(voltando ao P.D.V Ariane)

Saí da sala conversando com o Louis e fui surpreendida pelo Nick e a Andy no corredor... Se beijando... Sei que eu não tenho direito de ter ciúmes dele, afinal, foi eu mesma que pedi pra nós nos separarmos. Mas, aquele era mesmo o garoto que tinha me dito que me amava e que não conseguiria viver sem mim à menos de 24 horas? Senti lágrimas enchendo meus olhos, mas eu não ia deixar ninguém perceber que eu estava chorando. Pra minha salvação, uma mão segurou a minha e me puxou pra longe de tudo. Era o Harry. Nós saímos andando tão depressa que estávamos quase correndo, ele ainda segurando a minha mão.

– Pra onde estamos indo? - eu perguntei ainda com um pouco de vontade de chorar.

– Pra longe disso Ariane. - ele falou e continuou andando comigo, dessa vez entrelaçando seus dedos nos meus. Chegamos a um parque que ficava a menos de dois quarteirões da escola, e a gente se sentou em um dos bancos vagos. Estávamos um pouco cansados e ofegantes.

– Não chora tá bom? Vai passar. - ele falou limpando minhas lágrimas. Que ódio, porque eu estava chorando na frente dele?! - Você gostava dele né?

– Não, é sério. Nós só éramos amigos. Fui eu quem pediu pra gente se afastar. O que me dói mesmo é saber que ele nunca gostou de mim de verdade, ele só estava brincando comigo.

– Eu prometo que ninguém vai fazer isso com você de novo Ariane. Eu não vou deixar ninguém mais te fazer chorar! - ele falou me abraçando. Era tão bom estar abraçada com ele, ele me transmitia tanta segurança. Será que ele gosta de mim de verdade? Será que ele está só brincando comigo? Afinal, ele é famoso e pode ter quem ele quiser, então, porque estava perdendo tempo com uma bipolar e problemática como eu?

– Como posso confiar em você? Você deve estar brincando comigo também, assim como os outros. - eu falei me afastando do abraço. Era difícil, mas não havia motivos pra ele gostar de mim de verdade.

– Ariane, eu gosto de você. Eu nunca senti algo parecido, só sei que eu penso em você mais do que em qualquer coisa. Eu penso em nós velhinhos, você acredita?! Penso em nossos filhos, e netos. Penso em nós dois juntos, fazendo as maiores loucuras. Penso em você acordando de manhã do meu lado. Eu não sei o que é isso Ariane, mas não me parece uma brincadeira.

– Mas, você pode ter tudo o que quiser. Então, porque se interessaria por mim? - eu disse. Eu não pude acreditar no que eu tinha acabado de fazer. Ariane, sua idiota, o garoto que você gosta acabou de dizer a coisa mais linda que alguém já te falou na vida, então para de ser insegura e simplesmente dá uma chance. Eu falo sozinha mesmo tá? Às vezes resolve, mas falando sozinha ou não, deixar de ser insegura estava longe de cogitação.

– Você é linda Ariane, você é perfeita. Não interessa se eu posso ter quantas meninas quiser, porque a que eu quero não parece gostar de mim. - Isso foi uma indireta? Eu pensei.

– Você está falando sério?! É um pouco óbvio que eu gosto de você não acha não? Porque você acha que eu dei um tempo na minha amizade com o Nick? Desde quando você me atropelou você foi tão fofo comigo, e eu simplesmente achei que eu não merecia isso. Mas depois que eu e o Nick brigamos, eu fiquei totalmente sozinha Harry, me distraindo apenas com lembranças. Você acha que foi fácil pra mim? Acha que foi fácil abrir mão de tudo, sem nem ter certeza que você gosta mesmo de mim?

– Mas agora você tem certeza! Então porque não para de ser insegura e me dá uma chance? - ele falou, e antes mesmo que eu pudesse ter chance de revidar ele me beijou. Na verdade, nós nos beijamos. Suas mãos abraçaram minha cintura se encaixando nela, me puxando mais pra perto. E as minhas, primeiro ficaram em torno do seu pescoço e depois se entrelaçaram no seu cabelo. Desejei continuar daquele jeito com ele pra sempre. Mas tivemos que parar pra recuperar o fôlego.

– Entende porque eu gosto tanto de você? Agora sabe que não tem razões pra duvidar de mim? - Harry falou ainda com os nossos narizes encostados um no outro, nossa respiração se encontrando uma com a outra em perfeita sincronia.

– Você é tão idiota sabia? Só muito idiota pra se envolver com alguém como eu mesmo. - eu falei voltando a beijar ele. Ficamos lá, nos beijando por alguns minutos, até que o meu telefone tocou interrompido todo o clima.

– Coloca no silencioso.

– Não posso, pode ser importante. - eu falei me afastando um pouquinho dele e pegando o celular na bolsa. Harry ainda segurava a minha cintura. - É a minha mãe.

Ligação On.

– Mãe?

– Filha, cadê você?

– Aah.. Eu to com o garoto da One direction mãe...

– Filha, aconteceu um imprevisto na escola e eu vou ter que ficar aqui até tarde. Você consegue se virar?

– Claro mãe, sem problema.

– Compra o seu almoço tá bom?

– Tá, não se preocupa.

Ligação off

– Era a sua mãe? - Harry perguntou

– Era. Ela queria avisar que ia ficar na escola até tarde.

– hmmmmm. - Harry me falou balançando a cabeça e fazendo cara de malicioso.

– Nem vem tá bom? - eu disse rindo e empurrando ele de leve. - eu vou pra casa, tenho que ver o que vou almoçar.

– Porque você não vem almoçar com a gente?

– Até que não é tão má idéia, mas antes eu tenho que passar no hospital pra tirar o gesso. - eu falei, e ele riu me dando um selinho rápido. Pegamos um táxi e fomos pro hospital. Rapidamente tiramos o gesso e a minha perna ficou um pouco dormente, mas eu consegui mover ela normalmente um tempinho depois. Voltamos pro taxi e fomos para a casa da banda. Quando chegamos lá fomos atendidos pelo Louis.

– Vocês finalmente estão juntos? - ele falou, quer dizer gritou, olhando para as nossas mãos. Só aí eu me dei conta de que nós ainda estávamos de mãos dadas, rapidamente soltamos as mãos. - Vocês tão namorando é?

– Namorando? Essa é uma boa pergunta! - Harry falou olhando pra mim e segurando a minha mão de novo. Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou: Ariane Balcoin, me aceita como seu namorado, tipo, pra sempre?

Sussurrei de volta: Aceito, Edward Cullen...

Ri da minha própria piada, e nós nos beijamos ali na entrada da sala, com todo mundo nos olhando. Até a Chatelyn tava lá. Todos nos olhando, menos o Louis que além de olhar ficava vibrando, gritando e pulando.