Amor Mascarado 2 escrita por LunaCobain


Capítulo 15
Novo... Lar?




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–O que aconteceu?

–Nada. Nada importante. - eu menti. Não queria dizer que o meu marido, do qual eu não me lembrava, tinha sido preso por algum motivo que eu desconhecia e que agora eu precisava tirá-lo de lá.

–Você mente muito mal, Catie.

–Eu minto muito bem, só no estou no melhor dia.

–Dá pra perceber.

Eu fiquei encarando o menino por um momento. O nome dele era Arnaud.

–Não vai mesmo me contar o que aconteceu?

–Não. Se eu tentar vou começar a chorar de novo, e eu não quero isso.

–Tudo bem, nem eu.

Ele me segurou pela cintura, dos dois lados, me sustentando. Meus joelhos tremiam e sem a ajuda dele, eu não conseguiria me manter de pé.

–Vem, Catherine, eu vou cuidar de você. Tudo bem?

Eu assenti, sentindo-me extremamente carente. Ele secou algumas lágrimas amargas com o polegar e sorriu.
Parece que eu tinha alguém, afinal.

Arnaud me levou para dar uma volta pelos corredores do Teatro, e ficava tentando me acalmar. Mas eu não conseguia me concentrar nele, estava pensando em um jeito de conseguir que Erik ficass livre novamente.

Passei o restinho da tarde com Arnaud, e quando estava  prestes a inventar qualquer desculpa para sair de perto dele, lembrei-me que não sabia o caminho de volta para casa. Basicamente, eu não tinha onde dormir. Ah, meu Deus...

-Arnaud, preciso te dizer uma coisa.

-O que foi, Catie?

-Hmm, eu acho que preciso da sua ajuda, se você puder ajudar. Meus pais ainda estão na Itália, com todas as minhas coisas, e Erik não está aqui .Não tenho as chaves de nenhuma das casa, nem nada...Eu não tenho onde ficar.- menti descaradamente, esperando que ele caísse na minha invenção esfarrapada.

-Por que não falou antes, Catherine? Mas é claro que eu posso te ajudar! Você pode ficar na minha casa, enquanto seus pais e Erik estão fora, é uma casa gigante! - e assim, Arnaud foi falando enquanto me guiava para fora do Teatro. Eu não contestei nem nada, pelo menos ia poder dormir numa cama naquela noite. 
Entramos no banco de trás do carro branco da família Monteg, e Arnaud disse ao motorista que já desejava voltar para casa.

A casa de Arnaud era gigante, mas não tinha ninguém lá dentro.

-Meus parentes estão viajando - ele disse-, mas Esmeralda deve chegar logo.

-Quem é Esmeralda?

-Er... minha namorada, Catherine. Você a conheceu, lembra?

Eu me limitei a assentir, sem a menor vontade de contar sobre a tal da amnésia.

-Mas as coisas parecem não estar bem entre nós. Ela era doce no começo, mas está ficando cada vez mais possessiva, ciumenta e pegajosa. -ele deu um sorriso torto, como se quisesse se desculpar por tocar no assunto.

Eu retribuí com um sorriso tristonho.

-Mas esqueça isso, vou te levar para ver os quartos. Você pode até escolher o seu.

Muitos e muitos quartos depois, acabei escolher um todo decorado em creme e azul escuro, royal, com detalhes pretos.

-Esse quarto? Tem certeza, Catie? - ele disse, aparentemente preocupado sem motivo algum.

Eu assenti, despreocupada. Arnaud hesitou.

-Bom- ele voltou a si-, vou buscar algumas roupas para você. Enquanto isso, você pode tomar um banho...

Depois que Arnaud saiu do quarto, eu abri a porta de madeira escura que dava para o banheiro e enchi a banheira. A água estava morna e deliciosa. Tomei um banho de meia hora, relaxando, e quando sai o banheiro, de toalha, tinha duas mudas de roupa em cima da cama. Olhei para a porta fechada e larguei a toalha no chão. Peguei uma camisola azul-escura nas mãos, examinando-a,  e olhei para o relógio pendurado na parede. Eram só oito horas, e eu estava exausta de sono. 
Nesse momento, Arnaud entrou no quarto. A boca dele caiu, e eu olhei para baixo, para ver a camisola na minha mão e a toalha no chão.

-Ahm, oi Arnaud.

Ele não se mexeu um centímetro de seu lugar.

Sem pensar, eu andei até ele, tentando empurrá-lo pra fora.

-Desculpe, Arnaud, mas o que quer que seja que você queira dizer vai ter que esperar, porque eu ten-...

Fui interrompida pelos braços de Arnaud se enlaçando na minha cintura, seus lábios colados nos meus.

-Arnaud!- berrei, segurando-o pelos ombros.

Os olhos verde-água dele se arregalaram, e ele pareceu tomar consciência.

-Desculpa, Catherine. - ele sussurrou, se afastando. Eu fechei rapidamente a porta as suas costas, trancando... Só por precaução. Ouvi Arnaud sussurrar qualquer coisa no corredor, e me encostei na porta com força.

Não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer, mas me ajudou a lembrar de alguma coisa...


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