ele sorriu e acenou para a cantina.

Aquele fora um dos melhores esbarrões da minha vida, realmente.

O Mundo davava voltas.