Amor Mascarado 2 escrita por LunaCobain


Capítulo 5
Retorno


Notas iniciais do capítulo

Oi galeera



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POV Erik

            Dei um tempo para Catherine tomar banho e comer alguma coisa decentemente. Ainda não passavam das onze da manhã, mas eu sabia que ela não tinha dormido bem, e eu também não conseguira nem fechar o olho de noite. Abri a porta do quarto dela devagar, espiando para dentro.

            -Cathy?

            Ela estava linda. Lá estava ela, minha Catherine outra vez, do jeito que eu a conhecia. O cabelo molhado caindo pelas costas, a camisola azul Royal combinando com o tom escuro das suas ondas escuras e da pele macia de Cathy. Obviamente ela estava tendo problemas com o cabelo comprido, a escova enroscando-se entre os fios.

            -Ahm, oi. – ela disse, tentando desfazer os nós.

            Cheguei perto dela e peguei a escova de suas mãos, escovando cada mecha com cuidado, desembaraçando tudo.

            -Obrigada. – ela disse, e parecia feliz.

            Deixei a escova em cima da penteadeira azul-bebê num canto do quarto, e olhei para Catherine.

            -Sente-se melhor? –perguntei, preocupado.

            Ela assentiu, sorrindo, e me abraçou.

            -Obrigado por ter tido paciência comigo, anjo.

            -Era minha obrigação, Cathy. Tudo o que te aconteceu foi culpa minha, e eu tinha que consertar, cuidar de você.

            Ela me abraçou ainda mais forte.

            -Foi culpa minha, Erik. Eu não devia ter perguntado nada, você tinha me avisado.

            Eu deslizei meus dedos pelo cabelo úmido dela, e suspirei.

            -Não está com sono, Bela Adormecida?

            -Estou. – Catherine murmurou, os olhos fechando-se.

            Eu a levantei nos braços e a coloquei na cama, enquanto ela ria.

            -Eu amo você. – Cathy sussurrou, enquanto me puxava para ela.

            -Eu te amo, Catherine. – eu disse, e comecei a beijar seu pescoço, meus braços apertando seu corpo contra o meu.

            Deslizei uma das mãos pelas suas coxas, enquanto a segurava com a outra. Cathy tinha as mãos nas minhas costas, e gemia meu nome. Ela ia me deixar louco! Meu Deus, era tão bom ouvi-la gemendo meu nome...

            POV Catherine

            Erik deslizou a mão pelas minhas coxas enquanto eu passava as mãos pelas costas fortes dele. Ele começou a subir minha camisola, devagar, e eu aproveitei para ir tirando a camiseta dele. Em questão de segundos, nossas roupas estavam no chão, e Erik estava me levando ao paraíso.

            -Erik... – eu sussurro, sentindo-o dentro de mim.

            Chegamos ao ápice juntos, e Erik se deita do meu lado, me apertando contra ele.

            -Já estava com saudades disso, anjo. – ele sussurrou no meu ouvido, e eu dei um sorriso torto para ele.

            -Somos dois.

            Meu corpo todo estava mole, e eu estava mais cansada do que antes. Fechei os olhos em alguns segundos, com Erik me apertando forte.

            Fazia muito, muito tempo que ele não me segurava daquele jeito. Da última vez, ele estava assustado por causa de Matt, com medo de me perder. Não queria que ele estivesse pensando nisso de novo. Suspirei, abrindo um pouco os olhos para encarar meu braço, que ainda sangrava um pouco. Não culpava Erik por pensar desse modo, de qualquer jeito. Eu era a culpada.

            -Está tudo bem, Cathy? – ele sussurrou no meu ouvido.

            -Sim. – eu disse, virando um pouco a cabeça para olhar para ele e sorrir.

            Meu anjo apoiou a cabeça no meu ombro e beijou minha bochecha.

            -Boa noite. – eu murmurei, antes de voltar a fechar os olhos.

            -Boa noite, Cathy, mas são mais ou menos onze horas ainda.

            Em alguns segundos depois disso, eu estava dormindo.

            Por volta das cinco da tarde do mesmo dia...

            -Erik? Catherine? – alguma voz chamou.

            No começo, pensei que estivesse sonhando com a voz também, mas então senti Erik se mexer do meu lado, e abri os olhos devagar. Brigitte estava parada a frente da porta aberta, com uma expressão preocupada e um pouco envergonhada. É claro, olhei para mim e para Erik, a cama bagunçada, nossas roupas no chão. “Meu Deus, ela tem sempre que aparecer nas melhores horas?” Com esse pensamento, não pude contar uma risada – embora minha vontade fosse de gargalhar.

            -Erik, se vista. Preciso falar com você. – ela disse, chocada, saindo do quarto e fechando a porta atrás de si.

            Erik riu de leve e beijou meu cabelo antes de se levantar e se vestir. A seguir, ele saiu do quarto e foi falar com Brigitte. Eu encarei o teto por algum tempo, antes de decidir ver sobre o que eles estavam falando. O que poderia ser tão importante?

            Peguei minha camisola azul do chão e a vesti rápido, tentando arrumar o meu cabelo sem demorar muito e saí do quarto.

            Os dois estavam sentados a mesa, um de frente pro outro, parecendo aflitos.

            -O que aconteceu? – eu perguntei, chegando atrás de Erik.

            Os dois hesitaram, me olhando nervosos.

            -Cathy, meu amor, acho melhor eu te contar isso depois. É importante. Pode nos dar licença um pouco? Suba e vá rever suas amigas, sei lá.

            Olhei para Erik indignada e um pouco brava, por ele praticamente me mandar ir embora, mas fiz o que ele pediu. Os dois que se entendessem, agora eu não queria mais ficar lá.

            Fui ao meu quarto, vesti um jeans preto rasgado e uma camisa branca, coloquei meu par de coturnos marrons e penteei meu cabelo decentemente.

            Subi pelos túneis que agora eu conhecia como a palma da minha mão, chegando até o meu antigo quarto no Teatro Abeau. O quarto estava deserto. Saí para encarar os corredores familiares que parecia fazer uma eternidade que eu não via.

            -Catherine? – uma voz perguntou, saindo de um corredor a minha direita.

            Virei a cabeça instintivamente, para ver o garoto ruivo que eu costumava evitar. Arnaud. Ele tinha crescido uns palmos, estava mais alto do que eu, e devia estar malhando.

            Eu sorri, tentando ser simpática.

            Ele correu para perto de mim, sorrindo.

            -Você está linda. – ele disse, mas não parecia estar dando em cima de mim como costumava. – Preciso te apresentar a alguém – Arnaud sorriu e pegou minha mão, me levando até o salão principal, onde os ensaios dos quais eu tanto sentia falta estavam acontecendo. Ele soltou minha mão e me pediu para esperar um pouco.

            Quando ele voltou, uma garota da minha idade estava atrás dele. Era provavelmente a menina mais bonita que eu já vira na minha vida, e eu não pude deixar de sentir inveja dela. Era uma mulata, a pele de uma cor linda, o cabelo ondulado preto caindo pelas costas em ondas, os olhos verdes. Eu daria minha alma para ser bonita como ela. “Está pensando em besteira, Catherine”, eu pensei.

            -Esmeralda, esta é Catherine, de quem te falei. Catie, esta é Esmeralda, minha namorada.

            Eu sorri para os dois.

            -Arnaud, parabéns! – eu disse, e cumprimentei Esmeralda com um abraço.

            Ela sorriu em retorno.

            -Eu já volto. – Arnaud murmurou, e foi tomar parte nos ensaios – eu nem sabia que ele participava agora.

            -Então, você é a esposa do famoso Fantasma da Ópera, não é?

            -Pode-se dizer que sim. – eu respondi.

            -Arnaud me falou muito sobre você. Na verdade, ele não para de falar de você.

            -Sério?

            -Sério. – Esmeralda suspirou. -É meio entediante, mas quem sabe eu o faço parar.

            Eu sorri, tentando descobrir se ela ficaria com raiva.   

            -Ele sempre gostou de você? – ela pergunta.

            -Desde que eu me conheço por gente. Mas pensei que vocês... - comecei, mas fui interrompida.       

            -Sim, estamos namorando. Mas sinto como se Arnaud estivesse me usando para tentar te esquecer.

            Foi minha vez de suspirar.

            -Arnaud é ótimo, mas eu não quero nada com ele. Sou casada. – eu murmurei quieta.

            -Eu sei, não estava pensando nisso. Você é da família Daaè, não é?

            Segurei a vontade de revirar os olhos para aquela menina simpática que me causava inveja.

            -É, é verdade. E você?

            -Minha família vem de ciganos. – ela disse.

            -Isso é muito legal!

            Nós duas sorrimos. Se eu conseguisse ficar mais no Abeau, seriamos boas amigas.

            -Como ele é? – Esmeralda perguntou, de repente.

            Eu a encarei com um ponto de interrogação na cara.

            -Seu marido. Sabe, o Fantasma da Ópera bota medo em todo mundo, mas você parece alguém bem normal. Diferente de quem eu imaginei que se casaria com alguém com essa fama que ele tem.

            -Ah. Ele sabe ser assustador quando quer, mas ele não é mais assim. Na maior parte do tempo, ele é gentil e doce. E bonito, mas eu sou suspeita para falar. Eu amo ele.

            -Isso é tão fofo. – Esmeralda disse com um sorriso bobo, e então Arnaud estava na nossa frente.

            -Esmeralda, está na hora de irmos. Desculpe Catherine, mas combinamos de jantar com meus pais, e já está na hora. Obrigada por fazer companhia para a minha namorada. – ele disse.

            Despedi-me dos dois e os assisti indo embora.  Dei mais algumas voltas pelo lugar que eu costumava chamar de lar, e encontrei algumas de minhas amigas – Mirelle, Audrey, Adrienne e Matilde. Depois de mais de uma hora de conversas e fofocas com elas, para relembrar os velhos tempos, elas foram comer também, e eu tinha que voltar para a casa do Lago.

            Desci pelos túneis conhecidos, sem precisar passar pelo Lago, e encontrei Erik sentado a mesa, sem Brigitte, paralisado.

            -Erik?

            Ele levou um susto, mas respirou fundo.

            -Oi, Cathy.

            -Vai me contar o que aconteceu?

            -Vou. – ele respirou fundo. –Acharam o corpo de Matt.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam dos reviews :D
Bjos, Luna :*



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