Destinatário Desconhecido escrita por Dreamy


Capítulo 8
Amiga ingrata


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora e desculpem por esse capitulo.
Sinceramente ele nao é um dos melhores e é meio chato, mas é necessário.
Beijos



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"Hugo Arthur Weasley, 

Só não te mando um Berrador porque não creio que seja algo que toda a escola tenha que saber, apesar de eu duvidar que as noticias não tenham se espalhado!

O que deu em você?

Achei que tinha te dado uma boa educação! Meu filho, agindo como um marginal!

Como se atreve fazer tal travessura?

Espere somente as férias, mocinho! Acredite que quando voltar, um belo castigo será aplicado e nem me importa se o senhor já tem 17 anos e é oficialmente adulto!

Enquanto morar debaixo de meu teto terá que sofrer as consequências de seus atos!

Estou muito decepcionada sem dizer que enojada com o senhor!

Esperaria isso dos filhos de George ou até mesmo de James, mas de meu filho muito bem educado?

Não consigo nem expressar o que sinto através dessa carta! E nem pense em passar as férias em Hogwarts, não senhor! Você passará aqui em casa onde eu posso ter meus dois olhos grudados em você!

Atenciosamente

Sua mãe"

"Hugo,

Agradeça por ter convencido sua mãe a não te mandar um berrador, te economizei um belo de um vexame.

De qualquer modo, o que o senhor fez foi errado.

Mas, é a adolescência, não? Ou melhor, é o começo da vida adulta em seu caso, já tendo 17 anos e tudo mais.

De qualquer maneira, quando você chegar precisa me contar mais sobre esse seu feitiço, nunca ouvi falar...

Bem, vou terminar a carta aqui porque sua mãe vai voltar da cozinha a qualquer momento e ela não sabe que estou te escrevendo isso.

Abraços,

Seu pai".

Hugo olhava as cartas que recebera de manhã. Ao caminho dos jardins, o garoto decidiu amassar a carta de sua mãe e jogá-la no lixo, enquanto guardara a de seu pai, simplesmente pelo fato de ainda estar confuso com sua reação. 

Quando passou pelo lago, havia visto a pessoa que estava procurando todo aquele tempo.



- Ei! Por onde andou? Fiquei te procurando por todo lado! - exclamou Hugo quando finalmente encontrara Lily. A garota estava sentada na árvore de costume acariciando Tyto que estava dormindo em seu ombro.

- Lily? - perguntou Hugo quando esta não disse nada - Você está bem?

A ruiva virou lentamente seu rosto, que não tinha expressão alguma.

Ainda assim, não disse nada. O garoto preocupado com a sanidade de sua prima sentou-se do lado dela.

- Por quê? - ela perguntou encarando o chão.

- Por que o que?

- Por que ele faria isso comigo?

Hugo engoliu seco. Tinha ideia do que sua amiga se referia, mas não podia jogar a toalha.

- O quê? - perguntou como se não tivesse ideia do que a outra estava falando - Você precisa ser mais específica.

Lily suspirou tristemente e retirou de seu bolso um bilhete.

"Sinto muito, mas está na hora de cortar relações, por favor, não volte a escrever-me"

- Por que ele faria isso comigo? 

- Lily... Você faltou hoje nas aulas por causa disso? - perguntou o garoto surpreso. Ele sabia que a garota tinha matado todas suas aulas, pois uma de suas colegas de classe haviam se encontrado com ele mais cedo perguntando onde esta se metera.

- Por que, Hugo? - ela repetiu encarando seus olhos.

- Eu lá vou saber? Talvez ele tenha seus motivos.

- Mas por que ele não me diz? Por que me ignora? Eu mandei cartas e cartas e cartas, mas ele sempre volta a me mandar Tyto com as patas vazias. Ele está me evitando, está me ignorando e não entendo por que!

- Bem... - o garoto sentia suas orelhas ficarem lentamente vermelhas. Procurava se lembrar de uma das primeiras lições de atuação que ele aprendeu: "Controle seus sentimentos. Procure sentir o que o personagem sente e não que você está sentindo na cena". Era isso, naquele momento ele não era DD, o correspondente secreto de Lily. Ele era Hugo Weasley, o primo e melhor amigo que aparentemente não sabe quem é DD na realidade. O amigo inocente que está ali para ajudá-la. 

- Estou ficando preocupada, sabe... - admitiu olhando para o horizonte.

- Não precisa ficar assim, Lils. Quem sabe ele...

- Oh Meu Deus! - ela levantou bruscamente acordando a coruja que voou assustada, mas ao ver Hugo pousou em cima de sua cabeça e começou a acariciar seus cabelos - E se ele foi sequestrado?

- O que? - o Hugo personagem e o Hugo verdadeiro ficaram confusos. Não era preciso saber atuar pra fazer sua reação convincente.

- É isso! - a ruiva juntou suas mãos como se houvesse compreendido tudo. - Só pode ser! DD nunca faria tal coisa comigo! - ela virou-se e apontou seu dedo dramaticamente para Hugo - Ele foi sequestrado por um bando de sonserinos invejosos  e que o proibiram de escrever para mim!

Hugo franziu os cenhos examinando a prima.  Tentava a todo custo saber se aquilo era piada ou se estava falando sério.

- Hã? Lily, por que eles se preocupariam de sequestrar DD ou de proibi-lo de escrever pra você?

- Não é óbvio?

- Eu não sei... - disse o garoto sarcasticamente - Tyto, o que acha? - a coruja tocou as têmporas do ruivo com seu bico - Pois é, ele também acredita ser loucura.

- É simples - disse se ajoelhando na grama e segurando as mãos do primo. Seus olhos encarando os do outro - Esses caras são filhos de ex-comensais da morte, certo?

- Só alguns, mas continue - pediu o garoto tentando entender o raciocínio da outra.

- Então, eles querem fazer com que o herói da guerra, aquele que matou Voldemort sofra! Mas eles não podem pegá-lo porque ele é forte demais, então o que fazem? Eles querem que a filha do herói sofra! Que ela esteja triste e acabada, para que quando volte para casa, o pai dela fique igualmente de deprimido e assim, a família Potter sofre deixando os sequestradores felizes por terem acabado com a alegria do Eleito e sua filha, e finalmente tendo a vingança que tanto queriam.

- Certo - acenou Hugo com a cabeça - Lily só tem um probleminha com essa sua teoria.

- E qual seria?

- Ah nada demais... é só bem... LOUCURA! 

A garota soltou as mãos do garoto e se jogou no chão, observando o céu azul.

- Eu sei que é, mas droga, Hugo! Eu simplesmente não entendo por que ele pararia de conversar comigo!

O garoto sentiu sua garganta secar. Lily olhava para o céu azul, seus olhos vidrados em uma certa nuvem que flutuava sozinha. De repente, o céu ensolarado, a brisa leve, a grama verde, o lago azul... Tudo no cenário parecia voltar-se contra Hugo.

Aquele ela seu lugar predileto, exatamente aí e agora, por causa das missões que inventara, havia também se transformado o lugar de Lily.

A única diferença? Ela estava ali por causa de DD.

Agora o céu azul, lhe parecia negro, a brisa em vez de ser fresca, o estava congelando, o lago se movimentava de estranha forma, como se estivesse zangado e a grama geralmente verde e levemente úmida parecia seca.

Até mesmo Tyto, parecia conspirar contra o ruivo.

- Eu não entendo, Lily - disse o garoto com sinceridade - Por que você se importa tanto?

- Ele me entende.

As orelhas de Hugo estavam escarlate.

A garota havia respondido com tanta rapidez que surpreendeu o garoto.

- Ele se importa comigo.

As mãos de Hugo se fecharam e tremeram. O sangue subia sua cabeça e sua respiração arfante. Aparentemente Tyto notara a mudança de humor do garoto, porque pousou no chão e pareceu pegar distância dele, por fim acabou parado em um local visualmente fresco e confortável.

- Ele estava lá pra mim, ele fez coisas por mim. - continuou a ruiva, contemplando a nuvem, a qual ela não retirara os olhos, suas mãos distraidamente arrancavam as folhas do gramado - Ele... ele gosta de mim pelo o que sou.

Hugo negou com a cabeça. Estalou seus lábios, mas não dissera nada.

- Aonde você vai? - perguntou Lily ao perceber que seu primo havia virado e ia em direção ao castelo.

- Eu percebo que você não precisa de mim. - respondeu o garoto procurando evitar que sua voz se altera-se.

- Eu preciso de você - discordou. Lily sentou-se ereta olhando para o primo que parara de caminhar bruscamente, mas ainda assim, estava virado ao castelo. Potter encarava as costas de seu melhor amigo - Mais do nunca, Hugo! Eu preciso que você esteja aqui comigo, não me sinto bem. O garoto que eu gosto, simplesmente está me ignorando... Você poderia ficar aqui comigo, somente por mais uns minutos? Eu realmente... preciso de um ombro amigo.

Hugo riu friamente.

- Se eu ficasse aqui como você está pedindo, Lils... Seria uma insinuação de que eu me importo. Você precisa de um ombro amigo... Amigos se importam um com o outro, eles consolam quando é preciso.

- E nós somos amigos, não? - questionou a ruiva confusa. Não entendia muito bem onde seu primo queria chegar.

- Eu não sei, Lily! Somos? - ele finalmente deixou seu tom alterar. Aquela fala saiu com tanta brutalidade que quase fora um grito. - Porque para ser sincero, pelo modo que você descreveu, parece que a única pessoa que se importa com você é DD.

- Hugo, não foi -

- "Ele se importa", "ele gosta de mim", "ele me entende"... E ele é o único, Lily? Ele é a única pessoa que esteve lá por você? E quanto a mim? Amigos se importam um com o outro! Amigos consolam um ao outro! Amigos entendem um ao outro! E... e... e eu pensei que era seu melhor amigo!

- Você é, mas... mas - o coração de Lily acelerou. Estava sentindo remorso, Hugo estava profundamente ofendido e ela não podia culpá-lo. De certo modo, ela desejava que seu primo pelo menos tivesse a coragem de se virar e gritar com ela frente a frente, mas ainda assim, ele estava de costas. Era óbvio que estava com tanta raiva, que naquele momento nem mesmo conseguia encarar a cara de Lily.

- Parece que eu não cumpri meu trabalho como melhor amigo corretamente - a voz dele parecia magoada. - Desculpe se nos seus olhos eu nunca estive de seu lado quando você mais precisava.

- Hugo... Espera, eu nunca quis dizer que-

- Tchau, Lily. - interrompeu.

Lily voltou a jogar-se no chão e a observar o céu enquanto o seu primo voltava ao castelo.

Os olhos da menina voltaram a fitar a nuvem de antes que agora, por algum motivo estava preta. Talvez começasse a chover, quem sabe ela desceria dos céus e flutuasse em cima de sua cabeça?

Quem sabe começasse a persegui-la e a chover nela? 

Pelo menos, ela merecia isso.

Ela merecia um dia chuvoso somente em si mesma, afinal, coincidia com seu humor naquele momento.

Tyto se aproximou da ruiva e começou, assim como fazia com Hugo, a acariciar seus cabelos vermelhos.

- Aquilo não era o que eu queria dizer, Tyto - confessou esperançosa de que a coruja fosse entender. - Eu nunca quis me referir de que Hugo nunca esteve ao meu lado. 

A garota tirou sua atenção da nuvem e fitou o animal.

- Ele, mais do que todo mundo, sempre esteve lá! - admitia enquanto seus dedos tocavam as penas macias de Tyto - Desde pequeno, Hugo sempre foi meu melhor amigo. - ela sorriu tristemente - a gente costumava fazer tudo juntos, ele sempre me ajudou quando eu mais precisei... É só que DD, bem... DD me ajudou de um modo diferente, ele... bem, ele...

O olhar da coruja parecia curiosa. 

- Bem, ele... ahm...  Pare de me olhar assim! - mandou - Já já, eu te explico direito!

Mas não conseguira.

As lembranças de sua infância voltavam em sua mente e a verdade era que seu primo sempre fora alguém com quem podia contar.

Quando ela mentia, ele mentia por ela. 

Quando ela chorava por algo estúpido, como quando um gnomo de jardim lhe jogou uma pedra em seu olho, ele era aquele que escutava suas reclamações.

Uma vez, o garoto havia ficado a noite acordado criando o cartão de melhoras mais lindo que ela já vira quando esta estava doente por ter pego a gripe dragoniana.

Ele a animava, ele a escutava quando precisava, ele estava lá.

Então qual era a diferença das coisas que ele fizera por ela antigamente, com as coisas que DD fazia?

- Oh Tyto... Você acha que sou uma estúpida? - perguntou entendo completamente o motivo de seu primo estar magoado.

DD ajudou ela por duas semanas.

Hugo a ajudara praticamente a vida toda.

A diferença?

Ela passava horas elogiando DD e nem mesmo se dera ao trabalho de agradecer a seu primo por tudo.

- Lily Luna Potter - dizia a si mesma, sentindo o a culpa pesar em seus ombros - Você é uma ingrata.


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Notas finais do capítulo

N/B: Estou de volta oooo Não que alguém se importe com minha betagem e minhas notas finais ahahahahah...
Enfim, você é sim Lily, uma ingrata... Acho que deve mandar bilhetes fofos a Hugo pedindo desculpas e ele te responder para descobrir que a letra é dele *-*
Óbvio que isso não vai acontecer, mas enfim... Espero que ela faça alguma coisa...
N/A: EU me importo com SUAS notas, Winnie hahahaha. É bom ter vc de volta, só pra avisar, viu? ;D
Gostei da ideia dos bilhetes hum... Pena que nao farei isso kkk Principalmente pq senao meus leitores já saberiam. Vc deveria me dito antes :P
De qualquer modo, desculpa pela demora, sei que demorei mais do que geralmente pra postar, mas espero que ninguém tenha me abandonado ;)
E sei que esse capitulo nao ficou bom e provavelmente é um dos mais chatos de todos, mas de qualquer modo, ele é necessário para o que vem a seguir.
Beijos a todos ;*



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