- O que você acha? - Perguntei a ele.

- Demi, como eu disse, não é todo dia que isso acontece. Já pensou em virar uma cantora profissional e famosa? Bem, se sim, essa é a sua chance. E, tambem, se quiser desistir depois, não tem nenhum problema, mas eu sugiro que você tente. - Ele disse calmo. Respirei fundo, ficando um pouco quieta.

- Tudo bem, eu aceito. - Disse sorrindo. Scooter veio me abraçar.

- Ótimo, vou ligar para eles agora mesmo. - O abracei de volta.

Justin entrou no quarto, mexendo no celular. 

- O que está acontecendo? - Ele disse.

- Demi vai gravar uma demo para a Island Records. - Scooter falou sorridente.

- Sério isso? - Justin me abraçou, selando nossos lábios logo depois. - Parabens meu amor. - Ele estava se acostumando a me chamar de "meu amor", mas eu sempre ficava um pouco sem graça quando ele dizia essas palavras.

Scooter murmorou algumas palavras e saiu do quarto, acho que ele iria fazer algo. Pedi Justin para esperar um pouco e fui em direção ao banheiro.

Escovei meus dentes e lavei meu rosto. Peguei uma maquiagem e passei um pouco em meus pulsos, para esconder os "machucados", Justin iria fazer um escândalo se visse agora, bem, não acho que conseguiria esconder por muito tempo, mas esse não era um momento certo, se é que existe um.

Depois de me arrumar eu voltei para o quarto, Justin estava mexendo em seu iphone outra vez. Deitei perto dele e me calei por um tempo.

- Nos vamos ir embora para Los Angeles amanha, ok? - Ele disse sem tirar os olhos do celular.

- Tudo bem. - Dei de ombros.

- Ah, e Scooter já avisou que já marcou com a gravadora. Depois de amanha as 13:00. - Assenti. - Vamos no cinema? - Justin finalmente se virou apra mim. - Só eu e você. - Ele me beijou.

- Acho melhor não, sabe, eu não quero que suas fans tenham mais raiva ainda. - Abaixei meu olhar.

- Raiva de quê? - Perguntou Justin inocente.

- Ah, Justin, elas não gostam muito de...mim.

- Porque elas não gostariam de você? Isso é coisa da sua cabeça. - Ele afagou meus cabelos. - Demi, não liga para aquela carta. Deve ser algum hater ou alguma coisa do tipo.

- Não dá Justin. Não foi só uma menina, foi um monte, havia no twitter tambem. - Suspirei.

- Demi, - Ele olhou em meus olhos - Eu tenho certeza de que essas pessoas que te xingaram não eram minahs fans, pois as verdadeiras querem me ver feliz, eu sei disso, pois eu as amo tambem, e as conheço bem. - Respirei fundo, desviando meus olhos dos de Justin. Ele em abraçou forte. - Eu estou com você agora, não precisa se preocupar com nada ok? - Assenti, dando um pequeno sorriso.

Dois dias haviam se passado, nos voltamos para Los Angeles finalmente, mas eu e Justin não voltamos para nossa casa a pedido meu, nos estavamos em um hotel no centro da cidade, como eu já tinha dito, não queria voltar para lá tão cedo.

Agora já eram 12h45min, eu estava na gravadora com o Justin, ele estava segurando minah mão, pelo fato de eu estar um pouco nervosa, na verdade, MUITO nervosa!

Nos nos sentamos nu sofá que havia ali e ficamos esperando por um tempo, até que uma mulher que aparentava ter uns vinte e poucos anos chamou meu nome:

- Demetria Devonne Lovato. - Suia voz saiu doce.

- Sou eu. - Já a minha estava um pouco trêmula. Ela fez um gesto, me comunicando que eu tinha que segui-la. Olhei para Justin, o mesmo me lançou um olhar reconfortante, na tentativa de me acalmar.

Respirei fundo e logo já estava me levantando. Segui a mulher em uns corredores, muito luxuosos por sinal, até ela me dar passagem para uma porta. Entrei e pude perceber que era aquelas salinhas onde os famosos gravam as musicas, que tem uma caixa onde os cantores ficam e do outro lado tem milhares de botões, não sei explicar muito bem. Havia dois homens nesta sala, ambos muito formais.

- Demetria! - Um dos homens falou e estendeu a mão.

- Oi, muito prazer, senhor...? - Apertei a mão dele, tentando ser o mais simpática possivel.

- Adams. - Ele retribuiu o aperto de mão. - Este é Henry, meu amigo, ele vai em ajudar no seu "teste". - Ele sorriu. Assenti levemente. - Então Demetria, podemos começar?

- Claro, eu estou ansiosa. - Sorri. - E nervosa. - Dessa vez eu fiz uma careta o fazendo rir de leve.

- Você pode se posicionar ali, dentro desta "caixinha", atrás do vidro ( Não era uma parede que separava os dois ambientes, e sim um vidro, afinal, eles tem que me ver cantando, eu acho). Abri a porta e entrei naquele pequeno lugar, lá tinha um fone de ouvido e um microfone. - Coloque os fones e fique em frente ao microfone, por favor. - Fiz o que ele disse e fiquei parada esperando pelo próximo passo. - Ok Demetria. O que você gostaria de cantar? - Minhas mãos já estavam suando frio, pensei um pouco e disse:

- Pode ser The Climb, da Miley Cyrus? - Não sei se já disse isso antes, mas eu amo a Miley, ela é como uma inspiração para mim, eu acho que as letras das músicas dela são realmente lindas!

- Claro, perfeito. Pronta? - Eu assenti. - Ok, então comecemos. - Ele sorriu.

Ouvi o ritmo da musica tocar pelos fones, fechei meus olhos e esperei a hora de eu cantar.

   Enfim eu comecei a cantar, como todo começo de música, minha voz saiu pior por eu ainda não ter me acostumado e estar nervosa, tentei me concentrar ao maximo para deixa-la suave. 

But I, I gotta keep trying

Gotta keep my head held high

Aos poucos eu fui me soltando mais, ficando menos tensa, minah voz já estava bem melhor, na minha opnião, meus olhos permaneciam fechados, a cada palavra eu cantava com mais emoção, eu sentia que estava vindo do meu coração, por mais que minha mente não tinha certeza, bem no fundo eu sabia que queria seguir com a carreira de cantora, é verdade que eu nunca procurei ser uma profissional, mas eu gosta de compor, cantar e essas coisas. Acho, que era com isso que eu queria seguir a minha, só acho...

Assim que acabou a música eu abri meus olhos elntamente, dando um largo sorriso. 

- Você foi realmente incrivel Demi! Scooter me contou que você cantava bem, mas não imaginava que era tão bem! - Ele deu ênfase no 'tão bem'

- Obrigada. - Coloquei uma mexa do cabelo atrás da orelha, um pouco tímida.

Nos minutos seguintes eu cantei mais algumas outras músicas, todas eram um pouco lentinhas, para dar mais ênfase em minha voz. Quando eu cantei quase um CD inteiro, Adam disse que eu já poderia sair daquele pequeno lugar.

- E então, o que achou? - Perguntei.