Amor Mascarado 2 escrita por LunaCobain


Capítulo 22
Jean-Luc


Notas iniciais do capítulo

Podem me xingar, me sequestrar, me perseguir com tochas e garfões... Eu sei que eu demorei séculos pra postar esse capítulos. A inspiração não me veio.



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–Por que estão aqui? - ela perguntou, inquieta.

Eu e Erik nos entreolhamos. Ele segurou minha mão, e eu tive uma sensação estranho de dejavú.

–Nós achamos que vocês deveriam saber que vão ser avós.

Luigi sorriu, Michelle escancarou a boca.

–De novo?

Revirei os olhos, devagar.

–Sim, Michelle. Mas dessa vez, vai dar tudo certo. - Erik disse, me oferecendo um sorriso.

Assenti devagar, assim como Michelle, ainda que ela parecesse muito estranha.

Dessa vez, vai dar tudo certo. , pensei.

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POV Erik


A gravidez de Catherine passou voando, sem grandes complicações, acompanhada e monitorada por médicos.

Estávamos num táxi, indo em direção ao hospital. Esperávamos que o parto fosse normal, mas ainda assim, com todas as contrações que Cathy estava tendo, o médico achou melhor mandá-la para o hospital antes de corrermos o risco de sermos pegos de surpresa. Fui no banco de trás com Catherine, que parecia estar muito nervosa. Eu estava mais ansioso do que nervoso, não via a hora de segurar meu filho no colo. Segurei a mão da minha amada, tentando confortá-la de alguma maneira. Seus olhos procuraram os meus, aflitos, e eu a olhei de volta, observando-a calmamente. A gravidez lhe caíra bem. A pele estava ainda mais macia, o cabelo, mais brilhoso, o sorriso mais constante.

E era minha. Minha Catherine, meu anjo, meu amor. Cathy era minha família, e seus braços eram meu lar.

Mesmo ali, tão aflita ao meu lado no táxi. Os olhos dela se desviaram dos meus quando o táxi chegou ao seu destino, o hospital. Ela olhou para a gigante construção antiga. Eu sai do carro, levando a pequena mala - com tudo o que precisariamos para ficar alguns dias no hospital,- dei a volta no automóvel e abri a porta para ela. Cathy pegou minha mão e, entrelaçando seus dedos nos meus, nós fomos até a recepção do hospital. Nos informamos sobre o número do quarto, pegamos a chave e subimos de elevador até o sétimo andar. Abri a porta do quarto, número 74, para ela, deixando a mala no chão por um instante. Catherine entrou, receosa, observando cada mísero detalhe do recinto. Fechei a porta, trazendo a mala para dentro e deixando-a em cima de uma poltrona creme.

Me aproximei de Cathy lentamente, abraçando-a por trás, deslizando os dedos por sua barriga. Ela estava preocupada, dava para perceber pelo olhar tenso, as sobrancelhas franzidas. Tinha certeza de que ela estava assustada com a ideia de acontecer o mesmo que acontecera com Amelie. Mas não iria. Tudo daria certo. Mas Cathy, dentre todas as pessoas, era quem mais precisava acreditar nisso.

–Vai dar tudo certo. - eu sussurrei pra ela. -Eu vou estar do seu lado a cada mísero segundo pra te dar forças, Catherine.

Ela sorriu, e pôs suas mãos pequenas em sua barriga, sobre as minhas.

–Eu te amo. - eu disse, beijando a pele macia de seu pescoço.

–Eu também te amo, Erik.

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O grito de dor de Cathy ecoou pela sala, me dando arrepios. As mãozinhas dela seguravam as minhas com uma força extraordinária, mas eu não estava me preocupando com isso naquele momento.

–Precisamos que você empurre com força, sra. Catherine. - o jovem médico disse.

–Empurre com essa força que está usando pra apertar minha mão, Cathy. - eu sussurrei, ajoelhado ao lado da maca.

Mais um grito ressoou pelo local. Era difícil ver meu anjo naquela situação.

–Força, anjo. - eu continuei incentivando, sentindo a força com que ela apertava a minha mão aumentar.

Depois de minutos a fio, ouvi o choro tão esperado de criança. Cathy, exausta, recostou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos com força. Os enfermeiros limpavam o bebê, antes de dá-lo para mim. Enquanto isso, o médico dava mais anestesia à Catherine, que estava praticamente desmaiada. Eu queria que ela visse nosso filho - nosso tão esperado filho -naquele exato momento, tão lindo, tão glorioso. Mas, obviamente, ela não estava em condições. Tudo bem, teríamos muito tempo para isso. Agora ela precisava se recuperar.

E logo ela poderia ver a criança mais linda do mundo, e segurá-la em seus braços.
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Já estávamos de volta ao quarto 74, Cathy e eu. Ela acabara de acordar, mas ainda estava se sentindo tonta e sonolenta, meio mole. Eu estava sentado ao lado da cama dela, acariciando-lhe o cabelo negro. Ela se limitava a me olhar de volta, com os olhos semi-cerrados.
Então ouvi duas batidinhas na porta.

–Pode entrar. - eu exclamei, sem querer sair do lado de Catherine.

Uma enfermeira loira entrou, segurando nosso filho em seus braços.

–Ele precisa mamar. - ela disse a Catherine. Meu anjo apenas assentiu, pegando o bebê em seu colo pela primeira vez, vendo-o pela primeira de muitas vezes. Nunca me esqueceria do sorriso que ela deu em seguida. Foi o sorriso mais radiante que eu já vi tomar conta de seus lábios.

Catherine abriu os primeiros botões da camisola do hospital, e começou a amamentar a nossa linda criança. Ela fez uma careta de leve.

–O que foi? - eu perguntei.

–Isso dói. - ela viu minha expressão preocupada e sua própria expressão se acalmou. Ela me deu um sorrisinho. -Não é nada a que eu não possa me acostumar, Erik. Não se preocupe.

Sorri um pouco, aliviado.

Quando nosso filho terminou de mamar, ela tornou a fechar os botões e depois me olhou, serenamente.

–Ele é lindo, Erik. Tem os seus olhos.

–E o seu cabelo escuro. - eu disse.

–Parece com nós dois. - ela parecia satisfeita.

–Mas é claro, Catherine. Essa criança é o fruto do nosso amor.

Ela sorriu um sorriso lindo.

–Tem razão. Jean-Luc é lindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Bjos, Luna :*



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