74 Edição Dos Jogos Vorazes - Por Clove escrita por Miss American Idiot


Capítulo 18
O convite


Notas iniciais do capítulo

Aaae Pessoal! Eu só queria mesmo avisar que esse é o penúltimo capítulo da Fic. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/214336/chapter/18

Cato e eu! Ainda é um pouco estranho de se falar. Eu tenho certeza absoluta quando digo que Cato é o amor da minha vida! Deviam ser umas nove ou dez horas da manhã, e Cato e eu estávamos a procura de uma fonte de água. Aqueles produtores babacas deviam estar fazendo algum tipo de joguinho com a gente, pois até o grande lago estava seco.

- Clove acho que devemos ir mais para o norte, quem sabe voltar à cornucópia... Talvez a gente encontre água lá. – Exclamou Cato esperançoso.

- Não sei Cato... – Disse desconfiada. – Os produtores devem estar fazendo algum tipo de brincadeirinha...

Cato estava revirando a mochila e fez uma cara nem um pouco animadora.

- Clove... acho que precisamos caçar... Temos apenas tirinhas de carne seca.

Cato jogou tudo o que tínhamos dentro da mala no chão.

Havia dois óculos de visão noturna, um saquinho de tirinhas de carne seca, dois cantis de água, um cheio e o outro pela metade, e a minha jaqueta chamuscada.

Chutei com força uma pedra. Primeiro: Eu não sei caçar. Segundo: Temos pouco armamento. Cato só tem a espada e eu algumas belíssimas facas.

De repente o céu ficou com uma tonalidade azul escura. Foi tão rápido que mal podíamos ver.

Cato me jogou um dos óculos e voltamos sem alguma dificuldade para a barraca.  

Ouvimos algo caindo em cima da barraca, como se fosse uma pedra. Cato me barrou na abertura da barraca e colocou o dedo indicador nos lábios, em sinal de silêncio.

- Pode ser o grandão do Distrito 11 ou a garota quente. – Sussurrou ele no meu ouvido.

Fiz que sim com a cabeça e me recolhi no canto da barraca, foi ai que pensei que se fossemos lutar com a garota quente iriamos precisar de proteção a suas flechas, afastei esse pensamento por alguns instantes e me concentrei no que mais importava. Cato passou a mão em sua espada e correu para fora da barraca. Cato deu um urro, e eu fiquei desesperada, pensando que o grandão pudesse ter ferido Cato.

- Clove! Corra aqui! – Gritou Cato.

Recolhi algumas facas e sai correndo da barraca.

Cato estava de pé com um paraquedas prateado nas mãos, ele devia ter mais ou menos o tamanho de uma caixa de sapatos.

Dou gritinhos de felicidade. Afinal é o nosso primeiro paraquedas.

Cato e eu entramos na barraca e abrimos  a nossa pequena dádiva dos patrocinadores.

Era pato ao molho de laranja que eu tanto amei! E junto ainda haviam dois cantis de água cheios!

Cato e eu nos abraçamos, e ele suspira no meu ouvido:

- Agora sim! Podemos enfim continuar sem morrer de fome ou de sede.

Depois de nos deliciarmos com melhor jantar de todos dentro da arena, ouvimos a chuva cair com violência lá fora.

Nos deitamos e dormimos como se fossemos um casal que está junto há vinte anos e nunca deixou de se amar.

Quando acordamos fomos direto ao córrego que próximo à barraca, para verificar se já havia água. Andamos em silêncio até o lago, que por causa da chuva já estava cheio novamente. Me abaixei para encher os cantis enquanto Cato me dava cobertura.

Haviam dias que ninguém mais havia morrido. E pelas minhas contas estamos em apenas 6 tributos. Cato, eu, a garota quente e o conquistador, o grandão do distrito 11 e a ruiva que adora um pique-esconde. Com certeza a capital deve estar morrendo de tédio e logo os produtores irão fazer mais uma das “brincadeirinhas” que sempre fazem!

Levantei-me devagar. E encarei fundo os maravilhosos olhos de Cato. Pela primeira vez me senti triste por estar com ele.  Ainda não sei explicar muito bem essa sensação. Mas todo esse tempo que passamos juntos, nós parecemos apenas um casal de amigos. Na verdade Cato nunca me pediu em namoro... Só ficamos e dormimos agarrados.

Enquanto eu encarava Cato e ele me encarava, parecia que conseguíamos ler os pensamentos um do outro. Até que ficou um pouco estranho e ele me beijou de repente.

E é claro que eu retribui.

Até que fomos interrompidos por trompetes, Cato empunhou a espada e eu já estava pronta para lançar as minhas facas. E então Claudius Templesmith nos convida para a ágape. Que é apenas um outro nome para matança. Não sei se Cato e eu poderíamos recusar, pois temos apenas alguma sobra do pato ao molho de laranja.

- Esperem um pouco. Alguns de vocês já devem estar declinando de meu convite. Mas esse não será um ágape qualquer. Cada um de vocês precisa desesperadamente de alguma coisa.

Cato e eu nos entreolhamos.

- Cada um de vocês encontrará essa alguma coisa  na Cornucópia, ao amanhecer, dentro de uma mochila marcada com o número de seu distrito. Pensem bem antes de recusarem. Para alguns de vocês essa pode ser a última chance. – Conclui Claudius.

- O que você acha que tem na nossa mochila? – Questionou Cato.

- Não é obvio? Algo que possa nos proteger da garota quente! – Exclamei sorrindo.

Cato sorriu de volta, correu até mim e me jogou no ar. Assim como meu pai fazia isso comigo quando eu era criança...

É difícil lidar com as suas memórias aqui dentro. Pois você sabe que nunca há 100% de chances de sair daqui com vida. Aqui você se arrepende de cada coisa ruim que fez na vida, e sorri por cada coisa boa que já lhe aconteceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Prometo que o próximo capítulo será maior!
Beijos
Amanda