We Are The Winners escrita por Sona


Capítulo 1
Capítulo 1 - Planos.


Notas iniciais do capítulo

Ficou uma porcaria, mas...Espero que gostem. Amanhã eu devo postar o segundo :D.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/214256/chapter/1

“Cada um de vocês vai encontrar esse algo numa mochila, marcada com o número do seu distrito, na Cornucópia ao amanhecer. Pensem bem sobre recusar a aparecer. Para alguns de vocês, essa será a última chance”

- Você tem certeza, Cato? – Clove perguntou com preocupação enquanto nós fitávamos a entrada da caverna onde Katniss e Peeta estavam escondidos. Eu havia bolado o plano perfeito – porém arriscado – iríamos vencer essa edição dos Hunger Games.


- Absoluta. Quando a ‘Garota em Chamas’ sair para ir buscar esse “algo” que ela precisa, você a segue e a encurrala na Cornucópia, enquanto eu entro na caverna e elimino o Loverboy do game. – Eu respondi apertando mais ainda a espada em minhas mãos só de imaginar a cena.


- E quanto a garota do Distrito 5 e o garoto do Distrito 11? Soube que a D-5 é muito habilidosa e cautelosa, e o D-11... Bem, ele tem o triplo do meu tamanho. – Eu não pude deixar de rir.


- Como se fosse difícil achar algo maior que você... – Eu disse em meio às risadas e Clove me deu um olhar fatal, aquele olhar que eu tanto admirava e adorava. – Relaxa, eu posso vencer o cara do Distrito 11, e quanto à do Distrito 5... Bem, uma hora ela terá que nos enfrentar, e somos dois profissionais contra uma qualquer. – Ela voltou a observar a caverna do 12 e eu pude perceber um medo crescendo em seu olhar. Puxei seu queixo com o dedo fazendo ela me olhar nos olhos.

- Hey! Nós vamos vencer, vai dar tudo certo.


- Promete?


- Prometo! – E então seu semblante se tranquilizou. Sorri em satisfação.


Continuamos observando a caverna por mais algumas horas. É claro que o Loverboy não iria querer que ela saísse de lá, que o deixasse, então iria demorar um pouco.


Ficamos a uns metros de distância, cobertos por algumas árvores, de um tal modo em que nós podíamos ver muito bem a entrada da caverna, porém ninguém conseguiria ver a gente.


Já estava noite, e muito frio. Lógico que alguém deve ter congelado a arena. Não podíamos acender qualquer fogueira naquele momento, então a única coisa que nos restou para combater aquele frio, foi dividir o saco de dormir que Clove conseguiu em algum lugar. Eles eram ótimos, pois refletiam o calor do corpo, aquecendo-nos.


Clove adormeceu rapidamente - ouviríamos quando alguém saísse da caverna – mas eu demorei um pouco mais. Ele se virou ficando de frente para mim de um modo em que eu podia sentir a sua calorosa respiração batendo em meu pescoço, fazendo cada pêlo do meu corpo se arrepiar.


O calor do seu corpo envolta do meu, a sua respiração batendo suavemente em minha pele fez o meu coração disparar, e olhar Clove. Ela parecia serena, ela era linda. Eu nunca havia reparado nela, acho que sim, mas não percebi isso antes. Seus traços eram levementes desenhados. Involuntariamente, eu passei meus dedos leves pelo rosto dela. Era macio. Contornei a sua boca... Ah aquele lindos lábios macios e carnudos. Sem que eu me desse conta, comecei a levar meu rosto em encontro ao seu, talvez eu quisesse tocar aqueles lábios com os meus, não sei, só sei que quando eu cheguei perto, tendo alguns centímetros de distância de Clove, eu ouvi um barulho que me fizera recuar.


A Distrito 12 havia saído da caverna, e estava pegando algum tipo de para queda. Deve ser um presente de algum patrocinador. Por um momento único e rápido, ela deu uma olhada entre o lugar em que nós estávamos. Eu logo abaixei a minha cabeça, torcendo para que ela não tenha me visto.

E ela não viu.


Quando ela voltou à caverna, Clove se mexeu entre o saco de dormir, virando de costas para mim. Meu coração desacelerou um pouco, pude sentir minha respiração voltar ao normal, uma vez que eu nem havia percebido que ela estava acelerada. Meu corpo inteiro relaxou, aqueles minutos em que ela estava contra mim foram os mais intensos, para o meu corpo, para minha mente. Senti meus olhos pesarem e logo eu adormeci.



– Cato! Cato! Cato acorde. – Clove sussurrava enquanto me chacoalhava. Abri os olhos assustados, não era totalmente dia ainda.


– O que foi? Ela está saindo? – Disse baixo, e ela apenas acenou com a cabeça. – É agora. – Apenas murmurei. Levantei-me rápido, mas ainda fiquei meio agachado, para ela não me ver.


Arrumamos nossas coisas rapidamente. A mochila ficará por minha conta. Clove se certificou uma última vez que todas as suas facas estavam com ela, antes de começar a seguir Katniss.


– Até mais, Cato! Mate-o, por mim. – Ela disse baixo e sorriu, e nesse momento, uma pequena onda de medo me invadiu. Por um súbito momento vieram várias imagens na minha cabeça, não sei como descrevê-las, mas sei que tinha uma pedra, uma cara grandão, e um grito... Alguém gritando o meu nome, alguém não...Clove.


Afaguei seu rosto, tentando não parecer preocupado.


–Boa sorte, Clove! Faça um grande show. – Eu disse por fim. Apertamos a nossa mão e vimos Katniss sumindo no horizonte. Clove se apressou e começou a segui-la. E eu fiquei lá, parado. A idéia seria de que, eu só entraria na caverna e matasse Peeta depois que o canhão anunciasse a morte de Katniss.


Sentei-me. A sensação de medo ainda me dominava. Mas não era um medo por mim. Aquelas imagens voltaram a me atormentar. Mas por quê?.


De repente me veio um pensamento aterrorizante: E se aquela foi a última vez em que eu falei com Clove? E se ela estiver correndo em perigo? E se o garoto do distrito 11 que é bem maior que Clove a encontrar na Cornucópia? Então eu soube. Clove iria morrer.


Corri como eu nunca tinha corrido em toda a minha vida. O suor escorria pelo meu rosto e minha roupa já grudava em mim pelo mesmo. Eu não me importava que não estivesse seguindo o plano, eu tinha que salvar Clove. A imagem de alguém segurando uma pedra na mão e a jogando contra ela me deram mais raiva ainda, me fazendoeu correr mais rápido e apertar a espada em minha mão.


Enfim parei. Não sabia mais para qual lado ir. Não tinha muito conhecimento sobre este lugar, o fato é que eu não sabia ir para a Cornucópia sem Clove.


– Clove. – Disse num tom normal. Sem resposta. Estava ofegante, cansado. As penas bambas. Meus olhos começaram a lacrimejar só de pensar no que poderia ter acontecido com Clove. “Calma, ela não morreu. Nenhum barulho de canhão até agora.” Eu dizia para mim mesmo.


– CATO, CATO. – Eu ouvi o grito desesperado dela.


– CLOOVE! – Eu gritei em resposta. Comecei a correr em direção à voz. Ela não parava de gritar o meu nome. Sabia que estava perto, a cada momento seu grito ficava mais forte.


Quando cheguei lá eu vi. Um rapaz negro, alto e forte com uma pedra na mão. Iria descer, iria esmagar Clove.


– CATO.


Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Ainda terá mais dois capítulos. É uma shortfic apenas. Bem, eu a m o Clato. Não sei que diabos foi aquilo da Glimmer e o Cato no filme, mas tudo bem. Comentem se gostaram. :D