Meu Bônus Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 29
Ares, o original


Notas iniciais do capítulo

Não, não é ilusão! Este é mais um capítulo de "Meu Bônus Infernal".
Depois de mais tempo do que eu esperava levar para postar, aqui estou eu postando. Vivaaa!

Como vocês viram ou ainda vão ver, eu fiz um capítulo com nada mais nada menos que 8 páginas no word (um capítulo padrão fica em 5 pags inteiras).

Se eu quis caprichar para que vocês ficassem felizes e esquecessem que eu demorei uma eternidade para postar? Que isso. Imagina.

Aproveitem a leitura! Espero que gostem.



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POV Ares

- Como você é idiota, Ares. – Imitei em um deboche irritado, enquanto sentava no sofá – Como você é chato, irritante e bruto, Ares. Eu vou chorar. Mi mi mi.

Apolo saiu da cozinha comendo um sanduíche.

- Você tem sérios problemas, sabia? – Comentou sentando-se a minha frente – E depois eu sou louco quando ponho os filmes no mudo e falo as falas de todos os personagens.

- Você põem os filmes no mudo e fala as falas dos personagens? – Perguntei distraindo-me da minha raiva momentaneamente. Apolo deu mais uma mordida, mastigou lentamente, e balançou a cabeça.

- Uhm... Não. – Respondeu depois de engolir – Não, eu não.

Revirei os olhos bufando pesadamente. Passei a mão pela testa tentando entender a situação que eu e Kelly estávamos.

- Por que as mulheres são tão sentimentais? – Perguntei desistindo. Apolo arregalou os olhos e assentiu concordando comigo.

- Demais. – Disse.

- Qualquer coisinha é motivo para elas ficarem magoadas, qualquer coisinha irrita elas, qualquer coisinha causa ciúmes... Argh. – Reclamei gesticulando. Apolo riu e eu olhei-o com raiva – O que?

- Engraçado. – Ele encolheu os ombros.

- O que é engraçado, imbecil? – Perguntei.

- Você. – Respondeu dando mais uma mordida – Falando de ciúmes.

- Não entendi. – Rosnei inclinando-me para frente – O que você quer insinuar?

- Que você é ciumento. Achei que tinha sido claro. – Respondeu encolhendo os ombros.

- Não, você é ciumento. – Neguei com a cabeça – Eu não preciso disso. Sabe por quê?

- Nem imagino, Ares. Por quê?

- Porque eu sou seguro de mim. E eu sei que não importa com quem Kelly fale ou ande, sou eu que vou ser o primeiro de lista dela. – Sorri confiante e bati em meu próprio peito – Sei disso.

- Então, segura o meu sanduíche. – Disse estendendo-o para mim, enquanto se levantava. Franzi o cenho sem entender, e encolhi os ombros.

- Aonde você vai? – Perguntei.

- Fazer companhia a minha musa. – Respondeu sorrindo. Fiz uma das piores caretas que eu poderia e rosnei para ele.

- Senta o seu traseiro nesse sofá agora. – Falei apontando para lá. Apolo fingiu-se de desentendido.

- O que foi, senhor Eu-não-tenho-ciúmes-porque-sou-gostosão-demais-para-ser-trocado? Por acaso a minha beleza te deixa inseguro? – Perguntou com vontade de rir – Achei que não fosse um problema para você com quem a Alice anda.

- Eu não ligo para com quem ela anda! – Exclamei com irritação.

- Então eu vou...! – Eu o interrompi.

- Eu ligo para atirados que nem você que já vão para cima da minha garota. Agora senta essa bunda no sofá, senão eu a chuto de volta para casa! – Rebati com ainda mais raiva. Apolo riu para mim e negou com a cabeça.

- Quer dizer que pela sua lógica conturbada... - Apolo fez uma pausa para rir – Ela não ia dar em cima de mais ninguém além de você, mas qualquer outro cara ia dar em cima dela?

Abri a boca para responder, mas me detive por alguns instantes.

- Depende. – Falou coçando o queixo – Ia parecer que eu sou ciumento se eu respondesse que sim?

- Não. – Apolo negou com a cabeça.

- Então sim.

- Ciumento! – Exclamou apontando para mim - Depois fica me enchendo o saco dizendo que tenho ataque de ciúmes!

- Você tem ataque de ciúmes! – Rebati.

- Mas ao menos eu admito isso. – Respondeu comendo mais um pouco. Eu estreitei os olhos.

- Admite nada! – Exclamei.

- Dane-se. – Respondeu enquanto engolia a comida e sentava-se novamente no sofá. Apolo olhou para mim e prendeu o riso – Espero que saiba que é apenas uma questão de tempo até que ela volte para mim e desista de você de uma vez.

- Ah, não estou sabendo não. Me conta mais sobre esse seu sonho. – Pedi fingindo um sorriso. Apolo riu balançando a cabeça de leve.

- Ares, as garotas não gostam de caras que nem você. – Continuou – Bem, no começo sim, porque de algum modo elas acham isso de badass atraente. Mas com o tempo, elas notam que vocês são só... Como eu posso dizer? São só uma aventura.

Me recusei a acreditar em cada palavra que Apolo falara, porque eu sabia que ele estava só falando besteira. Entretanto, algo dentro de mim se sentiu ameaçado. Respirei fundo e mostrei confiança em um sorriso.

- E essa é a hora que caras que nem você heroicamente aparecem com a sua beleza infinita e sua conversa fiada cheia de puxa saquísmo para conquistar as garotas, não é? – Perguntei calmamente. Apolo e parou para pensar por alguns instantes.

- Eu certamente não usaria essas palavras, mas sim. É por aí. – Assentiu.

- Eu certamente não concordaria com você, mas sim. Vai sonhando aí. – Assenti.

- Copiando minhas falas? Que falta de criatividade. – Falou voltando o olhar para o sanduíche – Mais uma coisa que as garotas detestam, caras sem criatividade.

- Eu sou criativo. – Resmunguei.

- Mesmo? – Perguntou quase atropelando minha fala – Agora fiquei curioso. O que faz de criativo para a Alice?

Abri a boca para responder, mas nada me veio a mente.

- Não é da sua conta. – Respondi.

- Ah. Claro. – Respondeu com um ar de ceticismo. Parei para pensar em algo criativo que eu tivesse feito, mas infelizmente nenhuma ideia me veio a mente. Comecei a ficar um pouquinho nervoso. Só... Só um pouquinho nervoso.

- Tsc. – Fiz tentando parecer natural, mas meus dedos apertavam o braço do sofá com força – Que tipo de criatividade é essa que você se refere? Quero dizer... Tem muitas coisas criativas para se fazer, sabe? E eu já fiz várias, várias coisas criativas...

- Já deu flores para ela de repente? – Perguntou cortando-me. Abri a boca, e a senti completamente seca. Engasguei-me com a minha própria mentira e minha fala saiu em forma de tosse.

- Sim.

- Já mandou um bilhete para ela no meu do dia por nenhuma razão especial? – Continuou.

- Ah... Er... Sempre. – Minha voz vacilou.

- Já fez uma música para ela ou escolheu uma música para vocês? – Quis saber. Abri a boca novamente, mas dessa vez eu não tinha voz. Estava ferrado.

Dei de ombros levantando-me do sofá.

- Talvez, mas ela nunca vai estar no seu repertório. – Reclamei subindo as escadas e deixando Apolo para trás rindo.

Sentia como se os degraus fossem simplesmente quebrar abaixo de mim, levando com eles toda a casa junto. Tudo ali parecia velho e empoeirado, como Alice descrevera para mim. Imaginei que uma pessoa com asma sofresse bastante. Demorou um pouco para me tocar de que, primeiro: estava me importando com ela, e segundo: já tinha subido toda a escada.

Passei a mão pelo cabelo me perguntando se Apolo estava mesmo com a razão.

Claro que não. Apolo nunca está com a razão, porque ele é retardado.

Mas no mundo cor-de-rosa de uma garota lesada como Alice, talvez aquilo pudesse fazer sentido. Talvez, e só talvez, eu devesse mesmo fazer uma daquelas coisas românticas e enjoadas que ele dissera para fazer.

Caminhei até o final do corredor e olhei por uma das portas. Alguém estava trocando de roupa. Alice.

Respirei fundo e tentei bolar um plano em minha mente. Ela não podia ficar com raiva de mim para a vida inteira. Ela tinha que entender que eu não tinha feito nada com a bailarina loirinha, e que ainda estávamos juntos.

Porque eu jurava que, se depois de tudo que nós passamos, se ela terminasse comigo por causa daquela besteira eu ia simplesmente sequestrá-la e mantê-la como prisioneira e torturá-la até que resolvesse voltar comigo.

Fazer o quê? Isso sim é amor.

Estufei o peito e tentei parecer confiante. Abri a porta com um gesto controlado e casual e entrei no quarto.

- Escuta. Eu pensei e...

- Ah!­

- Por Zeus! – Exclamei tampando meus olhos, enquanto a mãe/militar cobria-se com as peças de roupas que segurava.

- Qual o seu problema?! – Rugiu.

- Por que você está sem roupas?! – Perguntei perplexo. Meu rosto virado para a parede, enquanto minhas mãos tampavam qualquer possibilidade de visão – Você não tem vergonha, não?!

- Eu estou no meu quarto! – Rosnou para mim – Sua mãe não te ensinou a bater na porcaria da porta?!

- Eu achei...! – Ela me interrompeu.

- Ah, você achou?! – Exclamou irritada.

- É! Eu achei que fosse a Alice! – Exclamei de volta, também irritado.

- Por que se fosse você podia entrar assim?! – Rebateu. Engoli em seco.

- Não foi isso que eu falei! – Defendi-me virando-me sem querer. Fui atingido por um livro pesado na cabeça – Ah! Isso doeu, sua louca!

- Se você olhar de novo, eu te dou uma surra! – Ameaçou. Bufei com raiva, e aguardei alguns instantes ouvindo reclamações e sermões sobre privacidade, respeito e falta de educação.

- Você entendeu bem?! – Perguntou. Sua voz agora mais próxima de mim.

- Entendi! Entendi bem, senhora! – Respondi com raiva – Agora, você ainda está como veio ao mundo, ou eu já posso olhar?!

- Abusado. – Resmungou.

A mãe/militar vestia agora (graças aos Deuses do Olimpo) estava usando uma camisa roxa, e um casaco de lã. Calça jeans e meias cinza. Ela cruzou os braços e franziu o cenho para mim, mostrando que ainda não estava de bom humor.

- Ah, me poupe de mais sermão. Só diz onde Alice tá para eu poder fingir que isso nunca aconteceu. – Reclamei. Ela negou com a cabeça.

- Não. – E andou em direção a mala que deixara aberta.

- Não? Como assim não? – Fiquei confuso. Por um instante, me assustei – Você quer me prender aqui, é isso?!

- Eu... – Eu a interrompi antes que continuasse a falar.

- Escuta aqui, se Hermes ainda tá a fim de você é uma coisa, mas eu não me amarro em mulheres mais maduras, entendeu? – Dei um passo para trás.

- Ah, tudo bem. Eu também não me amarro em idiotas. – Respondeu olhando para mim e fingindo um sorriso. Fiz uma careta – Mas é que ela não quer te ver.

- O que? – Falei sem entender – Como assim ela não quer me ver? Ela te disse isso?

- Ela não precisou dizer isso. Estava escrito na testa dela. – Disse ajeitando as roupas que tirara de mala – Deixa a mulher mais madura aqui adivinhar. Você fez besteira?

- Eu não fiz besteira! – Exclamei irritado.

- É, foi o que eu pensei. – Murmurou revirando os olhos – Acho melhor você falar com ela mais tarde. Não agora.

- Está me impedindo de falar com ela? – Cruzei os braços – Sua filha é uma criança mimada.

- Minha filha cometeu o erro de escolher você ao invés do Apolo. – Corrigiu lançando-me olhar severo – Você nem a conhece, Ares.

- Por que de repente todo mundo está contra mim?! – Reclamei jogando as mãos para cima – Apolo não é nenhum partidão! Ele é tão idiota quanto eu, ou até mais!

- Mas ele se importa. – Completou ela.

- Mas ele se impor...! Ei! – Me toquei do que estava falando – Eu também me importo! Eu me importo com... Não olhe para mim com essa cara, mortal descrente.

- Tá, Ares. Tá. – Ela respirou fundo e assentiu – Você pode até se importar, mas isso não fica muito claro para as pessoas, sabe? E nem para Alice, provavelmente. Então, como eu sei que você vai dar um jeito de achar a minha filha, porque você é um cabeça quente teimoso, ao menos mostre isso, ok?

Suspirei pesadamente e fui até a porta do quarto. Antes de sair, resolvi soltar uma última piadinha.

- E se alguém além de Hermes abrir essa porta... Não mostre isso. – Desenhei curvas no ar e saí correndo antes que ela pudesse pular no meu pescoço. Caminhei de porta em porta tentando ver se Alice estava em alguma delas.

Demorei algum tempo até que uma voz me chamou atenção. De começo duvidei que aquele fosse o quarto certo, mas quando olhei pelo buraco da fechadura, encontrei a Filhinha de Hermes e o garotinho revoltado.

Abri a porta e olhei diretamente para ela. Alice ergueu o olhar. Aqueles olhos castanhos curiosos me fitaram, por um momento, cheios de alegria, em outro sem nenhum brilho. Antes mesmo que eu tivesse a chance de dizer alguma coisa, Alice me interrompeu.

- Se você não se importa, estamos no meio de um encontro. – Sua voz soou seca e agressiva.

Olhei para a TV escondida dentro do armário. Estava passando Aladdin.

- Eu quero falar com você. – Disse com uma voz calma. Alice e Thomas fizeram um barulho de pum com a boca. Revirei os olhos – Como adultos...

- Vou cortar sua orelha! – Falou alto apontando para mim – Para mostrar para você como é bárbaro o nosso lar!

Franzi a sobrancelha.

- Eu estou falando sério, Kelly. Se você não... – Interrompido.

- A noite da Arábia! E o dia também! – Cantou por cima da minha voz – É sempre tão quente, que faz com que a gente se sinta tão bem!

Revirei os meus olhos e saí do quarto. Como eu poderia fazer com que ela me ouvisse quando não parava de agir como uma pirralha?!

Foi tentando responder mentalmente essa pergunta que meus olhos pararam em uma mesinha enfeitando o corredor. Em cima delas tinham flores de plástico.

Qual foi a última vez que você deu flores para ela?

Flores de plástico não foram feitas para dar a mulheres na tentativa de fazer as pazes, mas era tudo o que eu tinha no momento. Poderia usar meus poderes, mas aí teria que voltar direto para casa e isso estava fora de cogitação.

Peguei as flores e as ajeitei na mão. Ia abrir a porta novamente, mas preferi repassar um texto mental, quase como um script. Eu tinha que programar os meus passos para que não houvesse erro, para que ela não pudesse me dar um fora.

Depois de vários minutos queimando neurônios e finalmente estava pronto. Fui até a porta e a abri. Alice nem sequer levantou o olhar, o que foi ótimo para que as flores ainda tivessem um fator surpresa.

Sentei-me ao seu lado no chão e estendi as flores para ela de repente. Alice levou um susto, mas as segurou por cima da minha mão. Ela franziu o cenho.

- O que...? A... Atchim! – Ela começou a espirrar virando o rosto para longe das flores e empurrando novamente para mim. E as tirei de perto e notei só naquele momento que estavam com poeira.

- Droga... Isso não estava nos planos. – Murmurei baixo.

- Onde...? Onde você achou isso? – Perguntou esfregando o nariz.

- Ah... Logo ali. Eu achei que... – Ela me interrompeu.

- Ah, ótimo. Você achou. – Ela tentou respirar fundo, mesmo estando com certa dificuldade – Agora eu acho que o meu nariz está mais vermelho que o do Rudolf.

- Ora, desculpe! – Exclamei fitando-a. Alice olhou para mim fixamente, esperando pelo resto – Eu só quis fazer alguma coisa legal como te dar flores de repente. Tudo bem que são de plástico, e você descobriu que tinha poeira, mas eu trabalhei com o que eu tinha.

Alice desviou o olhar e eu percebi que sua irritação tinha ido embora quase por completo. Cheguei para mais para o lado dela, e ouvi seu murmuro.

- Eu não quero ver você. – Disse.

- Mas eu quero te ver. – Respondi.

- Você... – Ela se deteve, e balançou a cabeça – Não acho que isso vá dar certo. Você também deve achar. Acho que no fundo você sabe que não estamos indo a lugar nenhum.

- De onde você tirou isso? – Perguntei. Alice tentou se manter concentrada, mas eu a atrapalhei quando coloquei uma mexa de cabelo para trás de sua orelha.

- Eu... Eu acho que você devia voltar para... Para a Afrodite. – Murmurou cada vez mais baixo. Puxei seu rosto pelo queixo e beijei sua testa.

- Por que diz isso? – Perguntei olhando-a. Vi que estava dando certo. Sua voz vacilou um pouco, antes que pudesse formar a frase.

- É que ela é mais... É... As outras garotas elas... – Eu a interrompi.

- Ah, entendi. De novo isso? – Falei revirando os olhos, pois nós já tínhamos discutido isso várias vezes.

- Eu não sou bonita, tá bom? Eu. Não. Sou. – Disse olhando para mim – E você sabe muito bem disso! E eu sei que isso vai te incomodar uma hora ou outra se...

- Ah, você acha? – Disse me colocando na frente dela. Nossos rostos estavam bem próximos. Alice assentiu sem desviar o olhar do meu.

- Acho. – Sussurrou. Eu beijei sua testa.

- Acha mesmo? – Sussurrei enquanto beijava sua bochecha. Alice assentiu devagar confirmando, mas ela já não sabia mais o que estava defendendo. Eu beijei sua boca rapidamente, e depois ela retribuiu. Continuamos nos beijando. Minhas mãos seguraram seus ombros, enquanto as dela tocavam meu rosto – Você é bonita.

- Não sou. – Negou voltando a me beijar.

- Aceite o elogio antes que eu retire. – Falei e voltei a beijá-la. Ela riu.

- Vou pensar na oferta. – Ia voltar a me beijar quando eu quase caí perdendo o equilíbrio. Ainda estava agachado na frente dela, quando revirei meus olhos – O que foi?

- Como posso dizer? Acho que tem alguma coisa nas minhas costas. – Comentei virando-me – Você está vendo alguma coisa?

Thomas estava agarrado ao meu pescoço reclamando com uma voz abafada. Seu rosto afundado nas minhas costas e seus tentando chutar meu traseiro.

- Para de beijar ela! Alice é minha! E... – Exclamava – Beijos. São. Nojentos!

Coloquei-me de pé com um rugido e comecei a girar no meio do quarto. Thomas agarrou meu pescoço com mais força para não se soltar, e gritou. Quando eu parei, tudo o que ouvi foram risadas abafadas.

- Faz de novo! – Pediu rindo. Eu ri e Alice também.

- Vamos ver se você é durão. – Desafiei e girei ainda mais. Seus pés balançaram no ar, e pude ouvir mais gritos.

- Para com isso! Vai machucar ele! – Exclamou Alice. Eu parei e o fiz ir para o chão. Thomas deu pulos tentando escalar novamente em mim, mas eu o impedi.

- Já chega disso, moleque. Não quero que você vomite nas minhas costas. – Falei empurrando-o para onde Alice estava sentada.

- Deixa eu ir de novo? – Pediu ele para a filha de Hermes – Por favor, Alice! Pede para ele fazer de novo!

- Olha, vai chegar a parte que o Gênio canta. – Falou apontando para a TV. Thomas reclamou, mas acabou correndo para a frente da TV. Eu parei na frente de Alice e apontei para ela.

- Eu e você hoje a noite. Nós podemos ir à cidade fazer alguma coisa melhor do que catar feno e pegar ovos de galinha. – Falei. Alice riu e negou com a cabeça.

- Ares, não tem nada nessa cidade. Você não entendeu isso ainda? – Eu ri.

- Benzinho, se tem uma coisa que você aprender depois de milênios de existência é que não existe lugar nesse país em quem você não consiga um prato de hambúrguer com fritas acompanhado de uma Coca-Cola gelada. – Respondi.


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Notas finais do capítulo

Ok, tenho que admitir que fiquei com medo de postar um capítulo muito grande e vocês não gostarem.

Me forcei a não reler, porque eu meio que prolonguei demais uma coisa que ia acontecer, e se eu parasse para reler isso ia apagar tudo. He he.

Mas quero saber a opinião de vocês. Preferem que eu poste um capítulo grande assim quando eu demorar muito, ou preferem vários do tamanho normal?

Por favor, respondam isso.

Enfim, vocês já leram demais as minhas palavras por hoje. Obrigada por acompanharem a fic, e vejo vocês nos reviews. Tchau tchau.