74 Edição Dos Jogos Vorazes - Por Clove escrita por Miss American Idiot


Capítulo 17
Cato e eu.


Notas iniciais do capítulo

Foi mal a demora! Tive provas finais do trimestre e precisava muuuito estudar! Espero recompensar vocês com esse capítulo!



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Cato e eu estávamos cada vez mais próximos. Compartilhávamos até mesmo os pensamentos mais íntimos.  Não dava nem para comparar o Cato de hoje com o Cato do inicio dos jogos. Hoje ele é acima de tudo o garoto que publicamente ( e bota público nisso ) me ama, e não apenas o meu amor platônico. Antes dos jogos ele era frio, distante e muito egocêntrico.

Com certeza gosto muito mais do Cato atual. Ele meio que virou o garoto sonho de consumo de toda garota. Tudo isso está perfeito de mais. E é isso que me assusta um pouco, pois às vezes tenho medo que tudo isso seja apenas encenação. E se Cato estiver fazendo isso apenas para ganhar patrocinadores? Pelo o que eu sei ele pode mesmo estar me enganando. Qualquer garota que estivesse nas mesmas “condições” que eu estava cairia facilmente na lábia de Cato.

Apenas desejo estar enganada.

Hoje logo cedo, Cato me acordou com vários beijos indo do meu pescoço até a minha boca. É claro que abri o maior sorriso do mundo com aquilo. Isso tudo pode ser falso, mas quero aproveitar todos os momentos, antes que isso acabe.

Infelizmente aprendi que aqui não se pode confiar em ninguém.

Eu sou apaixonada por esse garoto desde sempre, e eu acho que morreria se tudo o que passamos foi uma mentira. Cada sorriso, cada abraço, cada beijo... Ele foi o único garoto que conseguiu ver o meu lado mais meigo. Na escola todos reclamavam de como eu era irritada e briguenta, sempre fiz o tipo esquentadinha.

Enfim... Hoje quando Cato me acordou estávamos abraçados e ele me acordou com vários beijos desde a minha mão até a minha boca.

- Bom Dia minha rainha! – Exclama ele me puxando para um longo beijo.

- Bom Dia. – Disse normalmente.

- Você está bem? – Ele questiona com uma sobrancelha levantada.

- Estou sim... E você? – Pergunto olhando fixamente para o chão.

- Com você qualquer um se sente no céu. – Exclamou ele arrumando uma mecha do meu cabelo que havia caído do meu coque. – Temos várias opções para o café da manhã hoje... Uma maça... Ou Amoras silvestres, você escolhe!

- Hum... Com certeza as amoras. – Falei sorrindo.

- Claro... Volto já! – Ele disse correndo para fora da barraca.

Enquanto ele saiu, vesti meus sapatos e meu casaco, fui devagar para fora da barraca e vi Cato colhendo amoras de um pequeno arbusto ao lado do lago. Fiquei o observando quando vi as pequenas amoras roxo-avermelhadas que Cato colhia. Meu corpo estremeceu quando Cato levava uma das amoras a boca.

Eram amoras cadeado. Causavam a morte instantânea!

Corri na direção de Cato e derrubei todas as amoras no lago.

- Eei! – Exclamou ele irritado. – Por que fazer isso? Era o nosso café!

- São amoras cadeado! – Gritei.

- E o que tem? – Questionou ele remexendo o arbusto em busca de outras amoras.

- Ela contém uma toxina tão forte que te mata antes que chegue ao estomago!

- E como sabe disso? – Perguntou Cato.

- Ao contrário de você, eu fui muito a estação de sobrevivência, enquanto você ficava paquerando a Glimmer.  – Disse cruzando os braços e revirando os olhos.

- Eu nunca paquerei a Glimmer, era ela que me paquerava! – Se defendeu Cato. – E, por favor, não vamos ficar falando dela, pois ela não está aqui para se defender!

- Certo Senhor Eu-nunca-paquerei-ninguém! – Disse batendo o pé. – Vamos parar de falar sobre isso, e, por favor, me diga onde está a maçã.

- Está em um saquinho plástico dentro da minha mochila. – Informou Cato apontando para a barraca. – Pegue também a garrafa para podermos enchê-la.

-Está certo. – Respondi caminhando até a barraca.

Pois é, por mais que eu tema que tudo o que Cato sinta por seja uma mentira, eu não consigo suportar a ideia de viver sem ele. Aquele sorriso bobo, e aqueles maravilhosos olhos azuis me deixam boba.

Peguei na mochila o cantil e o saquinho com a maçã.  E fui ao encontro de Cato. Ele estava sentado em baixo de um grande e majestoso pinheiro, arvore difícil de encontrar aqui nessa região. Repartimos a maçã e ficamos sentados por um tempo apenas curtindo a paisagem... O lago e a longa expansão de grama com alguns arbustos com várias amoras cadeado.

- Clove você quer mesmo levar esse nosso sentimento adiante? – Questionou Cato acariciando meus cabelos.

- Como assim?  - Perguntei curiosa.

- Você sabe que eu te amo... Mas e você? Gosta tanto assim de mim? – Aqueles olhos azuis...

- Sempre gostei de você. – Exclamei bagunçados aqueles macios cabelos loiros. -

Desde que eu tinha uns 5 anos acho, foi quando eu comecei o trinamento... E você tinha 7 ... Lembro-me que você tinha até uma namoradinha na época, uma garota  morena de lindos cabelos cacheados chamada Cady.

 - Cady! – Disse Cato sorrindo. – Eu me lembro dela! Lembro que no ano passado ela entrou para a torcida e depois da festa de natal a gente foi para a sala de matemática e...

Cato se calou quando viu meu olhar de censura.

- Você me entendeu. – Por fim disse. – Eu também te amo! Sempre te amei, e morria por dentro sempre que eu o via com outra garota, mesmo quando éramos crianças.

Cato sorriu com as lembranças de sua infância. Quando viu Clove pela primeira vez.

Ele nunca fora muito pequeno, seus cabelos loiros estavam compridos, quase na altura do ombro. Ele empunhava uma pequena espada brilhante contra um boneco, quando caiu e viu entrar uma garotinha de cabelos castanhos trançados jogados nas costas zanzando um pouco perdida pela arena de treinamento. Ela tinha duas ou três pequenas facas presas ao cinto. E caminhou confiante até uma série de alvos. Onde acertou de primeira o circulo central. Várias crianças se surpreenderam, pois a garotinha era muito pequena. O pequeno Cato deu ombros.  Aquela garotinha não tinha chances algumas contra uma máquina mortífera como ele!

- Clove... – Exclamou Cato olhando para mim. – O que faria se eu não voltasse vivo para o Distrito 2?

- Por favor, Cato nem brinque com isso! – Exclamei o abraçando.

Na verdade eu acho que nem consigo imaginar minha vida agora sem ele.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam?



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