Bad Angel escrita por Miller


Capítulo 20
'Cause I can feel it


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeee!
Então, perdão por não ter postado ontem, mas tive uns imprevistos beem complicados e precisei resolvê-los, o que tomou todo meu tempo.
Maas, como sou um ser celestial bondoso, fiz um SUPER cap para vocês não reclamarem do tamanho U_U
Está dramático, com muitas camadas de açúcar e sentimentalismo.
Ah! Mudei meu nome no Nyah. Agora é Mills do Winchester.
O Mills é um apelido que a diva Polaris inventou para mim faz uns quantos meses atrás e Winchester, obviamente, é do Dean, meu marido >.
But, deixem isso para lá e aproveitem o capítulo.
Muito obrigada à Mariana B pela recomendação perfeita! Dedico o cap à você, sua linda!
Enjoy!



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Havia alguns cortes e um pouco de sangue, mas nada de danos irreparáveis, o que já era uma grande coisa.

Independente disso, eu gostaria muito de poder matar cada um dos caras que havia feito aquilo com James.

Ele estava encostado na parede com os olhos fechados. Suas mãos estavam presas e sua respiração ofegante e entrecortada.

A quantidade de emoções que me tomaram naquele momento foram tantas e com tanta intensidade que eu não sabia identifica-las exceto pela raiva. E pelo medo.

Medo de que eu não conseguisse. Medo de que algo pudesse acontecer enquanto eu não estivesse prestando atenção.

Porque haviam me mandado para ali afinal? Não estava claro que eu era inábil para aquele tipo de coisa?

Eu ainda tive alguns flashes de memórias, não o suficiente para desmaiar de dor, mas algumas coisas simplesmente não podiam ser apagadas depois de Lene falar que me conhecia.

Um conversível preto pairava em minha mente e eu conseguia ver meu corpo no hospital, numa maca de operações.

Se eu não conseguia nem mesmo salvar minha própria vida, porque eu seria capaz de salvar James?

Então ele suspirou e seus olhos se abriram.

Ele me encarou.

– Lily – ele disse e eu ofeguei.

– Você pode me ver? – perguntei com a voz estranhamente rouca.

– Você está aqui – ele disse com a voz tão frágil que fazia meu coração se apertar.

– Eu estou – afirmei.

Vendo-o assim, com os olhos parecendo brilharem cheios de esperança por me ver, todos os meus medos pareciam ter ido embora.

Eu precisava salvar James.

Eu precisava salvá-lo porque não me perdoaria jamais se não o fizesse. Porque não aguentaria perde-lo.

Porque eu...

Som de passos fizeram meus pensamentos voarem para longe.

Depois, pensei comigo mesma.

Aquilo não era hora para ter tal tipo de revelação. Não podia correr o risco de Castiel aparecer e me pulverizar, deixando James nas mãos de dois monstros.

Virei na direção do som, vendo dois homens enormes entrarem por uma porta de ferro localizada no canto da sala.

Não era exatamente uma sala. Era mais como um grande ginásio abandonado.

O homem que estava mais a frente, um loiro de olhos cinza com a expressão de quem se achava superior, aproximou-se de James, fitando-o como se ele fosse algo razoavelmente interessante.

Eu quis mata-lo da forma mais dolorosa que existisse.

– James Potter – ele disse e sorriu maldosamente. – Você parece... Mal – sorriu mais um pouco. – Eu bati forte demais?

Eu rosnei.

– Cale a boca Lucius – o outro cara falou e se aproximou também. – Deixe o menino em paz... Pelo menos por enquanto. – ele era moreno e tinha olhos escuros como a meia noite. Ele seria muito bonito, tirando o fato de que eu poderia ver milhões de formas de deformar seu rosto até que ficasse mais parecido com sua bunda. – Precisamos dele acordado na próxima ligação. Não podemos correr o risco da polícia ser acionada.

– Se não teremos de matar o garoto – Lucius, o cara loiro, completou. – Tem razão Tom. Não seria bom para ninguém, não é? – disse para James que o encarava inexpressivamente.

Eu precisei admirar sua coragem.

Ele estava preso, completamente machucado e inábil para qualquer tipo de luta, mas ainda assim agia como se aqueles caras não fossem nada.

Claro, eu estava ali e era um anjo superpoderoso, mas ainda assim.

– Vocês deviam se preocupar menos com a polícia – James disse com a voz baixa, mas calma. – Talvez tenha outras coisas bem piores – sorriu.

Eu quis bater nele.

– Tente ser um pouco menos idiota? – eu resmunguei.

Ele me encarou com o canto de olho e eu ouvi a risada de Tom.

– Você está nos ameaçando? – o cara perguntou como se achasse aquilo muito engraçado.

Ele definitivamente não parecia como um sequestrador. Parecia mais como aqueles caras bonitos e inteligentes que se saiam bem em tudo o que tentavam.

Claro, a sorte não estava com ele naquele dia.

Mas eu precisava esperar... Precisava saber se eles estavam vindo.

Eu estava com minha mente aberta para os pensamentos, expandindo-a ao máximo para ouvir quando Dorcas e os outros se aproximassem e, por causa disso, eu podia ouvir cada pensamento sujo na mente daqueles caras.

Eu estava certa, afinal. Eles não libertariam James quando recebessem o premio.

Eles apenas continuariam usando-o como moeda de troca.

Imbecis.

Era como se minha visão estivesse ficando vermelha.

Então os caras se foram e eu fiquei sozinha com James novamente.

– Você pode me ver – eu afirmei.

– Acho que Constantine nos liberou – ele disse e franziu a testa. – Era disso, não era? – ele perguntou encarando-me intensamente.

Eu precisei desviar meus olhos dos dele pare processar sua pergunta.

– Isso o quê? – perguntei, voltando encará-lo com receio.

– Que você precisava me salvar – ele falou com a voz inexpressiva. – Sua grande missão final para poder voltar para casa – talvez eu pudesse ver ressentimento em seu tom, mesmo que fosse obvio que ele estava querendo esconder.

Mais uma vez baixei os olhos, mas desta vez procurando palavras para dizer.

– Eu não sei – disse sinceramente. – Mas eu acho que sim – falei por fim, contendo um suspiro.

Pensar naquilo doía tanto quanto a dor de mais cedo.

Nós ficamos em silencio então.

Eu me senti mal, porque eu estava escondendo algo dele que Constantine havia me falado à algum tempo.

– Na verdade – eu disse e respirei fundo. – Aquela vez que eu fiquei longe de você por alguns dias. – ele me encarou – Constantine me disse que eu teria algo grande do que te proteger e...

– E...? – James tinha os olhos estreitos. Eu não pude encara-lo.

– Ele disse que eu só precisava de um mês – eu disse e respirei fundo. – Apenas um mês para ficar com você, depois eu podia voltar.

Silêncio.

Forcei meus olhos a voltarem para ele e me arrependi profundamente.

Sua expressão era da mais inesperável tristeza e decepção. Estava claro que ele achava que eu o havia traído.

Eu mesma achava tal coisa.

– Por um mês? – ele então perguntou, seus olhos completamente furiosos.

– James, olha... – eu comecei tentando explicar para ele, para mim mesma o porquê de tudo aquilo. – era a única forma...

– Não! – ele me cortou. – Como assim, você vem aqui, me obriga a te aturar e aprender a gostar de você! E depois vai embora? – sua voz era como ácido.

Fechei os olhos tentando controlar minhas emoções.

– Eu... Eu não queria ficar – eu disse com a voz amarga, lembrando da minha discussão com o anjo. – Você era estúpido, idiota e problemático – eu disse. – E você tinha me mandado embora. Eu não queria mais olhar para a sua cara – então virei para ele com um sorriso amargo. – Eu queria odiar você. Mas ele me disse que era a única forma, que eu não podia desistir sem ter graves consequências. Ele... Ele disse que se eu não estivesse com você...

– Eu morreria – ele completou olhando para o longe.

Ótimo.

O garoto estava algemado, machucado e eu ainda lançava mais essa bomba em cima dele.

A palavra desnecessária servia muito bem para aquela conversa.

– James... – eu comecei novamente, mas os caras voltaram para a sala naquela hora fazendo com que eu não terminasse de falar.

– VOCÊ É ESTÚPIDO CARA? – o homem loiro gritava no telefone.

O moreno caminhou até James e eu sabia o que ele ia fazer.

Peguei a primeira coisa que achei no chão – um pedaço de madeira solta do piso – e atirei em sua direção.

Ele nunca soube o que o acertou.

– Está na hora – eu disse para James e consegui sentir a mente de Dorcas ali perto. Talvez uns dois ou três quilômetros.

Eu precisava arranjar tempo.

– Nós dissemos para não chamar a polícia – o loiro continuava no telefone e eu entendi o que estava acontecendo.

Algum outro cara deveria ter visto os garotos e avisado para os dois.

Merda.

– É melhor você se acostumar com a ideia de não ter um filho – então ele desligou e olhou para Tom, que estava caído no chão. – Mas o que...?

Peguei o mesmo pedaço de madeira e atirei em sua direção, mas ele era rápido e desviou.

Seus olhos se arregalaram e olharam para James.

– Como você fez isso?

– Eu não fiz nada – James disse e eu aproveitei para empurrar uma mesa velha na direção do cara.

Ela o acertou em cheio, atirando-o do outro lado da sala.

– Maldito – eu resmunguei e virei para James, levando minhas mãos até as algemas e quebrando-as ao meio.

– Obrigada – ele murmurou e eu assenti com a cabeça.

– Precisamos sair, Dorcas e os outros estão vindo de carro – eu disse e, tarde demais, percebi que Tom não estava tão nocauteado.

Ele levantou-se e puxou uma arma do bolso traseiro da calça.

– Não se mexa – ele disse para James. – Como você fez isso? – seus olhos estavam estreitos e havia um corte em sua testa que vertia sangue.

– Eu não fiz nada – James respondeu pausadamente.

– Você está muito ferrado cara – o homem disse e , antes que eu pudesse correr até ele e tirar a arma de sua mão, ele atirou.

Completa e totalmente estupidamente, eu me meti na frente de James, para que a bala não o acertasse.

Dor.

Foi o que eu senti quando a bala atingiu meu abdome.

Olhei para baixo completamente chocada com o que estava vendo.

A bala, em vez de passar por mim, simplesmente ficou presa em meu corpo.

– O QUE É ISSO? – o homem berrou e eu ergui os olhos para ele, percebendo ainda mais chocada que ele estava olhando para mim. – COMO VOCÊ... QUANDO... QUEM É?

Então eu sorri.

– Acho que quem está ferrado é você, amigo – eu disse e apareci em sua frente, pegando a arma de sua mão e (com muito esforço para não atirar), bati em sua cabeça com ela.

Ele desmaiou.

– Toma essa, imbecil – eu disse para seu corpo inerte no chão.

– Lily? – James me chamou novamente e eu virei para ele.

Ele tinha os olhos arregalados, mas não foi isso que me chamou a atenção.

Era o sangue que parecia escorrer de seu pescoço.

Corri até ele e, impulsivamente, tentei tocar seu pescoço.

O que é claro, não iria dar certo. Ou pelo menos NÃO era para dar certo se as coisas estivessem em tempos normais, mas não era o que estava acontecendo.

Eu o toquei.

Minha mão tocou sua pele que era quente sob meus dedos.

Uma onda de eletricidade pareceu percorrer meu corpo com o toque, mas eu não podia pensar naquilo.

Precisava me focar.

– Como...? – ele começou a falar, mas eu virei seu rosto para o lado e segurei minha respiração com o que vi.

Era um grande corte, bem atrás de sua orelha até metade de seu pescoço no lado esquerdo. Ele estava perdendo muito sangue.

Eu precisava fazer alguma coisa, porque aquele corte podia muito bem ser fatal.

Estava prestes a dizer para ele que precisávamos nos apressar quando ele puxou minha mão e voltou a me encarar.

Seus olhos baixaram até a minha mão enquanto ele passava seus dedos pela minha pele. Um formigamento se formava em cada centímetro que ele tocava.

Então eu agi impulsivamente.

Como no dia em que fomos punidos, eu tentei tocar seu rosto com minha mão livre. Ele fechou os olhos quando minha pele roçou em sua bochecha e finalmente eu entendi...

Entendi o que eu sentia por ele.

– James – eu o chamei e ele me fitou com seus grandes olhos castanhos. – Eu...

– Lily? – a voz de Dorcas fez com que o momento se quebrasse e eu me afastei.

Pude ver mágoa em seus olhos, mas não tinha tempo para aquilo.

Ele precisava ir para o hospital antes que mais alguma coisa acontecesse.

– Dorcas – eu a chamei e a porta de ferro foi aberta.

Por ela passaram Remus, Sirius, Dorcas e Lene. Todos eles, exceto Dorcas, ofegaram.

– Suponho que vocês possam me ver também – eu falei como uma indagação e Lene deu um passo para a frente.

– Lily...? – ela começou a falar, mas Dorcas colocou uma mão no seu braço.

– Nós falamos que ela não pode – ela disse e Lene, muito relutantemente assentiu.

– Como...? – Sirius começou a perguntar no exato momento em que James caiu sobre mim, desmaiado.

– Precisamos levar ele para o hospital – eu disse com a voz ofegante.

Não sabia o que estava acontecendo, mas minhas forças pareciam estarem deixando meu corpo.

Talvez eu tivesse feito esforço demais ao aparecer para todos. Nem mesmo eu sabia como havia feito aquilo e nem conseguia pensar.

– Sirius... – eu comecei a falar quando senti minhas mãos resvalarem pelo peso de James. – Pegue ele, eu não sei o que está acontecendo – eu resmunguei.

Sirius chegou a tempo, porque James teria batido com força no chão, depois que ele deslizou por mim.

E eu era invisível outra vez.

Talvez jamais pudesse tocá-lo novamente.


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Notas finais do capítulo

Geeeente, okay, faltam uns três capítulos para o fim, mas garanto que ainda tem muita coisa para acontecer, especialmente no próximo capítulo que reserva muitos lencinhos e doce, muuuuuuito doce entre Lily e James ♥
Eu precisava ter colocado Lucius Malfoy e Tom Riddle de alguma forma e saiu isso kkkkkkkk'
Espero que tenham gostado do capítulo, eu realmente não sirvo para escrever ação kkk'
AAAAH, fiz um Ask Me, onde vocês podem me perguntar e tirar dúvidas sobre fanfics. O link é esse: http://ask.fm/MillerC
Falta pouco agora pessoal *-*
Não sejam fantasmas bobos e comentem!
Beijoos