Black Butterfly escrita por Very Happy


Capítulo 8
Cap. 8: Descomunal


Notas iniciais do capítulo

Gente, demorou mais ta ai mais uma. Espero que gostem. Beijosss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/215074/chapter/8

-CORRA!- gritou George.

Esquivei-me bem a tempo de não ser acertada com mais uma bola de terra. Hoje estava “brincando” um lindo elefantinho que jorrava terra de sua tromba. E esta dava uma alergia danada, que me deixava cheia de bolinhas pelo corpo. Usava um arco e flecha para enfrentá-lo, por mais que não fosse muito boa com o mesmo.

Escondi-me atrás de uma das pilastras, enquanto o individuo laçava mais uma bola de terra. Tentava posicionar a flecha e nada. Mais uma jorro.

-AH! – gritei – Será que você não pode me dar algo que realmente saiba usar? – perguntei ao arco.

Rapidamente, este se transformou em um escudo de ferro.

-Valeu. – falei, enquanto corria de uma pilastra para outra.

Não sabia o que fazer e estava assustada. O professor só ficava me observando e mais nada. Estava começando a ficar zangada. Corri mais um pouco, mas fui atingida em cheio. Defendi a maior parte com o escudo, mas um pequeno monte de terra acertou minha perna. Esta se encheu de bolinhas que coçavam sem parar.

Cansei. Olhei para o escudo que se transformou em uma espada. Joguei esta para cima do bicho, que cai no chão, deixando uma pouco de lama sair de sua tromba.

-Ótimo. – disse o professor, se aproximando – Só tente ser mais sutil da próxima vez. É horrível ter de arrumar novos destes.

Olhei para ele, irritada. Ele sorriu e me indicou o caminho para a enfermaria, onde mais uma vez a loira perguntou:

-O que houve?

-Elefantes resistentes. – respondi, enquanto me deitava em uma das macas.

--------- Algumas Horas Depois-------

Sai da enfermaria de tarde. Estava cansada, mas as varias bolinhas haviam sumido. Corri pelo jardim, mas parei ao ouvir um barulho vindo da quadra. Andei devagar até ela. As portas só estavam encostadas, então pude espiar o que estava havendo.

Havia um garoto lá. Um menino zangado que atirava espadas, flechas e adagas em uns vários manequins. A maioria ele acertava no alvo. Mas, quando errava, passava a adaga levemente pelo braço, deixando uma ferida pequena e dolorosa. Não havia percebido, mas tinha entrado na quadra. Quando voltei a realidade, virei-me e estava pronta para sair porta afora. Mas então uma adaga passou zunindo por meu ouvido direito e acertou uma das maçanetas em cheio. Vire-me para encará-lo, que parecia muito orgulhoso e ao mesmo tempo se sentindo culpado.

-Desculpe. – ele disse. E então percebi quem era: Daniel. Ele passou por mim e arrancou a adaga da maçaneta.

Arregalei os olhos e ergui as sobrancelhas. Se tentasse fazer aquilo, teria de repetir o ato no mínimo umas três vezes até conseguir arranca-la.

-Não queria lhe interromper. – disse,envergonhada.

-Não, sério, foi até bom. Foi meu melhor tiro até agora.

Ele voltou-se a sua posição anterior, de cabeça baixa, parecendo decepcionado com sigo mesmo. Encarei-o, incrédula. Como podia dizer aquilo? Ele por um acaso me viu lutando com o elefantinho?

-Como assim? Você acertou várias adagas no alvo. – perguntei.

Ele jogou mais uma adaga nos manequins, acertando na lateral do mesmo, e depois olhou para mim.

-Posso ter acertado, mas não é o bastante. Lá fora, se não acertar no alvo, você já era. – ele disse, sem olhar para mim e atirando mais uma.

Estava pasma. Como ele podia dizer aquilo? Então...

-Então pelo visto vou morrer lá fora. – disse,virando-me e saindo do local.

------------De Manhã------

Acordei bem cedo. Me levantei, coloquei a armadura e sai do quarto. Vagava pelos corredores sem rumo, apenas por passear. Observava os quadros, janelas e tudo mais, tudo bem limpo e organizado. O castelo de Acompte era realmente muito bonito. Sentia-me bem lá, principalmnte no corredor das flores, que era onde estava indo, automaticamente.

Larguei minha mochila no chão e encostei-me na janela. Observava aquela paisagem de morros, árvores e um lago me lembrando de casa, de meus pais e... de minha “missão”. Lágrimas involuntárias rolaram pelo meu rosto. Não me preocupei em enxugá-las. Precisava desabafar.

-É lindo. – ouvi uma voz falar.

Assustada, vire-me e vi uma menina que aparentava ter minha idade, encostada na outra janela, de costas para mim. Tinha cabelos caramelos e uma pele parda. Usava uma armadura, com detalhes em amarelo berrante.

Ela se virou para mim, revelando-me seus olhos verde-alaranjados.

-Não acha? – ela perguntou.

-Sim – disse, passando a mão no rosto para enxugar as lágrimas.

-Se lembrando de casa?

Encarei-a. Então ela também era da terra?

-Sim – respondi – Você é da terra?

-Sim. Da Inglaterra, para ser mais exata.

-Também.

Ela sorrio para mim e eu retribui o mesmo. Ela parecia ser bem legal.

-Me chamo Shopia, ou , Black Butterflly.

-Sou Alice Pollyana , ou, Sparrow.

-Nossa. Que nome legal.

Ele abriu um sorriso largo.

-Nem tanto. Acho Sophia um nome muito legal. Significa verdade.

-Como sabe?

-Gosto de pesquisar sobre este assunto.

-Hum... O que seu nome significa?

-Dinâmica,ambiciosa e objetiva. Alice impõe-se socialmente com facilidade graças à sua fértil imaginação e à dedicação com que se dedica aos outros, com entusiasmo e sem inibição. Empreendedora e ousada, triunfa profissionalmente. No amor vive as paixões intensamente e luta para conservar as relações. – ela falou, como se tivesse decorado uma texto.

Ri de sua atitude ela também, me divertindo como eu não me divertia a muito tempo.

-----------Mais Tarde---------

-Realmente, acho que deveríamos ter aulas menos violentas! – falou Alice, enquanto se desviava de uma flecha.

Estávamos em mais uma aula pratica. Todos estávamos. Só que, no caso, eram meninos contra meninas. Mas não pense que estávamos em desvantagem, tínhamos muitas alunas ótimas. Tinha uma chamada Tina que arrasava no arco e flecha.

-CRETINO! – gritou uma garota ruiva, enquanto tirava uma flecha de sua armadura e saia da quadra.

-Desculpe querida. Não era minha intenção.  – debochou Ricardo

Ricardo era um garoto implicante arrogante. Tinha cabelos loiros e olhos azuis, sem contar e sua pele clara. Acho que ele agia assim só porque seu nome era Tier.

-Palhaço. – sussurrei.

Flechas, adagas e espadas voavam pelo ar e acertavam alunos ou a parede, sem contar com o professor, que já tinha sido acertado umas três vezes.

-CUIDADO!- gritou Rodrigo.

Desviei de uma adaga ao mesmo tempo em que acertava alguém. Caímos juntos no chão, em sobre ele ou ela.

-Será que só nos encontramos assim? – perguntou-me uma voz familiar.

Abri os olhos e vi Daniel, que tinha um corte enorme na testa. Envergonhada, me levantei e limpei minha armadura.

-Desculpe novamente. – falei.

-Que isso... – ele disse, ao mesmo tempo em que se jogava em minha frente para me defender uma flecha. – CUIDADO!

-Bem, obrigado. – disse, enquanto corria para o outro lado da quara.

Daniel parecia-me ser meio bipolar. Ontem estava super irritado quando me viu e hoje já está sorrindo e se divertindo?!

-Ele é bem gatinho. – falou-me Alice, enquanto me aproximava dela.

-Faça bom proveito. – falei, enquanto atirava uma adaga para o nada.

Ele me olhou com os olhos semi-serrados enquanto Rodrigo se aproximava.

-Tô...morto...preciso...água.  – ele gaguejou.

-Nossa. – falou Alice.

Ele rapidamente estufou o peito, como um pombo. Espera ai: ele estava se exibindo para ela!Será? Rodrigo não parecia ser do tipo que se apaixona....

Ri mais alto do que queria.

-O que foi? – perguntou-me Alice.

-Nada. – respondi, com um sorriso no canto da boca.

-Rodrigo, tem algo em sua armadura. – falou Daniel, enquanto se aproximava.

Rodrigo tirou uma flecha de sua armadura e, quando olhou para Daniel e depois para mim, riu bem alto, enquanto quebrava a flecha ao meio.

“Sem graça.”, pensei.

-O que houve com ele? – perguntou Daniel.

-Nada. – respondi, enquanto uma flecha acertava minha armadura e o professor gritava “FORA”.

---------Mais Tarde------

Estava andando em direção ao meu quarto. Já anoitecerá e antes estava no quarto de Alice, onde fizemos uma pequena “noite do pijama”. Cansada e ao mesmo tempo feliz, cruzei o corredor que dava acesso ao meu quarto, vendo sua grande porta de madeira. Compreendia agora o que estava fazendo ali. Compreendia o que eu era, e me sentia até feliz.

Perto da porta, ouvi uma voz fina vindo do corredor a esquerda. Pensei em entrar no quarto mais esta me atraia muito. Na ponta dos pés, andei pelo corredor, a procura da fonte da voz. E então, ela se tornou mais grave quando cheguei perto de uma porta, bem parecida cm a minha. Encostei meu ouvido nesta para poder ouvir o que a mesma falava.

-... esse tornei já se tornou uma palhaçada. Todo ano é sempre a mesma coisa: 1 ganha e os outros perdem. Que ódio!

Pelo que pude perceber ela falava com o nada, pois ninguém respondia.

- Sem contar que a ruiva da Mira não faz nada. A anos tento chamar sua atenção, mas ela não liga. Diz que tudo o que faço é bom, mas para ganhar o torneio tenho que me esforçar mais. Como se já dou tudo de mim?!

Perai: ruiva. Então o nome dela era Mira. Que nome estranho!

-Só sei de uma coisa, ela precisa me reconhecer!

Ouvi passos vindos em direção a porta e logo corri para a minha, abri e entrei no quarto. Quem era aquela garota? Porque estava zangada?

Esses pensamentos se perderam em minha cabeça logo que vi um embrulho em cima de minha cama. Era uma linda embalagem com desenhos indefinidos e uma fita de renda preta, que se destacava muito na embalagem, pois esta era branca. Corri para minha cama e me sentei nela, admirada com o presente, ou o que fosse aquilo.

Tremula, segurei a fita e a puxei bem devagar. Abri a caixa e espiei dentro dela. Mas mal pude fazer isto, pois de lá saiu um ser, que me lembrava um cachorro , que me empurrou fazendo-me cair de costas na cama, ele sobre mim. Eu o encarava, com medo deste me matar ou machucar. Tinha pelos super brancos e olhos... iguais ao da “coisa”. Sério, ela me encarava com aqueles olhos amarelos com uma pupila em forma de folha.

Rapidamente, ele saiu de cima de mim e pulou janela afora. Preocupada, levantei-me e corri para a janela, mas ele não estava mais lá. Olhei para a caixa, e percebi que havia um bilhete dentro da mesma. Fui até ela, peguei o bilhete e observei a frase que havia nele, uma frase escrita em uma linda letra que dizia:

“Parabéns. Este é seu mascote.

Grata,, Sr. Mira."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, bom ou ruim, sem sal ou emocionante? Comentem, por favor. =D