Amor Mascarado 2 escrita por LunaCobain


Capítulo 6
A Rat In A Cage


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem a demora... Tristemente tenho que dizer que vou demorar mais para postar mesmo, pois a escola está sugando minha vida! Não tenho mais tempo para mim, passo as tardes na escola também por causa do bendito do teatro. Enfim, espero que me desculpem.



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Desci pelos túneis conhecidos, sem precisar passar pelo Lago, e encontrei Erik sentado a mesa, sem Brigitte, paralisado.

-Erik? Ele levou um susto, mas respirou fundo.

-Oi, Cathy.

-Vai me contar o que aconteceu?

-Vou. – ele respirou fundo. –Acharam o corpo de Matt.

Meu Deus. Naquela hora, tinha caído a ficha. Eu nem sabia o que ele tinha feito com o corpo de Matt, sempre fora melhor tapar o sol com a peneira.  

-Erik... - eu sussurrei, apavorada. -E agora?

-Eu não sei, Catherine. Acho que eu vou ter que fugir.

-Você? - No que ele estava pensando? Em me excluir? Ele não podia.

-Não posso te envolver nisso. Você fica. Seria até melhor se você ficasse com seus pais enquanto isso.

-Erik, eu não posso ficar longe de você desse jeito, sem saber quando você volta, ou o que vai acontecer com você.

-Catherine. Vai dar tudo certo. Não preciso ir agora. Não sei se eles vão seguir com uma investigação séria, mas se eles o fizerem, então eu serei forçado a ir embora e não posso te levar junto. Respirei fundo. Isso tudo  era loucura.  ______________________________________________________________ Uma semana depois

-Erik, por favor, fica.

-Anjo, eu não posso. Me desculpe, preciso ir. Mas saiba que eu voltarei para você.

Respirei fundo. Não estava pronta para ficar ser Erik. Lágrimas caíam dos meus olhos, deslizando pelas minhas bochechas. Erik me abraçou forte, aninhando minha cabeça em seu peito, tentando me acalmar.

-Se eu não for agora, talvez não possa ficar com você nunca mais. - ele sussurrou no meu ouvido.

Puxou meu rosto para ele, me beijou e, em um piscar de olhos, Erik já não estava mais lá. Não havia muito o que fazer no momento. Já sentia um vazio enorme se abrir no meu peito.

POV Erik

Eu sabia exatamente para onde ir. A algum tempo atrás, antes de começar a ficar com Catherine, eu me vi na obrigação de alugar um apartamento do outro lado da cidade, sob uma identidade falsa. Era um flat, não muito grande, mas confortável. Não ficaria muito tempo ali, no entanto, - achava mais seguro sair do país por um tempo. 

Tudo em que eu conseguia pensar era Catherine. Imagens dela passavam pela minha cabeça sem parar. Eu já sentia saudades. Larguei minha mala sobre a cama, buscando dentro dela um desenho que eu fizera de Cathy em segredo. Eu não sabia se conseguiria ficar longe dela, mas era para seu próprio bem. Eu precisava fazer isso. Mas eu tinha saído da casa do Lago tão bruscamente... Talvez tivesse sido rápido demais. 

E então algo passou pela minha cabeça. Catherine tinha acabado de voltar ao seu estado normal, depois de dias em estado de choque - por minha culpa. E se ela voltasse? Pior, e se ela piorasse? Não. Eu não podia pensar nisso porque isso me faria voltar. Se eu voltasse, talvez fosse pego como quase fui a décadas atrás, e meu anjo poderia se machucar. Nada disso, eu não voltaria. Não tão cedo. __________________________________________________________ POV Cathy

Assim que Erik foi embora, eu me senti desnorteada. Eu não sabia o que fazer sem meu anjo para cuidar de mim. Lágrimas escorreram pelo meu rosto, sem que eu nem tentasse evitar, e em pouco tempo eu estava no chão, soluçando de um jeito tão desesperado que quase me assustava. 

No dia seguinte, acordei molhada, no chão - no lugar onde tinha começado a chorar no dia anterior. Meu cabelo  estava uma desordem completa, emaranhado, minhas roupas amassadas. Não importava. Erik não estava mais comigo, e isso era tudo. Nada mais tinha interesse para mim. 

Suspirei, me levantando devagar, meu corpo dolorido da noite no chão. Peguei roupas limpas - um jeans branco rasgado e uma camisa xadrez azul e vermelha, totalmente contra a sociedade local -, desembaracei meu cabelo e escovei os dentes. Tinha que pensar no que fazer. Caí na cama com um suspiro ainda maior. Mas não, aquilo estava errado. Não no quarto branco, eu precisava pelo menos ir até o quarto preto, o quarto onde Erik passara seu pedaço de eternidade.

Abri a porta alta, de ébano, e lá estava o refúgio do meu anjo. Ainda tinha o cheiro dele, os lençóis escuros estavam intactos. Abri o armário dele, encontrando algumas de suas camisas brancas, um par de coturnos pretos e sua adorada capa preta. Ele tinha levado todas as máscaras. Olhando para baixo encontrei uma rosa amarrada com um laço preto, no chão do armário. Ótimo. Ele sabia que eu ia procurar por coisas dele.  Tirei minha camisa xadrez para colocar uma das camisas dele. Ficou gigante para mim, mas de qualquer jeito parecia simplesmente perfeito.

Algumas lágrimas solitárias fizeram seu caminho pelo meu rosto. _________________________________________________________ -Mãe, eu não quero ir embora!

-Catherine, não é uma opção. É só uma viagem em família e você está indo com a gente. Vai ser ótimo! Afinal, quem nunca teve vontade de conhecer a Itália?

-Eu. - eu murmurei de mau humor. Já tinha mais de um mês desde que Erik fora. O tempo passara de uma forma vagarosamente torturante. Eu sentia que podia desaparecer a qualquer momento, não tinha ninguém para cuidar de mim, para se importar comigo. Só Michelle, que queria me forçar a esquecer dele e Luigi, que era mais submisso do que um cachorro.  E então eu estaria na Toscana em poucos dias, longe de qualquer coisa que pudesse me lembrar de Erik, meu anjo.

Saí correndo pelos corredores escuros do Teatro Abeau, achando uma das passagens e voltando a Casa do Lago tão rápido quanto podia. Tirei do bolso da calça preta que estava usando um desenho de Erik que eu fizera depois de uma das primeiras vezes em que o vi. Aquele desenho tinha ficado esquecido por um longo tempo, mas acabei achando no fundo de uma das minhas gavetas. Não sabia como tinha conseguido capturar tantos detalhes de Erik sem nem sequer olhar para ele. Golpe de sorte.

Lágrimas desceram pelo meu rosto silenciosamente e eu deitei na cama do quarto preto, enquanto cantarolava uma música que traduzia totalmente meus pensamentos na hora. 

The world is a vampire, set to drain

Secret destroyers, hold you up to the flames

And what do I get for my pain?

Betrayed desires and a piece of the game.

Even though I know, I suppose I'll show 

all my cool and cold - like old job

Despite all my rage I am still just a rat in a cage

Despite all my rage I am still just a rat in a cage

And someone will say "What is lost can never be saved"

Despite all my rage I am still just a rat in a cage

Now I'm naked, nothing but an animal

But can you fake it just for one more show?

And what do you want? I want change

And what have you got whe you feel the same?

Even though I know I suppose I'll show

All my cool and cold - like old job

Despite all my rage I am still just a rat in a cage

Despite all my rage I am still just a rat in a cage

And someone will say"What is lost can never be saved"

Despite all my rage I am still just a rat in a cage


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Notas finais do capítulo

A música - que por sinal, é ótima e eu estou viciada - chama "Bullet With Butterfly Wings", do The Smashing Pumpkings.
Deixem reviews please, para me motivar nessa situaçõ dificil... haha, espero que tenham gostado.
Bjos, Luna :*



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