Bad Angel escrita por Miller


Capítulo 7
'Cause I definitely hate it all


Notas iniciais do capítulo

Olhem eu aqui de novo gente! Vocês foram tão, mas tão, mas tão absurdamente maravilindos que decidi postar mais cedo devido aos vários comentários! 170 reviews gente, tem noção do quanto isso é DI-VAS-TI-CO? Vocês são de-mais, sério *-*
Esse aqui é a primeira parte da festa e, creio eu, vai deixar vocês bastante curiosos com a segunda parte muahahahahah
Não vou mais atrapalhar a leitura de vocês, so... Enjoy!



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Lily Evans

– Se eu não fosse seu anjo da guarda juro que te matava – falei assim que James estacionou seu grande carro esporte prateado (sobre o qual só sabia distinguir a cor) em frente a grandes portões que guardavam uma mansão maior ainda. Provavelmente a casa do tal de Sirius.

Se o garoto ainda estivesse dirigindo provavelmente teria levado o carro a bater devido ao susto.

James soltou uma exclamação de surpresa, voltando-se para o banco do carona onde estava sentada. Encarou-me furiosamente de olhos arregalados

– Você é louca? – ele perguntou com a voz elevada, seu nervosismo dando lugar para a irritação. – Eu poderia ter batido o carro em alguma coisa! – adicionou de forma ríspida.

Sorri de forma sarcasticamente amável para ele.

– E é por este motivo que esperei até você estacionar o – revirei os olhos, logo em seguida estreitando-os enquanto o encarava de forma irritada. – Você está fazendo isso apenas para me provocar, não é?

James então cruzou os braços sobre o peito em um gesto bastante infantil.

– Sabe o que dizem sobre pessoas que falam sozinhas? – ele perguntou de forma retorica, enquanto seus olhos me fuzilavam.

Sua pergunta fora retorica, mas sabia que o irritaria se respondesse. Então dei meu melhor sorriso tenho-trinta-e-dois-dentes antes de responder em um tom jocoso:

– Que são loucas? Deficientes mentais? Perturbadas psicologicamente?

O garoto me lançou um olhar irritado

– Não me provoque – ele resmungou e eu ri.

– Se não o que? Vai tentar passar por dentro de mim? Ou vai fingir que eu não existo? – perguntei de forma irônica, fazendo-o perceber que não iria vencer aquela batalha.

Então James desistiu e respirou fundo antes de voltar a me encarar.

– Você é o ser mais irritante do universo – disse as palavras com tanto desgosto que até me ressenti. Então socou duas vezes a buzina, sinalizando para Sirius que estava esperando-o.

– Posso até ser, mas isto não muda o fato de que você vai ter que me aturar querido – disse com um sorrisinho. Não que eu estivesse muito feliz por aquilo, mas irritá-lo me acalmava, portanto fingi que ele era o único a se importar realmente com o fato de que teríamos de conviver por... Quanto tempo?

– Cale a boca! – James disse de forma ríspida no exato momento em que vi (na verdade ouvi, antes de ver, mas o fato era tão estranho que decidi ignorar) os amigos dele saindo pelos portões, encaminhando-se para o carro.

– Cale a boca você! – retruquei cruzando os braços da mesma forma que ele momentos atrás.

– Eu mandei primeiro! – James me encarou mortalmente, o que eu achei fofo até.

– E eu sou um ser divino – apontei um dedo para ele arqueando uma sobrancelha de modo sabichão. – Me respeite!

Podia dizer que ele ficou sem saber o que falar, ou então estava se contendo para não me mandar longe. O negócio é que parecia que nenhum de nós dois estava confortável com essa coisa de ter de se aturar.

Era apenas o primeiro dia e ele estava me fazendo subir pelas paredes. Fiquei imaginando o que aconteceria daqui a uma semana. Será que eu acabaria matando-o ao invés de tentar salvá-lo? Era uma incógnita bastante plausível.

Quando os dois garotos finalmente chegaram ao carro, suspirei. Além de James, teria de aturar aqueles outros dois pervertidos.

Talvez eu perguntasse para Constantine se havia algum modo de filtrar os pensamentos que eu lia. Porque, sinceramente, aquele Sirius tinha os pensamentos mais sujos que já ouvira em toda minha vida. Ou melhor: existência.

Deus o abençoe.

Sirius então abriu a porta do carona e eu o encarei furiosamente – o que foi ridículo levando em consideração o fato de que ele não podia me ver.

Idiota, eu estava sentada aqui primeiro – resmunguei enquanto automaticamente aparecia no banco de trás. Acho que nunca me acostumaria com aquilo de fazer ‘puff’ e aparecer nos lugares sem nem me lembrar de como havia chegado até lá.

Era completamente estranho, mas, afinal de contas, o que não era naquela nova existência celestial?

Ouvi James rir de mim e dei com a língua para ele pelo retrovisor. Ele revirou os olhos.

Percebi Sirius encarando-o em confusão.

– Você está bem? – ele perguntou e James encarou-o com uma expressão ingênua bastante convincente.

– Claro – respondeu de forma leve.

Franzi a testa com seu comportamento, mas então lembrei que seu pai era um ator e que James possivelmente teria herdado seus talentos. Foi então que percebi que não fazia ideia do sobrenome do James. Ou do nome do pai dele.

– Ei, qual o seu sobrenome? - perguntei

O garoto me encarou pelo retrovisor, mas antes que pudesse me responder – o que de qualquer forma duvidava que fizesse. James não queria parecer um louco para os amigos e tinha certeza de que se ele de repente dissesse seu sobrenome sem motivo algum, aquilo somente contribuiria para seus amigos pensarem – ainda mais – que ele estava louco.

Remus então entrou no carro, acomodando-se de forma preguiçosa ao meu lado no banco de trás.

Somente então percebi que os três estavam vestidos de terno e que Sirius e Remus possuíam máscaras penduradas em seus pescoços.

– Festa de máscaras? – perguntei para James. Muito de leve acenou com a cabeça em concordância.

Então ele não estava me ignorando, afinal de contas. Sabia que era legal demais para isso.

Os três então começaram a conversar sobre qualquer coisa que me forcei a não ouvir enquanto sentia-me excluída. Era a única ali que não estava vestida à caráter. Para falar a verdade ainda estava usando as roupas do acidente e...

Acidente? Que acidente?

Tentei forçar minha mente a lembrar-se e tudo o que consegui após vários minutos foi um relâmpago branco celestial brilhante que significava: nada. Absolutamente nada.

Estava prestes a tentar novamente quando um pensamento – que não era meu – soou em minha mente:

Não tente nada Lily, você não pode lembrar.

A voz grave e rouca de Constantine soou em minha mente e eu me perguntei o porquê de eu chama-lo assim.

Também não lembrei. E, afinal, o que era para eu não lembrar?

Decidi deixar para lá, evitando uma dor de cabeça que eu não fazia ideia se poderia ter. Tinha problemas maiores com o que me preocupar, como, por exemplo, o fato de que eu era a única garota naquele carro e também a única que não estava usando uma roupa legal.

Aquilo era anjullying!

Somente quando olhei para minhas mãos, em busca de uma ocupação para minha mente que não fosse os pensamentos azucrinantes de Sirius, que percebi algo realmente legal.

Minhas roupas, elas já não eram as mesmas daquele acidente que eu estava proibida de lembrar. Ah não, eu estava usando um vestido preto com rendas e uma máscara combinando.

Franzi a testa.

Não me lembrava de ter vestido isso alguns segundos atrás.

– Hum – eu resmunguei e olhei para os lados. Os três garotos estavam entretidos em sua conversa sobre garotas pegáveis, peitos e quaisquer outras coisas fúteis sobre as quais garotos mais fúteis ainda gostavam de conversar.

Concluí que eles não me notariam então. Ou melhor, os amigos de James o estavam mantendo distraído, sendo assim ele não me notaria.

Tentei não pensar em quão ridículo era o que estava prestes a tentar fazer, mas bem, não era como se eu possuísse muitas distrações atualmente.

Franzi meu cenho em concentração, testando imaginar-me vestida de palhaço com a finalidade única de comprovar minha tese.

Fechei os olhos.

Assim que os abri novamente estava com uma roupa completamente colorida e com uma calça fofa, onde deveria caber pelo menos 5 Lily's.

– Cara, eu não... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA – ouvi a gargalhada histérica de James e soube então que ele deveria ter me visto.

Ergui meus olhos e encontrei com os seus, observando-me através do retrovisor como se eu fosse a coisa mais absolutamente engraçada da face da Terra. Precisei reunir toda a minha força para não fazer um gesto obsceno que faria Constantine ficar de cabelo em pé.

– O que houve James? – Remus perguntou, confusão estampada em seu rosto enquanto ele olhava para o amigo que estava tendo acessos de risos sem nenhum motivo aparente.

– Eu... Eu só... Lembrei-me de uma piada – ele respirou fundo e olhou mais uma vez para mim pelo espelho. Sorriu ainda mais. – De um palhaço ridículo.

– Não me tente – eu sibilei. – Ou eu faço o carro virar completamente sem querer – murmurei e ele revirou os olhos como se dissesse 'você não poderia'.

Idiota egocêntrico era aquilo que James era. Deus, porque ele tinha de ser meu protegido?

Respirei fundo e ignorei o pensamento.

Fechei os olhos e me concentrei novamente na fantasia bonita que vestia antes.

James não me encarava mais, o que foi bom o suficiente para mim.

X—X

Quando, por fim, chegamos à maldita... Quero dizer BENDITA festa, eu já estava enojada de tanto ouvir sobre “pernas, bundas e garotas com peitos grandes”. Isto para não falar na “Lista de Sirius Black Sobre as Dez Melhores Garotas de Hogwarts na Cama”, narrada pelo dito cujo.

Sério mesmo, se um dia te oferecerem o trabalhado de anjo da guarda de um cara com dois amigos pervertidos é melhor achar rapidinho a primeira entrada para o inferno e se atirar, porque tenho certeza de que vai ser menos torturante.

Os três então desceram do carro, ajeitaram os trajes e então se encaminharam em direção à entrada da festa – que no caso era um grande ginásio de uma escola intitulada Hogwarts High School, com tecidos pretos pendurados com luzes iluminando-os e alguns grafites coloridos desenhando formas ao redor de suas paredes. Vê-los daquele jeito me fez rir. Caminhavam como se fossem os donos do mundo, seres mais gostosos do universo ou qualquer coisa do tipo, naquela entrada triunfal – só que não – estilo slowmotion de filmes.

James, provavelmente ouvindo meu riso, virou-se em minha direção. Não sabia ao certo o que ele pretendia fazer, ou falar, mas parou completamente assim que me viu. Encarou-me da cabeça aos pés com o cenho franzido.

Os outros dois garotos continuaram caminhando, tão absortos em sua conversa que nem perceberam James ficar para trás.

– De onde saiu essa roupa? – ele perguntou curioso.

Precisei morder minha língua para não dar uma resposta de linguajar impróprio punível por Constantine.

– Os mágicos nunca revelam seus segredos – murmurei encarando-o com as sobrancelhas erguidas. Estava esperando alguma resposta engraçadinha, mas, antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Sirius o chamou.

– Vamos logo Jay, as meninas nos esperam!

Fiz um gesto teatral como se estivesse prestes a vomitar e James revirou os olhos, sussurrando:

– Se comporte – e então se virou para adentrar no que, provavelmente, seria um evento bastante entediante.

X—X

Eu salvei a vida de James. Inúmeras vezes.

Algumas vezes fora um copo que caia do segundo andar do grande ginásio diretamente na direção de James, prestes a bater na parte externa de sua nuca, o que provocaria uma concussão bastante séria que levaria a um coma e logo à morte.

Outras era um garçom desastrado que limpava garrafas de vidro quebradas no chão e erguia um pedaço de vidro pontudo bem na hora em que ele estava passando.

Também tinha aquelas vezes em que eu desviava as pessoas bêbadas de seu caminho.

Eu não sabia como era possível ter tantas situações de risco de vida em uma festa da escola, sério.

Só sabia que, de acordo com meu impulso, eu estava no lugar certo, na hora certa.

E ele nem ao menos virou para me agradecer, aquele retardado!

Eu odiava festas. Odiava aquelas máscaras e odiava aquelas pessoas, mas eu acho que isso não era um sentimento que um anjo deveria ter então eu fingi estar gostando e tentei pensar apenas na parte boa daquilo tudo: nada.

Eu pensava em nada. Tentei deixar minha mente naquele branco celestial para não ter de aturar aquele bando de bêbados e loucos pervertidos à minha volta. Sem falar na loucura que estava minha mente com todos aqueles pensamentos desconexos salpicando em minha cabeça.

Tudo estava indo muito bem – e quando digo isto estou APENAS me referindo a parte em que James não estava machucado, porque quanto ao resto, tudo estava uma grande droga -, até que apareci ao lado de James quando ele estava caminhando em direção ao bar onde uma garota vestida de vermelho estava sentada.

Não sabia dizer o porquê, mas não fui com a cara dela.

– Oi James – ela cumprimentou-o forçando uma voz rouca assim que o viu. O garoto deu um largo sorriso para ela, sentando-se no assento logo ao lado dela.

– Oi Lindsay – ele cumprimentou e parecia ainda mais idiota que o normal.

Sinceramente? Eu não estava recebendo crédito celestial o suficiente para ter de aturar aquilo.


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Notas finais do capítulo

Hey gente, e aí, o que acharam do capítulo heim? Eu, particularmente, adorei escrevê-lo. Espero que tenham gostado também.
Deixem seus comentários e me digam o que estão achando. Se vocês forem bonzinhos o capítulo sai logo logo, okay? Okay!
Beijocas da Mills :*