Meu Bônus Infernal escrita por Mandy-Jam
Notas iniciais do capítulo
LEIAM ISSO!
Ok. Eu tenho recebido muitos reviews, e raramente tenho tempo de respondê-los. Quando eu tenho, acabo postando ao invés de responder.
Sim, eu sou um ser humano horrível, e vocês são leitores perfeitos demais. Por isso, como uma patética forma de me redimir, vou responder algumas das perguntas que vocês me fizeram:
1) Sim, todos nós sentimos muita pena da Ally. Hahaha! Até eu. Ela deve me odiar para valer por colocá-la nessas furadas.
2)"você se supera a cada dia, não é mesmo?" Gente, assim eu morro. Meu rosto vai ficar mais vermelho que o da Alice. HAHAHA! Seus lindos!
3)"Scott vai para o Alabama?" Ahm... Não. É que vão acontecer coisas muito mais loucas com o Scott lá em Jersey mesmo. Aguardem.
4) "Posta mais!" Claro! Essa é uma das fics que eu mais posto, porque é a mais fácil de escrever. Não sei explicar direito. É mais natural.
Bem... Já chateei vocês demais. Boa leitura, e espero que riam bastante nesse capítulo! Um grande beijo para todos que mandaram reviews! Continuem, mesmo eu sendo uma negligente! Por favor!
Havia três carros parados no gramado na frente daquela casa velha. Todos os três eram carros esporte caríssimos, o que pareceu surpreender Ares e Apolo.
– Como eles vieram para cá com um carro esporte? – Perguntou Apolo de queixo caído – A estrada é toda irregular!
– Eles dirigem muito devagar. – Respondi observando os carros – Não tem pressa mesmo. Passam o caminho todo falando no celular enquanto dirigem.
– Mas... Que tipo de caipira tem um carro esporte? – Perguntou Ares sem entender – Cadê as caminhonetes ferradas e velhas, ou os carros sujos de lama?
– Eles não são caipiras. – Respondi. Ares olhou para mim com um tanto de impaciência, e cruzou os braços.
– Você não disse tanto que eles eram caipiras, e que eram maus, e que eram chatos, e tudo mais? – Perguntou impaciente – Explica direito, lesada.
– Eles são caipiras nas férias. – Expliquei – São todos executivos ricos. Só que eles se passam por caipiras nas férias, como se fosse extremamente divertido. É aquele tipo de gente que acha que o contato com a natureza é ótimo, mas não vive sem os Ipads.
Eles fizeram “Aaah” mostrando que entenderam, e continuaram observando os carros. O primeiro a ter as portas abertas foi o BMW vermelho, parado um pouco mais perto da casa. Do banco do motorista saiu um homem de camisa polo e óculos escuros, do mesmo jeito que Apolo se vestia.
Ele falava no celular, enquanto fechava a porta do carro e tentava ajeitar o relógio melhor no pulso. Do banco do carona saiu uma mulher rabiscando em um bloco do tamanho de uma folha A4.
Eles fecharam as portas, mas logo pararam e se entreolharam.
– As crianças, Trisha! – Repreendeu ele. Ela ergueu os olhos castanhos para o homem, e torceu o nariz.
– Quem mandou você fechar a porta do carro, Adam? Abre logo! – Repreendeu ela. Ele revirou os olhos e apertou o botão das chaves. O carro apitou, e as portas de trás se abriram. Duas crianças saíram correndo á toda velocidade, eles mas Adam foi até o carro mesmo assim.
– Vai apresentar, ou vamos continuar só encarando? – Perguntou Ares fingindo delicadeza, mas eu sabia que estava impaciente.
Nós estávamos em pé perto da grade da varanda, mas os donos do carro vermelho não podiam nos ver. O que era ótimo, na minha opinião.
– Aqueles são Trisha e Adam Hanks. Eles são casados e tem dois filhos, a Ruby e o Thomas. São gêmeos. – Contei. Apolo assentiu olhando as crianças correrem.
– Aposto que o garoto nasceu primeiro. – Comentou. Olhei para ele, achando-o completamente complexado por causa de sua briga com Ártemis.
– Ah. Claro. Pena que eu não estava lá para conferir. – Comentei assentindo e voltando a olhar para eles – Ahm... Trisha é uma egocêntrica exótica, e Adam é um tecnomaníaco.
– O que? – Perguntou Ares sem entender.
– Ela é arquiteta. Vive fazendo rabiscos naquele bloco branco, e não se importa com ninguém que está perto dela. E os projetos delas são... Er... Raros no mercado. – Tentei explicar na melhor forma possível, mas eu sabia que eles entenderiam mais tarde – O Adam é viciado em qualquer tipo de tecnologia portátil. Não consegue passar mais de um minuto sem olhar o celular.
– As crianças tem algum problema também, ou você só odeia os dois? – Perguntou Ares prendendo o riso.
– Eu não estou exagerando, se é isso que está passando pela sua mente. Só estou falando a verdade. – Rebati. Olhei para as crianças correndo e franzi o cenho – Bem... Thomas é normal, eu acho. Nada demais. Mas... Ruby é um inferno. É o tipo de princesa cor de rosa que todos são obrigados a amar.
– Quem obriga? – Perguntou Apolo.
– Ela obriga. – Respondi fazendo caretas. Minha mãe estava passando na varanda, quando nos viu no canto. Ela chegou mais perto, olhou para nós e depois para eles.
– Está espionando o inimigo? – Perguntou ela para mim – Cuidado, Alice. Acho que eles podem vir aqui para te morder.
– Muito engraçado, mãe. – Falei em sarcasmo. De repente, notei a cena. Trisha tirara um monte de pano do banco de trás – Para que tanto cobertor? – Minha mãe olhou e depois voltou-se para mim.
– Alice, não são cobertores. É um bebê. – Corrigiu ela. Olhei para minha mãe arregalando os olhos.
– O que? – Perguntei sem acreditar. Estava tão surpresa por eles resolverem ter três filhos, e não cuidarem direito de nenhum dos três, que acabei fazendo uma pergunta mal interpretada – Desde quando ela estava esperando um bebê?
– Ahm... Há cerca de uns nove meses, Alice. – Respondeu minha mãe bem devagar como se eu fosse uma criança. Apolo e Ares começaram a rir da minha cara, e minha mãe fez o mesmo.
– Vocês são uns implicantes! Querem parar?! – Exclamei com o rosto vermelho – Eu quis dizer que eu não sabia que ela estava esperando um bebê, porque eu não vejo ninguém há um tempo, tá?!
– Tá na cara porque ninguém gosta de você aqui, Ally! Você é o geniozinho da família! Inteligente demais! – Riu Ares apertando a minha bochecha. Eu lhe dei um tapa no braço, mas isso não machucou.
– Eu não perguntei nada para você! – Retruquei irritada.
– Quem dera! Quem dera você tivesse perguntado! Eu ia te dar um fora tão lindo...! – Riu ele animado. Eu revirei os olhos e disse “vão se ferrar”. Eles só riram mais.
– Qual o nome? – Perguntei para minha mãe, ignorando-os.
– Ryan. – Respondeu minha mãe. Ares ponderou mentalmente, e assentiu aprovando o nome. Aposto que ele tinha pensado no soldado Ryan, mas não perguntei. Olhei para eles ainda incrédula – Eu também não acreditei que eles quiseram ter outro filho. Três deve ser um trabalho enorme.
– Exatamente! Era isso que eu queria dizer, mas me interpretaram mal! – Exclamei concordando, e acabei falando demais sem pensa novamente – Como isso foi acontecer? Que loucura.
Eles começaram a rir novamente, só que dessa vez bem mais alto. O rosto de Apolo ficou vermelho de tanta risada. Ares ria tanto que ficou mudo. Minha mãe encostou-se contra a parede e começou escorregar lentamente em direção ao chão.
Eu fiquei ainda mais envergonhada. Passei a mão pelo meu rosto vermelho de vergonha, e desejei com todas as minhas forças não ter perguntado aquilo.
– Eu odeio vocês. – Murmurei.
– Você perguntou para mim? Posso responder? Posso? – Perguntou Ares com a vontade animada de me dar um fora. Eu tentei lhe dar uma cotovelada, mas ele se protegeu sem problemas – Não. Não! Pelos Deuses, eu não acredito que você realmente perguntou isso!
Ele voltou a rir da minha cara, e Apolo olhou para mim. Era a vez dele de implicar comigo.
– Não precisa ter vergonha. Eu explico. – Falou ele tentando parar de rir – Quando um casal se ama demais, e eles querem um bebê, eles pedem para a cegonha...
– Ah, cala a boca! Eu não quero mais falar com vocês! – Exclamei empurrando Apolo para o lado. Eles continuaram a rir e eu revirei os olhos. Minha mãe parou de rir, mas assim que seus olhos encontraram os meus, ela jogou a cabeça para trás rindo novamente – Mas que droga! Não perguntei literalmente! Vocês entenderam o que eu quis dizer, tá bom?! Parem de rir de mim!
– Olha... Seu pai vai adorar saber que você não sabe disso ainda. – Comentou minha mãe rindo. Ares e Apolo riram ainda mais, e eu cruzei os braços esperando que parassem.
Enquanto isso, saía gente dos outros carros. Minha mãe levantou-se e saiu rindo em direção á porta, provavelmente para avisar Will e tio Edgar que eles estavam chegando. Ares continuou rindo com Apolo.
– Oooooown, olha esse rostinho vermelho! – Implicou Ares apertando minhas bochechas. Olhei para ele com raiva, mas ele continuou – Não se evergonhe! Só porque você tem uma mente de uma criança de 7 anos, não quer dizer que você seja lesada! Ou... Sim.
– Bem, agora você já sabe. Nove meses, e tcharam! Um bebê! – Disse Apolo. Suspirei pesadamente imaginando quando eles parariam de rir. Olhei novamente para Trisha e o bebê, e notei algo.
Thomas estava correndo, mas não era em uma direção qualquer. Era na minha direção. Lembrei-me rapidamente de um fato que não havia mencionado, e que era melhor que eles soubessem.
– Eu esqueci de falar para vocês! O Thomas é...! – Eles me interromperam. Estavam rindo ainda mais.
– O Thomas também não sabe como o irmãozinho dele nasceu? – Perguntou Ares rindo. Dei um tapa em minha própria testa.
– Esquece. Vou deixar vocês se ferrarem mesmo. – Comentei virando as costas para eles. Eles fingiram que queriam se desculpar, mas continuaram me zoando.
Aí veio.
– Fiquem longe da minha garota! – Berrou Thomas. Ele correu na direção de Ares e lhe deu um soco no meio das pernas. Ele parou de rir instantaneamente, e curvou-se para frente soltando um berro de dor. Ele chutou Apolo no mesmo lugar, e o Deus do Sol caiu no chão encolhendo-se.
– Thomas, menos. – Pedi, embora estivesse feliz. Se ele não fizesse isso, eu acabaria fazendo. Ele rosnou para Apolo no chão, e depois olhou para Ares, e fuzilava-o com um olhar de ódio.
– Seu pivete filho da pu...! – Eu lhe dei uma cotovelada, e bufou de dor. Ele trincou os dentes – Eu vou abrir a sua cabeça de tanto batê-la na parede, seu anãozinho!
– Está se metendo com a minha garota?! Fica longe dela, senão eu vou partir para cima de você! – Berrou ele com igual raiva. Ares rosnou.
– O que?! Vem então para ver o que eu faço com você! – Berrou ele colocando-se reto novamente. Seu rosto estava vermelho de raiva, e o de Thomas também. Eu puxei Thomas para trás de mim, e olhei para Ares. O Deus da guerra olhou para mim – Chama isso de garoto normal?!
– Eu ia falar para você, mas estava ocupado rindo da minha cara. – Comentei calmamente, e com um sorriso no rosto – Acho que depois dessa, a cegonha nunca mais vai trabalhar para você.
– Cala a sua boca, sua lesada! – Rugiu ele de raiva.
– Não manda ela calar a boca! – Exclamou Thomas tentando bater novamente em Ares, mas eu o impedi.
– Calma aí! – Exclamei. Olhei para Ares e tentei interpretar o melhor possível para evitar mais problemas – Desculpa mesmo por essa bagunça toda. Olha, eu gosto muito de você, mas eu já tenho um namorado, então realmente não vai dar.
– O que?! Está falando isso para o garoto?! – Perguntou ele confuso e com raiva.
– Não, estou falando isso para você. – Deixei mais claro, e Ares franziu o cenho – Thomas é o meu namorado há um bom tempo, por isso... É bom deixar claro que não temos nada um com o outro. Não e tem eu e você.
– É! Fica no seu canto, retardado! – Berrou Thomas ainda irritado.
– Como você falou comigo?! – Perguntou Ares com raiva.
– Olha... É melhor eu apresentar vocês. – Disse para Ares – Esse é Thomas, como eu já disse. Thomas, esse é Harry. Um amigo. E aquele ali no chão é meu outro amigo, Tyler. Só amigos. Fique calmo, certo?
Thomas respirou fundo e assentiu. Ares não estava nem um pouco calmo. Ele fuzilava o menino com um olhar de ódio profundo, enquanto Apolo estava gemendo e tentando se recompor.
O garoto esticou a mão, e tentou parecer mais calmo.
– Ei. Sem ressentimentos. – Disse, mas Ares ergueu a mão para lhe dar um soco. Eu intervi.
– Você tem problemas, seu pirralho?! Vai se enxergar no espelho antes de tentar arrumar uma garota! – Reclamou Ares irritado e possessivo. Eu olhei para ele como se ele tivesse sérios problemas por reclamar com Thomas, uma criança, sobre um assunto tão idiota.
– Só está com raiva porque ela gosta mais de mim. E eu cheguei primeiro! – Exclamou ele fazendo careta.
– Tsc! Chegou primeiro! – Ridicularizou Ares – Você realmente acha que alguma garota vai se interessar por você?! Quantos anos você tem?!
– Sete anos e meio. – Respondeu prontamente.
– Nem cabelo no braço você tem! Vai brincar lá no cantinho, e volta quando sua voz começar a mudar! – Retrucou Ares irritado. Thomas fez outra careta para ele.
– Não precisamos de você! Vamos embora, Alice. – Disse ele segurando minha mão e me puxando para longe de Ares. O Deus da guerra segurou minha outra mão e puxou-a para si.
– Você quer arrumar encrenca comigo, é?! – Perguntou ele furioso.
– Você tem problemas? – Perguntei olhando para ele – Quantos anos você tem?
– Ele está invadindo o meu espaço! – Exclamou Ares revoltado.
– Eu conheci ele antes, então... Tecnicamente, você está invadindo o espaço dele. – Disse sorrindo delicadamente – Ajuda o Apolo a levantar, e... Bem-vindo ao Alabama.
Ares trincou os dentes, segurou o braço de Apolo, ergueu-o do chão e o arrastou em minha direção, seguindo á mim e á Thomas. Sabia que teria problema, por isso resolvi despistar Thomas.
– Thomas, pode me fazer um favor? – Perguntei para ele – Pode ir ao meu quarto pegar a minha escova de cabelo para mim? Mas tem que ser a minha, ouviu? Pode fazer isso para mim?
– Claro. Deixa comigo. – Sorriu ele. Thomas saiu correndo para dentro de casa, bem no instante em que Ares parou perto de mim. Ele olhou para o garoto, que se afastava cada vez mais correndo, e depois para mim.
– O que fez para aquele idiota ir embora? – Perguntou.
– Mandei ele ir para o meu quarto pegar uma escova de cabelo. Ele não vai voltar Tão cedo. Não alcança a cordinha para puxar a escada. – Contei. Apolo já estava de pé e observava Thomas também.
– O que foi isso? – Perguntou atordoado.
– Ele acha que é o meu namorado desde os quatro anos de idade. – Contei para Apolo e dei de ombros – Só que... Ele nunca tirou a ideia da cabeça.
– Nem você tentou tanto, pelo visto. – Reclamou Ares.
– Está com ciúmes de uma criança de sete anos? – Perguntei incrédula, e ele resmungou irritado. Deu para ver que sim, e resolvi irritá-lo ainda mais por causa disso – Bem, o que posso falar? Ele me protege melhor que você. Ganhou meu coração.
– Como é que é? – Perguntou ele com raiva.
– Acho que um homem tem que saber defender a garota que ama. E ele consegue. Sinto muito, Ares. Você está ultrapassado por uma pessoa mais forte. – Falei.
– Uma pessoa mais forte? Aquilo é uma barata! Não chega nem a metade da força que eu tenho! Só abre a sua boca se for para falar algo inteligente! – Queixou-se. Apolo olhou para mim, e resolveu entrar na brincadeira.
– Fala isso para a sua cegonha. Acho que ela notou a força do garoto. – Comentou ele rindo – Acho que ela está certa. É concorrência demais para nós dois.
– Diga por você mesmo! – Berrou ele com raiva profunda. Ele deu um empurrão em Apolo, e o Deus do sol revidou. Eles chegaram bem perto, se encarando com raiva, mas Ares logo virou o rosto para mim – Eu quero você longe do Collins, do Apolo, e desse pivetinho, você entendeu?!
Eu revirei os olhos e olhei para os outros dois carros.
– Espera para ficar com raiva quando conhecer o resto da família. – Respondi.
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Então? Engraçado?
Resolvi separar os três carros em três capítulos, assim vocês não se perdem nos personagens novos. E eles são engraçados, então acho que vão gostar de ver um por um.
Ou não. Aí vocês podem me matar. Mas acho que ninguém aqui sabe onde eu moro tirando a Ray e a Bruna. Então estou salva, por enquanto.
Ah! Estou indicando essa fic aqui: https://fanfiction.com.br/historia/157842/Um_Novo_Final_Para_Uma_Deusa_Injusticada/
Ela é da Mamy_Fortes e vale muito á pena ler! Só sugerindo.
Bem... Até o próximo capítulo! Quando eu espero que a escola me dê tempo para responder seus reviews! Beijos e até lá!