Linha Vermelha escrita por NaruShibuya


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoinhas xD. Pois é, eu demorei horrores de novo para postar, mals u.u, mas eu juro que, até este exato segundo em que eu escrevo isso aqui, que eu não sabia que a última vez que eu atualizei foi em fevereiro .-. ... Eu jurava que tinha sido em julho, mas enfim, nada do que eu diga vai mudar o fato de que eu estou ABSURDAMENTE atrasada com relação a essa fic...
Enfim, nas notas finais eu falo mais. Até lá xD



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• Usui PDV •

Cheguei em casa e me joguei no sofá, cansado... Quem dera você soubesse responder, é...?

Se você parasse de negar, talvez você entendesse e soubesse o porquê, Ayuzawa.

Fiquei deitado no sofá observando o teto até pegar no sono.

Acordei com o toque estridente do meu celular. Resmunguei e tateei pela mesa a procura do aparelho. Ainda de olhos fechados, atendi a chamada.

Eu reconhecia a voz de algum lugar, mas não sabia exatamente de quem se tratava. Após escutar meia dúzia de frases que não fariam o menor sentido pra mim naquele momento, eu desliguei o telefone e o joguei em cima da mesa novamente, voltando a deitar e, eventualmente, a dormir.

O telefone não voltou a tocar, e eu não me lembrei do fato de qualquer maneira... Parando para pensar agora... A voz daquela pessoa parecia muito com a voz da Ayuzawa.

Franzi o cenho. Aquela teimosa jamais iria me ligar, ainda mais uma hora daquelas...

É melhor esquecer isso. No momento pensar em Ayuzawa está apenas me deixando com vontade de falar com ela e fazê-la entender o motivo de ela não querer que eu me afaste... Suspirei. Como se isso fosse fácil. Se ela não quer enxergar, eu não posso obrigá-la a ver e, sinceramente, eu estou cansado...

Misaki PDV •

– Por que você se importa tanto? Por que insiste em que eu não a esqueça?

As palavras de Usui pareciam marcadas a fogo em minha memória. Eu simplesmente não consigo me esquecer... Sua face também não sai da minha cabeça.

Eu sinto que estou fazendo algo muito errado... Algo muito... sacana...

Ah, droga, por que eu tinha que ir a Sendai? Por que eu tinha que reencontrar Usui? Por que eu tive que me apaixonar por esse idiota?

Parei de rodar pelo quarto e sentei na cama. Eu não sei mais o que fazer. Eu não sabia que o que eu senti por Ren ainda existia em mim, muito menos que isso se misturaria com o que eu comecei a sentir por Usui e que eu ficaria tão confusa. A única coisa da qual eu tenho certeza é que eu preciso consertar isso...

Bufei. Como sair dessa situação sem magoar algum dos dois? Impossível. Eu posso ser desatenta, mas não sou lerda, sei que se escolher Ren, magoarei o Usui, e se eu o escolher, magoarei o Ren, e se eu tentar me afastar dos dois, é provável que eles continuem tentando...

De repente um estalo. O castigo! Droga, eu tinha me esquecido totalmente disso... Bem, é a minha oportunidade de falar com Usui. Apesar de tudo, ele é um cara responsável e eu tenho certeza de que ele vai aparecer na escola, eu só preciso saber o que eu vou falar pra ele quando eu o vir. As aulas só voltariam no outro dia e nós provavelmente só saberemos qual vai ser o castigo quando o horário de aula terminar, então eu tenho todo esse período para descobrir o que fazer.

–//-

Escutei o sinal que anunciava o intervalo soar, estridente. Permaneci sentada em minha cadeira. Não me dei sequer o trabalho de me mover. Sei que Usui não aparecerá no terraço e, sinceramente, eu não estou com vontade de me levantar. Eu estou nervosa e ansiosa para o que virá após o término das aulas. Ansiosa para falar com Usui e com medo do que virá a seguir... Suspirei. Aonde foi que eu me meti...

Avistei Usui passando rapidamente em frente a minha sala. Ele olhou para frente, não dando nem uma espiada para dentro do cômodo. Isso me deixou incomodada. Ele sempre olhava para dentro da sala, ou parava para falar comigo...

Eu não posso mais esperar esse tipo de reação dele. Ele não vai correr atrás de mim para sempre, e eu estou fazendo besteira atrás de besteira...

Apoiei as mãos na mesa e me levantei... Mas não me movi. Trinquei os dentes, olhando para baixo... e sentei novamente. Olhei para a janela. Não acredito que eu sou tão covarde assim.

As meninas que estavam na sala começaram a cochichar e a me fitar de rabo de olho. Mais uma coisa para eu ter que lidar... Apesar dos alunos do Seika, em sua grande maioria, ser desatento, eles não são tapados!

Depois que eu encontrei com Usui em frente a minha antiga escola e nós voltamos – separados - para o hotel, todos perceberam que ele estava me tratando com frieza e, obviamente, não estava mais andando comigo. Claro que eu virei, novamente, o assunto da escola. Havia especulações para todos os gostos... Alguns diziam que eu o traí, outros, que ele simplesmente tinha se cansado dos seus joguinhos comigo e foi procurar algo novo para se distrair. Que nós terminamos... Já escutei pessoas dizendo até que ele me viu bater em seus pais! Sério, me pergunto de onde tiram tanta imaginação...

Claro que o boato mais falado é o da traição... Aparentemente um dos alunos estava no parque e viu Ren me beijar... E que viu Usui também... E que nos seguiu enquanto nós ‘’discutíamos’’.

Encarei as garotas, falando em alto e bom tom, para que todas ali me escutassem:

– Não sei o tipo de prazer macabro que vocês obtêm falando da vida dos outros, ainda mais espalhando mentiras, mas agradeceria se vocês virassem suas atenções para outra pessoa. O que aconteceu entre mim e Usui não interessa nem a você – apontei para uma garota -, ou você e muito menos a você! Então, me errem!

Recomeçaram a cochichar uma com a outra, me encarando de forma acusadora. Escutei uma das meninas dizer algo como “Usui-san não merece uma pessoa dessas em sua vida... Ainda mais quando esse tipo de vadia prefere trair do que dar todo seu amor para ele.”

Me levantei da carteira e andei em sua direção, puxando-a pela camisa. Aproximei seu rosto do meu, quase colando nossas faces. Olhei dentro de seus olhos. Ela parecia assustada, mas não recuou em momento algum.

– Não fale sobre coisas que você não entende – ameacei – ou juro que transformo sua vida nessa escola em um inferno. – As amiguinhas dela se levantaram, andando em minha direção. – Não se metam – preveni. – Não pretendo fazer nada, a menos que não me deixem em paz. Ser quieta e reservada tem uma infinidade de vantagens e vocês não imaginam o tanto de coisas que eu tenho que pode ferrar com todo mundo dessa escola... Ou vocês acabam com esses malditos boatos ou todos conhecerão vocês de verdade! – e soltei a garota, empurrando-a para a cadeira de onde a tirara.

Ela caiu meio sem jeito, mas não se levantou ou falou nada, assim como as outras garotas que estavam perto dela. Parei na frente da porta e me virei antes de sair, apenas para deixar apenas mais uma coisa clara e especificada para elas:

– Ah, e se tudo que foi dito por mim sair dessa sala e for espalhado pela escola, não me interessa quem for, as conseqüências serão as mesmas – e saí, batendo a porta com força.

As pessoas que passavam pelo corredor me encararam, mas logo desviaram o olhar para outras direções quando viram meu rosto nem um pouco amigável.

Taquei a mochila no ombro e subi as escadas para o terraço. Apesar de eu saber que Usui não está aqui, eu vou subir de qualquer maneira. Não estou com paciência para assistir mais aulas e infelizmente não posso ir embora para casa, já que tenho que descobrir do que se trata o castigo...

Sentei no chão e me resignei a observar o céu nublado. Senti uma gota gelada acertar minha perna. Olhei acusadoramente para o pequeno caminho que a gotinha havia seguido em meu corpo enquanto escorria. Levantei, limpei a poeira da saia e entrei novamente para a escola. Acho que alguns dias de chuva em Sendai já são o suficiente para mim... É quase um fenômeno do além eu não estar doente depois de tudo aquilo, por isso não vou abusar da minha sorte.

Dei de cara com Usui passando no corredor que a escada levava. Ele olhou rapidamente em minha direção e continuou seu caminho. Corri, pegando impulso para pular por cima dos degraus da escada para que não perdesse tempo descendo-os.

Quase me choquei na parede, mas consegui parar apoiando as mãos e me virei para Usui, segurando-o pela a camisa.

Ele me olhou como se eu fosse louca – e talvez eu o fosse. Alguns alunos que ainda estavam pelo corredor também me encararam boquiabertos. Desliguei completamente minha atenção de todos que estavam ali, exceto o garoto ao qual eu agarrava a camisa com muito mais força que o necessário.

– Usui... – murmurei. Senti meus olhos encher de lágrimas. Fitei o chão para me recompor. – Não dá mais para ficar desse jeito...

Ele segurou minha mão, fazendo com que eu o soltasse. Se virou em minha direção e cruzou os braços. Eu não conseguia mais ignorar o olhar dos alunos que ficaram no corredor.

– O que você quer, Ayuzawa? – apesar de já esperar, nunca imaginei que sua reação fria iria me fazer querer recuar tanto.

Escutei um garoto rindo baixinho. Olhei em sua direção e ele desviou o olhar, fingindo que não era com ele.

– Eu quero consertar isso...

– Consertar o que?

– Você sabe o que, Usui...

– Sei – concordou. – Mas você sabe? – a pergunta me pegou desprevenida. Eu sabia o que eu queria fazer, certo? Errado. Tudo que eu sabia era que eu não aguentava mais que ele me tratasse dessa maneira, que ele não estivesse ao meu lado quando eu precisasse dele... Suspirei.

– Eu sei que tenho feito muita besteira ultimamente, e que tudo que eu fiz em Sendai não tem explicação – vi os músculos de seus braços se contraírem enquanto ele apertava cada vez mais os braços cruzados sobre o peito. – Mas eu preciso que você não me julgue...

– Olha, Ayuzawa... – afaguei seu rosto. Ele fechou os olhos e se calou.

– Usui, eu sei que eu te magoei e você não sabe o quanto eu me odeio por ter feito você chorar – murmurei. – Sinceramente, eu não sei como me desculpar com você, muito menos ajeitar as coisas entre nós dois – sorri sem jeito. – Não que tudo fosse muito claro entre nós dois...

Ele bufou e descruzou os braços, levando suas mãos para os bolsos da calça.

– Eu não sou idiota, OK? Eu sei que eu gosto de você, Usui, isso nunca foi uma dúvida para mim... É só que, mesmo depois de todo esse tempo, Ren sempre esteve em uma parte da minha memória – sentia meu rosto esquentar cada vez mais. Era muita gente me observando minuciosamente, apenas esperando um deslize meu... Tinha gente brotando das paredes, do chão e talvez até do teto. O que começou com uma plateia de mais ou menos cinco alunos e o Usui, agora havia se transformado em uma plateia de quase 50 alunos... Exagero? Infelizmente não. – É só que... eu não vou escolher um dos dois, Usui.

O olhar que ele me lançava continuava frio e distante. Suspirei. Eu tentei. Eu tentei mesmo! Se eu não soube fazer isso propriamente ou se ele espera mais alguma coisa de mim eu não sei dizer, tudo o que passa pela minha cabeça agora é que esse corredor está sufocante e que eu preciso sair daqui o mais rápido possível. Comecei a sentir meu pulso latejar. Com toda a adrenalina do momento eu não percebi que provavelmente o tinha machucado quando o usei para absorver o meu impacto contra a parede, mas agora que ela havia se dissipado de meu organismo, tudo o que resta é a dor e a vergonha. Ah, sim, a frustração também.

Me virei, pronta para ir embora. Comecei a andar, mas parei quando escutei sua frase:

– Você sabe por que você se importa, Ayuzawa? – questionou. Virei em sua direção para fitá-lo. Sua expressão ainda era séria.

– Se eu sei por que eu me importo? Bem, eu me importo porque eu não gosto de te magoar, muito menos ver aquele tipo de expressão em sua face, ainda mais sabendo que fui eu o motivo dela estar ali... Eu me importo porque eu não gosto de ter você longe de mim, de não poder sentir sua mão na minha, seus braços ao meu redor me apertando levemente, suas brincadeiras irritantemente estúpidas. Eu me importo, Usui, porque eu me tornei terrivelmente dependente da sua presença...

Todo o corredor ficou em silêncio. Alguns alunos começaram a assobiar, outros a bater palmas, e alguns mais animados até soltaram alguns gritos de ‘’beija, beija.’’ Sorri. Acho que jamais vou corar tanto na minha vida.

Usui se aproximou de mim e murmurou em meu ouvido:

– Nossos fãs estão esperando um pequeno agrado – sorriu. – O que você acha de realizar o pedido deles, pelo menos dessa vez?

Ri quando ele me agarrou pela cintura, me beijando em seguida. Ergueu-me para que não precisasse se inclinar para frente. Rodeei seu pescoço com meus braços e fechei os olhos, entregando-me completamente a aquele momento. Senti uma fisgada em meu pulso, mas o ignorei. Terei tempo o suficiente mais tarde para tratar dele... E para terminar de explicar tudo para Usui sobre Ren ou qualquer outra coisa que ele queira saber.

Quando enfim nos separamos o corredor era uma total bagunça. Tinha gente batendo palmas de maneira tão fervorosa que parecia que realmente estava torcendo para que isso acontecesse... Falsos...

– Então... – comecei, sem jeito. – Estamos bem?

– Depois dessa linda declaração – debochou. Sorri. – Sim, estamos bem... – ainda comigo em seus braços, abriu espaço entre todos os curiosos que nos engoliam com os olhos para espalhar todos os detalhes mais tarde, seguindo para o terraço. Quase ri quando ele começou a subir as escadas que eu havia me arremessado às pressas momentos antes. Ele virou e sorriu para mim.

Ele entrou e fechou a porta, apenas depois me colocando no chão novamente.

Cheguei à conclusão de que aquele pingo que caíra em mim apareceu apenas para que eu pudesse me desculpar com Usui, pois não havia sequer sinal de que tinha caído mais nenhuma gotinha depois daquilo...

– O que você vai fazer, Ayuzawa? – me fitou, sério. Não entendia a essência da pergunta. Até seus olhos parecerem brilhar.

– Está falando sobre Ren, certo...? – ele confirmou com a cabeça, colocando novamente as mãos nos bolsos. Suspirei. – Não sei... Eu me desculpei com você porque eu sempre soube o motivo de eu querer você perto de mim, de eu me importar... Mas Ren é uma coisa que eu não compreendo.

Com calma andou em minha direção, parando em minha frente.

– Você ainda o ama, Ayuzawa... – neguei com a cabeça. Suspirei e confirmei com a cabeça. – Você está fofa assim – bufei.

– Eu não sei, Usui – dessa vez foi ele quem suspirou.

– O que você sente quando está comigo? – corei. Acho que já falei ‘’besteira’’ demais lá embaixo. Droga, espero que não tenham filmado aquilo...

– Já disse, Usui: me sinto bem, me sinto protegida...

Ele fez um sinal de confirmação com a cabeça.

– E o que sente quando está com ele? – o encarei como se ele fosse louco. O que ele espera que eu responda? – A verdade, Ayuzawa – pediu.

– Eu sinto... – busquei as palavras em minha memória. Não consigo um jeito de dizer isso. – Eu sinto como se não precisasse de mais nada, sinto como se tudo estivesse do jeito certo... – apertei os lábios e arrisquei olhar para Usui. Ao contrário do que eu imaginei, ele sorria. Suspirei. – Você não precisa fingir um sorriso... Eu aprendi há muito tempo a ler suas reações, e sei que você está magoado novamente comigo.

Apoiei minhas costas no muro e esperei que ele dissesse alguma coisa. O silêncio se tornava cada vez mais estranho enquanto ele me olhava. Ele abriu a boca e a fechou meia dúzia de vezes, mas nunca disse nada.

– Você não está pronta para se libertar de seus sentimentos por ele, Misaki – um arrepio me percorreu. É a segunda vez que ele me chama pelo meu nome... – E eu não posso continuar te pressionando dessa maneira.

– Por que me chamou pelo meu nome? – perguntei.

– Eu não vou mais fingir, Ayuzawa, e se eu preciso fazer esse tipo de coisa para você entender que eu estou insatisfeito ou que eu ainda a quero e que não desisti ainda, eu o farei! – ele segurou minhas mãos com carinho. Trinquei os dentes. Acho que fiz a grande idiotice de deslocar meu pulso na parede – O que houve, Ayuzawa? Parece qu... – olhou para as nossas mãos e só então percebeu que meu pulso direito estava incrivelmente inchado e com um belo hematoma. – Você se machucou quando pulou a escada – ele parecia boquiaberto. Não dava para descrever a reação dele a não ser como surpreso. – Você é uma...

– Idiota... – cortei-o. – Eu sei – sorri. – Só começou a doer agora, para ser sincera. Com toda aquela adrenalina em meu corpo quando eu me arremessei da escada eu sequer senti dor.

– Você tem que ir ao hospital agora! – disse, me arrastando para fora do terraço em direção às nossas salas. Primeiro passou na sua para pegar sua bolsa, certificando-se assim de que eu não iria fugir caso cada um fosse para um lado. Às vezes eu me surpreendo como ele conhece algumas de minhas manias. Saiu rapidamente de sua sala, pedindo licença para o professor dando uma desculpa qualquer e me rebocou para a minha sala, pegando minha bolsa e dando a mesma desculpa para o meu professor. Suspirei, apenas deixando que ele me arrastasse pela escola e depois, pelas ruas da cidade, até o hospital que, por sorte, não ficava tão distante da escola a ponto de precisar pegar um ônibus ou algum outro tipo de transporte.

Entramos no hospital e ele continuou me arrastando pela blusa. As pessoas me olhavam interrogativamente e eu apenas fitava as costas de Usui, resignada. Eu acho que estão me vendo como algum tipo de criança...

– Usui, eu sei andar... – murmurei, irritada enquanto tentava fazer com que ele me soltasse.

Ele parou de falar com a recepcionista do local e me fitou, como se duvidasse muito do que eu acabei de lhe dizer. Ele deixou escapar um sorriso zombeteiro. Franzi o cenho, ficando mais irritada ainda. Até aqui esse idiota está apenas me provocando?

– Se eu te soltar, você vai fugir – disse por fim, quando a pobre mulher pigarreou. Ela nos encarava como se fossemos de outro planeta, sem saber o que fazer e como agir depois de Usui praticamente ignorar a existência da mulher que ele falava sobre uma ‘’emergência’’. – Me perdoe – virou novamente para a mulher, com um sorriso cínico nos lábios. Ela corou levemente. Revirei os olhos. Se ela conhecesse esse idiota pervertido não daria tanta bola para esse tipo de sorriso falso.

Encarei a mulher. Ela me olhou desconfortável enquanto tentava acompanhar o que Usui falava. Abri um pequeno sorriso sacana para a mulher. Ela finalmente percebeu que eu estava apenas tentando me distrair, então decidiu me ignorar. Ri internamente.

Usui me levou até uma das cadeiras mais afastadas das pessoas ali da emergência. Sentamos e esperamos algum médico poder aparecer para que eu fosse atendida.

– Está doendo?

Dei de ombros.

– Se eu não mexer não incomoda tanto – como se para me contrariar meu pulso deu uma fisgada. Trinquei os dentes, forçando um sorriso. Ele suspirou.

– Me pergunto por que você é tão teimosa...

Sorri.

Um homem de jaleco se aproximou da gente. Se apresentou rapidamente e pediu para que nós o seguíssemos. Ele entrou em uma pequena sala, pedindo para que eu sentasse na maca. Obedeci. Usui se apoiou na parece ao lado da maca, esperando alguma reação do médico.

– Como machucou o pulso Ayuzawa-san? – disse, fitando o inchaço, olhando de todos os ângulos que eram possíveis.

Sorri.

– Digamos que eu o usei como um air bag... – o médico soltou uma leve risada.

– Vou pedir para que tirem um raio x para podermos ter dimensão do quão machucado está. Aparentemente você deslocou o pulso, mas vamos confirmar com a chapa, ok? – concordei.

–//-

– Quem diria... – debochou Usui. – Você conseguiu deslocar o pulso porque se arremessou de uma escada...

Bufei. Desde que eu fiz o raio x e foi confirmado que – pelo menos nisso eu dei sorte¹ – eu havia deslocado o pulso Usui não parava de implicar comigo.

– Se você não tivesse sido tão orgulhoso e tivesse pelo menos me deixado falar com você eu não precisaria ter pulado a escada... – ele suspirou. Bem, eu de fato pulei porque queria falar com ele...

– Ayuzawa, você cai parada, como diabos pensou que se jogando de quase dois lances de escada iria se sair ilesa? – sorriu.

– Eu não pensei, seu idiota, agi por impulso. Enfim, esquece isso, não vai adiantar de qualquer maneira. Minha maior preocupação agora é explicar para a minha mãe como eu arrumei esse lindo gesso.

– Hey, Ayuzawa, quando isso secar eu posso assinar? – revirei os olhos. Ele gosta desse tipo de coisa? Dei de ombros.

– Se você realmente gosta dessas coisas... – ele riu. – Você não se cansa de me irritar?

– Me cansar? Quando eu estou em casa só penso em poder te ver novamente... – arqueei uma sobrancelha – para... te... perturbar... mais...! – gargalhou. Fiz cara feia e segui andando. – Você está com um péssimo humor hoje, Ayuzawa. Não tem graça assim.

– Eu não sou seu brinquedinho pessoal, seu idiota.

– Mas bem que poderia ser – sorriu de forma maliciosa. Parei para encará-lo. Como ele muda assim tão facilmente? Ele é bipolar, só pode... – É apenas brincadeira... A não ser, claro, que você goste desse tipo de coisa...

Soltei uma gargalhada e isso pareceu surpreender ele.

– Isso você nunca saberá, Takumi – murmurei em seu ouvido. Bem, ele me chamou pelo primeiro nome antes e parece que esse foi o momento perfeito para fazer isso.

Após alguns segundos ele ainda me fitava com os olhos meio arregalados. Ele não esboçava nenhuma reação e isso já estava começando a me deixar nervosa. Ah, qual é, eu só disse o nome dele de forma ridícula e embaraçosamente sensual, como isso pode ter feito ele travar assim?

– Ayuzawa... – voltei a olhar em sua direção. Seus olhos estavam presos em mim e pareciam estar em chamas. Ele se aproximou de mim, agarrando minha blusa. Seus olhos faiscaram desejo enquanto ele me empurrava em direção ao muro de uma das casas. Tentei impedi-lo, mas ele já havia me prendido entre seu corpo e o muro. Segurei seu pulso com força, temerosa. Apesar de saber que ele não me fará nenhum mal, ainda sim fico com certo receio sobre esse tipo de reação. Levou seu rosto até bem próximo ao meu e quando eu achei que ele fosse me beijar, ele desviou seus lábios, apoiando sua testa em minha bochecha. Seu hálito roçava meu pescoço e me fazia arrepiar.

– Usui? – ele soltou minha blusa e apoiou a mão na parede, o lado oposto ao qual seu rosto ainda descansava apoiado em minha bochecha.

– Não faça isso novamente... – disse. – Usar aquele tom... Me fitar daquela maneira... Não faça aquilo novamente ou eu não posso garantir conseguir me controlar.

Suspirei.

– Ah, qual é, Usui... Não pode ter sido tão ruim assim...

– Quer testar? – sorriu de canto, zombeteiro.

– Tsc... Você está muito p... – arqueei uma sobrancelha. Aquela não era a garota quem falara comigo na viagem a Sendai? Sa...Sa...Sakura! Isso, Sakura! Quem era aquele garoto? Não era do Seika. Afastei Usui com o braço bom. Quando a garota nos viu corou e se afastou um pouco do garoto que a acompanhava. Sorri.

– Misaki – sorri a garota, sem jeito. Ela não conseguia sequer olhar em minha direção sem corar. O garoto me encarava. Eu, hein, povo estranho... – Eu interrompi alguma coisa?

Ri e neguei com a cabeça.

– Estávamos apenas conversando. Espero que nós não tenhamos interrompido nada – o garoto ajeitou os óculos escuros na face e puxou o boné para baixo, embaraçado.

– Eu e Kuuga-kun somos apenas amigos – sorriu, mas olhou para ele pelo canto do olho. Sorri. Se for tão óbvio pra ele assim como é para mim que você gosta dele...

Calma aí... Kuuga?...

Fitei Usui por alguns segundos. Ele deu de ombros, desinteressado. Pigarreei.

– Você é o vocalista da banda UxMishi? – Usui balançou a cabeça e Sakura me fitou espantada.

– Você conhece a banda? Não sabia que gostava...

Dei de ombros.

– Eu não sou aquele tipo de fã maluca que fica gritando e se esgueirando por cantos estranhos apenas para ver um show. Minha música favorita é uma das músicas da banda, apenas isso...

– Wow... – o loiro soltou, colocando a mão sobre o peito, em direção ao coração. – Essa doeu – sorriu de canto.

– Desculpe, eu faltei às aulas de ‘como ser gentil’.

– Eu sei bem disso... – Usui murmurou fitando os pés. Sakura conseguiu ser um pouco mais discreta que Kuuga, que soltou uma boa risada do comentário do mais velho. Usui passou um braço por cima dos meus ombros e forçou-nos a virar na direção oposta. – Bem, até algum outro dia, nós estamos ocupados agora.

– Me larga, seu idiota! – tentei empurrá-lo, mas ele ficou com o corpo encostado em meu braço engessado, e eu não tinha tanta força para empurrar ele com o braço que estava distante. Virei a cabeça e sorri sem graça, despedindo-me às pressas de Sakura e Kuuga. Quando já estávamos longe o suficiente do casal, esbravejei, irritada: - Qual o seu problema, Usui?!

– Você...

Parei de andar. Usui se virou em minha direção e me fitou, um misto de raiva e de dor em seus olhos. Não sei qual era a expressão que eu demonstrava, mas a afirmação dele me pesava o peito de uma maneira inacreditável.

– Quando eu estou com você, tudo o que eu consigo pensar é em ter você em meus braços... Quando alguém chega perto de você ou algo desvia sua atenção de mim, eu simplesmente enlouqueço. Eu não quero que você olhe para ninguém, eu não quero que você seja de ninguém, a não ser minha... E isso é um problema. Porque toda vez que eu estou longe de você, eu só quero estar com você, e sempre que eu estou com você, eu só penso em aproveitar o máximo possível o meu tempo ao seu lado...

– Que tipo de declaração possessiva é essa, seu idiota? Eu não sou de ninguém... – ele fechou os olhos e suspirou. Por alguma razão, eu tenho certeza de que ele está pensando no Ren.

– Nem a Ren? – Por que será que era tão óbvio...?

– A ninguém, Usui – e me afastei a passos largos e sem olhar para trás. Entretanto logo Usui estava agarrando minha manga novamente, impedindo-me de prosseguir.

– Eu ainda não te levei em casa – sorriu.

– Eu quero ficar sozinha, Usui.

– Então prometo que farei com que você não note que eu estou aqui.

– Meio difícil não notar – sussurrei. Ele apenas deu um sorriso de canto e segurou minha mão com carinho, entrelaçando seus dedos aos meus. Andamos em silêncio enquanto eu pensava. Ou pelo menos tentava, já que minha atenção estava focada apenas na mão quente e aconchegante de Usui. Bufei irritada. – Você faz isso de propósito, não é?

Ele bufou e revirou os olhos.

– O que você acha?

– Sinceramente? – ele concordou com a cabeça. – Sim, tenho certeza de que você faz de propósito – ele gargalhou. Fiz careta e o empurrei para longe, soltando minha mão da sua.

Quando chegamos à porta de minha casa ele apenas se inclinou, depositando um beijo em minha testa e se afastou sem nada dizer. Sério, qual é o problema desse garoto?!

Abri a porta e dei de cara com minha mãe no corredor, provavelmente indo da cozinha para a sala. Ela me fitou, primeiramente sem reação alguma, mas pouco a pouco seus olhos foram se arregalando. Ela colocou as mãos sobre a boca e praticamente voou para o meu lado, desesperada.

– Misaki! O que houve com o seu braço?! – sua voz saiu meio descontrolada, atrapalhada em meio ao desespero e a pressa em saber o que tinha acontecido comigo. Suspirei. – Alguém te machucou? Você foi assaltada?

– Está tudo bem, mãe, por favor, não fique assim! – disse, tentando tranquilizá-la. – Foi apenas um acidente na escola... Sabe como eu sou, – sorri sem jeito – ainda mais se você colocar escadas no meio disso tudo.

Ela suspirou, um pouco mais aliviada.

– Mas quem te levou ao hospital? Sei que você não iria por vontade própria...

– Um... amigo?... – murmurei, odiando o fato de ter soado uma pergunta. Minha mãe sorriu maliciosamente.

– Um “amigo”? Então você conseguiu finalmente superar a sua separação forçada de Ren? – Por que pais se lembram de tudo que não é para lembrar?

– Mãe... – grunhi, incomodada com o rumo da conversa.

– Desculpe. Não sabia que isso ainda a atormentava.

– Não atormentava... Não até eu o reencontrar na viagem escolar... – ela pareceu ponderar tudo o que ela imaginava que aconteceu.

– Você ainda gosta dele, mas também gosta do seu “amigo” – concluiu por fim. Ela se aproximou de mim, fazendo uma leve carícia em meu rosto, dando-me conforto. – Todos passamos por situações complicadas quando estamos em sua idade, querida... O que nos diferencia dos outros são as decisões que tomamos.

– Eu sei, mãe, é só que...

– Você está confusa – me cortou. – Eu sei – sorriu – e eu também sei que você encontrará uma resposta quando menos esperar.

Suspirei. Ela me fitava com aquele olhar que dizia claramente “eu te conheço melhor que você mesma, garota, então acredite no que eu digo!”

– Mãe, se a senhora não se incomodar, vou tomar um banho, um remédio e vou dormir. Amanhã eu preciso estar na escola cedo para acertar sobre o castigo que eu vou ter que pagar – que era para eu ter ido hoje, se não tivesse me machucado... Não posso falar isso para ela.

Ela apenas arqueou uma sobrancelha e se afastou, deixando-me sozinha. Às vezes eu amo o fato da minha mãe não fazer perguntas demais.

Enquanto estava deitada na cama apenas tentava processar as coisas em minha mente. Fitei meu braço com desgosto. Sinceramente espero que eu não precise fazer algum tipo de limpeza pela escola...

Escutei meu celular vibrar em cima do meu criado mudo. Desconfiada, peguei-o com o braço bom e o abri, para ler a mensagem que havia acabado de chegar.

Como está, Misaki?

Estava pensando em você... Desde que a reencontrei aqui em Sendai que a saudade que eu sentia de você aumentou... Mal posso esperar para poder te ver novamente, mesmo que eu saiba que isso vai demorar.

Com carinho... Ren.

Sorri. Fitei o celular mais alguns instantes até que meu sorriso involuntário começasse a murchar. Comecei a digitar a mensagem de resposta, esperando que ele não quisesse estabelecer uma conversa longa. Estou exausta e, sinceramente, quero me livrar de qualquer coisa que me remeta a estresse hoje.

Quase bem...

Eu tomei uma suspensão e desloquei meu pulso hoje cedo na escola... Além do mais, acabei discutindo e me afastando de um... amigo... querido pouco antes de voltarmos de viagem. Sinto que estou machucando muitas pessoas desde que fui a Sendai.

Aguardei alguns momentos, mas ele não pareceu que responderia. Quando decidi colocar o celular sobre o criado mudo novamente, ele vibrou, mostrando em sua tela que eu recebera uma nova mensagem. Suspirei.

Eu imaginei que você tomaria algum tipo de punição por fugir tanto do hotel, mas a notícia de que deslocou o pulso realmente me surpreendeu... Mesmo com o tempo que eu te conheci, eu nunca a vi se machucar de uma maneira tão grave assim.

E eu sinto muito pelo seu amigo, de verdade. Por algum motivo, quando li sua mensagem, eu entendi que você quis me dizer que eu, de certa forma, fui o responsável pelo afastamento do seu amigo. Eu juro que nunca fiz nada a você desde que nos reencontramos com alguma intenção ruim ou coisa parecida. Se eu te abracei, foi porque eu precisava ter seu corpo novamente em meus braços; se eu te beijei, foi porque a saudade que eu tinha de você era intensa demais para que eu conseguisse me controlar... Mas eu não quero fazer surpresas, Misaki, e eu sei que você as odeia, então, agora, eu já lhe previno: eu não desisti de ter você ainda. Mesmo quando você se mudou, eu sempre tive o objetivo de lhe reencontrar novamente e tentar continuar de onde paramos. E, sinceramente, depois que eu te vi em Sendai, depois que eu a reencontrei e percebi que o sentimento que preenche meu peito não mudou em nada com o tempo – muito pelo contrário, na verdade, ele está mais intenso do que nunca -, eu decidi que a bolsa para a faculdade de arqueologia que eu ganhei será cursada na cidade em que você está morando no momento.

Desculpe, Misaki, mas eu já conversei com meus pais e eles já estão de acordo com meus planos. Até o dia que você me diga que não quer que eu seja mais nada seu além de amigo, eu continuarei tentando.

Eu te amo, e sei que você ainda sente o mesmo por mim. A menina que eu conheci jamais deixaria eu me aproximar se não gostasse de mim, e sei que a mulher que você se tornou também é assim, forte e determinada. Espero que não esteja irritada comigo por causa disso, mas eu preciso ter a minha resposta, e se essa resposta for você para sempre ao meu lado, eu não pouparei esforços para isso.

Te vejo em alguns dias...

Sentei na cama de forma quase instantânea. Senti minha cabeça rodar e meu pulso voltar a latejar com o movimento brusco. Fitei o céu através da janela. Isso só pode ser algum tipo de brincadeira de muito mau gosto do destino. Se com ele morando em Sendai foi quase impossível de fazer com que Usui voltasse a sequer me fitar, se ele se transferir para cá, eu não imagino qual será a reação de Usui... E o pior: a minha.

Deitei novamente, ajeitando o braço com cuidado sobre um travesseiro alojado ao lado de meu corpo. Não é como se eu fosse uma criancinha ingênua. Eu sei que amei Ren por muito tempo, mas eu não posso escolher. Não posso escolher entre Ren e Usui. E é inaceitável magoar ambos por causa de meu imenso egoísmo e indecisão.

Ren... Desculpe, eu não quero te desmotivar, mas a minha vida é outra agora. Eu cresci... Você cresceu... Nós não podemos mais continuar com uma fantasia de crianças inocentes – fantasias que nós vivemos no passado e que foi tirado bruscamente de nós.

Eu não tenho intenção alguma de me envolver em algum tipo de relacionamento novamente. Sentir dói... Se envolver dói... Se entregar e ter tudo arrancado de você dói...E eu não estou preparada para sentir dor novamente. Eu não quero sentir...

O sentimento que havia em meu peito o aquecia, mas nunca foi capaz de reparar a enorme fenda quando este se feriu após nos separarmos.

Eu não posso me envolver mais com você, Ren. Eu sinto que aquele sentimento nunca me abandonou, mas, de alguma forma, ele mudou. Quando nos encontramos em Sendai eu tive uma pequena certeza: eu jamais vou conseguir amar alguém do jeito que eu te amei, Ren, nem mesmo você pode me fazer sentir daquele jeito novamente.

Enviei a mensagem e esperei pelo ‘’melhor’’. Desliguei o celular e o joguei dentro da gaveta do criado mudo, virando-me de costas para o mesmo. Acho melhor tentar dormir, caso contrário, eu vou enlouquecer.

Amanhã será um dia totalmente novo. Falarei com o diretor sobre o maldito castigo e falarei com Usui sobre – e finalmente – a decisão que eu deveria ter tomado há muito tempo.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Gente, olha só, eu ando muito sem ideias para essa fic aqui. Não que eu vá abandoná-la, isso jamais, mas pode acontecer - e provavelmente acontecerá - de eu ficar períodos de tempo parecido com esse para postar algum capítulo meia boca por aqui. Eu sei que é abusar um pouco de vocês, mas compreendam, por favor, a minha situação também... Eu tenho passado por tantos problemas familiares e afins...
E, gente, eu não gosto, eu NUNCA peço por reviews, mas comentem, gente, pelo menos nesse capítulo aqui, me deem a opinião de vocês. Me mostrem que eu não estou escrevendo para ninguém porque - eu não sei os outros autores -, mas o meu maior medo é estar escrevendo e não ter ninguém acompanhando isso aqui, algo que eu faço com tanto amor e carinho para quem lê.
É sério, gente, eu não vou implorar recomendação, acho que isso é o tipo de coisa que só acontece quando a fic realmente merece e, pelo visto, eu ainda não consegui alcançar o merecimento de uma recomendação, mas um review é uma coisa que pode ser feita em alguns poucos segundos. Tudo o que eu peço é a opinião sincera de vocês, críticas construtivas de como vocês acham que eu poderia prosseguir com a fic, se tiver algum extra que vocês queiram, essas coisas... Eu só quero saber a opinião.
Eu peço perdão pelo tempo que eu levei para terminar esse capítulo e agradeço a compreensão de vocês. Obrigada.



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