Erik insistiu em me levar no colo para a casa do Lago. Já tínhamos concordado em não viajar pra lugar nenhum, nós nos isolaríamos do mundo ali mesmo, no refúgio sagrado dele – que só para acrescentar, agora era meu também.

            Ele me levantou do chão, e eu fiz uma careta de leve.

            -Ei! – eu disse.

            -Ah, eu não vou quebrar a tradição. – foi tudo o que Erik respondeu.

            Deixei escapar uma risada, e então lá estávamos nós. No quarto preto e vermelho que Erik construíra um dia – há décadas e décadas atrás – para si mesmo. Eu preferia esse quarto do que o meu próprio, porque era lá que estavam todas as coisas dele. Mas agora que estávamos casados, acho que teríamos que parar de dizer “quarto do Erik” e “quarto da Catherine”. Tanto fazia o quarto desde ele estivesse junto, certo?

            Ele me deitou na cama gigante, sorrindo, e então começou a tirar o paletó. Eu me livrei os All Star que tinham substituído as costumeiras sandálias de salto, e joguei-os longe, junto com a tiara que Michelle me obrigara a usar. Ao menos eu a convencera a me deixar usar a minha pulseira de couro com tachinhas. Erik também jogou o paletó e os tênis longe. Então ele se inclinou sobre mim e me beijou, enquanto eu desabotoava a camisa dele. Quando ele já estava livre da camisa, ele passou as mãos pelas minhas costas, abrindo o fecho do vestido de noiva, tirando-o de mim devagar, e então me segurando pela cintura. Erik quase podia fechar as mãos ao meu redor, só para se ter uma idéia do quão maior do que eu ele era. Ele me olhou de cima a baixo, e eu senti minhas bochechas corarem.

            -Você é linda. – ele se abaixou para sussurrar no meu ouvido. –E é minha esposa. Só minha.

            Não pude deixar de sorrir para ele. Finalmente.

            -E você é só meu. – eu disse, provocando-o um pouquinho.

            -Sim. – ele sussurrou, me apertando contra seu corpo e tomando meus lábios para si.

            Eu deslizei minhas mãos por suas costas largas, indo para a barriga (e aquele tanquinho incrível) e parando no peitoral definido. Erik apertou minha cintura contra si com mais força, e então subiu as mãos até o fecho dosutiã, abrindo-o, enquanto eu tirava a calça preta dele.

            A “lua de mel” prometia.

            Acordei sentindo o calor de Erik, deitado ao meu lado. Ele estava segurando minha mão, embora estivesse de costas para mim. Ele devia estar acordado. Eu passei as mãos ao redor dos seus ombros largos, abraçando, e senti-o pegá-las com uma mão só, e apertá-las gentilmente.

            -Bom dia. – eu sussurrei.

            Erik fechou os olhos por um instante, sorrindo, e então se virou para mim, me pegando nos braços e fazendo-me ficar de frente para ele, do lado oposto ao que eu estava segundos antes.

            -Bom dia, anjo.